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  1.  # 1

    Boa tarde,
    Moro no meu apartamento há 23 anos, e há 23 anos que a minha vida se tornou num completo inferno. Tenho filhos e quando vir morar aqui eles dois eram adolescentes, passado dois anos tive a minha terceira filha e os meus dois netos viveram sempre comigo.
    Desde que entramos nesta casa que a nossa vizinha de baixo insistia em reclamar de tudo o que fosse que fizéssemos, desde o barulho do rato do computador do meu filho, o barulho do interruptor da luz, o facto de nós andarmos pela casa, o barulho que fazíamos na casa de banho, o barulho da maquina de lavar roupa, entre outras coisas que pessoas vivas fazem . Depois dos primeiros 13 anos a ouvir queixas diariamente (mesmo quando estava fora de casa e nos cruzávamos) decidi deixar a boa educação de lado e dizer para ela cuidar da vida dela e deixar a minha família em paz, e que se tivesse algum problema para chamar a policia. Nesse dia, o marido dela é que veio reclamar e então, depois do que eu disse, respondeu que a partir daquele momento nós "iriamos ver" , o que, para mim, representa uma espécie de ameaça. Desde então, se eu achava que vivia em completo encarceramento, comecei a ter que me comportar como se vivesse no meio do cemitério. Tudo o que as crianças faziam era repreendido, desde rir, brincar, falar (tudo isto em pleno dia), para que pudéssemos evitar as queixas ao Espaço Municipal, pois vivemos numa casa camarária. A minha filha e os meus netos cresceram sem puderem sequer brincar direito pois faziam barulho e incomodavam a vizinha, não podiam trazer amigos aqui porque eles podiam-se rir e isso incomodava. Nestes cerca de 15 anos, as visitas do espaço eram anuais, as vezes mais do que uma vez por ano, porque imagino a quantidade de emails e chamadas que eles recebiam por dia da senhora em questão. Sempre que vinham á minha casa abanavam a cabeça em sinal de reprovação pois viam tudo arrumado, como estava sempre, eu sozinha pois as crianças estavam na escola todo o dia e não entendiam o porquê de tanta queixa. A cerca de 5 anos recebi um bilhete escrito a mão que foi colocado na caixa de correio endereçado pelo apartamento em questão. Dizia que estavam cansados de ter que ouvir "tanto barulho", citava as miúdas (agora adolescentes) a rirem alto, a arrumarem o quarto de noite (no caso, abrir uma gaveta é arrumar o quarto), o barulho do autoclismo, etc; e que se persistisse iria tomar "outras medidas" . Nesse dia desci ao nível dela e decidi mandar um recadinho pela caixa do correio e disse basicamente que se ela não tivesse o que fazer o melhor seria se "entreter" com o marido e parar de cuidar da vida dos outros, e que se não desse certo, para comprar um a pilhas que resolvia. Penso que atingi demasiado a masculinidade frágil do dito cujo, que veio nesse mesmo dia a hora de jantar com uma faca na mão e o bilhete na outra mão para pedir esclarecimentos ao meu marido, só que como é um covarde, acabou por esconder a faca no bolso e tentar fugir para casa. Concluindo, a gritaria foi muita e , depois de a senhora ter subido para socorrer o marido, deu-me um pontapé na perna e eu dei-lhe um soco não sei precisar aonde . A minha filha mais velha acabou por chamar a policia quando soube da faca, mas decidimos não apresentar queixa-crime (algo que me arrependo profundamente) e achamos que seria melhor tentar conversar com o engenheiro responsável pelo espaço municipal . Depois desse dia, fizeram mais duas visitas a minha residência, o que só me leva a pensar que as queixas não acabaram , mas saem daqui sempre confusos com a situação e sem entender o porque, já que desde a uns 3 anos que só vivemos adultos nesta casa, não temos crianças . A senhora agora passou a fazer queixa das plantas que lhe molham a varanda entre outras coisas, mas agora ao administrador do condomínio, que nunca nos veio perguntar se era verdade, simplesmente se limita a ligar para o meu marido quando ele está a trabalhar e ameaçar de chamar o espaço municipal caso eu não cumpra "as regras", essas regras que só se aplicam ao meu apartamento já que toda a gente estende cobertores, mas só o meu apartamento é que é advertido . Este foi o ultimo evento ocorrido a cerca de dois dias e por esse motivo estou aqui , porque preciso de um conselho , gostaria de relatar tudo isto ao espaço municipal novamente, e também ao administrador
    pois preciso que ele coloque a mão na consciência sobre o que se vem passado, mas não sei se esta é a melhor opção.

    O que devo fazer ?
  2.  # 2

    Colocado por: AlbertinaTRO que devo fazer ?


    Mudar de casa.
    Concordam com este comentário: macinblack, Pascendi, Damiana Maria
  3.  # 3

    Tenho promessa de compra
  4.  # 4

    Colocado por: AlbertinaTRTenho promessa de compra


    Dessa casa?
  5.  # 5

    Colocado por: AlbertinaTRO que devo fazer ?
    Se em 23 anos não se cansaram, nem alterou nada, está à espera de milagres? O que começa mal, tarde ou nunca se endireita. Pode apresentar queixas, como a sua vizinha alegadamente faz, mas acho que vão ter o mesmo fim que as dela.

    Este é um problema que apenas pode ser resolvido entre ambas e de forma civilizada, se tal não for possível, não será resolvido.
    Concordam com este comentário: Ana_Dado, Damiana Maria, desofiapedro
  6.  # 6

    mas agora ao administrador do condomínio, que nunca nos veio perguntar se era verdade, simplesmente se limita a ligar para o meu marido quando ele está a trabalhar e ameaçar de chamar o espaço municipal caso eu não cumpra "as regras",


    Em relação a tudo o resto terei de estar de acordo com os foristas que lhe responderam mas, enquanto ao administrador e aos seus poderes-deveres:

    E o que deliberou a Assembleia, junto da qual o administrador é responsável por prestar contas?

    Ou a Assembleia não existe, substituída pelo "espaço municipal"? A quem presta contas o administrador?

    Sendo a Albertina inquilina (será?) tem, pelo menos, o direito de reclamar junto do seu locador, o "espaço municipal?"
    Já pensou em escrever para o espaço municipal e pedir, por escrito que o administrador deixe de telefonar para o local de trabalho do seu marido e em alternativa lhe faça chegar por escrito as ameaças?

    Quem é o superior hierárquico do seu "administrador" ? Verifique e equacione se quer apresentar queixa disciplinar. Normalmente amansam.

    Sair de aí, como lhe sugeriram parece o melhor, de acordo com as circunstâncias. Devia ter apresentado queixa-crime, já não vai a tempo.
  7.  # 7

    Pode apresentar queixa-crime por assédio.

    E um crime semi-publico o que implica que o Ministério Publico assim que receber a queixa vai investigar e levar o caso aos tribunais em seu nome.

    Deixar o apartamento é o que eles querem, devem querer vitimas novas .... não deixe !
 
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