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  1.  # 61

    Colocado por: rsvaluminio

    É quando dessem por ela estavam a ganhar menos no fim do mês.

    Acha que os médicos não sabem fazer contas, basta analizar o caso dos enfermeiros que porque são muitos não são valorizados.

    E se quisermos médicos no interior basta abrirmos vagas para médicos de outros países virem para cá.


    As faculdades privadas deram cabo da qualidade de ensino e da empregabilidade de muitas profissões. Não acho boa ideia. Ter mais escolas significa mais médicos...nós já somos às carradas. Muitas vezes não há blocos, camas, vagas de intensivos, gabinete, ou material para eu e os meus colegas. A infra-estrutura não tem dimensão para tanto médico.

    Em várias ocasiões, por exemplo, estamos 5 médicos no bloco, entre cirurgião principal, ajudante, anestesista e internos. Somos mais médicos que enfermeiros! Impensável quando comecei a minha carreira.
  2.  # 62

    Colocado por: rsvaluminio

    Nem pode, o sistema está montado e qualquer pessoa que se insurja contra é prejudicado.


    Nunca trabalhei em centros de saúde. A minha especialidade é hospitalar.

    Mas é evidente que não adiante comunicar nada quando os administradores dos hospitais são eles próprios médicos com imensos vicíos.
  3.  # 63

    Colocado por: rsvaluminio

    É quando dessem por ela estavam a ganhar menos no fim do mês.

    Acha que os médicos não sabem fazer contas, basta analizar o caso dos enfermeiros que porque são muitos não são valorizados.

    E se quisermos médicos no interior basta abrirmos vagas para médicos de outros países virem para cá.


    Actualmente não somos atrativos para médicos estrangeiros.

    Sabe, fui do tempo dos espanhóis virem, depois os brasileiros, depois venezuelanos e depois os de leste.

    Tive vários colegas destas nacionalidades, os quais, excepto 1 brasileiro e 3 espanhóis (da minha especialidade espalhados pelos país), já saíram todos de Portugal. Os que ficaram foi apenas porque ganharam "raízes" - leia-se família portuguesa por casamento.

    Actualmente conseguimos atraír alguns africanos, mas em quantidade reduzida e com qualidade formativa baixa.

    Os outros estrangeiros de países pobres que têm curso de medicina, também apanham aviões para os Países onde se ganha bem na medicina.
  4.  # 64

    Colocado por: rsvaluminio

    É o resto dos cursos porque não teriam que fazer o mesmo?


    Dependendo das necessidades do país, não vejo porque não.
  5.  # 65

    Colocado por: rjmsilva

    Dependendo das necessidades do país, não vejo porque não.



    Porque é uma restrição de liberdades individuais e além disso vai criar uma reacção adversa.
  6.  # 66

    Colocado por: J.Fernandes
    No ponto.
    Basta um pequeno grande detalhe para sabermos que há médicos a menos em Portugal: é que ao contrário de quase todas as outras profissões não há desemprego entre os médicos. E quem perde são os doentes, principalmente os do interior.

    É preciso que em Portugal passe a haver algo tão simples como escolas de medicina privadas.


    Neste momento não há desemprego médico porque quem não tem vaga (e não é pouca gente) vai para o estrangeiro com extrema facilidade e boas condições. Foi o que já fizeram alguns internos meus que não tinham vaga como especialistas.
  7.  # 67

    Colocado por: Gambino


    Porque é uma restrição de liberdades individuais e além disso vai criar uma reacção adversa.


    Se à partida antes de iniciar o curso, as regras fossem conhecidas, não vejo qual seria a restrição. Só escolhia medicina(ou outro curso) quem aceitasse as condições. Funciona assim na Academia Militar.
  8.  # 68

    As pessoas ainda estão muito a "leste" do que se passa na medicina.

    Falam de meras "tretas" como "obrigar médicos a ficar no SNS", "escolher entre público e privado", etc...

    Se soubessem o que sei viam que isso são "balelas" que nada resolvem.

    Deviam acabar com vicícos, e promiscuidades que existem na medicina, isso sim! O cidadão comum anda com a atenção desviada do que verdadeiramente se passa e que devia acabar.
    Concordam com este comentário: smart, eu
  9.  # 69

    Colocado por: rjmsilva

    Se à partida antes de iniciar o curso, as regras fossem conhecidas, não vejo qual seria a restrição. Só escolhia medicina(ou outro curso) quem aceitasse as condições. Funciona assim na Academia Militar.


    É uma ideia. Obrigar a ficar...não sei onde, porque não tenho bloco para mais internos e não cabem 3 no gabinete de consultas que ocasionalmente lá consigo arranjar livre para mim...

    Mas até me dá jeito porque mais internos...mais urgências fazem eles por mim e eu ganho-as...portanto, aprovo!

    Sim...Não sabia?! Os internos trabalham e os especialistas é que ganham! E muitas vezes tem que se mandar internos para casa porque eles são demais para caberem no bloco, etc...
  10.  # 70

    Entretanto com mais médicos no serviço posso passar a também não fazer consulta e deixar de aparecer como já tenho dois colegas que fazem.
  11.  # 71

    Não concordo. Isso é um mito urbano. Na 2a Republica, não há "séculos" portanto, no tempo do famigerado "ditador" (embora ninguém lhe ouse chamar ladrão) Dr. Salazar não havia tantos fogos como hoje precisamente porque o interior estava muito mais povoado - , havia escolas primárias , ctt´s e outras infraestruturas públicas básicas por todo o país, - donde os terrenos mesmo bravios estaram "ipso facto", cuidados.
    Basta confirmar isto, objectivamente, nos censos demograficos do INE.

    Quanto aos hospitais do interior apesar de tudo creio alguns hoje em dia estão razoalmente apetrechados,com as ajudas de fundos europeus e afins, isto em termos de instalações e equipamentos, o problema mesmo é a falta de recursos humanos, mas logo que se consiga aumentar a oferta de cursos e de pessoal médico, pela lei da oferta e da procura, e para não haver desemprego, o interior obteria assim os recursos médicos necessários.


    Colocado por: Gambino

    Pelo contrário. As pessoas no interior estao votadas ao ostracismo há séculos literalmente. A ida de médicos para o interior não resolve nada porque não sequer infra-estrutura e meios para trabalharmos.
  12.  # 72

    Colocado por: carlosj39Não concordo. Isso é um mito urbano. Na 2a Republica, não há "séculos" portanto, no tempo do famigerado "ditador" (embora ninguém lhe ouse chamar ladrão) Dr. Salazar não havia tantos fogos como hoje precisamente porque o interior estava muito mais povoado - , havia escolas primárias , ctt´s e outras infraestruturas públicas básicas por todo o país, - donde os terrenos mesmo bravios estaram "ipso facto", cuidados.
    Basta confirmar isto, objectivamente, nos censos demograficos do INE.

    Quanto aos hospitais do interior apesar de tudo creio alguns hoje em dia estão razoalmente apetrechados,com as ajudas de fundos europeus e afins, isto em termos de instalações e equipamentos, o problema mesmo é a falta de recursos humanos, mas logo que se consiga aumentar a oferta de cursos e de pessoal médico, pela lei da oferta e da procura, e para não haver desemprego, o interior obteria assim os recursos médicos necessários.




    Os hospitais do interior não têm meios e infra-estruturas, nem pessoal de apoio para muitos cuidados de saúde.

    Você põe lá o médico e ele não está lá fazer nada sem meios de diagnóstico, infra-estrutura e pessoal de apoio.

    Isso já acontece no litoral! Imagine no interior, como é!

    Mito urbano é achar que "medicina" é pegar num médico e mete-lo num hospital qualquer!

    E para informação as vagas de medicina mais que duplicaram nos últimos 20 anos e também já há faculdade (há cerca de uns 10anos) de medicina no interior (Covilhã).
  13.  # 73

    Verdadeiros problemas da medicina:

    - Directores de serviços cirúrgicos que nunca operam no público (imensos),
    - Cirurgiões que não operam e só fazem trabalho administrativo (imensos)
    - Especialistas em constantes comissões de serviços em congressos (imensos),
    - Especialistas que têm horário mas não têm função (imensos), como não há que fazer no SNS vai-se para a privada,
    - Especialistas que não dão consultas,
    - Falta de infra-estruturas como vagas de UCI e blocos para poderem todas as especialidades operar todos os dias,
    - Especialistas não fazem urgência, quem faz são os internos e o especialista ganha,
    - Directores de serviço escolhem material médico (vendido por empresas de material médico e farmacêuticas),
    - Médicos que abrem empresas de material médico e representação do mesmo,
    - Enfermeiros que são delegados de material e farmacêuticas,
    - Centros de saúde e USFs funcionam em regime de "gestão familiar" entre amigos de décadas,
    - Não há especialistas, nem infra-estrutura, para tantos internos. Há internos a mais e vão ficar com défice de aprendizagem. Alguns chegam ao fim do internato da minha especialidade com menos de 500 cirurgias, o que significa muito pouco e que nunca fizeram muitas específicas e portanto não as sabem fazer.


    Isto só o que me lembro assim rápido.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu, ricardo.rodrigues
  14.  # 74

    Colocado por: GambinoVerdadeiros problemas da medicina:

    - Directores de serviços cirúrgicos que nunca operam no público (imensos),
    - Cirurgiões que não operam e só fazem trabalho administrativo (imensos)
    - Especialistas em constantes comissões de serviços em congressos (imensos),
    - Especialistas que têm horário mas não têm função (imensos), como não há que fazer no SNS vai-se para a privada,
    - Especialistas que não dão consultas,
    - Falta de infra-estruturas como vagas de UCI e blocos para poderem todas as especialidades operar todos os dias,
    - Especialistas não fazem urgência, quem faz são os internos e o especialista ganha,
    - Directores de serviço escolhem material médico (vendido por empresas de material médico e farmacêuticas),
    - Médicos que abrem empresas de material médico e representação do mesmo,
    - Enfermeiros que são delegados de material e farmacêuticas,
    - Centros de saúde e USFs funcionam em regime de "gestão familiar" entre amigos de décadas,
    - Não há especialistas, nem infra-estrutura, para tantos internos. Há internos a mais e vão ficar com défice de aprendizagem. Alguns chegam ao fim do internato da minha especialidade com menos de 500 cirurgias, o que significa muito pouco e que não fizeram muitas específicas e portanto não as sabem fazer.


    Isto só o que me lembro assim rápido.


    Isto parece conversa sobre hospital central... assim de repente talvez até apostasse no CHUC....
  15.  # 75

    Colocado por: barbeiro

    Isto parece conversa sobre hospital central... assim de repente talvez até apostasse no CHUC....


    Nunca trabalhei em Coimbra. Mas sei que tem exactamente os mesmos problemas que os outros.

    Mas há muita coisa que não é de "hospital central" (se reparar até falo de centros de saude e USFs), muito embora a maioria dos hospitais em Portugal sejam "centrais".
  16.  # 76

    Dr Gambino, por acaso não conhece o user Terraverde?
  17.  # 77

    Colocado por: OliveirafabioDr Gambino, por acaso não conhece o user Terraverde?


    Não sei.
  18.  # 78

    Colocado por: JoelM

    tal como já referi:



    se diz que o instituto Johns Hopkins não é fidedigno.... já me ultrapassa!


    cale-se lá com a porcaria do gráfico, gráfico esse que em lugar algum diz que a covid-19 é a terceira causa de morte mundial. Como você tem dislexia provavelmente não reparou que o gráfico apenas demostra a Covid-19 em relação a "algumas" causas de morte, em lugar algum é referido que aquilo é um top mundial de causas de morte.
    Não tente fazer agora do gráfico o culpado pelas suas mentiras e posteriores jogos de cintura tal puto mimado que é desmascarado.

    Você mentiu, se foi intencional ou não não sei, mas faço uma ideia.

    Mas não vou adiantar mais nada até porque já aqui todos viram a alarvidade que o JoelM afirmou.
  19.  # 79

    Porta aviões ao fundo!
  20.  # 80

    Colocado por: M.....

    Ja se esta a acabar o feudalismo , ja la vai o tempo de 10 mil por mes


    Existem especialidades (conheço pessoalmente um caso em oftalmologia) que vão a hospitais públicos ganhar á cabeça. Essses chegam e passam os 10.000
 
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