Como o próprio nome indica gostaria de saber a vossa opinião sobre a pertinência da contabilização das ações do vento em estruturas metálicas com altura máxima de 7m (piso único ou r/c+ andar) e sistema de contraventamento. Tenho visto muitos colegas que não contabilizam.
A acção do vento é uma acção regulamentar, pelo que tem de ser sempre considerada no cálculo das estruturas. Em estruturas metálicas, geralmente devido ao seu baixo peso-próprio, usualmente é a acção sísmica que não é condicionante (em particular se falarmos da zona centro e norte) sendo a acção do vento preponderante.
Sinceramente não vejo porque não considerar a acção do vento, já que usualmente é o esforço horizontal mais relevante em estruturas metálicas.
Sim, é aquele que mais condiciona as dimensões da fundação. Ás vezes fico perplexo quando vejo, em projetos, sapatas de dimensão tão reduzida. Depois acabo por verificar que a ação do vento não foi tida em conta...
Se existir um elemento bastante rígido a conferir o contraventamento da estrutura (paredes ou núcleos) a acção horizontal concentra-se no mesmo, aliviando os restantes pilares e conduzindo a sapatas mais pequenas nos mesmos.
E no caso de, em naves para comércio ou serviços, que normalmente se executam muros em alvenaria de bloco pela face interior dos pilares (metálicos) possuindo depois, pelo exterior, o painel fixado às madres laterais que por sua vez fixam nos pilares.
Neste caso, existe a possibilidade de estes muros mitigarem os esforços gerados pela ação do vento de forma a que esta seja pouco significativa ou parece-lhe que pouco ou nada mudará?
A acção do vento incide sobre os painéis, que por sua vez transmitem o esforço às madres e estas aos pilares. Não há nenhuma acção resistida pelas paredes de alvenaria. A totalidade da acção do vento tem de ser resistida pelos pilares e respectivos sistemas de contraventamento.