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  1.  # 41

    Colocado por: TicMic

    Sim, está em terreno muitíssimo produtivo. Norte do país, humidade qb. Os 4 cortes é bastante certo. Quanto aos incêndios, em 80 anos de vida do meu avô, nunca aquilo incendiou.

    E eles dizem que lhe estão a fazer um corredor corta fogo e que lhe vai garantir segurança para a restante plantação ?.

    Não os estou a ver a ter em consideração a produção dos próximos 40 anos !
  2.  # 42

    Estou solidário com a sua situação e acho que faz muito bem preparar-se para possíveis batalhas que terá com eles, até porque também tenho algumas propriedades com floresta e ja passei por uma situação parecida num olival, mas que se resolveu bem pois não houve necessidade de cortar oliveiras, apenas desviamos a linha dos postes e ficamos todos contentes.

    Mas deixa-me fazer um papel do advogado do diabo.

    Você assume que vai ganhar 10 € em 2030 e 2040 em base do quê? O eucalipto daqui a 20 anos pode valer 5 como 50. Vai depender da oferta da materia prima e da sua procura.
    A única coisa que sabemos é o valor dele hoje, e aí eles podem pagar o valor justo hoje (hoje como quem diz o próximo corte). Como podemos obrigar a alguém a pagar um corte daqui a 40 anos em função de um lucro baseado em futurologia?

    Depois, apenas assume ganhos liquidos reais, ou seja, uma exploração como a sua com 15 hectares não tem custos fixos de manutenção? Custos com gasóleo agricola, manutenção de tractores e roçadoras, uma equipa para a limpeza da mata etc etc

    E se fosse um pinhal com cortes a cada 40 anos? O valor da indeminização seria outro? É aqui que quero chegar. O valor do terreno está associado ao terreno em si e não à exploração que é la feita ou a sua possível rentabilidade.

    Atenção que não tou a criticar, estou a por-me no papel da REN com as possíveis contra argumentações para os seus valores.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dominus, TicMic
  3.  # 43

    Colocado por: enf.magalhaes
    E eles dizem que lhe estão a fazer um corredor corta fogo e que lhe vai garantir segurança para a restante plantação ?.

    Não os estou a ver a ter em consideração a produção dos próximos 40 anos !


    Eles podem dizer o que quiserem, mas aquilo não é corta fogo nenhum porque terá cabos em cima!

    Eu sei que vai ser complicado e que nunca sairei da situação a ganhar, mas mesmo perdendo, acho que é legítimo que queira perder o menos possível.
    • TicMic
    • 15 abril 2020 editado

     # 44

    Colocado por: NostradamusEstou solidário com a sua situação e acho que faz muito bem preparar-se para possíveis batalhas que terá com eles, até porque também tenho algumas propriedades com floresta e ja passei por uma situação parecida num olival, mas que se resolveu bem pois não houve necessidade de cortar oliveiras, apenas desviamos a linha dos postes e ficamos todos contentes.

    Mas deixa-me fazer um papel do advogado do diabo.

    Você assume que vai ganhar 10 € em 2030 e 2040 em base do quê? O eucalipto daqui a 20 anos pode valer 5 como 50. Vai depender da oferta da materia prima e da sua procura.
    A única coisa que sabemos é o valor dele hoje, e aí eles podem pagar o valor justo hoje (hoje como quem diz o próximo corte). Como podemos obrigar a alguém a pagar um corte daqui a 40 anos em função de um lucro baseado em futurologia?

    Depois, apenas assume ganhos liquidos reais, ou seja, uma exploração como a sua com 15 hectares não tem custos fixos de manutenção? Custos com gasóleo agricola, manutenção de tractores e roçadoras, uma equipa para a limpeza da mata etc etc

    E se fosse um pinhal com cortes a cada 40 anos? O valor da indeminização seria outro? É aqui que quero chegar. O valor do terreno está associado ao terreno em si e não à exploração que é la feita ou a sua possível rentabilidade.

    Atenção que não tou a criticar, estou a por-me no papel da REN com as possíveis contra argumentações para os seus valores.


    Também tenho cabos de media tensão a passar na propriedade em que habito, mas sendo que é propriedade agrícola e com vinha, os cabos apenas causam efeito visual, que é feio, mas não há lugar a perda de produtividade.

    Assumo que o valor que iria ganhar nos próximos anos, seria ao valor da madeira, que desde o inicio do século tem tido um valor que os cila entre os 25-35€ e é enviada para celuloses. Diga-se que é um mercado infindável e a Navigator em mais procura que oferta, e compra tudo o que pode.

    Na produção florestal organizada, não há tal coisa como futorologia, há um investimento inicial, e um retorno de X em X anos consoante os cortes, havendo risco de incendio no meio que obrigue a fazer um reset ao X em X anos.
    A exploração não tem 15 hectares, tem bastante menos. Eles preparam-se para inutilizar uma faixa com 8000m, correspondente ao numere de arvores já mencionado. Os gastos com limpezas podem constar, mas eu tenho capinadeira e trator e o custo é residual face ao retorno. Diga-se que não gasto 2000€ nos 10 anos em manutenção. Mas mesmo assim, eu estaria completamente disposto a considerar esses gastos, mesmo que a pagar a um empresa externa, para a parcela que virá a ficar inutilizada, nas minhas contas.

    O valor do terreno não pode ser considerado sem a exploração atribuída. Um terreno de pinhal terá um valor diferente e rentabilidade menos atrativas que o eucalipto, sendo o risco de incendo em pinhal ainda maior (penso). Se por aqui fossemos, um terreno de comercio com armazém ou sem armazém valeria o mesmo, um terreno com vinha plantanda de forma organizada e produtiva valeria o mesmo que um campo livre...

    Já me foi dito que em 90% dos casos, o tribunal dá razão à REN evocando premissas como "utilização para beneficio publico", e que há um lobby muito forte nesta empresa. São eles e a EDP. Eu tenho 0 de comunista, bem pelo contrário, mas quando alguém me diz que "lixou/roubou" a EDP, uma parte que fica contente, mesmo sendo accionista :D
    Concordam com este comentário: Nostradamus
  4.  # 45

    Eu gosto dessa clausula de "utilizaçao para o beneficio publico". Parece algo inventado na festa do avante para expropriar património.

    Um local comercial numa rua da baixa do Porto vale X e esse valor é praticamente o mesmo em toda a rua. Pouco importa se tem la um stand da Ferrari ou uma loja com um iindiano a vender bugigangas. Localizaçao é tudo. O que la tem a explorar pouco importa.

    O que diz faz sentido para si, e para mim. Mas nao faz para a REN ou qualquer outra pessoa que analise por fora.
  5.  # 46

    Colocado por: NostradamusEu gosto dessa clausula de "utilizaçao para o beneficio publico". Parece algo inventado na festa do avante para expropriar património.

    Um local comercial numa rua da baixa do Porto vale X e esse valor é praticamente o mesmo em toda a rua. Pouco importa se tem la um stand da Ferrari ou uma loja com um iindiano a vender bugigangas. Localizaçao é tudo. O que la tem a explorar pouco importa.

    O que diz faz sentido para si, e para mim. Mas nao faz para a REN ou qualquer outra pessoa que analise por fora.


    Vamos ver como corre, para já vou esperar pela ren e arranjar fotos das fitas lá colocadas, dado que foram colocadas sem autorização, o que constitui invasão de propriedade privada. Nos states há quem vá dormir com jesus por tal!
    • LVM
    • 15 abril 2020 editado

     # 47

    Colocado por: TicMicJá me foi dito que em 90% dos casos, o tribunal dá razão à REN evocando premissas como "utilização para beneficio publico", e que há um lobby muito forte nesta empresa

    Isso é tudo treta.

    Eles vão apresentar uma proposta de valor e tu aceitas ou não. Se não aceitas, podes apresentar a tua proposta desde que fundamentada, ou seja, subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei.
    Se a tua proposta não for subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei, a REN nem a lê.

    Se não concordares nem apresentares a tua proposta, a REN é obrigada a mandar o processo para tribunal para a arbitragem.
    E, depois, seguem-se outros passos legais.
    Só te aviso que se a REN puder pagar 10 não vai pagar 15.
    És tu que tens que saber quanto vale o teu terreno, avaliado nos termos da lei e não com contas em cima do joelho como já vi aqui alguns exemplos.

    Lembra-te: a actual legislação das expropriações e das servidões defende muito o privado. A REN, a EDP, a BRISA, a Infraestruturas de Portugal, etc, não são nenhuns papões. Aliás, posso dizer-te com conhecimento de milhares de parcelas, que qualquer destas entidades está farta de levar nas orelhas e ter que abrir os cordões à bolsa.

    Se quiseres tratar do assunto de forma profissional, contacta quem te ajude.
    Concordam com este comentário: r.v
    • LVM
    • 15 abril 2020

     # 48

    Colocado por: TicMicUm perito deve ser um eng florestal que me avalie a produção daquilo, no fundo, é senso comum fazer a peritagem. Há NR de árvores instaladas, compasso de plantação. As contas são simples. Um perito será alguém para ir buscar dinheiro, mas arranjo!
    A empresa que me fez a plantação fará isso.

    Estás completamente enganado e fora da realidade das expropriações/servidões.
  6.  # 49

    Colocado por: LVM
    Estás completamente enganado e fora da realidade das expropriações/servidões.


    Acredito perfeitamente que tenhas razão, e é por isso que cá vim!
  7.  # 50

    Colocado por: LVM
    Isso é tudo treta.

    Eles vão apresentar uma proposta de valor e tu aceitas ou não. Se não aceitas, podes apresentar a tua proposta desde que fundamentada, ou seja, subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei.
    Se a tua proposta não for subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei, a REN nem a lê.

    Se não concordares nem apresentares a tua proposta, a REN é obrigada a mandar o processo para tribunal para a arbitragem.
    E, depois, seguem-se outros passos legais.
    Só te aviso que se a REN puder pagar 10 não vai pagar 15.
    És tu que tens que saber quanto vale o teu terreno, avaliado nos termos da lei e não com contas em cima do joelho como já vi aqui alguns exemplos.

    Lembra-te: a actual legislação das expropriações e das servidões defende muito o privado. A REN, a EDP, a BRISA, a Infraestruturas de Portugal, etc, não são nenhuns papões. Aliás, posso dizer-te com conhecimento de milhares de parcelas, que qualquer destas entidades está farta de levar nas orelhas e ter que abrir os cordões à bolsa.

    Se quiseres tratar do assunto de forma profissional, contacta quem te ajude.


    Treta não é porque quem me disse isto, é gente que está na area e tem conhecimento direto dos casos, mas acredito que com bons profissionais, seja possível reaver quantias maiores.

    Ou seja, estando na situação que estamos, aconselhas a que primeiro, receba carta da REN e não faça caso das fitas que colocaram na propriedade? Isto porque sem carta, nada é negociável.

    Antes da REN vir falar comigo, vão mandar sub empresas com possibilidade de negociar até X valor/m2, foi-me aconselhado dizer sempre que não aceito até a REN vir tentar negociar, e que aí, devia tentar chegar a acordo com eles antes de chegar a tribunal, porque quando chega a tribunal, temos a tal estatística dos 9/10.

    Tens conhecimento de causa que gostavas de partilhar? Trabalhas em advocacia, fazes peritagem na área florestal?

    As contas foram feitas tendo em conta produtividades esperadas, que tal como disse o magalhães, são subjectivas.

    Foi-me também falado que uma forma de conseguir não ser tão prejudicado na exploração, era arrendar o terreno a alguém (familiar direto) para exploração florestal, uma vez que assim a REN teria sempre de pagar o valor das perdas ao potencial arrendatário, mas também já me foi aconselhado que isto poderá não fazer sentido, uma vez que o proprietário é o actual produtor florestal.
    • LVM
    • 16 abril 2020

     # 51

    Colocado por: TicMicTreta não é porque quem me disse isto, é gente que está na area

    Estás bem acompanhado, portanto.
    Boa sorte com o processo.
  8.  # 52

    Colocado por: LVM
    Estás bem acompanhado, portanto.
    Boa sorte com o processo.


    Dirigi-te perguntas e apesar de toda a ajuda e informação de valor que acrescentaste, não respondeste.

    Quem me forneceu tal informação não me acompanha, mas conhece casos de expropriações semelhantes e é o que observa, e eu acredito na palavra do sujeito. No entanto, também me disse que há tem tenha feito frente à REN e se tenha safado com valores de 10x mais, mas que é uma % muito pequena.

    De qualquer das formas, agradeço o contributo, quer ele fique por aqui, ou não...
    • LVM
    • 16 abril 2020

     # 53

    Colocado por: TicMicDirigi-te perguntas e apesar de toda a ajuda e informação de valor que acrescentaste, não respondeste.

    Lê os meus posts anteriores.
    Estão lá todas as respostas que procuras.
    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: TicMic
  9.  # 54

    Colocado por: LVM
    Isso é tudo treta.

    Eles vão apresentar uma proposta de valor e tu aceitas ou não. Se não aceitas, podes apresentar a tua proposta desde que fundamentada, ou seja, subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei.
    Se a tua proposta não for subscrita por um perito considerado como tal nos termos da lei, a REN nem a lê.

    Se não concordares nem apresentares a tua proposta, a REN é obrigada a mandar o processo para tribunal para a arbitragem.
    E, depois, seguem-se outros passos legais.
    Só te aviso que se a REN puder pagar 10 não vai pagar 15.
    És tu que tens que saber quanto vale o teu terreno, avaliado nos termos da lei e não com contas em cima do joelho como já vi aqui alguns exemplos.

    Lembra-te: a actual legislação das expropriações e das servidões defende muito o privado. A REN, a EDP, a BRISA, a Infraestruturas de Portugal, etc, não são nenhuns papões. Aliás, posso dizer-te com conhecimento de milhares de parcelas, que qualquer destas entidades está farta de levar nas orelhas e ter que abrir os cordões à bolsa.

    Se quiseres tratar do assunto de forma profissional, contacta quem te ajude.
    Concordam com este comentário:r.v


    Onde é que podes encontrar tais peritos para avaliação de terrenos florestais?

    O que é que me recomendas exatamente, esperar o recebimento da carta da expropriação da REN,e não fazer nada quanto ao facto de terem entrado (ou mandado alguém entrar) para a colocação das fitas?
    • LVM
    • 16 abril 2020

     # 55

    Colocado por: TicMicO que é que me recomendas exatamente

    Lê o post 23 com calma.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: TicMic
 
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