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  1.  # 1

    Boas, eu estou numa face onde quero construir a minha casa de raiz, comprando terreno e depois mandar construir a casa.

    Quero saber quais são os procedimentos que tenho de ter em conta para construir a casa nesse terreno?

    Como saber se o terreno que vou comprar posso construir?

    Como eu faço para ter água, saneamento, luz, etc nesse terreno ou nessa construção?

    Caso possa construir, existe empresas que fazem esse trabalho todo ou tenho de contratar cada uma empresa especializada para tal?
  2.  # 2

    primeiro de tudo, tudo mesmo, tem de se imaginar tranquilamente a viver na casa dos seus sonhos, limpa, airosa, confortável... a sério, tire dez minutos e imagine-se em cada divisão da casa a sorrir, porque tudo está bem feito, é bonito e funcional... só positividade :) guarde esse sentimento e lembre-se dele regularmente!
    depois peça à sua cara metade, se a tiver, para imaginar o mesmo. têm de fazer este passo em separado.
    depois, sim, troquem as ideias, as sensações e os sentimentos. esta fase não deve ser inferior a três meses para debaterem bem aquilo que desejam, as cedências que estão dispostos a fazer... tudo em harmonia!
    se não tiver cara metade, fale dos seus sentimentos com os seus amigos verdadeiros!

    depois desses três meses ou mais, comecem a ver anúncios de terrenos. normalmente, os terrenos à venda indicam se estão aptos a construção ou se pertencem a reserva agrícola. tenham em atenção as acessibilidades e proximidades (desde o local de trabalho, familiares, bombeiros até um simples café ou padaria). verifiquem a exposição solar se se adequa à casa que imaginaram ou se podem adaptar. usem o google earth para ver as proximidades, se há perto fábricas mal-cheirosas, sinos, casas, se há árvores ou canas de bambu que possam interferir na vossa felicidade, pela positiva e negativa. após a selecção, vão ao local e reflictam em como se sentem ali.

    depois telefonem e negoceiem o preço e outras situações como se há saneamento na rua e outras questões, cada caso é um caso. não se baseiem apenas no preço do terreno, considerem tudo o que disse até agora!

    depois de decidirem qual é o terreno, vai aparecer uma sessão de burocracia que inclui análise e confirmação das medidas e delimitações do terreno até à escritura nos notários com todos os documentos do terreno (alguém pode especificar quais?) e todos os antigos e novos proprietários presentes.

    à noite, vá jantar fora com a sua cara metade ou com os amigos verdadeiros! celebrem e agradeçam! ai ´pera aí, agora com o covid se calhar é melhor mandar vir comida para casa ;)

    entretanto, vá vendo anúncios de arquitectos, preferencialmente na zona do terreno, pois já conhecem as manhas da câmara e os traços arquitectónicos a que devem obedecer. lembrem-se que eles vão trabalhar para vós e convosco, será um trabalho em equipa. não obstante, dirija-se aos gabinetes e faça entrevistas, peça que lhes mostrem alguns trabalhos e veja se se dará bem com os arquitectos em questão. só depois peça orçamentos.

    depois de decidir o/a arquitecto/a agende reúniões para explicar de forma detalhamante detalhosa o mais detalhadamente possível aquilo que imaginaram e acordaram nos primeiros passos. vejam bem todos os desenhos, agendem novas reúniões, esclareçam-se, aceitem novas possibilidades e integrem-nas no sonho apenas se vos fizer sentido. esta fase pode demorar meses ou anos, é como o queijo ou o vinho! eles podem começar a pedir as licenças na câmara e a tratar da água e luz.

    quando o projecto for aprovado na câmara, vão outra vez jant... err, façam um jantar especial em casa :)

    a partir daqui, podem optar por várias formas de contractos, desde chave na mão até serdes vós próprios a comprar e transportar a areia e as tijoleiras.

    arranjem uma construtora independente do/a arquitecto/a para não haver conflitos de interesses. exijam um coordenador de segurança e outros fiscais que alguém poderá especificar melhor. não sei se haverá também um fiscal do meio ambiente, mas é muito importante que todos os trabalhos decorram de forma ambientalmente sustentável.

    antes de começarem os trabalhos, comprem umas bolachinhas e vão aos vizinhos próximos apresentar-se e desculpar-se antecipadamente por qualquer inconveniente, agradecendo a compreensão. até pode ser que lhes arranjem água enquanto a vossa não é instalada ;) mas sejam assertivos também!

    acompanhem a obra ao detalhe, falem com os responsáveis, exijam que o o/a arquitecto/a cumpra com o dever de acompanhar a obra também, bem como os demais fiscais.

    lembrem-se sempre dos primeiros passos e de como vai ser bom quando se transformarem em realidade! encarem todos os obstáculos como uma oportunidade de aprendizagem, não como um fracasso. e sorriam :)


    hmm ok, já são 8 da manhã, preciso de pequeno almoço...
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  3.  # 3

    Colocado por: m.aur.eiraexijam que o o/a arquitecto/a cumpra com o dever de acompanhar a obra também


    onde é que viu escrito essa obrigatoriedade " dever de acompanhar" ? só se isso for contratado, pois o tal dever por lei chama-se assistencia técnica á obra e no fundo é, por lei, ter de ao longo da obra de dar esclarecimentos de projeto nem sequer implica ir á obra
    faço aqui esta ressalva pois convem os DO estarem atentos a essa "falácia" ( inclui acompanhamento de obra) com que muitos adoçam o pacote nas propostas mas depois na realidade é um saco de quase nada. Portanto é bom que esse acompanhamento exista mas dai a chamar-lhe dever em tom de ser algo inerente e obrigatório á função vai um passo.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  4.  # 4

    Colocado por: marco1

    onde é que viu escrito essa obrigatoriedade " dever de acompanhar" ? só se isso for contratado, pois o tal dever por lei chama-se assistencia técnica á obra e no fundo é, por lei, ter de ao longo da obra de dar esclarecimentos de projeto nem sequer implica ir á obra
    faço aqui esta ressalva pois convem os DO estarem atentos a essa "falácia" ( inclui acompanhamento de obra) com que muitos adoçam o pacote nas propostas mas depois na realidade é um saco de quase nada. Portanto é bom que esse acompanhamento exista mas dai a chamar-lhe dever em tom de ser algo inerente e obrigatório á função vai um passo.


    a arquitectura é uma arte que se manifesta em obra! um arquitecto cria, gera, manifesta, efectiva um ideia em papel. ver isso ser erguido em obra deve dar muita satisfação, ver o fruto do seu trabalho. se não é obrigatório por lei em caso de não estar explícito no contracto, ao menos que seja um dever moral ;) mas se eu disse o que disse, é porque aconselho que fique registado no contracto.

    tenho o maior respeito e admiração por arquitectos! mas também lhes atribuo o dever de acompanharem a obra, pois é o seu fruto.
  5.  # 5

    pois concordo e até são princípios meus, mas é preciso ser rigoroso em certos aspetos para que não haja lugar a mal entendidos que por norma se constata depois na pratica em más prestações e resultados péssimos na obra.
    por exemplo quem apenas contrata e paga um projeto de licenciamento não pode exigir tudo e mais alguma coisa aos projetistas. Fazer um projeto completo é outra coisa.
    alias tenho defendido aqui por várias vezes precisamente que o paradigma dos projetos devia mudar e grosso modo devia ser menos projetos apenas de papel e mais obra por parte dos projetistas mas isso claro está implicaria outros custos que muitos não entenderiam e não estariam propensos a pagar.
    Concordam com este comentário: m.aur.eira, N Miguel Oliveira
  6.  # 6

    marco1, sem dúvida que concordo consigo! o meu comentário, embora extenso, foi muito geral e eu sou uma simples cidadã :)

    tudo deve ficar no contracto, sim! mas sabemos que há situações em que os construtores decidem fazer de outra maneira em obra só porque lhes parece. para além do tal dever moral, ou ética, ou outra coisa qualquer, o meu conselho de exigirem que os arquitectos acompanhem a obra é exactamente para que o projecto seja respeitado. e caso seja realmente impraticável o que está no projecto, porque também acontece, que seja com conhecimento e autorização dos arquitectos.
    fica mais caro? no imediato é mais certo que sim, mas no futuro compensa, penso eu de que. não falei muito de preços, mas claro que se tem de ponderar tudo em conjunto. e é verdade que muitas vezes não há dinheiro, mas gostava que as pessoas considerassem uma casa como uma manifestação criativa em primeiro lugar, manifestação essa que lhes vai garantir segurança e funcionalidade. e esse trabalho deve ser valorizado e entendido como arte manifestada... temos que dar o salto e aceitar outras perspectivas de encarar a realidade! :)

    mas mais vale não assustar o Júlio ahahha
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  7.  # 7

    Colocado por: m.aur.eiraprimeiro de tudo, tudo mesmo, tem de se imaginar


    Uma vénia a este comentário!
    Julio, está aqui tudo.
 
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