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  1.  # 1

    Caros,

    Estou a uma semana de assinar a escritura de compra de um apartamento (último andar) tendo já pago o sinal de 10% e assinado o CPCV há cerca de 2 semanas.

    Hoje pedi nova visita ao apartamento para tirar medidas, e eis que me deparo com a cozinha completamente inundada. Aparentemente durante a tempestade Elsa a chaminé do exaustor (daquelas em metal), que da diretamente para o telhado, foi arrancada sendo que ficou um buraco aberto. Através desse buraco terá entrado água dentro de casa. O gesso do teto da cozinha e talvez algum das paredes está irremediavelmente comprometido. O mobiliário também ficou destruído, mas esse já era lixo mesmo.
    Todas as outras divisões estão secas sem ponta de humidade, portanto a água só poderá ter entrado por esse buraco.

    Durante a visita por insistência minha foi avisada a vizinha de baixo para a eventualidade de vir a sofrer infiltrações, uma vez que a cozinha tinha 2cm de agua (ela inclusivamente veio verificar a agua existente), e foi também avisado o condomínio do prédio, e naturalmente a imobiliária que está a intermediar a venda ficou a par da situação.

    Com a agitação toda esqueci-me de tirar fotos.

    Dados adicionais:
    - O apartamento é propriedade de um fundo imobiliário, pelo que ainda não os conseguimos informar do sucedido.

    - A chaminé em questão trata-se de uma obra feita pelo anterior proprietário que desviou a exaustão da chaminé comum do prédio para essa tal chaminé direta ao telhado (não tenho ideia se fez a obra com autorização do condomínio ou não).

    - O vizinho da frente disse que durante a tempestade esteve a sair agua pela porta do apartamento, pelo que ele teve de colocar panos no alpendre.

    - Quando assinei o CPCV dizia lá como é padrão que inspecionei a casa e a aceitava nas condições em que se encontrava. Mas quando vi a cás e fiz a proposta, a mesma não estava inundada, mas obviamente não fui ao telhado do prédio ver se a chaminé lá estava ou não. De acordo com a vizinha de baixo e da frete, este tipo de inundação nunca aconteceu.


    Perante isto, como me posso proteger para que os atuais proprietários assumam os custos de reparação provocados pela inundação? Ou seja, tecto da cozinha, chaminé, e algum eventual dano resultante para a vizinha de baixo.

    Até ver não considero cancelar a compra como opção, uma vez que no meu entender estes danos terão de facto de ser imputados ao atual proprietário.

    Os vossos conselhos são bem vindos.
    • imo
    • 29 dezembro 2019 editado

     # 2

    Tem várias hipóteses. A melhor, na minha opinião, será atrasar a escritura até à total reparação da anomalia. Deverá fazer uma adenda ao CPCV nesse sentido.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: HAL_9000
    • RCF
    • 29 dezembro 2019

     # 3

    Colocado por: HAL_9000Caros,

    Estou a uma semana de assinar a escritura de compra de um apartamento (último andar) tendo já pago o sinal de 10% e assinado o CPCV há cerca de 2 semanas.

    Hoje pedi nova visita ao apartamento para tirar medidas, e eis que me deparo com a cozinha completamente inundada. Aparentemente durante a tempestade Elsa a chaminé do exaustor (daquelas em metal), que da diretamente para o telhado, foi arrancada sendo que ficou um buraco aberto. Através desse buraco terá entrado água dentro de casa. O gesso do teto da cozinha e talvez algum das paredes está irremediavelmente comprometido. O mobiliário também ficou destruído, mas esse já era lixo mesmo.
    Todas as outras divisões estão secas sem ponta de humidade, portanto a água só poderá ter entrado por esse buraco.

    Durante a visita por insistência minha foi avisada a vizinha de baixo para a eventualidade de vir a sofrer infiltrações, uma vez que a cozinha tinha 2cm de agua (ela inclusivamente veio verificar a agua existente), e foi também avisado o condomínio do prédio, e naturalmente a imobiliária que está a intermediar a venda ficou a par da situação.

    Com a agitação toda esqueci-me de tirar fotos.

    Dados adicionais:
    - O apartamento é propriedade de um fundo imobiliário, pelo que ainda não os conseguimos informar do sucedido.

    - A chaminé em questão trata-se de uma obra feita pelo anterior proprietário que desviou a exaustão da chaminé comum do prédio para essa tal chaminé direta ao telhado (não tenho ideia se fez a obra com autorização do condomínio ou não).

    - O vizinho da frente disse que durante a tempestade esteve a sair agua pela porta do apartamento, pelo que ele teve de colocar panos no alpendre.

    - Quando assinei o CPCV dizia lá como é padrão que inspecionei a casa e a aceitava nas condições em que se encontrava. Mas quando vi a cás e fiz a proposta, a mesma não estava inundada, mas obviamente não fui ao telhado do prédio ver se a chaminé lá estava ou não. De acordo com a vizinha de baixo e da frete, este tipo de inundação nunca aconteceu.


    Perante isto, como me posso proteger para que os atuais proprietários assumam os custos de reparação provocados pela inundação? Ou seja, tecto da cozinha, chaminé, e algum eventual dano resultante para a vizinha de baixo.

    Até ver não considero cancelar a compra como opção, uma vez que no meu entender estes danos terão de facto de ser imputados ao atual proprietário.

    Os vossos conselhos são bem vindos.

    Notifique o quanto antes o vendedor, informe-o das condições em que encontrou a casa e de que apenas fará a escritura após reposição das condições em que a casa se encontrava aquando da assinatura do cpcv. Complementarmente, pode pedir já um orçamento para reparação desses danos e juntá-lo à notificação, acrescentando que, em alternativa, aceita fazer a escritura com o desconto do custo da reparação
  2.  # 4

    Colocado por: RCF
    Notifique o quanto antes o vendedor, informe-o das condições em que encontrou a casa e de que apenas fará a escritura após reposição das condições em que a casa se encontrava aquando da assinatura do cpcv. Complementarmente, pode pedir já um orçamento para reparação desses danos e juntá-lo à notificação, acrescentando que, em alternativa, aceita fazer a escritura com o desconto do custo da reparação

    Obrigado RCF. Na verdade já tinha pensado nessa solução a questão é que:
    -Adiar a escritura cria-me problemas porque já dei o aviso legal ao meu actual senhorio que vou sair.
    -Nunca comuniquei diretamente com o vendedor (fundo imobiliário), sendo toda a comunicação intermediada pela imobiliária. Já notifiquei a imobiliária também por escrito das condições em que encontrei o apartamento para que eles transmitam ao fundo.
    - Não tenho a chave para pedir orçamento de reparação, vou tentar que seja a imobiliária a fazê-lo.
    • zed
    • 29 dezembro 2019 editado

     # 5

    Colocado por: HAL_9000Nunca comuniquei diretamente com o vendedor (fundo imobiliário), sendo toda a comunicação intermediada pela imobiliária.

    Se tem um CPCV tem lá certamente o endereço do vendedor.

    Não deixe isso para a imobiliária, informe já que terá de ser reposto como estava caso contrário a escritura não poderá avançar.
 
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