Tenho acompanhado diariamente o forum e hoje preciso muito de alguma ajuda sobre um problema com o banco. fiz um emprestimo para aquisição e obras numa casa. Na terça feira foi dia da avaliação para a libertação da primeira tranche relativa às obras uma vez que a tranche da aquisição foi libertada no dia da escritura. Qual nao foi o nosso espanto que quando contactamos o banco nos dizem que o avaliador avaliou em zero! Ou seja, achou que o dinheiro da aquisição servia tambem para as obras e que o que ja tinha sido libertado chegava para as obras entretanto feitas. Não leu a documentaçao, nomeadamente onde se distingue de forma clara o montante para aquisição e o das obras. Achou que era tudo para obras. Depois de vários telefonemas ainda nao resolveram a situaçao e pior ainda dizem que se o parecer do avaliador se mantiver nao podem libertar capital. Nunca devemos nada a ninguem e neste momento temos os pedreiros à espera de serem pagos. Tratando-se de uma situação claramente infundamentada por parte do avaliador (a casa depois de adquirida ja levou novo telhado,paineis onduline, lintel, paredes picadas, cinta em inox, lareiras, 3 janelas abertas e uma porta) como posso pressionar o banco para que não se desreponsabilizem do problema? desde já agradeço a quem possa dar uma ajuda porque a última coisa que queremos é deixar os pedreiros à espera mais um dia que seja.
Ora bem, a primeira coisa que me parece que deve fazer é olhar para a escritura de compra e venda da casa e para o contrato de mutuo que lhe está associado, nesse contrato de mutuo está definido qual o valor de financimento (o valor do mutuo) e qual o valor da hipoteca referente ao imovel, se o contrato de mutuo já incluir o valor das obras (ou de outra forma de o valor do emprestimo for superior ao da aquisição da casa) e ainda nao recebeu esse remanescente,pege nos documentos e apresente a questão no banco. Se o crédito às obras foi efectuado separadamente ao da aquisição, deve ter consigo algum documento do banco que o pré aprove, se assim for, apresente esse documento no banco e peça o "reembolso" do valor das obras. Já agora quando submeteu o pedido de financiamento como é que casa foi avaliada? Ele deve ter um valor à data de avaliação e outro após a realização das obras, não apresentou um projecto de obras ao banco para ser avaliado? Se der mais informação pode ser que se consiga ajudar mais um bocado.
Sim, temos um documento do banco que explicita muito bem o valor de aquisição (82.500) e o valor das obras (+-50.000). O "tipo" de empréstimo é mesmo para aquisição e obras. Indica ate um prazo de mais de um ano para concluir as obras e tivemos de entregar um orçamento indicativo. Alias, nesta fase de obras o valor da prestação até é menor. Houve uma avaliação inicial em que o avaliador (que nao o que esteve na casa agora) avaliou o imovel depois das obras em 150.000euros. O que eu me preocupa é o banco dizer que o avaliador avaliou daquela forma e não podem libertar o capital. Depois de muita insistencia disseram que iam contactar a comissão de avaliação e que iam tentar perceber a situação mas que se se mantivesse a posição do avaliador nao podiam fazer nada a nao ser outra avaliação. já tenho uma má experiencia com avaliadores. Com o primeiro banco que contactámos pedimos uma avaliação e o que nos avaliaram foi somente o terreno e nao incluiram a casa. A explicação: pode haver um terramoto e a unica coisa que fica é o terreno. Nem quis acreditar no que estavamos a ouvir. Perdemos o dinheiro da avaliação e fechamos as contas e mudamos de banco. Agora isto.. Queria ir de ferias descansada e deixar os outros irem de férias descansados tambem.
"Com o primeiro banco que contactámos pedimos uma avaliação e o que nos avaliaram foi somente o terreno e nao incluiram a casa. A explicação: pode haver um terramoto e a unica coisa que fica é o terreno. Nem quis acreditar no que estavamos a ouvir. Perdemos o dinheiro da avaliação e fechamos as contas e mudamos de banco."
É cada relato... de arrepiar! Um dia, também tenciono pedir um empréstimo nas condições referidas mas sinto que estou a adiar cada vez mais essa decisão por causa dos casos que vou tomando conhecimento por aqui! Como já tenho a minha dose de problemas, onde se inclui a desonestidade sem escrúpulos de uma entidade bancária que felizmente consegui vencer apenas com a minha luta e perseverança (e o Banco de Portugal) durante um longo ano, tenho cada vez mais medo de tentar avançar e realizar esse meu sonho.
O que eu faria era uma negociação por ameaça, então é assim, se o seu banco decidiu contratar um outro avaliador para as obras não é problema seu, se um avaliou que o imovel depois das obras valia x e agora outro diz que com obras não vale, alguem errou no processo e a si não lhe interessa de quem é o erro a verdade é que tem uma avaliação, uma casa e obras para pagar e que alguem tem que resolver o problema (já agora aceite a segunda vistoria mas recuse-se a paga-la). Apresente copia das facturas no banco e pergunte quanto tempo demoram para lhe colocar o dinheiro na conta, se a coisa ainda assim nao estiver de feição, peça o livro de reclamações e comece a escrever, ao mesmo tempo peça a identificação do funcionario que lhe está a tratar do assunto e dos avaliadores, informe que vai apresentar uma reclamação ao departamento de qualidade do banco com copia ao banco de portugal, depois saia do balcao do banco e regresse passado meia hora, entregue a copia da reclamação que vai enviar para o banco e avise que segue nesse mesmo dia por correio registado. Em principio isto deve ser suficiente para lhe resolverem o problema (alias pela minha experiencia nem sequer vai começar a escrever no livro de reclamações). Boa sorte e depois diga-nos como é que correu.
Obrigada! Era isso que eu precisava de saber: como pressionar e a quem me dirigir. Já anotei e segunda feira vou ao banco com a documentação direitinha. Levo até fotografias do processo, desde a casa com a tabuleta da imobiliaria à venda e o seu estado actual. Segunda ou terça ja coloco aqui o que aconteceu. Em relação aos pedreiros isso sim é o mais dificil. Mas só temos é de aceitar a responsabilidade e ver o que nos dizem.
AnaZ, É alturas como essas que eu dou graças por ter uma prima que é manda-chuva no Banco de Portugal... (e ter frequentado um dos primeiros cursos de perito-avaliador também ajuda) ;-)
Boa tarde a tod@s Parece que à partida a estratégia de pressão resultou. Telefonei bem cedo para o dito banco e perguntei qual era o ponto da situação. Disseram que estavam a tentar entrar em contacto com a comissao de avaliação. Eu como estava muito danada com o "estamos a tentar contactar" disse-lhes precisamente que tinham até à hora de almoço para tentar fazer o tal telefonema dificil. A partir dai eu pegava no carro, ia ao balcao e apresentava reclamaçao do gestor da conta e do avaliador com a tal copia p o departamento de qualidade do banco e outra p o banco de Portugal porque se tratava de um erro grosseiro e de uma incompetencia dos serviços que ainda nao tinham detectado o erro que o cliente já tinha identificado. Terminei com um "estamos entendidos?". Agora ligaram-me a dizer que ja sabem qual foi o erro, que a culpa era deles, muitas desculpas, e o dinheiro vai ser libertado amanha. Agora é ver para crer que nestas coisas só acredito quando o dinheiro estiver na conta... Obrigada pela ajuda!
Excelente!!! Esperemos que o problema esteja resolvido amanhã. Cá está mais um exemplo de como as coisas funcionam neste país, é triste mas a maioria das vezes tem mesmo que ser assim!