Colocado por: AMG1Ja todos sabemos que a opção 3 foi a preferida por quem estava no governo, se foi a melhor do ponto de vista estritamente económico, pessoalmente tenho muitas duvidas, até porque nunca nos mostraram o racional da decisão, o que faz querer que a dimensão politica da decisão (que existiria em qualquer caso) pode ter sido determinante.
Colocado por: AMG1A comparação com a Lufthansa ou outras tem pouco sentido, a base acionista dessas companhias era outra e por isso a garantia de recuperação do capital também, mesmo assim, no caso da Lufthansa creio que até acabou por mudar o principal acionista.
Colocado por: AMG1Nota: quanto aos CoCos terem sido um bom negocio para o estado, também esperava um pouco mais, afinal isso é apenas a argumentação dos bancos, ou seja do beneficiário.
Colocado por: AMG1
O problema que lhe coloquei não foi ao cidadão dmanteigas responsável e que por isso sabe perfeitamente que pode fazer sentido deixar cair uns e não outros. A questão, se percebeu, foi colocada ao "adepto ferveroso" da teria da destruição criativa e era por aí a resposta que eu esperava, mas afinal você deu a mesma que eu daria (com uma excepção de que ja falo). Se os bancos falissem o sistema iria inevitavelemnte colapsar, o que acarretaria custos globais muito maiores do que salvá-los. Por isso é que principios teoricos estritamente liberais como esse, não fazem qualquer sentido como principio universal, da mesma forma que o contrario (salvar tudo e todos) também não.
Agora a TAP. Como já percebemos, os que querem perceber obviamente, decorrente da pandemia, todo o sector de aviação ficou objectivamente em maus lençóis e no caso dum moribundo como a TAP isso já era uma autêntica certidão de óbito. Perante esta situação e dado que o acionista privado não tinha meios para manter a companhia, o estado tinhas três opções, nenhuma delas boa:
1. Emprestava os tais 3 mil milhões ao acionista e ficava a espera ele os viesse a devolver.
2. Deixava falir a companhia e assumia os custos políticos, sociais e economicos dessa falência.
3. Usava os 3 mil milhões para retomar a companhia e com isso evitava a falência.
Ja todos sabemos que a opção 3 foi a preferida por quem estava no governo, se foi a melhor do ponto de vista estritamente económico, pessoalmente tenho muitas duvidas, até porque nunca nos mostraram o racional da decisão, o que faz querer que a dimensão politica da decisão (que existiria em qualquer caso) pode ter sido determinante.
Mas alguém é capaz de afiançar p.e. que iriamos receber os 3 mil milhoes se os entregassemos ao acionista privado?
Alguem sabe dizer qual era o custo global para o estado se a solução fosse a falência?
Depois temos a fase seguinte, a forma como foi gerida a companhia pela sra. francesa, mas aí eu não percebo nada do negocio do aviação por isso não sei avaliar, mas evidentemente que não concordo que ministros e secretários de estado andem a meter-se na gestão diaria de uma empresa, isso e tarefa dos gestores. Se não são competentes é trocá-los.
A comparação com a Lufthansa ou outras tem pouco sentido, a base acionista dessas companhias era outra e por isso a garantia de recuperação do capital também, mesmo assim, no caso da Lufthansa creio que até acabou por mudar o principal acionista.
O facto é que todos nos queixamos dos 3 mil milhões, mas eles seriam sempre necessários, senão o destino seria a falência e ninguem sabe, ou quer fazer as contas do custo que isso teria.
Nota: quanto aos CoCos terem sido um bom negocio para o estado, também esperava um pouco mais, afinal isso é apenas a argumentação dos bancos, ou seja do beneficiário.
Claro que o estado recebeu os juros que os bancos pagaram, mas no momento em que lá se meteu o capital não sabiamos se não iríamos acabar por ficar acionista deles todos. Ja agora num caso até esteve mesmo para acontecer, mas felizmente não aconteceu, até para mim que já era e ainda sou um pequenissimo acionista.
Isto é como no futebol, prognósticos depois do jogo são faceis de fazer, mas aí já não são prognósticos. A verdade é que o estado correu um risco que os acionistas dos bancos não tinham condições de assumir. Virem agora dizer que pagaram com juros é conversa para inocentes, porque a alternativa era ficarem sem nada, já que ninguém lhes emprestava o capital necessário.
Colocado por: dmanteigas
Ora... eu por principio acho que nao se devia ter 'salvado' a empresa pois a TAP ja era uma empresa zombie antes da pandemia. Mas isto e uma questao de principio. Como sempre em Portugal em grandes decisoes, nunca temos uma analise custo utilidade que diga efetivamente quais os custos de cada solucao, incluindo o custo de oportunidade. Pois esses 3.2 mil milhoes que o estado meteu na TAP atualmente tem custo anual de sensivelmente 100 milhoes de euros em juros de divida publica sem nenhum retorno para o estado.
Ate podia ser que salvar a empresa fosse a melhor solucao, o que duvido. Nao temos e dados para o saber. Como na altura a argumentacao foi porque a TAP e as caravelas do sec. XXI :)
Colocado por: dmanteigas
Faz todo o sentido, pois o caso Lufthansa e precisamente aquilo que caracteriza uma intervencao estatal adequada. Uma empresa viavel, que devido a condicoes que nao controla fica com uma crise de liquidez, que o estado ajuda a resolver temporariamente dai retirando os seus dividendos.
O que nao faz sentido e ajudar empresas zombie. Uma empresa zombie e para falir.
Colocado por: dmanteigas
E que faz sentido porque foi o que aconteceu. Estamos a analisar apos o facto. Dai eu dizer que os CoCos foram um bom negocio para o estado. Se estivessemos a comentar ha 12 anos atras, a minha resposta seria 'vamos ver'