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  1.  # 1

    A melhor solução é haver continuidade.. Sendo que a arquitectura tomar algum tino, ou então a arquitectura assumir esses pilares..
    Ou alterar a metrica da estrutura para compatibilizarem-se... ou ambos cederem um pouco nas suas premissas para dar um bom resultado.
    • hand
    • 2 agosto 2018

     # 2

    Colocado por: fredcunha

    Antes de tudo, qual a dimensão do furo que ele quer fazer? Para ar condicionado muitas vezes falamos de tubos bastante pequenos, pelo que não me choca fazer um furo numa viga de 5-10 cm desde que seja feito a meio da viga (em altura) e a meio vão (ou seja, equidistante entre pilares). Agora se começamos a falar de furos de 20-25cm próximos dos pilares, aí é preciso pensar em encontrar alternativas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:hand


    Caro fredcunha,

    Os furos que na altura ele propunha eram de cerca de 5cm de diâmetro. Mas ele propunha fazê-los junto ao tecto, o que me parece ser mais próximo de uma extremidade da viga do que do seu centro (estou a assumir que a viga ainda entre pelo "tecto", mas como referi inicialmente, sou totalmente leigo).

    Eram necessários 2-3 furos que, segundo ele propunha, seriam feitos ao lado uns dos outros, relativamente perto do pilar (no canto da divisão, onde estará o aparelho).

    Deixo esta informação para o caso de querer deixar algum esclarecimento adicional para outros utilizadores. Eu optei por não autorizar essa solução, tendo em conta os meus receios originais e os comentários de alguns foristas.

    Aproveito para agradecer a ideia ao Pedro Barradas. Contudo, acabei por determinar que os tubos circulassem pela parede, quando fosse necessário desviar de vigas. Eles não gostaram muito, mas foi assim que se decidiu.

    Ps. Desculpem o atraso na resposta.
    Concordam com este comentário: antonylemos
  2.  # 3

    Furos em vigas existentes, como referi anteriormente, são sempre de evitar. A passagem da tubagem deve ser prevista antes da execução da viga, de modo a se deixar o negativo/"buraco" na viga fazendo um reforço de armaduras no local à volta do mesmo (a necessidade ou não deste reforço é conforme a dimensão do furo).

    Quando se fura uma viga existente, o primeiro passo é perceber o comportamento estrutural da viga, como se encontra apoiada, o que apoia, qual a sua função, etc. Geralmente, e podem existir muitas excepções pelo que cada caso é um caso, as vigas suportam a laje ao longo do seu comprimento e apoiam-se em pilares. Desta forma as vigas possuem armaduras/varões superiores e inferiores, posicionadas cerca de 5cm abaixo da face superior da viga (usualmente coincide com a laje) e 5cm acima da face inferior da viga. Além destas armaduras/varões existem os estribos (rectangulares) espaçados usualmente entre 10cm a 25cm ao longo da viga. Deixo em baixo uma imagem para melhor se perceber o posicionamento:

    Armadura Viga


    Os principais esforços nas vigas, geralmente (e mais uma vez, pode não ser assim já que depende de vários factores), são de tracção e de corte. Os esforços de tracção são resistidos pelas armaduras principais (superiores e inferiores) e os de corte pelos estribos. Usualmente (mais uma vez, nem em todos os casos) os esforços de tração existem junto dos pilares na face superior da viga (logo são resistidos pela armadura superior) e a meio do comprimento da viga na face inferior (logo resistidos pela armadura inferior). Os esforços de corte são usualmente (mais uma vez, nem em todos os casos) maiores junto dos pilares e menores a meio do comprimento da viga, sendo resistidos pelos estribos. Por este motivo o espaçamento entre estribos é menor (logo mais estribos) nas extremidades junto dos pilares e maior (logo menos estribos) a meio da viga.

    Ao fazer uma furação numa viga deve-se evitar duas coisas: as zonas de maiores esforços e simultaneamente "cortar" armaduras/varões existentes. Desta forma os furos geralmente (deve ser estudado caso a caso) a serem efectuados devem ser o mais pequeno possíveis, feitos a meio do comprimento das vigas (zona de menor esforço de corte), evitando os 10 cm superiores e inferiores das vigas (para não cortar as armaduras principais) e situados entre estribos para não cortar nenhum (para tal pode-se recorrer a um detector de armaduras).

    Atenção que com isto não quero dizer que o betão não está lá a fazer nada, o betão tem um contributo importante para a resistência da viga, mas no caso do corte o seu contributo é menor que o da armadura (na tracção é praticamente desprezável). No entanto o betão adere às armaduras conferindo ao conjunto um comportamento de material composto aço+betão, e tendo efectivamente alguma resistência não se pode simplesmente andar a fazer furos à toa já que vai fragilizar localmente o elemento resistente.


    Espero ter esclarecido e assim ajudar quem tiver a mesma questão. Qualquer esclarecimento adicional necessário podem questionar que eu tento responder dentro do meu conhecimento.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: hand, ricardo.rodrigues
  3.  # 4

    Colocado por: fredcunhaAo fazer uma furação numa viga deve-se evitar duas coisas: as zonas de maiores esforços e simultaneamente "cortar" armaduras/varões existentes. Desta forma os furos geralmente (deve ser estudado caso a caso) a serem efectuados devem ser o mais pequeno possíveis, feitos a meio do comprimento das vigas (zona de menor esforço de corte), evitando os 10 cm superiores e inferiores das vigas (para não cortar as armaduras principais) e situados entre estribos para não cortar nenhum (para tal pode-se recorrer a um detector de armaduras).


    Teve a ler alguma bíblia de estruturas para estar a dar esta aula de betão?

    Colocado por: fredcunhaAo fazer uma furação numa viga deve-se evitar duas coisas:


    A primeira coisa a evitar é não furar, e a segunda é não furar.

    Colocado por: fredcunhaDesta forma os furos geralmente (deve ser estudado caso a caso)



    que parvoíce...caso a caso do que amigo? posso lhe fazer um furo numa perna, fininho, ou tem de estudar o caso?
  4.  # 5

    Colocado por: fredcunhaFuros em vigas existentes, como referi anteriormente, são sempre de evitar. A passagem da tubagem deve ser prevista antes da execução da viga, de modo a se deixar o negativo/"buraco" na viga fazendo um reforço de armaduras no local à volta do mesmo (a necessidade ou não deste reforço é conforme a dimensão do furo).

    Quando se fura uma viga existente, o primeiro passo é perceber o comportamento estrutural da viga, como se encontra apoiada, o que apoia, qual a sua função, etc. Geralmente, e podem existir muitas excepções pelo que cada caso é um caso, as vigas suportam a laje ao longo do seu comprimento e apoiam-se em pilares. Desta forma as vigas possuem armaduras/varões superiores e inferiores, posicionadas cerca de 5cm abaixo da face superior da viga (usualmente coincide com a laje) e 5cm acima da face inferior da viga. Além destas armaduras/varões existem os estribos (rectangulares) espaçados usualmente entre 10cm a 25cm ao longo da viga. Deixo em baixo uma imagem para melhor se perceber o posicionamento:

    Armadura Viga


    Os principais esforços nas vigas, geralmente (e mais uma vez, pode não ser assim já que depende de vários factores), são de tracção e de corte. Os esforços de tracção são resistidos pelas armaduras principais (superiores e inferiores) e os de corte pelos estribos. Usualmente (mais uma vez, nem em todos os casos) os esforços de tração existem junto dos pilares na face superior da viga (logo são resistidos pela armadura superior) e a meio do comprimento da viga na face inferior (logo resistidos pela armadura inferior). Os esforços de corte são usualmente (mais uma vez, nem em todos os casos) maiores junto dos pilares e menores a meio do comprimento da viga, sendo resistidos pelos estribos. Por este motivo o espaçamento entre estribos é menor (logo mais estribos) nas extremidades junto dos pilares e maior (logo menos estribos) a meio da viga.

    Ao fazer uma furação numa viga deve-se evitar duas coisas: as zonas de maiores esforços e simultaneamente "cortar" armaduras/varões existentes. Desta forma os furos geralmente (deve ser estudado caso a caso) a serem efectuados devem ser o mais pequeno possíveis, feitos a meio do comprimento das vigas (zona de menor esforço de corte), evitando os 10 cm superiores e inferiores das vigas (para não cortar as armaduras principais) e situados entre estribos para não cortar nenhum (para tal pode-se recorrer a um detector de armaduras).

    Atenção que com isto não quero dizer que o betão não está lá a fazer nada, o betão tem um contributo importante para a resistência da viga, mas no caso do corte o seu contributo é menor que o da armadura (na tracção é praticamente desprezável). No entanto o betão adere às armaduras conferindo ao conjunto um comportamento de material composto aço+betão, e tendo efectivamente alguma resistência não se pode simplesmente andar a fazer furos à toa já que vai fragilizar localmente o elemento resistente.


    Espero ter esclarecido e assim ajudar quem tiver a mesma questão. Qualquer esclarecimento adicional necessário podem questionar que eu tento responder dentro do meu conhecimento.


    Já agora veja lá na sua bíblia para que servem esses 4 ferros longitudinais que estão nessa imagem que publicou?!
  5.  # 6

    Isto nem parece do riscos ...
    Concordam com este comentário: nbastos, dedao
  6.  # 7

    Colocado por: riscos
    Teve a ler alguma bíblia de estruturas para estar a dar esta aula de betão?

    Sim li várias bíblias ao longo dos 5 anos de curso e outras tantas enquanto profissional.


    Colocado por: riscos
    A primeira coisa a evitar é não furar, e a segunda é não furar.

    Defendo que furar uma viga existente é algo que nunca se deve fazer, mas não existindo alternativas em certos casos é possível.


    Colocado por: riscos
    Já agora veja lá na sua bíblia para que servem esses 4 ferros longitudinais que estão nessa imagem que publicou?!

    Esforços de tracção na face superior e inferior da viga. A imagem é um exemplo, já que na maioria das vigas os varões não são contínuos mas existem em maior quantidade em certos locais do que outros conforme existam maiores ou menores esforços de tracção.



    O meu objectivo aqui não é dar nenhum "aula", mas tentar contribuir para quem utilizar o fórum e tem estas questões possa compreender um pouco melhor o funcionamento típico de uma viga. Não passa de um contributo bem intencionado.
    Concordam com este comentário: riscos
    • riscos
    • 2 agosto 2018 editado

     # 8

    Colocado por: j cardosoIsto nem parece do riscos ...

    Tens razao foi mau...fred, desculpa la qquer coisinha;)
    Concordam com este comentário: fredcunha
    • ik
    • 2 agosto 2018

     # 9

    O riscos parece um gajo porreiro mas às vezes parece que tem a mania que só ele é que sabe e os outros são burros
  7.  # 10

    Colocado por: riscos
    Tens razao foi mau...fred, desculpa la qquer coisinha;)
    Concordam com este comentário:fredcunha


    Sem problema :)
  8.  # 11

    Colocado por: ikO riscos parece um gajo porreiro mas às vezes parece que tem a mania que só ele é que sabe e os outros são burros


    É verdade ik, parece mesmo!!
    • ik
    • 2 agosto 2018

     # 12

    Colocado por: riscos

    É verdade ik, parece mesmo!!


    Sabe que não tenho nada contra si, mas já parece o seu amigo james
  9.  # 13

    Porra nao me diga isso, que vou ja de ferias do forum. A parte do meu amigo foi brincadeira nao foi?:)
  10.  # 14

    Colocado por: riscosA primeira coisa a evitar é não furar

    Sou doutra opinião, a primeira coisa a evitar é furar.
    Concordam com este comentário: nbastos
    • ik
    • 2 agosto 2018

     # 15

    Colocado por: riscosPorra nao me diga isso, que vou ja de ferias do forum. A parte do meu amigo foi brincadeira nao foi?:)


    Digo o mesmo do consórcio.. são todos iguais:p
 
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