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  1.  # 1

    Colocado por: srma
    ai a minha reacção foi mesmo andar para a porta :)
    E aposto que em passo ligeirinho :-))


    há que manter a postura um homem não tem medo :)
  2.  # 2

    Colocado por: srmaO ferro deslizante, parece ser uma coisa do genero, fazia-se uma armadura de ferro para o pilar com a altura de um andar e depois da betonagem, puxava-se essa mesma armadura para cima, cofragem, betão e novamente puxar para cima, acho que é isso.

    Exactamente. Nessa altura, o ferro era tão caro que havia um servente na obra a apanhar os pregos usados e a endireitá-los para serem reutilizados. Mas o vicio ficou e durante alguns anos fez escola.

    Actualmente o truque é diferente, mas o resultado o mesmo. Quando o projecto diz que o afastamento é 15cm, afasta-se a 20, (-33%), mete-se varões um diamêtro abaixo. Se forem armaduras muito pesadas e com fiscalização em obra, até se chega ao ponto de fazer o seguinte.

    Quando o projecto diz que o afastamento é 15cm é ao eixo do varão, mas monta-se as armadurada afastadas 15cm entre varões, na prática, come-se 2cm num ferro de 20. Não é muito? não, são 13%.

    Senhores, quando a malta se manda ao ar nos tópicos onde se discute os preços maravilha por m2, acaso imaginais que as diferenças de preços, são apenas a diferença do lucro dos empreiteiros?
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 3

    um homem não tem medo :)
    eh,eh,eh! Claro que não, quanto muito é cuidadoso e protector!!!!
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 4

    Senhores, quando a malta se manda ao ar nos tópicos onde se discute os preços maravilha por m2, acaso imaginais que as diferenças de preços, são apenas a diferença do lucro dos empreiteiros?
    Ora aí está, o pessoal compra gato por lebre e depois quando dá para o torto queixam-se dos gatunos dos empreiteiros!!!!
  3.  # 5

    Colocado por: srma
    Senhores, quando a malta se manda ao ar nos tópicos onde se discute os preços maravilha por m2, acaso imaginais que as diferenças de preços, são apenas a diferença do lucro dos empreiteiros?
    Ora aí está, o pessoal compra gato por lebre e depois quando dá para o torto queixam-se dos gatunos dos empreiteiros!!!!

    Pois, mas se lhes tentarmos dizer o contrário, até aldrabões nos chamam. Tudo tem um custo mínimo e preços abaixo disso, é aldrabar, ponto final.
    • srma
    • 6 agosto 2009

     # 6

    Pois, o cliente paga sempre, se não é em dinheiro é em qualidade, enfim!
  4.  # 7

    Colocado por: srmaO ferro deslizante, parece ser uma coisa do genero, fazia-se uma armadura de ferro para o pilar com a altura de um andar e depois da betonagem, puxava-se essa mesma armadura para cima, cofragem, betão e novamente puxar para cima, acho que é isso.



    O "ferro deslizante" é exactamente isso, simplesmente tinha que ser puxado durante a betonagem: por muito que o engenheiro/fiscal vigiasse a betonagem completa, o betão não ganha presa na hora e eles acabavam por ir embora. Assim, antes que o betão secasse, a armadura era puxada para o piso de cima e já lá ficava até à próxima betonagem. E esta mesma armadura corria o edifício na vertical, deixando os pilares em armaduras...
  5.  # 8

    Isso faz-me muita confusão. Acredito que seja verdade, mas se tem estado firme durante 20 anos é muito estranho.

    Juziel, se o engº e fiscal estavam durante a betonagem, não viam as cintas e restante armadura?
    Aumentar um pouco o espaçamento dos varões ainda se compreende que não cause grandes dores, mas retirar toda a armadura vertical de um pilar...

    Nesse caso, as alvenarias e restantes elementos não estruturais é que acabam por conferir a única rigidez aos edifícios. No dia que for preciso ir buscar a rigidez ao pilar (estado limite) vai ser um dominó!

    Quem sabe muitos de nós estamos neste momento nesses barris de pólvora! É triste.
  6.  # 9

    Colocado por: O.MartinsJuziel, se o engº e fiscal estavam durante a betonagem, não viam as cintas e restante armadura?

    Não, a cofragem tapa tudo e é preciso que eles subissem aos andaimes o que não fazem

    Colocado por: O.MartinsAumentar um pouco o espaçamento dos varões ainda se compreende que não cause grandes dores, mas retirar toda a armadura vertical de um pilar

    Desde que não abane (sismo), nem precisa de ferro, porque o betão trabalha à compressão e um pilar é comprimido por natureza. Como os sismos aparecem de 200 em 200 anos, a memória dos homens esquece rapidamente.

    Embora não tão grave, tivemos exemplos no fórum de vivendas feitas com bons preços e que toda a gente considerou com uma excelente relação qualidade/preço.
    Alguém achou triste? Não vejo grande diferença entre aquilo e alguns prédios feitos nos pós 25 de Abril com ferro deslizante e betão B16
  7.  # 10

    Olá yuri,

    Imagino que ja deve estar baralhado com tanta informação. Resumido vou tentar esclarece-lo.
    1. As lajes fungiformes apoiam directamente nos pilares e podem ser maçiças ou aligeiradas.
    2. As lajes vigadas apoiam em vigas e podem ser maçiças ou aligeiradas.
    Se quer uma estrutura barata e resistente opte por laje vigada maciça, se as vigas no meio chateiam opte por laje fungiforme maciça, mas com vigas periféricas, no geral os preços são idênticos, sendo ligeiramente superior na fungiforme. Esse incremento não tem expressão no custo global da obra.
    Outra coisa importante na engenharia a melhor solução não é o mais barato, mas sim o que for técnicamente adequado. O barato sai caro.

    Cumprimentos.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: yuri, Ruão
  8.  # 11

    Colocado por: PauloCorreia
    Desde que não abane (sismo), nem precisa de ferro, porque o betão trabalha à compressão e um pilar é comprimido por natureza. Como os sismos aparecem de 200 em 200 anos, a memória dos homens esquece rapidamente.


    Olá Paulo. As cintas não servem apenas para o esforço transverso. São essenciais para o confinamento do betão. Só trabalham se houver armadura vertical. Colocar cintas e não colocar armadura vertical faz com que as cintas não estejam lã a fazer rigorosamente nada. E estou a falar apenas para esforços de compressão.

    No caso de 1 sismo que acontece de 200 em 200 anos, qualquer edifício vai apresentar danos e fracturar, predominantemente na zona de ligação pilar-viga. Os bens projectados/construídos, embora fracturados, permanecerão de pé. Os bem projectados e mal construídos (como o caso desse sem armadura) serão dos primeiros a cair. Ainda para mais, há 20 anos, nem se dispunha de ferramentas de cálculo automático, capazes de optimizar a rigidez por torção dos edifícios, entre outras coisas.

    Serve de consolo que, quando caírem, ficará bem visível a ausência de armadura nos pilares. Servirá para abrir os olhos a quem ainda não os tenha aberto (ainda que por pouco tempo... até vir o próximo sismo).
  9.  # 12

    è óbvio que quando digo que não precisa, é uma forma de falar, porque causa do comentário, "mas se estão de pé há 20 anos..", porque aquilo consegue estar de pé quase ou sem ferro, o que não quer dizer que esteja bem. Simplesmente ainda não deu para o torto.
  10.  # 13

    Colocado por: O.MartinsIsso faz-me muita confusão. Acredito que seja verdade, mas se tem estado firme durante 20 anos é muito estranho.

    Juziel, se o engº e fiscal estavam durante a betonagem, não viam as cintas e restante armadura?
    Aumentar um pouco o espaçamento dos varões ainda se compreende que não cause grandes dores, mas retirar toda a armadura vertical de um pilar...

    Nesse caso, as alvenarias e restantes elementos não estruturais é que acabam por conferir a única rigidez aos edifícios. No dia que for preciso ir buscar a rigidez ao pilar (estado limite) vai ser um dominó!

    Quem sabe muitos de nós estamos neste momento nesses barris de pólvora! É triste.


    Claro que viam as armaduras. Mas o betão não ganha presa numa hora ou duas. Assim que eles iam embora, os empreiteiros faziam a reciclagem/reutilização das armaduras...
  11.  # 14

    Colocado por: PauloCorreiaè óbvio que quando digo que não precisa, é uma forma de falar, porque causa do comentário, "mas se estão de pé há 20 anos..", porque aquilo consegue estar de pé quase ou sem ferro, o que não quer dizer que esteja bem. Simplesmente ainda não deu para o torto.


    Exactamente. Basta haver um assentamento mais agravado nas fundações em apenas um dos lados ou num canto do prédio, e lá se vai o castelo de cartas. Se vier um sismo, por mais pequeno que seja, então não se fala...
    E depois há sempre a Torre de Pisa, que me parece ser de construção em pedra, ou seja, compressões simples, tombou 5º e aguentou lá uns séculos até terem estabilizado as fundações... e como não cai, é sempre o pedreiro que tem razão, porque a reserva de segurança é difícil de medir...
  12.  # 15

    Juziel, diga-me uma coisa, se me permite, você teve conhecimento de situações dessas e "fechou os olhos" ?
  13.  # 16

    Colocado por: O.MartinsJuziel, diga-me uma coisa, se me permite, você teve conhecimento de situações dessas e "fechou os olhos" ?


    Ai essa curiosidade... se eu estou a dizer que eles faziam isso depois de os fiscais irem embora, como era possível ver? E depois de o betão ganhar presa, só partindo se podem ver as armaduras, e partido não funciona muito bem...
    Mas, respondendo directamente à pergunta, tenho 26 anos... isso não é do meu tempo... LOL

    Mas há muitas judiarias que ainda se fazem, como partir integralmente um pilar de canto para fazer passar uma conduta de exaustão dum esquentador, esventrar o pilar até às armaduras para colocar um ponto de luz, enfim... mudam-se os tempos, mantêm-se as más vontades...
    • pced
    • 6 setembro 2009

     # 17

    Numa área de:
    Cave: 85m2
    Rc: 85m2
    1ºandar: 70m2
    Qual o diferença de preço entre laje de vigotas ou laje maciça?

    E o que me aconselham?

    Zona de Ourém.

    Cumps
  14.  # 18

    Colocado por: JuzielEssa do ferro deslizante é mítica e faz parte da história da construção em Portugal.
    Quando você escreveu «mítica», entendi que «é um mito». :-)
    Colocado por: O.MartinsJuziel, diga-me uma coisa, se me permite, você teve conhecimento de situações dessas e "fechou os olhos" ?
    O Juziel tem metade da minha idade. Até o nascimento dele foi devidamente fiscalizado! :-)
    Mas eu tive 3 sócios, engenheiros, mais velhos que o meu pai, que juravam a pés juntos que havia vários prédios construídos com "ferro deslizante". Um deles é lá para os lados de S.Sebastião da Pedreira (Lisboa), e ainda lá está.
  15.  # 19


    Mas eu tive 3 sócios, engenheiros, mais velhos que o meu pai, que juravam a pés juntos que havia vários prédios construídos com "ferro deslizante". Um deles é lá para os lados de S.Sebastião da Pedreira (Lisboa), e ainda lá está.


    : ))

    Foram as teias de aranha que entretanto apareceram!

    Mas como disse atrás, não me espanta que continuem em pé. O que me espanta é se continuarem em pé depois de um abalo mais forte... Só o tempo o dirá.
    • srma
    • 7 setembro 2009

     # 20

    Colocado por: Luis K. W.
    Colocado por: JuzielEssa do ferro deslizante é mítica e faz parte da história da construção em Portugal.
    Quando você escreveu «mítica», entendi que «é um mito». :-)
    Colocado por: O.MartinsJuziel, diga-me uma coisa, se me permite, você teve conhecimento de situações dessas e "fechou os olhos" ?
    O Juziel tem metade da minha idade. Até o nascimento dele foi devidamente fiscalizado! :-)
    Mas eu tive 3 sócios, engenheiros, mais velhos que o meu pai, que juravam a pés juntos que havia vários prédios construídos com "ferro deslizante". Um deles é lá para os lados de S.Sebastião da Pedreira (Lisboa), e ainda lá está.


    Não sei se a afirmação tem algo de cientifico, mas já ouvi vários engenheiros dizerem que as obras hoje em dia têm ferro a mais (por excesso de precaução dos projectistas de estrutura) daí a não terem nenhum vai mesmo uma grande diferença.
 
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