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  1.  # 1

    Já sei que é um tópico sensível, no entanto vou abster-me de grandes pormenores, senão teria de fazer uma dissertação.
    Linha temporal:
    1- compra do terreno inserido em loteamento com regras específicas de construção, além do PDM, bastante restritivas por sinal.
    2- contratação de empresa para elaboração de projetos- 6 meses perdidos com uma engª que nada fez pois é vereadora na câmara municipal e o loteamento estava cheio de irregularidades: desde casas sem licença de habitabilidade há 20 anos e as outras todas sobredimensionadas em relação ao que se pode construir; ou seja, não podiam, mas a câmara na altura emitiu licenças de construção na mesma, violando todas as regras.
    3- contratei nova empresa para me elaborar todos os projetos necessários; correu tudo de forma impecável, e a câmara quando emitiu a 1ª licença, ainda me autorizou a se necessário me regularizar pelo PDM; basicamente disse: podes construir mais do que pretendes e de forma legal.
    4- entretanto já me havia decidido por esta empresa de construção (pedi vários orçamentos e só esta me respondeu, tal era a azáfama na construção).
    5- em Novembro de 2018 surge o primeiro orçamento; entretanto fui-me informando mais e requeri pequenas alterações (mais a ver com acabamentos interiores: madeiras a usar, alumínios, climatização…..) e em Maio de 2019 foi emitido um orçamento com o qual concordei e assinei (eu a pensar que era um contrato de empreitada- falta de conhecimento legal- até o próprio orçamento tem lá escrito "contrato": mais tarde, quando tive problemas e me dirigi a uma advogada é que ela me disse que aquilo não era contrato nenhum.
    6- como a câmara me havia dito que podia construir mais qualquer coisa, e a obra não estava para começar ainda, avisei o empreiteiro e disse-lhe que iria elaborar outros projetos mantendo todas as especificações dos atuais: iria mudar a dimensão da casa, acrescentando 1m à frente e 1m atrás (mantendo as divisões e todas as especificações na mesma)
    7- no fim de maio de 2019 enviei novos projetos por email para o empreiteiro para que este elaborasse outro orçamento. assim o fez e em abril enviou para o meu mail outro orçamento encarecendo a obra em 25000€; aceitei, verbalmente por telefone.
    8- em setembro de 2019 começam as obras, iniciando o muro de suporte de terras; ao fim de uma semana parou a obra, telefona-me e diz-me que se havia enganado no orçamento e que eram mais 50000€.
    9- fui a uma advogada (foi ela que me informou que nunca assinei nenhum contrato e que aquele orçamento era muito inespecífico) e marquei uma reunião com o empreiteiro; avisei o empreiteiro por escrito para finalizar o muro devido ao facto de estar a colocar e perigo as moradias contíguas.
    10- na reunião ele estava relutante em relação ao valor do orçamento, até que disse "se quiseres o projeto antigo, o orçamento é o anterior"; aproveitei esta deixa e disse "pode seguir com o projeto antigo"; na reunião ainda disse que se havia esquecido de considerar subtelha no orçamento antigo e que cobraria mais 4000€; ok, fez novo orçamento onde acrescentou esta verba ao antigo. não assinei nada. Apenas concordei verbalmente.
    11- a obra continuou, foram executando e fui pagando de acordo com as verbas descritas no orçamento.
    12- surge o 2º problema a 23-12-2019 nos pilares- retirada da cofragem: má execução porque no dia de execução choveu torrencialmente.
    13- mandei analisar os pilares por um técnico que me disse que bastava remover a corrosão através de um processo mecânico e finalizar os mesmos com uma massa própria para o efeito, pis a armadura não estava exposta (o ferro que se vê no piso foi o que serviu de guia à cofragem para esta não se mover durante a betuminagem; o empreiteiro comprometeu-se a regularizar a situação (até hoje estão na mesma)
    14- a obra continuou e até à laje aligeirada do telhado tudo correu sem qualquer anormalidade ou defeitos; acompanhei todos os passos presencialemente, desde a armação de ferro às betuminagens.
    15- há um mês atrás o empreiteiro ligou-me e propôs retirar a subtelha e utilizar poliuretano expandido depois de vigotas de cimento; não gostei da ideia, mas como queria continuar a obra e ela já me ameaçara anteriormente que deixaria a minha obra para último caso andasse com "esquisitices", anuí, dizendo-lhe que fizesse o trabalho bem feito e que depois teria de compensar a parte térmica por dentro.
    A semana passada betuminaram a laje aligeirada com uma camada exterior de betão num dia de chuva abundante e fizeram "m***a" mais uma vez.
    16- no sábado passado dei-me com uma coisa completamente diferente do que tinha acordado verbalmente com o mesmo (ver fotos): ripas metálicas usadas, suportes feitos no local de material já usado……...liguei-lhe logo e avisei-o que não queria aquilo assim (isto foi no sábado passado); começou com desculpas a dizer para o "deixar construir e ver n fim como ficava" e para deixar de ser "esquisito"; a conversa ficou por ali e convoquei uma reunião com ele e com o DT na obra esta segunda feira; enviei emails pormenorizados com fotografias para a empresa a exigir a regularização da laje e dos pilares dentro de um prazo.
    17- ele manteve sempre a mesma posição, a de que estava a executar um bom trabalho; o DT manteve-se neutro, pois como é óbvio é ele que lhe paga; eu avisei-o que ou executa em condições o que foi combinado verbalmente (laje em condições sem estar toda torta e com brita amostra bem como sem declives, vigotas de cimento, poliuretano colocado da forma mais plana possível e sem grandes variações de espessamento, compensar com uma camada de poliuretano de 4cm na laje do piso do sótão de forma a receber pavimento por cima, etc.….); ele na obra aceitou e disse que queria continuar; aliás a primeira coisa que lhe disse na reunião foi que tinha a porta aberta para se ir embora quando quisesse; não quis!
    18- liga-me esta semana e pede-me para lhe enviar um email a dizer que pretendia vigotas e poliuretano na laje.
    18- entretanto decidi redigir tudo a escrito (defeitos constatados, data de envio de emails e fotos elucidativas da bosta realizada), soluções acordadas verbalmente na reunião em obra a 06-04-2020 propostas por ele (tudo bem descrito) na presença do DT; nesse mesmo documento disse que aceitava as reparações desde que ele me garantisse a sua eficácia em termos de impermeabilização e isolamento térmico; o documento tem os pormenores técnicos das reparações a efetuar (pedi a um técnico auxílio nesta parte técnica) bem como um prazo para a sua execução; exigi também que o DT se responsabilizasse pelas propostas e soluções apresentadas, dei um prazo para a execução das mesmas reparações e exigi a formalização do contrato de empreitada (a minha advogada já lho enviou a 19-11-2019 para ele consultar e apreciar); exigi por último resposta por escrito por parte da empresa.para que se pronunciasse em relação a tudo isto.

    Ando farto de lidar com gente desonesta; a minha vontade é fazer com que ele abandone a obra, no entanto até agora ele sempre manifestou vontade contrária. estou a apertar com as exigências a ver se ele sai com vontade própria.
    Se ele continuar, já sabe que vai ser fiscalizado dia e noite (não o foi devidamente até agora, confesso essa minha falha e outras, mas a minha área é outra completamente diferente) e não estou habituado a lidar com gente desonesta e apesar de já ter tido várias casas, comprei-as já realizadas; esta é a primeira que estou a mandar fazer e é uma área em que vou aprendendo com as cacetadas que vou dando.

    Este tópico serve apenas para me elucidarem a mim e a outros em situações semelhantes (porque os há, e não são poucos) para que nos possamos defender e dar os passos corretos de forma a corrigirmos os nossos erros enquanto ainda vamos a tempo, pois tudo ainda pode ser solucionado (pelo menos no meu caso).

    Além destes passos que já dei, o que fazer a seguir caso ele se recuse a aceitar as minhas condições e não queira continuar a construir e eu o possa mandar embora com legalidade (duvido que ele o faça por vontade própria).

    Isto porque, noto que os advogados nesta área vacilam um pouco, e além da questão jurídica (que eles dominam) existe toda uma área técnica que eles não dominam que também é bastante importante.

    Agradeço ajuda sem críticas, pois reconheço os erros que cometi; e não foi com o objetivo de poupar dinheiro, foi mesmo por confiar nas pessoas e por desconhecimento técnico nesta área.

    Já sei que vão dizer "vai ter com quem te fez o projeto" e eu já o fiz, mas existem "promiscuidades e favores entre eles e o empreiteiro- conheceram-se depois de eu os presentar e o empreiteiro já lhes deu também trabalho noutros projetos" e anda tudo a "equilibrar" forças e noto que o objetivo deles é fazer com que nos "entendamos" e temo não estar a ser devidamente informado acerca de tudo, pois em litígio é tudo chamado a "depor"; para mim só existem 2 formas de resolver isto:
    1- esta é a que prefiro: ele abandonar a obra a bem (ou a mal pois pode não concordar com as minhas exigências)
    2- continuar mas com fiscalização apertadíssima se a primeira não resultar
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  2.  # 2

    Laje a ser betuminada.
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  3.  # 3

    ripas usadas e suportes
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  4.  # 4

    desníveis da laje que deverá ser regularizada.
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  5.  # 5

    como esta a obra a nível de orçamento e de pagamento?

    Tem tudo pago ou dinheiro adiantado?
  6.  # 6

    Colocado por: RicardoPortocomo esta a obra a nível de orçamento e de pagamento?

    Tem tudo pago ou dinheiro adiantado?


    Tenho praticamente tudo pago.
    No fim do telhado pronto iria regularizar essa verba; a execução ainda só está a meio, mas pago "esse meio" a qualquer momento se for preciso.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Crocha20
  7.  # 7

    Aliás tenho até verbas pagas que ainda não foram executadas:
    - a laje do piso de moradia contempla a impermeabilização, colocação de brita e geodreno tanto na moradia como no anexo.
    - os muros ainda não estão completos: falta rebocar e executar o muro da frente( não foi executado devido à posição da grua ainda)

    Contas bem feitas a coisa está acertada.
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  8.  # 8

    42.5% por isso ?

    Já foi comido.. Não pague mais nada isso nunca devia ser mais que 30 a 35%

    Essa forma de pagamento é boa para você ficar sem obra e sem dinheiro
    Concordam com este comentário: HAL_9000, zinna, lmatos
  9.  # 9

    A meu ver pode ter um problema ao trocar de empreiteiro. Avalie bem se no esquema de pagamentos acordado o valor não estará inflacionado nas verbas iniciais. Por vezes recorre-se a este expediente de modo a que o empreiteiro comece logo a extrair lucro, e se o DO mais tarde quiser mudar de empreiteiro, ele não fica a perder dinheiro.
    Quer isto dizer que neste momento tem a pagar 42.5% do orçamento total, mas tem em termos de valor final tem mesmo executados 42.5% da casa?
    Posto isto e na inexistência de contrato, têm de se tentar entender quer seja para continuar (e terá de exigir que seja tudo executado conforme está definido em projecto) ou para trocar (lembre-se que a licença de construção foi levantada com o alvará desse empreiteiro- não sei que tipo de expedientes implicaria a mudança).

    Além disso a troca de empreiteiros ainda levanta questões quanto a garantias.

    Não está numa situação fácil, desejo-lhe calma e boa sorte
  10.  # 10

    Colocado por: RicardoPorto42.5% por isso ?

    Já foi comido.. Não pague mais nada isso nunca devia ser mais que 30 a 35%

    Essa forma de pagamento é boa para você ficar sem obra e sem dinheiro


    Até ao momento paguei 37,5%.
  11.  # 11

    Colocado por: HAL_9000A meu ver pode ter um problema ao trocar de empreiteiro. Avalie bem se no esquema de pagamentos acordado o valor não estará inflacionado nas verbas iniciais. Por vezes recorre-se a este expediente de modo a que o empreiteiro comece logo a extrair lucro, e se o DO mais tarde quiser mudar de empreiteiro, ele não fica a perder dinheiro.
    Quer isto dizer que neste momento tem a pagar 42.5% do orçamento total, mas tem em termos de valor final tem mesmo executados 42.5% da casa?
    Posto isto e na inexistência de contrato, têm de se tentar entender quer seja para continuar (e terá de exigir que seja tudo executado conforme está definido em projecto) ou para trocar (lembre-se que a licença de construção foi levantada com o alvará desse empreiteiro- não sei que tipo de expedientes implicaria a mudança).

    Além disso a troca de empreiteiros ainda levanta questões quanto a garantias.

    Não está numa situação fácil, desejo-lhe calma e boa sorte


    Como já disse atrás, paguei 37,5% do total.

    É assim, não estamos a falar apenas de uma moradia e anexo.
    O muro de suporte de terras efetuado em ferro e betão é gigantesco (anexo fotos) do antes e depois e também já está pago, pois está inserido no plano de pagamentos.

    Não me importo de sair prejudicado deixando as contas como estão.
    Sei que ele tem uma empresa e empregados e que tem de ter lucro e não quero terceiros e serem prejudicados.
    Saio eu prejudicado e ponto final, já estou mentalizado para isso, mas neste andar se não sair disto ainda me prejudicarei mais.

    Em relação a garantias, terei de me esquecer delas; tenho é de me assegurar de contratar uma boa empresa de fiscalização para que as coisas fiquem bem executadas para que não tenha problemas futuros.
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  12.  # 12

    Nestas fotos ia a meio
    é um bicho com 18m de comprimento e 7 de altura (desde a sapata)
    a sapata de baixo é recuada 2,10m e tem 50 cm de espessura nos 18m
    a sapata do meio é recuada 1,0m e tem 30cm de espessura
    foi feita uma estaca desde a sapata base do muro que suporta a parte de trás do anexo
    até à sapata do meio tem 30cm de espessura e da sapata do meio para cima tem 20cm de espessura.
    Os muros laterais têm os dois 40m de comprimento cada.
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  13.  # 13

    mais umas
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  14.  # 14

    Colocado por: pagaimoNão me importo de sair prejudicado deixando as contas como estão.
    Sei que ele tem uma empresa e empregados e que tem de ter lucro e não quero terceiros e serem prejudicados.
    Saio eu prejudicado e ponto final, já estou mentalizado para isso, mas neste andar se não sair disto ainda me prejudicarei mais.
    Posto isto nota-se que já não está em sintonia com o empreiteiro. Quando assim é quebra-se a confiança e mais vale trocar de facto.
    Vamos ver se aqui alguém lhe indica da melhor maneira a proceder, que com certeza já mais pessoas passaram por essa situação. Tenho ideia que o user VXMC também teve uns problemas no decorrer da obra e teve de trocar de empreiteiro, não sei como fez na altura.
  15.  # 15

    Colocado por: HAL_9000Posto isto nota-se que já não está em sintonia com o empreiteiro. Quando assim é quebra-se a confiança e mais vale trocar de facto.
    Vamos ver se aqui alguém lhe indica da melhor maneira a proceder, que com certeza já mais pessoas passaram por essa situação. Tenho ideia que o user VXMC também teve uns problemas no decorrer da obra e teve de trocar de empreiteiro, não sei como fez na altura.


    Já há muito que não estamos em sintonia.
    Mas agora rebentou comigo ao colocar material usado e não acordado. É abusar demais.
    Concordam com este comentário: Joao Dias, rmarinho84
  16.  # 16

    não pague mais nada e não o deixe mexer em mais nada

    Vai ver como ele sai da obra.

    Depois arranca isso do telhado que vai meter água conforme está
  17.  # 17

    Sem indiscrição em que zona do Pais é a obra?
  18.  # 18

    Quando acaba a confiança é muito complicado, tente chegar acordo com ele...
  19.  # 19

    1. Não acorde mais nada com o empreiteiro verbalmente.
    2. Notifique o empreiteiro para suspender os trabalhos, justificando com as suspeitas de que há coisas mal executadas.
    3. Contrate uma boa fiscalização que lhe faça o levantamento do que está feito, do que está mal feito, do que deverá ser feito para correção e correspondentes custos.
    4. Ponha a fiscalização em coordenação com o advogado.
  20.  # 20

    E já me esquecia, last but not least, suspender pagamentos.
 
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