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  1.  # 1

    Começo por me apresentar, chamo-me João Amaral, tenho 64 anos, sou Engenheiro Civil e dediquei os últimos 40 anos da minha vida á participação nas atividades de construção civil em todas as vertentes (projeto, obra, gestão e fiscalização).

    Resolvi iniciar aqui no fórum uma discussão sobre as ideias que refletem a minha experiência de como com gestos simples e muita gestão se pode criar valor no ato construtivo, seja ao nível dos donos de obra, seja ao nível das empresas de projeto, das construtoras ou das empresas de fiscalização.

    Noutros países civilizados é absolutamente impensável partir para a construção de qualquer edifício ou infraestrutura sem se colocarem algumas perguntas essenciais:

    • O que se pretende construir (dono de obra);
    • Quem vai projetar (projetista);
    • Quem vai rever o projeto (revisor de projeto);
    • Quem vai construir (construtor);
    • Quem assegura a fiscalização e segurança da obra (fiscalização);
    • Quem faz a gestão destes participantes (dono de obra).

    No nosso país tenho a certeza pela minha experiência que grande parte das iniciativas de construção não respondem à totalidade das perguntas referidas e isso traduz-se inevitavelmente em quebra de valor.

    Mas então o que é isto de criar valor? Eu diria que em termos genéricos, criamos valor gerindo bem os diversos atores do ato construtivo, primeiro o dono de obra, depois as empresas de projeto, de construção e de fiscalização. Em todos eles é possível criar valor pois essa faculdade vem da capacidade de gestão de cada um.

    Criamos valor no objeto construído quando este tem a qualidade definida, pagamos por ele o valor acordado, a sua entrega é concretizada em segurança no prazo contratado e também que não haverá surpresas ao nível da sua futura manutenção.

    Quantos casos conhecem em que todos estes requisitos foram cumpridos?

    Lanço então o 1º mote para a discussão como criar valor ao nível do dono de obra ou doutra maneira o que deve fazer o dono de obra no ato construtivo?
    Concordam com este comentário: Beto1980
  2.  # 2

    Né realidade o processo construtivo, do ponto de vista de um DO
    -que tem a sua família para sustentar, um emprego preenchido e mal pago, filhos para levar aos treinos e outras atividades, TPC, reuniões etc 🥴-
    é muito complexo, lento, burocrático, cheio de opções e decisões que o DO não está habilitado a tomar....

    Uma pessoa vai fazer uma cirurgia ao cólon ou pulmão ou próstata, e s maior parte das vezes nao escolhe a técnica cirúrgica, ou materiais empregues,a equipa de cirurgia, etc....
  3.  # 3

    O João não quer partilhar aqui uma estórias acerca de casos em que participou, e em que se revelou proveitoso para o DO contratar um coordenador da empreitada?
  4.  # 4

    Colocado por: ricardo.rodriguesO João não quer partilhar aqui uma estórias acerca de casos em que participou, e em que se revelou proveitoso para o DO contratar um coordenador da empreitada?

    O que posso partilhar é a minha experiência ao longo dos últimos 30 anos na gestão de grandes empreendimentos públicos onde realizei vários no prazo e custo definido se pode aplicar ao mercado das obras privadas. Com os devidos ajustamentos é possível levar os intervenientes de todo o processo construtivo ganhando as suas margens a entregar o objeto construido ao DO no prazo e custo acordado. Se é possível em obras multidisciplinares e complexas seria estranho não ser possível neste mercado. Ao DO cabe a missão de acreditar que isso é possível e dar o primeiro passo nesse sentido.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ricardo.rodrigues
 
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