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    • mfc
    • 3 outubro 2009 editado

     # 1

    Alguém me sabe dizer qual será um valor aceitavel para o coef. de transmissão térmica em caixilhos de aluminio de ruptura térmica?
    Penso que no caso de pedir a certificação energética da casa vão olhar a isto certo? Para poder ter classe A ou A+ que valor deveria ter?

    Pelo que vejo o normal anda por volta dos 3,7-3,8 W/m2K, será isso suficiente? E para além deste quais os parametros a que devo ter mais atenção nos certificados de ensaios?

    Cumps
  1.  # 2

    boa tarde... a certificação energética não analisa apenas a caixilharia aplicada, e o facto de a mesma ser de corte térmico, poderá não ser determinante para obter uma boa classe energética. Para obter uma boa classe energética, são vários os factores que se terá de preocupar. enumerando alguns: isolamento térmico das paredes exteriores; isolamento das lajes de cobertura e de pavimento; Caixilharia de abrir ou basculante com vidro duplo, com caixa de ar de 12 a 16 mm; Estores exteriores; Caixas de Estores Isoladas; Um bom equipamento de Aquecimento de águas sanitárias (de elevado rendimento); um bom equipamento de climatização, com potencia máxima de 25 KW (preferência bomba de calor); Colectores solares Térmicos Certificados, instalados por técnico Credenciado, e com contracto de manutenção de 6 anos; Rede de distribuição de água quente isolada com pelo menos 10 mm de espuma; ... Se quer ter uma boa classe energética, contribuindo assim para a diminuição das emissões de CO2, e para a poupança de energia, contacte um Perito Qualificado da Sua área de residência. ele certamente poderá ajudar. quanto aos valores que referiu, são elevados (mau) para uma caixilharia com corte térmico. estas caixilharias, com vidro duplo com cx de ar de 16 mm, costumam ter valores de coeficiente de transmissão térmica, na ordem dos 2.5 [W/m2ºC]
    • mfc
    • 12 outubro 2009

     # 3

    Obrigado pela resposta, eu sei isso, a minha questão relacionava-se apenas com as caixilharias. O valor de 2,5 que fala refere-se ao conjunto caixilharia/vidros ou apenas à caixilharia? Porque quanto sei são coisas diferentes. Normalmente o valor que se vê nos perfis de aluminio são relativos ao perfil em si depois em conjunto com o vidro normalmente o valor é inferior, sendo que se conseguem vidros duplos com coeficientes de transmissão de 1,1 W/m2K por exemplo.

    Nunca vi fazer nenhuma certificação, mas há coisas que sempre me despertaram a curiosidade como por exemplo como é que eles vão verificar se a tubagem de água quente tem mesmo 10mm de espuma estando ela dentro da parede? Igual para o isolamento exterior, se tivermos o isolamento dentro da caixa de ar como é que eles conseguem verificar isso?
  2.  # 4

    O DTO.. vai tirar fotos durante a obra.. e deverá entregar uma declaração a atestar o cumprimento do RCCTE.
  3.  # 5

    Colocado por: mfcObrigado pela resposta, eu sei isso, a minha questão relacionava-se apenas com as caixilharias. O valor de 2,5 que fala refere-se ao conjunto caixilharia/vidros ou apenas à caixilharia? Porque quanto sei são coisas diferentes. Normalmente o valor que se vê nos perfis de aluminio são relativos ao perfil em si depois em conjunto com o vidro normalmente o valor é inferior, sendo que se conseguem vidros duplos com coeficientes de transmissão de 1,1 W/m2K por exemplo.

    Nunca vi fazer nenhuma certificação, mas há coisas que sempre me despertaram a curiosidade como por exemplo como é que eles vão verificar se a tubagem de água quente tem mesmo 10mm de espuma estando ela dentro da parede? Igual para o isolamento exterior, se tivermos o isolamento dentro da caixa de ar como é que eles conseguem verificar isso?


    A certificação energética de edifícios existentes usa o método simplificado. Existem tabelas (ITE54) com valores pre-determinados em função da espessura da parede. Quanto ao isolamento da tubagem, ou o proprietário prova que tem (não sei bem como, talvez com as facturas do canalizador) ou assume-se que não tem. O ITE50 tem os valores de U para o conjunto caixilho/envidraçado. Se usar caixilho de PVC ou madeira, com vidro duplo de baixa emissividade, lâmina de ar de 16mm, mais estore, consegue 2.0 W/m²ºC
    Como já referi noutro post, isso tudo são peanuts, o que vai fazer a diferença são os equipamentos
  4.  # 6

    Boa tarde, a sua questão é bastante pertinente e a preocupação com as caixilharias deve ser levada em conta, visto que serão elas que farão a diferença entre uma menor ou maior amplitude térmica na habitação. Porém há um elemento que é importante referir. Com a marcação CE a ser levada a cabo pelos serralheiros instaladores a partir de 01 de Fevereiro de 2010, os fornecedores dos mesmos de perfis de alumínio e/ou P.V.C. e ainda vidro terão que apresentar os chamadoss ITT's dos sistemas (igualmente chamados ensaios do tipo inicial), o fornecedor do vidro tem que entregar a classificação do conjunto V.Exterior+cx ar+V.interior quanto à sua classificação energética e acústica, se for um elemento importante e este será tão ou mais importante quanto a localização geográfica da habitação. Outra preocupação com os vidros é aquela que refere os caixilhos que estejam mais expostos à radiação solar e restantes factores característicos da intempérie, devem ter características de baixa emissividade.
    Com os serralheiros a fazerem a marcação CE nas janelas que passarem a fabricar, esta acção implica um registo de controlo de produção interna obrigatória, pois estão sujeitos a fiscalizações ocasionais anualmente.
    Outro aspecto importante é a forma como constroem as caixilharias e as aplicam, como colocam os vidros e respectivos calços, pois os vidros não deverão ter qq contacto com nenhuma superfície metálica, no caso do alumínio e todos os vedantes deverão ser em EPDM (também chamada, em linguagem simplista, borracha virgem) que tem a excelente particularidade de não encolherem com o passar do tempo.
    obrigado pela oportunidade
    Concordam com este comentário: Jorge Rocha
    • mfc
    • 12 outubro 2009

     # 7

    Colocado por: Pedro BarradasO DTO.. vai tirar fotos durante a obra.. e deverá entregar uma declaração a atestar o cumprimento do RCCTE.

    E se for uma certificação de uma habitação que não esteja em construção/restauro?

    Colocado por: AugstHill
    A certificação energética de edifícios existentes usa o método simplificado. Existem tabelas (ITE54) com valores pre-determinados em função da espessura da parede. Quanto ao isolamento da tubagem, ou o proprietário prova que tem (não sei bem como, talvez com as facturas do canalizador) ou assume-se que não tem. O ITE50 tem os valores de U para o conjunto caixilho/envidraçado. Se usar caixilho de PVC ou madeira, com vidro duplo de baixa emissividade, lâmina de ar de 16mm, mais estore, consegue 2.0 W/m²ºC
    Como já referi noutro post, isso tudo são peanuts, o que vai fazer a diferença são os equipamentos


    Continuo sem perceber como se prova que tem isolamento na tubagem, usar uma factura não me parece que prove o que quer que seja, mas já não digo nada. Em relação a essas tabelas e se elas apenas se baseiam na espessura da parede continua a não ser possivel provar se temos isolamento nas mesmas ou não.
    Em relação aos 2,0 W/m2K como é que chega a esse valor com base no conjunto vidro/caixilho. Um bom vidro duplo com caixa de ar com argon e um vidro de baixa emissividade consegue chegar aos 1,2W/m2K, em relação aos caixilhos o normal que vejo é 3,7-3,8 (em alguns casos mais baixo proximo dos 3). A minha duvida é como é que com base em ambos os coeficientes consigo estimar o coeficiente do conjunto.


    Colocado por: best windowCom a marcação CE a ser levada a cabo pelos serralheiros instaladores a partir de 01 de Fevereiro de 2010, os fornecedores dos mesmos de perfis de alumínio e/ou P.V.C. e ainda vidro terão que apresentar os chamadoss ITT's dos sistemas (igualmente chamados ensaios do tipo inicial), o fornecedor do vidro tem que entregar a classificação do conjunto V.Exterior+cx ar+V.interior quanto à sua classificação energética e acústica, se for um elemento importante e este será tão ou mais importante quanto a localização geográfica da habitação. Outra preocupação com os vidros é aquela que refere os caixilhos que estejam mais expostos à radiação solar e restantes factores característicos da intempérie, devem ter características de baixa emissividade.

    No caso dos perfis, os certificados de ensaio que tenho visto normalmente contêm:
    Permeabilidade do Ar, estanquidade, resistencia ao vento e coeficiente de transmissão térmica.

    É a isso que se refere? Ou há mais parametros que necessitam de ser testados?
  5.  # 8



    Continuo sem perceber como se prova que tem isolamento na tubagem, usar uma factura não me parece que prove o que quer que seja, mas já não digo nada. Em relação a essas tabelas e se elas apenas se baseiam na espessura da parede continua a não ser possivel provar se temos isolamento nas mesmas ou não.
    Em relação aos 2,0 W/m2K como é que chega a esse valor com base no conjunto vidro/caixilho. Um bom vidro duplo com caixa de ar com argon e um vidro de baixa emissividade consegue chegar aos 1,2W/m2K, em relação aos caixilhos o normal que vejo é 3,7-3,8 (em alguns casos mais baixo proximo dos 3). A minha duvida é como é que com base em ambos os coeficientes consigo estimar o coeficiente do conjunto.


    São valores tabelados pelo LNEC, com base, suponho eu, em médias para edifícios existentes. Se quer uma forma mais precisa, tem de usar uma média ponderada entre a área do caixilho e a do vidro (usando o U individual de cada um). E calcular também o U do conjunto quando o estore está fechado. E calcular quanto tempo o estore está fechado e quanto tempo está aberto. Os senhores do LNEC fizeram essas contas todas e publicaram no ITE50.

    Quanto às paredes, não sabe se há isolamento ou não, pelo que o ITE54 apresenta valores médios. A alternativa para a Certificação Energética num edifício existente, seria partir as paredes exteriores. Mas penso que isso diminui ainda mais o comportamento térmico das ditas. Pelo menos até que sejam outra vez reparadas.
    • mfc
    • 12 outubro 2009

     # 9

    AugstHill obrigado, ajudou bastante.

    Partir paredes? :) Acho que isso está fora de questão, como é que é feita a certificação energética de um edificio existente então no que refere aos isolamentos das paredes?
  6.  # 10

    Como referi. Mede-se a espessura da parede, e depois usa-se o valor de U correspondente do ITE54.
 
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