Quero vincar que sou novo no fórum em termos de registo, mas já sigo o mesmo há algum tempo (desde que comecei à procura de casa há cerca de 1 ano).
Tenho 33 anos. Resido na zona de lisboa, Olivais mas sempre tive intenção de comprar casa até aos 35 anos. Sendo que a minha senhoria está a querer entrar na maluqueira dos valores e me começa a pressionar e a mandar algumas indirectas de que no inicio do próximo contrato terá de aumentar a renda (ronda os 400 mensais), comecei na procura ainda mais activa de casa.
Encontrei um T3 com 2 casas de banho, 116m quadrados (incluindo já a arrecadação individual na cave), prédio de 2001 e uma casa pronta a habitar num estado como novo. O valor de empréstimo que irei fazer é de 100 mil euros (cerca de 83% do valor da casa).
Queria tirar algumas questões com vcs pois sendo a primeira, há sempre o receio de tomar a decisão errada:
1 - Para quem conhece, o que acham de Vialonga? Eu trabalho perto e até de bicicleta poderia ir, a minha esposa trabalha no Chiado e a intenção seria ir de metro até aos Olivais (onde temos casa da minha mãe) e ai ir para o Chiado.
Acham que em termos de deslocação é algo que se faz bem?
2 - Poderá o imóvel baixar muito o valor (117500 aprox) quando/se rebentar por ai alguma crise ou nao devo pensar nisso? Pergunto isto porque o bairro em si, apesar de ter muito bom aspecto e do que falei com quem lá mora ser bastante calmo foi construído por cooperativa.
No inicio as casas foram vendidas em 2001 como novas a 70 e poucos mil sem garagem e 90 e poucos mil com garagem..
3 - Tenho uma pré aprovação da caixa geral (meu banco) com um spread de 1,20 e uma TAEG de 2.9, sendo que o valor da prestação rondaria os 280 + uma anuidade de 80 euros para o seguro da casa. O seguro de vida é a 100% e também para uma eventual incapacidade para exercer o meu tipo de função/trabalho (seja lá o que isto signifique pois sou informático).
Acham valores razoáveis? Devo negociar algo? Por ultimo, na proposta de contrato, refere que devo utilizar cartão de crédito pelo menos uma vez de 3 em 3 meses mas a gestora disse que apesar de lá estar referido assim, não é necessariamente verdade e que não teria de utilizar pois não seria penalizado.
Desde já, desculpem o testamento longo e obrigado por todo o tipo de resposta que se sintam à vontade em dar.
Obrigado pelo "testamento" longo e bem detalhado. Tentarei ser "compacto" na minha resposta.
1 - Só conheço a Vialonga de passagem, mas não deixa de ser um "satélite" de Lisboa, com serviços confortáveis e bons acessos.
2 - Relativamente ao valor de 120k€ por um apartamento T3 com 2 WCs a uma relativamente boa distância de Lisboa, se estiver em bom estado, até considero o preço relativamente abaixo da minha estimativa de valor médio. Os 116m2 já incluem a arrecadação, que não deve ter mais 26m2, pelo que ficam 90m2 para o T3; not bad. Só não percebi se é um dos apartamentos que inclui a garagem ou não, mas mesmo assim, não altera muito a minha opinião.
3 - Não sei relativamente aos spread e TAEG, mas sei que há dois anos foi-me melhor pedir empréstimo+seguro pelo Santander Totta que pela CGD... Infelizmente a CGD tem feito com que eu fique bastante decepcionado... Relativamente aos N critérios (como usar o cartão de crédito "frequentemente"), veja se consegue "activar" os outros critérios para evitar ter preocupações. No meu caso, fiz: depósito a prazo de (mínimo) 1000€, na qual nunca mexo; domiciliar ordenado; etc (já nem sei; como disse: foi para evitar preocupações com o assunto).
Quero agradecer a resposta, no entanto, não quis responder novamente sem ter o processo concluído. Hoje foi a escritura e paguei uma batelada de dinheiro, sendo que eramos 2 e paguei dois valores em duplicado por sermos dois, que nem cheguei a perceber qual era.
Resultado, chave na mão.
Duas notas negativas: A casa não era de 2001 mas sim 2000 e o anuncio estava errado (não me preocupa) O vendedor não se quis desfazer da garagem como já previa, pois foi comprada à parte.
Nota negativa: Fiquei a saber que além da arrecadação na cave, tenho outra no sotão.
Nota: Para conseguir o spread de 1,20, tive de pedir apenas 99,500 e não os 100.000 previstos, pois o valor da casa foi de 125 mil e não de 140 mil como inicialmente apontado. Tive também de subscrever a um PPR, 25 mensais ou 2500 de uma só vez. A alternativa seria subscrever um seguro de saúde, mas referi que já tinha um e foi sugerido então o PPR.