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  1.  # 1

    Sou inquilino num apartamento de último andar de um prédio antigo no qual vivo com a minha esposa, e temos um valor de renda relativamente baixa para a zona e praticamente impossível e igualar.
    O prédio é muito mal, ou não tem mesmo qualquer insonorização. Consigo escutar conversas nos apartamentos circundantes, e chega até ao ponto de vizinhos ouvirem outros a ir à casa de banho à noite, ou terem telemóveis a vibrar dentro de casa.

    Tenho o azar de ter um vizinho de baixo bastante conflituoso e agressivo, embora idoso. Em pouco tempo, "correu" com os últimos 4 inquilinos. A mim já me cortou muito superficialmente com uma faca de cozinha, e tenho queixa feita com testemunhas que embora não tenham visto o corte viram a perseguição de que fui alvo. Nunca lhe bati, mas sei que é um covarde que me teme, e tem fases calmas, e outras menos, mas a sua estratégia passou também para o uso das autoridades, em vez da agressividade.
    Numa tarde em que fazíamos limpeza geral à casa, só porque movíamos mobília chamou 3 vezes a polícia, e lá vieram eles ver se se tratava de obras e pedir para minimizar o ruído, que nunca escutaram, e verificaram com os moradores do lado, de que não se tratava de nada de extraordinário.
    O hábito que teve durante algum tempo comigo, foi o de bater com muita violência no tecto por tudo e por nada. Quando fechava a persiana, por exemplo entre outros... Aos antigos inquilinos, batia a meio da noite sem razão aparente quando esses dormiam, foi agressivo com mulheres solteiras, entre outros, daí terem de mudar.

    Nós não é o primeiro prédio em que vivemos, e jamais tivemos qualquer problema, queixa ou até comentários noutros lugares, e consideramo-nos bastante sossegados até. Já o vizinho vive lá Há poucos anos depois de herdar a casa, e parece estar um pouco senil, não deve dormir nada e ter sono leve, e simplesmente não foi feito para viver em apartamento.

    Já há mais de ano e meio e antes de eu lá viver, informou que colocaria um processo no meu senhorio se este não fizesse obras na casa.
    Fez queixa nos julgados da paz contra o senhorio, e acusou de terem retirado o isolamento, o que segundo o senhorio não é verdade, e não acredito porque o chão é idêntico ao dos outros apartamentos.
    Mesmo que fosse, jamais o provaria, porque o prédio é tão antigo que nem tem ficha técnica,
    Lá foram para uma mediação, e o homem insistiu no isolamento, diz que já tem a sua casa toda isolada - não tem, porque se isolasse o tecto jamais poderia bater como batia - fez o choradinho e comprovou sofrer do coração, e acordaram todos alcatifar o meu quarto, queria a casa toda, mas lá cedeu.

    Isto não faz qualquer sentido. O quarto é onde só vamos praticamente dormir, e é onde o chão é de maneira, logo menos propenso à projecção de ruído.
    Tudo isto foi me transmitido informalmente, e eu disse que não aceitava. Tenho dois gatos, que senão fosse o "roomba" a trabalhar diariamente teria a casa infestada de pelos, não tenho qualquer tapete da porta para dentro, e sofro de rinite e sinusite. Além do mais, arrendei a casa sem ser alcatifada, e é com estas características que pretendo que se mantenha.
    O senhorio aceita, mas tem incomodado todos os dias. Pretendo que eu faça uma carta a dizer que tínhamos acordado que o contrato durasse pelo menos mais 3 anos, que não aceito a alcatifa, e que caso a coloquem terei de sair e para isso espera ser ressarcido por parte do vizinho da diferença de rendas durante esses anos bem como indemnizado por danos não patrimoniais causados, pela mudança e má vizinhança, durante o período que lá habitámos

    Se por um lado compreendo o lado do senhorio, por outro, acho que está receoso demais com a queixa e só quer colocar mesmo a carpete ou que eu miraculosamente com essa carta fizesse o homem desistir do que acordaram na mediação.
    Eu jamais escreverei essa carta, porque a meu ver, é em parte aceitar que que alcatifem a casa, e acho que vai ajudar zero às pretensões de um e do outro.
    Também jamais, viverei lá com a divisão alcatifada, mas pretendo lá viver, fiquei mais atento, e não tenho qualquer receio pela minha integridade nem me têm incomodado durante a noite.

    Até que ponto poderei recusar a maldita alcatifa?

    Agradeço desde já as respostas.
  2.  # 2

    Agradecia que fizesse um resumo com os pontos chave.O texto é tão longo bem denso que a maioria das pessoas não consegue abarcar tudo...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Speaker
  3.  # 3

    Colocado por: PalhavaAgradecia que fizesse um resumo com os pontos chave.O texto é tão longo bem denso que a maioria das pessoas não consegue abarcar tudo...
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Speaker


    Eu que agradeço o alerta. Reconheço que tenho pouca capacidade de síntese na escrita.

    Resumo: vizinho de baixo conflituoso e violento.
    Sou inquilino e pago uma renda baixa para a zona.
    Já correu com os últimos inquilinos tendo até prometido que faria o mesmo comigo.
    Temos alguns problemas pendentes entre nós, em que o mesmo me agrediu e atentou contra a minha vida, mas que serão resolvidos a seu tempo.

    Acusa-me a mim e à minha esposa de ruído devido à falta de isolamento, - de que sofre todo o prédio.
    Diz já ter isolado o seu tecto, o que não é verdade, ou não podia bater com algo que quase me faz levantar o chão.
    Colocou o senhorio nos julgados da paz, e sem qualquer julgamento, na primeira mediação acordaram colocar uma alcatifa industrial no meu quarto.
    O meu quarto é a parte da casa mais insonorizada e onde passamos menos tempo, mas fica acima do quarto do vizinho.
    Tenho dois gatos, sofro de sinusite e rinite, e não aceito nenhuma alcatifa na casa que me foi arrendada.
    O senhorio, super receoso dos tribunais, pediu-me informalmente uma carta a dizer que não aceito, e que caso o façam vou me mudar cancelando o contrato anual, quando pretendia ficar mais 3 anos, e que pretendo ser ressarcido da diferença de rendas que pagarei nesse período, por parte do vizinho, e também exigir indemnização por danos não patrimoniais causados pela mudança e má vizinhança, por causa da agressão, e baterem no tecto.
    Não o pretendo fazer, porque a meu ver seria aceitar a alcatifa, e isso jamais "pegaria" e faria alguém desistir da sua demanda. A meu ver, o julgamento facilmente cairia a favor do meu senhorio.

    Ponto chave: Até que ponto posso recusar a alcatifa?

    Obrigado
  4.  # 4

    Boa tarde.
    Será que alguém poderia esclarecer o ponto chave?

    Muito obrigado
  5.  # 5

    Há por aí uma série de coisas que, digamos, não fazem sentido a não ser que existam outros elementos que as sustentem.

    DO que percebi, o seu senhorio quer processar o seu vizinho e requerer-lhe uma indemnização por lucros cessantes. Nomeadamente das rendas que não vai usufruir e da suposta indemnização que ainda vai ter de lhe pagar a si.
    Aparentemente é mais para estratégia de intimidação ao seu vizinho e para que este se "cale" com as queixas. Deve ter sido aconselhado a fazer isso para contrapor.

    Por outro lado, se houve medições de ruído e isolamentos, quais foram os resultados? São certificados?
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  6.  # 6

    Já agora, uma alternativa à carpete poderia ser pavimento flutuante aplicado sobre uma ou mais camadas de isolamento de percussão como cortiça ou outro. Já não teria os problemas de alergias.
  7.  # 7

    Eu que não vou entrar nessa estratégia de intimidação. Porque acho que isso é reconhecer a possibilidade de saír da casa em que estou.

    E nunca houve medições de nada.
    E conhecendo o vizinho, creio que nada poderá resolver.
 
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