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    • AnaZ
    • 31 julho 2009

     # 1

    Tenho acompanhado diariamente o forum e hoje preciso muito de alguma ajuda sobre um problema com o banco.
    fiz um emprestimo para aquisição e obras numa casa. Na terça feira foi dia da avaliação para a libertação da primeira tranche relativa às obras uma vez que a tranche da aquisição foi libertada no dia da escritura. Qual nao foi o nosso espanto que quando contactamos o banco nos dizem que o avaliador avaliou em zero! Ou seja, achou que o dinheiro da aquisição servia tambem para as obras e que o que ja tinha sido libertado chegava para as obras entretanto feitas. Não leu a documentaçao, nomeadamente onde se distingue de forma clara o montante para aquisição e o das obras. Achou que era tudo para obras. Depois de vários telefonemas ainda nao resolveram a situaçao e pior ainda dizem que se o parecer do avaliador se mantiver nao podem libertar capital. Nunca devemos nada a ninguem e neste momento temos os pedreiros à espera de serem pagos. Tratando-se de uma situação claramente infundamentada por parte do avaliador (a casa depois de adquirida ja levou novo telhado,paineis onduline, lintel, paredes picadas, cinta em inox, lareiras, 3 janelas abertas e uma porta) como posso pressionar o banco para que não se desreponsabilizem do problema? desde já agradeço a quem possa dar uma ajuda porque a última coisa que queremos é deixar os pedreiros à espera mais um dia que seja.
    • srma
    • 31 julho 2009

     # 2

    Ora bem, a primeira coisa que me parece que deve fazer é olhar para a escritura de compra e venda da casa e para o contrato de mutuo que lhe está associado, nesse contrato de mutuo está definido qual o valor de financimento (o valor do mutuo) e qual o valor da hipoteca referente ao imovel, se o contrato de mutuo já incluir o valor das obras (ou de outra forma de o valor do emprestimo for superior ao da aquisição da casa) e ainda nao recebeu esse remanescente,pege nos documentos e apresente a questão no banco. Se o crédito às obras foi efectuado separadamente ao da aquisição, deve ter consigo algum documento do banco que o pré aprove, se assim for, apresente esse documento no banco e peça o "reembolso" do valor das obras. Já agora quando submeteu o pedido de financiamento como é que casa foi avaliada? Ele deve ter um valor à data de avaliação e outro após a realização das obras, não apresentou um projecto de obras ao banco para ser avaliado? Se der mais informação pode ser que se consiga ajudar mais um bocado.
    • AnaZ
    • 31 julho 2009

     # 3

    Srma desde já muito obrigada pela atenção!

    Sim, temos um documento do banco que explicita muito bem o valor de aquisição (82.500) e o valor das obras (+-50.000). O "tipo" de empréstimo é mesmo para aquisição e obras. Indica ate um prazo de mais de um ano para concluir as obras e tivemos de entregar um orçamento indicativo. Alias, nesta fase de obras o valor da prestação até é menor.
    Houve uma avaliação inicial em que o avaliador (que nao o que esteve na casa agora) avaliou o imovel depois das obras em 150.000euros.
    O que eu me preocupa é o banco dizer que o avaliador avaliou daquela forma e não podem libertar o capital. Depois de muita insistencia disseram que iam contactar a comissão de avaliação e que iam tentar perceber a situação mas que se se mantivesse a posição do avaliador nao podiam fazer nada a nao ser outra avaliação.
    já tenho uma má experiencia com avaliadores. Com o primeiro banco que contactámos pedimos uma avaliação e o que nos avaliaram foi somente o terreno e nao incluiram a casa. A explicação: pode haver um terramoto e a unica coisa que fica é o terreno. Nem quis acreditar no que estavamos a ouvir. Perdemos o dinheiro da avaliação e fechamos as contas e mudamos de banco. Agora isto.. Queria ir de ferias descansada e deixar os outros irem de férias descansados tambem.
  1.  # 4

    "Com o primeiro banco que contactámos pedimos uma avaliação e o que nos avaliaram foi somente o terreno e nao incluiram a casa. A explicação: pode haver um terramoto e a unica coisa que fica é o terreno. Nem quis acreditar no que estavamos a ouvir. Perdemos o dinheiro da avaliação e fechamos as contas e mudamos de banco."

    É cada relato... de arrepiar! Um dia, também tenciono pedir um empréstimo nas condições referidas mas sinto que estou a adiar cada vez mais essa decisão por causa dos casos que vou tomando conhecimento por aqui! Como já tenho a minha dose de problemas, onde se inclui a desonestidade sem escrúpulos de uma entidade bancária que felizmente consegui vencer apenas com a minha luta e perseverança (e o Banco de Portugal) durante um longo ano, tenho cada vez mais medo de tentar avançar e realizar esse meu sonho.
    • srma
    • 31 julho 2009

     # 5

    O que eu faria era uma negociação por ameaça, então é assim, se o seu banco decidiu contratar um outro avaliador para as obras não é problema seu, se um avaliou que o imovel depois das obras valia x e agora outro diz que com obras não vale, alguem errou no processo e a si não lhe interessa de quem é o erro a verdade é que tem uma avaliação, uma casa e obras para pagar e que alguem tem que resolver o problema (já agora aceite a segunda vistoria mas recuse-se a paga-la). Apresente copia das facturas no banco e pergunte quanto tempo demoram para lhe colocar o dinheiro na conta, se a coisa ainda assim nao estiver de feição, peça o livro de reclamações e comece a escrever, ao mesmo tempo peça a identificação do funcionario que lhe está a tratar do assunto e dos avaliadores, informe que vai apresentar uma reclamação ao departamento de qualidade do banco com copia ao banco de portugal, depois saia do balcao do banco e regresse passado meia hora, entregue a copia da reclamação que vai enviar para o banco e avise que segue nesse mesmo dia por correio registado. Em principio isto deve ser suficiente para lhe resolverem o problema (alias pela minha experiencia nem sequer vai começar a escrever no livro de reclamações). Boa sorte e depois diga-nos como é que correu.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: AnaZ
    • srma
    • 31 julho 2009

     # 6

    E Ana, bem sei que isto é chato, mas lamento os pedreiros vão ter que esperar mais uns dias que isso é coisa para demorar uns dias resolver
    • AnaZ
    • 31 julho 2009

     # 7

    Obrigada!
    Era isso que eu precisava de saber: como pressionar e a quem me dirigir. Já anotei e segunda feira vou ao banco com a documentação direitinha. Levo até fotografias do processo, desde a casa com a tabuleta da imobiliaria à venda e o seu estado actual.
    Segunda ou terça ja coloco aqui o que aconteceu.
    Em relação aos pedreiros isso sim é o mais dificil. Mas só temos é de aceitar a responsabilidade e ver o que nos dizem.
  2.  # 8

    AnaZ,
    É alturas como essas que eu dou graças por ter uma prima que é manda-chuva no Banco de Portugal... (e ter frequentado um dos primeiros cursos de perito-avaliador também ajuda) ;-)
    • AnaZ
    • 3 agosto 2009

     # 9

    Boa tarde a tod@s
    Parece que à partida a estratégia de pressão resultou. Telefonei bem cedo para o dito banco e perguntei qual era o ponto da situação. Disseram que estavam a tentar entrar em contacto com a comissao de avaliação. Eu como estava muito danada com o "estamos a tentar contactar" disse-lhes precisamente que tinham até à hora de almoço para tentar fazer o tal telefonema dificil. A partir dai eu pegava no carro, ia ao balcao e apresentava reclamaçao do gestor da conta e do avaliador com a tal copia p o departamento de qualidade do banco e outra p o banco de Portugal porque se tratava de um erro grosseiro e de uma incompetencia dos serviços que ainda nao tinham detectado o erro que o cliente já tinha identificado. Terminei com um "estamos entendidos?".
    Agora ligaram-me a dizer que ja sabem qual foi o erro, que a culpa era deles, muitas desculpas, e o dinheiro vai ser libertado amanha.
    Agora é ver para crer que nestas coisas só acredito quando o dinheiro estiver na conta...
    Obrigada pela ajuda!
    • srma
    • 3 agosto 2009

     # 10

    Excelente!!! Esperemos que o problema esteja resolvido amanhã. Cá está mais um exemplo de como as coisas funcionam neste país, é triste mas a maioria das vezes tem mesmo que ser assim!
  3.  # 11

    A questão é SABERMOS como as coisas funcionam (ou não funcionam) neste País.
    A partir daí, quem tem unhas é que toca viola.
  4.  # 12

    e quem não chora não mama
 
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