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    • mln2c
    • 8 dezembro 2019 editado

     # 1

    Boa noite.
    Infelizmente estou a passar por uma situação muito desagradável relacionada com a clonagem de um cartão Multibanco.
    Apesar de o tópico ser um pouco afastado do tema do forum estou desesperado e toda a ajuda é bem vinda. Como sei que outras pessoas provavelmente estarão a passar pelo mesmo que eu imagino que este post até pode ser uma forma de conseguirmos falar uns aos outros e ajudarmos-nos.

    Basicamente o que se passou foi que durante alguns dias houve múltiplos movimentos fraudulentos na minha conta no Montepio, levantamentos na Chave 24 e transferências para contas nacionais. Imediatamente, assim que tomei conhecimento, liguei para a SIBS que colocou o cartão na lista negra. No dia seguinte quando a linha telefonica do banco ficou disponível comuniquei-lhes todos os movimentos fraudulentos. Deram-me a indicação que deveria fazer queixa e assim o fiz. Entretanto também fui ao balcão do banco e assinei papeis onde se discriminava cada um dos movimentos fraudulentos e entreguei cópias desses papéis junto com a queixa. Infelizmente como optei por fazer queixa na Polícia Judiciária (pensando eu que isso iria contribuir para que o processo fosse mais rápido) ainda não tenho a declaração da queixa que entreguei. Esta declaração irá ficar disponível amanhã e de seguida irei entregá-la no banco. (Pelo que me explicaram na PSP e na GNR fica-se logo com uma cópia da queixa mas na judiciária esta declaração só é passada depois de atribuirem um numero ao processo, o que no meu caso demorou quase uma semana...).

    Nos contactos que tenho tido com o banco nunca se comprometeram com um prazo para a devolução dos montantes. Ao balcão disseram-me que havia casos em que podia demorar um ano. Ao telefone disseram-me que o prazo para a devolução dependia da "investigação". Entretanto pelos contactos que tive com o banco e com a judiciária percebi que houve vários outros casos semelhantes no mesmo banco

    Tenho estado a pesquisar o mais possível sobre o assunto e penso que a legislação mais relevante sobre o meu caso será o Decreto-Lei n.o 91/2018.
    O artigo 114.o
    "Responsabilidade do prestador de serviços de pagamento em caso de operação de pagamento não autorizada
    1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 112.o, o prestador de serviços de pagamento do ordenante deve reembolsar imediatamente o ordenante do montante da operação de pagamento não autorizada após ter tido conhecimento da operação ou após esta lhe ter sido comunicada e, em todo o caso, o mais tardar até ao final do primeiro dia útil seguinte àquele conhecimento ou comunicação.
    2 - O prestador de serviços de pagamento do ordenante não está obrigado ao reembolso no prazo previsto no número anterior se tiver motivos razoáveis para suspeitar de atuação fraudulenta do ordenante e comunicar por escrito esses motivos, no prazo indicado no número anterior, às autoridades judiciárias nos termos da lei penal e de processo penal.
    3-....

    10 - Sempre que o ordenante não seja imediatamente reembolsado pelo prestador de serviços de pagamento, e não tenham sido detetados motivos razoáveis que constituam fundamento válido de suspeita de fraude, ou essa suspeita não tenha sido comunicada, por escrito, à autoridade judiciária nos termos da lei penal e de processo penal, são devidos ao ordenante juros moratórios, contados dia a dia desde a data em que o utilizador de serviços de pagamento tenha negado que autorizou a operação de pagamento executada, até à data do reembolso efetivo da mesma, calculados à taxa legal, fixada nos termos do Código Civil, acrescida de 10 pontos percentuais, sem prejuízo do direito à indemnização suplementar a que haja lugar.
    "

    Como não sou advogado nem jurista não tenho a certeza que esta realmente seja a legislação mais relevante, mas pareceu bater certo com a informação que encontrei no portal do cliente bancário do banco de portugal https://clientebancario.bportugal.pt/pt-pt/direitos-e-deveres-na-utilizacao-de-cartoes
    Parece-me que o banco não está a ser correto comigo pois pelo que leio parece-me que deviam repor no dia útil a seguir a lhes ter comunicado a não ser que suspeitem de atuação fraudulenta da minha parte. Ora isto parece-me muito dificil de suspeitar fundamentadamente se o problema estiver a ocorrer com multiplas pessoas.

    Amanhã irei entregar a cópia da declaração da PJ e estou indeciso sobre qual a melhor forma de atuar. Pensei nas seguintes:
    a) entregar uma declaração escrita ao balcão em que peço o reembolso dentro de 1 dia útil ao abrigo do Decreto-Lei n.o 91/2018 artigo 114 nº1
    b) enviar uma reclamação para o provedor do banco
    c) enviar uma reclamação para o banco de portugal
    d) esperar mais uns dias

    Qualquer dica ou ideia que me possam dar, especialmente se já tiverem passado ou estiverem a passar pela mesma situação seria muito bem vinda. Se conhecerem pessoas que estejam também na mesma situação que eu seja pelo banco Montepio ou outro também agradeço o contacto por mensagem privada.
  1.  # 2

    Passei pelo mesmo no Santander com o CC. Fui informado pelo banco dos movimentos suspeitos. No dia a seguir fui à PSP. No dia útil seguinte fui ao banco e entreguei a participação. Duas semanas depois os movimentos foram anulados, não tendo o dinheiro sequer chegado à sair da conta.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: mln2c
  2.  # 3

    Onde/em que circunstância terá ocorrido a clonagem?

    Conseguiu obter os nomes das contas para onde as quantias foram transferidas?

    Os multibancos e as instalações da CH24 t~em habitualmente câmaras de filmar, não será uma ajuda para se descobrir os criminosos?
  3.  # 4

    Essa investigação é feita pela PJ. São eles que recolhem os dados e depois de compilados tentam encontrar padrões para chegar aos criminosos.
  4.  # 5

    Assim que entregar tudo no banco o mesmo irá accionar o seguro por norma caso a clonagem seja provada no máximo de uma semana restituem os valores em causa
    Estas pessoas agradeceram este comentário: mln2c
    • hangas
    • 9 dezembro 2019 editado

     # 6

    Colocado por: mln2cBasicamente o que se passou foi que durante alguns dias houve múltiplos movimentos fraudulentos na minha conta no Montepio,


    Que tipo de operações foram, sabe?
    Foram transações online ou operações em ATM (multibanco)?
  5.  # 7

    Colocado por: hangas

    Que tipo de operações foram, sabe?
    Foram transações online ou operações em ATM (multibanco)?


    Foram levantamentos na Chave24 (caixas multibanco exclusivas do montepio) e transferências bancárias (que suponho terem sido também feitas nessas caixas).
    Estas pessoas agradeceram este comentário: hangas
    • zeto
    • 9 dezembro 2019

     # 8

    Bem vindo ao clube, a mim aconteceu o mesmo, colonaram o cartão, alevantaram os 400€ ( é o limite diário), o departamento de fraudes conseguiram logo detetar que foi um alevantamento estranho dai logo bloquearam o cartão, já recebi o cartão novo como também o dinheiro,
    de que zona é?
    • zeto
    • 9 dezembro 2019 editado

     # 9

    não se preocupe que vai receber o dinheiro de volta
    : muito cuidado ao inserir o cartão no ATM, antes de inserir o cartão pressionar sempre a tecla “cancelar”
    Ver ao nosso redor se existe algures cameras a filmar o teclado,como tb ver se á algo estranho na ranhura do cartão
    Concordam com este comentário: rjmpires
  6.  # 10

    Colocado por: zetoantes de inserir o cartão pressionar sempre a tecla “cancelar”

    Porquê?
  7.  # 11

    Colocado por: zetonão se preocupe que vai receber o dinheiro de volta
    : muito cuidado ao inserir o cartão no ATM, antes de inserir o cartão pressionar sempre a tecla “cancelar”
    Ver ao nosso redor se existe algures cameras a filmar o teclado,como tb ver se á algo estranho na ranhura do cartão


    Outro método eficaz é assumir sempre que a camera está lá e tapar o teclado com a outra mão.
    Em muitos ATM já se vê esta solução simples e eficaz
  8.  # 12

    Colocado por: Pedro Barradas
    Porquê?

    Porque alguém pode lá ter passado e posto a "correr" um script "por cima" do layout da máquina, é um bom conselho!
  9.  # 13

    A nível tecnológico isto é uma coisa que se resolve bem (alias até já está resolvida).

    A clonagem só é possível através da banda magnética. Os pagamentos com pin e chip (EMV) estão imunes a essa e outras fraudes comuns.
    E na Europa a banda magnética já é totalmente optional, mas os sistemas têm que permitir compatibilidade mundial, principalmente com os EEUU. Então os TPA têm que suportar pagamentos com banda e os cartões têm a banda para permitir pagamentos no estrangeiro (principalmente os da rede Visa e MasterCard).

    Mas o que os bancos Portugueses (e europeus) podem fazer - e alguns já o fazem - é dar ao cliente a hipótese de desactivar.
    No entanto isto é complicado para a banca tradicional que tem sistemas antigos e não estão para lhes mexer para beneficio do consumidor.

    Embora tecnicamente qualquer banco possa fazer isto (e muito mais) é nestas pequenas coisas que a banca digital (os revoluts, os monzos, os N26, os Starlings, os moneses, ...) ganham aos pontos, pois têm sistemas novos e desenhados de raiz.


    Qualquer destes bancos permitir bloquear temporariamente o cartão, desativar tipos de pagamentos específicos, ou mesmo quando o cartão é usado geograficamente longe de onde está o utilizador.

    Ex. do Revolut (porque é o mais conhecido em Portugal, mas todos permitem este tipo de coisas.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Pedro Barradas
      IMG_6423.jpg
  10.  # 14

    Com as APPs dos bancos cada vez mais populares, não vejo porque razão a Banca "tradicional", não o faça....
    • hangas
    • 9 dezembro 2019 editado

     # 15

    Colocado por: Pedro BarradasCom as APPs dos bancos cada vez mais populares, não vejo porque razão a Banca "tradicional", não o faça....


    Não têm motivação... Em Portugal o que me apercebo é que a abordagem está em "demonizar" e desacreditar a banca digital estrangeira (embora com licença europeia para operar em qq pais de EU).
    A sorte deles é que o mercado Português tem especificidades que só a SIBS pode oferecer (pelo menos até o Open Banking chegar em força). Também é verdade que o sistema Multibanco é um exemplo de excelência a nível mundial.
    E até aparecer uma startup Portuguesa que replique esse modelo adaptado à realidade Portuguesa não se vão mexer.
    E se alguém tentar não tenho dúvida que o BdP e a APB controlados pelos dinossauros iriam fazer tudo para que não conseguissem obter a licença para operar.

    No UK, visto que esta nova banca já e mainstream e totalmente funcional já se vê a banca tradicional a começar a acompanhar aos poucos (e.g. Barclays, TSB, Loyds)
    • mln2c
    • 10 dezembro 2019 editado

     # 16

    Colocado por: zetoBem vindo ao clube, a mim aconteceu o mesmo, colonaram o cartão, alevantaram os 400€ ( é o limite diário), o departamento de fraudes conseguiram logo detetar que foi um alevantamento estranho dai logo bloquearam o cartão, já recebi o cartão novo como também o dinheiro,
    de que zona é?

    sou de Lisboa
    Consigo também foi com cartão multibanco? ou era de crédito?
    • zeto
    • 10 dezembro 2019

     # 17

    Colocado por: mln2c
    sou de Lisboa
    Consigo também foi com cartão multibanco? ou era de crédito?

    Sim cartão multbanco (debito), acho muito estranho o banco logo ao primeiro alev. não cancelarem o cartão, isto não é muito normal, normalmente cada banco tem ou haveria de ter uma equipa de control de fraudes.
    Concordam com este comentário: mln2c
  11.  # 18

    zeto,

    Alevantaram??
    Porra!
    • FFAD
    • 10 dezembro 2019 editado

     # 19

    Como se faz uma clonagem de cartão físico?

    Pensei que apenas roubassem os dados do cartão de crédito...

    Você tem o cartão físico verdadeiro consigo? As compras foram na área da sua residência? Tem compras feitas por si, quase em simultâneo?
  12.  # 20

    É fácil, através de leitor de banda magnética e dispositivo de gravação de imagem, para registo do código PIN.
    Concordam com este comentário: hangas
 
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