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  1. Colocado por: AMG1Ja todos sabemos que a opção 3 foi a preferida por quem estava no governo, se foi a melhor do ponto de vista estritamente económico, pessoalmente tenho muitas duvidas, até porque nunca nos mostraram o racional da decisão, o que faz querer que a dimensão politica da decisão (que existiria em qualquer caso) pode ter sido determinante.


    Ora... eu por principio acho que nao se devia ter 'salvado' a empresa pois a TAP ja era uma empresa zombie antes da pandemia. Mas isto e uma questao de principio. Como sempre em Portugal em grandes decisoes, nunca temos uma analise custo utilidade que diga efetivamente quais os custos de cada solucao, incluindo o custo de oportunidade. Pois esses 3.2 mil milhoes que o estado meteu na TAP atualmente tem custo anual de sensivelmente 100 milhoes de euros em juros de divida publica sem nenhum retorno para o estado.
    Ate podia ser que salvar a empresa fosse a melhor solucao, o que duvido. Nao temos e dados para o saber. Como na altura a argumentacao foi porque a TAP e as caravelas do sec. XXI :)


    Colocado por: AMG1A comparação com a Lufthansa ou outras tem pouco sentido, a base acionista dessas companhias era outra e por isso a garantia de recuperação do capital também, mesmo assim, no caso da Lufthansa creio que até acabou por mudar o principal acionista.


    Faz todo o sentido, pois o caso Lufthansa e precisamente aquilo que caracteriza uma intervencao estatal adequada. Uma empresa viavel, que devido a condicoes que nao controla fica com uma crise de liquidez, que o estado ajuda a resolver temporariamente dai retirando os seus dividendos.
    O que nao faz sentido e ajudar empresas zombie. Uma empresa zombie e para falir.

    Colocado por: AMG1Nota: quanto aos CoCos terem sido um bom negocio para o estado, também esperava um pouco mais, afinal isso é apenas a argumentação dos bancos, ou seja do beneficiário.


    E que faz sentido porque foi o que aconteceu. Estamos a analisar apos o facto. Dai eu dizer que os CoCos foram um bom negocio para o estado. Se estivessemos a comentar ha 12 anos atras, a minha resposta seria 'vamos ver'
    • Joseba
    • 20 setembro 2024 editado
    Colocado por: AMG1

    O problema que lhe coloquei não foi ao cidadão dmanteigas responsável e que por isso sabe perfeitamente que pode fazer sentido deixar cair uns e não outros. A questão, se percebeu, foi colocada ao "adepto ferveroso" da teria da destruição criativa e era por aí a resposta que eu esperava, mas afinal você deu a mesma que eu daria (com uma excepção de que ja falo). Se os bancos falissem o sistema iria inevitavelemnte colapsar, o que acarretaria custos globais muito maiores do que salvá-los. Por isso é que principios teoricos estritamente liberais como esse, não fazem qualquer sentido como principio universal, da mesma forma que o contrario (salvar tudo e todos) também não.
    Agora a TAP. Como já percebemos, os que querem perceber obviamente, decorrente da pandemia, todo o sector de aviação ficou objectivamente em maus lençóis e no caso dum moribundo como a TAP isso já era uma autêntica certidão de óbito. Perante esta situação e dado que o acionista privado não tinha meios para manter a companhia, o estado tinhas três opções, nenhuma delas boa:
    1. Emprestava os tais 3 mil milhões ao acionista e ficava a espera ele os viesse a devolver.
    2. Deixava falir a companhia e assumia os custos políticos, sociais e economicos dessa falência.
    3. Usava os 3 mil milhões para retomar a companhia e com isso evitava a falência.


    Ja todos sabemos que a opção 3 foi a preferida por quem estava no governo, se foi a melhor do ponto de vista estritamente económico, pessoalmente tenho muitas duvidas, até porque nunca nos mostraram o racional da decisão, o que faz querer que a dimensão politica da decisão (que existiria em qualquer caso) pode ter sido determinante.
    Mas alguém é capaz de afiançar p.e. que iriamos receber os 3 mil milhoes se os entregassemos ao acionista privado?
    Alguem sabe dizer qual era o custo global para o estado se a solução fosse a falência?
    Depois temos a fase seguinte, a forma como foi gerida a companhia pela sra. francesa, mas aí eu não percebo nada do negocio do aviação por isso não sei avaliar, mas evidentemente que não concordo que ministros e secretários de estado andem a meter-se na gestão diaria de uma empresa, isso e tarefa dos gestores. Se não são competentes é trocá-los.
    A comparação com a Lufthansa ou outras tem pouco sentido, a base acionista dessas companhias era outra e por isso a garantia de recuperação do capital também, mesmo assim, no caso da Lufthansa creio que até acabou por mudar o principal acionista.
    O facto é que todos nos queixamos dos 3 mil milhões, mas eles seriam sempre necessários, senão o destino seria a falência e ninguem sabe, ou quer fazer as contas do custo que isso teria.

    Nota: quanto aos CoCos terem sido um bom negocio para o estado, também esperava um pouco mais, afinal isso é apenas a argumentação dos bancos, ou seja do beneficiário.
    Claro que o estado recebeu os juros que os bancos pagaram, mas no momento em que lá se meteu o capital não sabiamos se não iríamos acabar por ficar acionista deles todos. Ja agora num caso até esteve mesmo para acontecer, mas felizmente não aconteceu, até para mim que já era e ainda sou um pequenissimo acionista.
    Isto é como no futebol, prognósticos depois do jogo são faceis de fazer, mas aí já não são prognósticos. A verdade é que o estado correu um risco que os acionistas dos bancos não tinham condições de assumir. Virem agora dizer que pagaram com juros é conversa para inocentes, porque a alternativa era ficarem sem nada, já que ninguém lhes emprestava o capital necessário.


    Esse é o mito que veio para ficar, tal como o Passos e Troika.
    A gestão privada do Neeleman NÃO precisava dessa ordem de valores. Precisava claro ter acesso às ajudas tal como TODAS as empresas europeias receberam.
    Esse valor alto dos 3.2 MM foi claramente exagerado para aproveitar e fazer outras coisas, tal como fechar a manutenção no Brasil com um custo de cerca de 1.1 MM, e todas as outras negociatas que fomos ouvindo (os 500 mil famosos, etc etc).

    O que sempre se ouviu no meio foi que a TAP com o Neeleman iria precisar de ajuda covid na ordem dos 600 a 800 milhões de euros... Ajudas por compensação ao covid que viria na grande maioria de Bruxelas sem afectar o Orçamento Português.
    • AMG1
    • 20 setembro 2024
    Colocado por: dmanteigas

    Ora... eu por principio acho que nao se devia ter 'salvado' a empresa pois a TAP ja era uma empresa zombie antes da pandemia. Mas isto e uma questao de principio. Como sempre em Portugal em grandes decisoes, nunca temos uma analise custo utilidade que diga efetivamente quais os custos de cada solucao, incluindo o custo de oportunidade. Pois esses 3.2 mil milhoes que o estado meteu na TAP atualmente tem custo anual de sensivelmente 100 milhoes de euros em juros de divida publica sem nenhum retorno para o estado.
    Ate podia ser que salvar a empresa fosse a melhor solucao, o que duvido. Nao temos e dados para o saber. Como na altura a argumentacao foi porque a TAP e as caravelas do sec. XXI :)


    Portanto a sua resposta a minha "provocação", smo, é que por princio se devia aplicar o principio liberal, mas apenas porque já era uma empresa que estava moribunda. Se fosse uma empresa que estivesse com futuro aí o estado já podia e devia intervir, ou seja os principios liberais do ferveroso adepto da destruição criativa iam "para gaveta" como dizia o outro e deviam era aplicar-as as regras do mais elementar bom senso.
    Quanto a isto estou esclarecido!

    É claro que, salvo os populistas de pacotilha, ninguém sabe se na opção da falência o custo seria maior ou menor, até porque o estado já era dono de metade da companhia.
    Tal como eu disse ontem e você parece concordar nunca nos explicaram o racional da decisão, por isso cada um de nós pode efabular como quiser (até com as caravelas) mas eu até sou mais pragmático, olho para o facto e deduzo que o mais provável até é mesmo ter sido uma opção politica assumida naquelas circunstâncias. Afinal os governos são eleitos para tomar decisões, depois os eleitores avaliam e votam...claro que esta ultima parte, tal como o escrutínio objectivo dos factos tem pouca aplicação por cá, mas isso são outros 500 paus.
    • AMG1
    • 20 setembro 2024
    Colocado por: dmanteigas

    Faz todo o sentido, pois o caso Lufthansa e precisamente aquilo que caracteriza uma intervencao estatal adequada. Uma empresa viavel, que devido a condicoes que nao controla fica com uma crise de liquidez, que o estado ajuda a resolver temporariamente dai retirando os seus dividendos.
    O que nao faz sentido e ajudar empresas zombie. Uma empresa zombie e para falir.


    O que o governo alemão fez tem todo o sentido, nem eu disse o contrário. Não tem e nada que ver com a visão mais liberal da economia, o que acaba por ser normal, afinal é um governo da mesma familia politica do partido socialista.
    Agora tal como escrevi, a base acionista da Lufthansa, não era a da TAP, tal como o peso do estado alemão na Lufthansa também não era o mesmo que o do estado português na TAP. Tudo isto são condicionantes da decisão, que repito tenho dúvidas que tenha sido a melhor e foi seguramente norteada por uma valende componente politica, mas pecebo que não tenho informação para me por aqui, como outros, a atirar postas de pescada, como se soubesse tudo, quando não sei quase nada e mesmo o que sei e que contraria a minha narrativa de principio faço por ignorar.
    Eu já nao me lembro, mas quais eram os partidos que na altura defendiam que se devia emprestar o dinheiro ao acionista privado?
    • AMG1
    • 20 setembro 2024
    Colocado por: dmanteigas
    E que faz sentido porque foi o que aconteceu. Estamos a analisar apos o facto. Dai eu dizer que os CoCos foram um bom negocio para o estado. Se estivessemos a comentar ha 12 anos atras, a minha resposta seria 'vamos ver'


    Pois, tal como eu disse, a fazer prognósticos depois do jogo acabar somos todos óptimos e temos sempre as melhores soluções. Mas é evidente que foi a opção certa e seria sempre, mesmo que o resultado não tivesse sido exactamente esta, porque a alternativa seria sempre muito pior.
    Agora mesmo para quem gosta de repetir a narrativa criada pelo principal beneficiário da decisão, ainda assim, também devia acrestar-lhe algo muito relevante: "o negócio foi bom para o estado" sim, mas ainda melhor para os acionistas dos bancos, se não tinham ficado sem nada!
    E já nem falo dos principios liberais terem ido para o lixo, porque já se percebeu, que não valem nada, a não ser quando convém à narrativa que se pretende difundir.
  2. A TAP vai dar lucro quando deixarem de andar a mamar à conta do orçamento

    mas que se lixe,temos um lider da oposição que deu o OK a uma indemnização multimilionária pelo WhatsApp

    pior que isto nem a Venezuela
    Concordam com este comentário: Alto_moinhos_1978
 
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