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      FD
    • 8 dezembro 2006

     # 1

    Os juros do crédito à habitação subiram 50% no último ano, levando os portugueses a pagarem, em média, mais 12% por mês na sua prestação. E o futuro próximo será de mais subidas: até meados de 2007, atendendo às previsões dos analistas, os consumidores vão pagar, em média, mais 10% por mês pelo seu empréstimo.

    Estes são os principais impactos da subida das taxas Euribor, os indexantes utilizados no cálculo dos juros da habitação e que reflectem o preço do dinheiro no mercado interbancário europeu. Entre Dezembro de 2005 e igual mês de 2006, a Euribor a 6 meses, usada como referência para os novos empréstimos a contratar durante estes meses, subiu 49%. Ou seja, de um valor médio de 2,50% em Novembro do ano passado, este indexante passou para 3,728%. Se atendermos ao início do ciclo de subidas dos juros, que ocorreu em Setembro do ano passado, o aumento da Euribor a 6 meses foi de 73%.

    Nas últimas semanas, as taxas têm estado mais pressionadas em alta, à medida que se aproxima o próximo Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), marcado para dia 7, que ditará mais um aumento na sua taxa directora de 0,25 pontos, colocando-a nos 3,5%.

    Actualmente, os juros do mercado interbancário já descontaram esta subida. A Euribor a 3 meses fechou o mês de Novembro com um valor médio de 3,597% (acima, portanto, dos 3,5%), a de 6 meses nos 3,728% e a de 12 meses a 3,864%.

    Como referiu ao DN Rui Constantino, do Banco Santander Negócios, o BCE deverá voltar a subir os juros no primeiro trimestre de 2007 em mais 0,25 pontos, para os 3,75%, aumento que o mercado já está antecipar, de acordo com os valores das Euribor nos prazos mais longos. Assim, é de prever que o crédito à habitação atinja taxas acima dos 5%, mesmo para as melhores condições de negociação.

    No corrente mês, os portugueses que negociarem um novo contrato de crédito vão pagar mais. Mas é preciso ter atenção à questão dos arredondamentos, cuja nova legislação deverá entrar em vigor nos primeiros meses de 2007.

    Actualmente, algumas instituições já estão a arredondar à milésima, como é o caso do Totta e do BPI. No caso do primeiro, que usa como referência a Euribor a 3 meses, a taxa para os novos empréstimos contratados em Dezembro é negociada a partir de 3,597%. No BPI, a referência é a Euribor a 6 meses, negociando-se a partir de 3,728%.

    Na CGD, onde o arredondamento actual é a um oitavo de ponto, a taxa para os novos empréstimos é negociada a partir 3,625%. No BES, o valor base de negociação é 3,750%, ou seja, a Euribor a 6 meses arredondada a um oitavo.

    O Millennium bcp é o único, entre os grandes bancos, que ainda arredonda a um quarto de ponto percentual, usando a Euribor a 3 meses registada dois dias úteis antes da data da escritura.

    Para todos estes valores, há que acrescentar o spread, o principal ponto da negociação no que toca aos juros.

    http://dn.sapo.pt/2006/12/02/economia/juros_habitacao_subiram_50_ano.html
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      FD
    • 7 dezembro 2007 editado

     # 2

    Por curiosidade, um ano depois, são estas as notícias.
    Quais é que serão as notícias em Dezembro de 2008?

    Prestações dos créditos voltam a aumentar
    A subida das taxas Euribor nos últimos meses tem provocado acréscimos nos custos com os créditos à habitação. E Dezembro não é excepção. Uma família cujo contrato seja revisto este mês vai assistir a um novo aumento das prestações de 26,63 euros.

    Sara Antunes
    [email protected]

    A subida das taxas Euribor nos últimos meses tem provocado acréscimos nos custos com os créditos à habitação. E Dezembro não é excepção. Uma família cujo contrato seja revisto este mês vai assistir a um novo aumento das prestações de 26,63 euros.

    No total fica a pagar 557,17 euros por mês. Isto no caso do empréstimo ser de 100mil euros, o prazo de 30 anos com um "spread" de 0,7% e associado à Euribor a 6meses. Este acréscimo na prestação está relacionado coma subida da Euribor nos últimos meses.

    Ainda assim, quem contrair um empréstimo à habitação em Dezembro vai "poupar" cerca de 2 euros face ao valor que pagaria caso o empréstimo tivesse sido contraído em Novembro.

    As taxas Euribor têm vindo a acompanhar a evolução dos juros na Zona Euro, que desde Dezembro de 2005 subiram oito vezes, dos 2% para os actuais 4%. E desde o Verão têm reflectido a turbulência dos mercados financeiros.

    Estes cenários têm implicado aumentos progressivos nas prestações dos empréstimos à habitação. O Jornal de Negócios fez os cálculos e uma família que tenha um empréstimo de 100mil euros, com as mesmas condições acima definidas, gastou mais 550 euros com o crédito da casa nos últimos 12 meses.

    Em Novembro de 2006, a prestação do empréstimo situava-se nos 477,88 euros, tendo aumentado para os 517,32 euros em Dezembro e em Junho para os 530,54 euros.

    Contabilizando os custos totais destes aumentos, uma família gastou mais de 550 euros como crédito à habitação devido à subida dos juros.

    http://www.negocios.pt/default.asp?Session=&SqlPage=Content_Economia&CpContentId=307121
    • smart
    • 16 novembro 2018 editado

     # 3

    Há 11 anos era assim.
    Só para sensibilizar a realidade que pode estar ao virar da esquina...
    Representem taxas fixas na ordem dos 2.50 para cima...já com spread...não tenho qualquer relação comercial, mas são vários os bancos que as praticam...
    Muitos conseguem pagar mais 100 oiros com taxa fixa, mas se a prestação subir podem não conseguir pagar os aumentos e ter de entregar a casa...
    Concordam com este comentário: Vera3107, Tanialexandra
  1.  # 4

    anda cá para cima...
    • smart
    • 22 novembro 2018 editado

     # 5

    🐰
    Aumento dos combustíveis em França, gera o aumento do preço de transporte de mercadorias, que origina o aumento do custo energético para a produção, que provoca o aumento da pressão inflacionista no cabaz de referência, e consequentemente pressão para aumento das taxas juros ...
 
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