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  1.  # 1

    Gostaria que me podesem ajudar. Passo a explicar, fiz um revestimento de um fogão de sala em chapa de aço corten, mas ela continua a oxidar e disseram-me que se tinha de dar um tratamento composto por um acido e depois um tipo de verniz.
    Entrei em contacto com o armazem que me vendeu a chapa e eles não sabem o que se faz.
    Agradecia que me aqjudassem pois já retirei a chapa do fogão e está neste momento a tirar a beleza da sala e eu queria resolver esta situação.
    Obrigada
  2.  # 2

    é tem de dar algo sobre o aço para atrasar a oxidação, não posso é em ajudar em que, ver se alguém sabe.

    "Os aços patináveis foram introduzidos no início da década de trinta, nos Estados Unidos, para a fabricação de vagões de carga. Dadas às características e qualidades desses aços, que combinavam alta resistência mecânica com resistência à corrosão atmosférica, rapidamente encontraram aceitação, ainda que, na maioria das vezes, fossem empregados com revestimento. Comercialmente, tais aços receberam o nome de "Corten" e hoje são mundialmente utilizados na construção civil.

    CARACTERÍSTICAS

    Os aços patináveis apresentam como principal característica a resistência à corrosão atmosférica que, dependendo da agressividade do meio ambiente e do tempo de exposição, pode ser de 5 a 8 vezes maior que a dos aços-carbono. A resistência à corrosão atmosférica dos aços patináveis foi estudada ao longo de anos por meio de ensaios acelerados e não–acelerados de corrosão em diferentes condições atmosféricas, onde foi comprovoda a sua superioridade em relação aos aço-carbono comum

    Os aços resistentes à corrosão são disponíveis no Brasil sob a forma de chapas e bobinas. Esses aços são produzidos pelas principais siderúrgicas do país e possuem denominações comerciais (vide item 3.1.3)

    São aços de baixa liga, que além da resistência à corrosão, apresentam boa soldabilidade.

    A maior resistência à corrosão desses aços advém principalmente da adição de cobre e cromo. Cada siderúrgica adota uma combinação própria desse elemento em seus aços comerciais, além de combiná-los com outros elementos, como níquel, vanádio e nióbio.

    Os aços patináveis, quando expostos à atmosfera, desenvolvem em sua superfície uma camada de óxido compacta e aderente denominada "pátina", que funciona como barreira de protecção contra a corrosão, possibilitando, assim, sua utilização sem qualquer tipo de revestimento.

    A formação de pátina protetora ocorre desde que o aço seja submetido a ciclos alternados de molhagem (chuva, nevoeiro, umidade) e secagem (sol, vento). Tais efeitos também estão presentes em ambientes internos à edificação, desde que adequadamente ventilados. O tempo necessário para a completa formação da pátina varia em função do tipo de atmosfera em que se encontra exposto o aço, levando em média de 18 meses a 3 anos. Após um ano, porém, o material já apresenta uma homogênea coloração marrom-clara. A tonalidade definitiva, uma gradação escura do marrom, será função da atmosfera predominante e da freqüência com que a superfície do material se molha e se seca.

    Em atmosferas industriais pouco agressivas, os aços patináveis apresentam bom desempenho; em atmosferas industriais altamente corrosivas a sua resistência à corrosão é menor do que verificada no caso anterior, porém, sempre superior à do aco-carbono.

    Nas atmosferas marinhas, até cerca de 600m da orla marítima, a proximidade do mar influencia na velocidade de corrosão dos aços patináveis, acelerando-a. Nesse tipo de atmosfera, o desempenho desses aços é superior à do aço-carbono, porém as perdas por corrosão são maiores do que em atmosferas industriais. Por isso é recomendada a utilização de revestimento quando o material encontra-se em atmosfera marinha severa ou moderada.

    Verifica-se portanto, que a maior aplicação dos aços patináveis tem sido em atmosfera urbanas, onde podem ser utilizados sem revestimento.


    UTILIZAÇÃO DOS AÇOS PATINÁVEIS SEM REVESTIMENTO


    Os aços patináveis podem ser usados sem qualquer tipo de proteção ou revestimento, desde que haja condições para a formação completa da camada de óxido protetora.

    Cuidados especiais devem ser observados, pois o desempenho desses aços varia principalmente em função da atmosfera em que se encontram, do projeto e das condições de utilização:

    - a carepa de laminação deve ser eliminada, por jateamento com granalha ou areia

    - os resíduos de óleo e graxa, bem como os respingos de solda, resíduos de argamassa e concreto devem ser removidos;

    - regiões de estagnação que não puderem ser eliminados no projeto devem ser protegidos por pintura, pois nesses locais poderá ocorrer retenção de água ou resíduos sólidos, favorecendo o desenvolvimento da corrosão.

    - regiões não-expostas à ação do intemperismo, tais como juntas de expansão, articulações, regiões sobrepostas e frestas devem ser protegidas por pintura, devido ao acúmulo de resíduos sólidos e umidade.

    - regiões expostas à ação das chuvas provocam, nos primeiros anos de exposição, uma pequena dissolução de óxido, que poderá manchar materiais adjacentes; por esse motivo certos detalhes devem ser previstos em projeto para minimizar tal inconveniente.

    - as obras construídas com aço patinável sem revestimento devem sofrer um acompanhamento periódico para verificar o desenvolvimento do óxido. Caso não ocorra a formação do mesmo, uma aplicação de uma pintura torna-se necessária.

    UTILIZAÇÃO DO AÇOS PATINÁVEIS COM REVESTIMENTO


    Os aços patináveis devem ser revestidos por pintura em locais onde as condições climáticas ou de utilização não permitam o desenvolvimento completo da pátina protetora, ou quando for uma necessidade imposta na conceituação do projeto arquitetônico.

    Esses aços devem também ser revestidos quando expostos à atmosfera industrial altamente agressiva, atmosfera marinha severa, regiões submersas e locais onde não ocorram ciclos alternados de molhagem e secagem.

    Os aços patináveis apresentam boa aderência ao revestimento, com um desempenho, no mínimo, duas vezes superior em relação ao mesmo revestimento aplicado no aço-carbono comum. Isso é explicado pelo fato do produto da corrosão nos aços-carbono comuns ser muito volumoso, dada a permeabilidade das tintas, provocando o rompimento das película. Isso não ocorre com a mesma intensidade nos aços patináveis, uma vez que o seu produto de corrosão é fino, compacto e aderente.

    Carepas de laminação, resíduos de óleo e graxa, respingos de solda ou qualquer outros materiais devem ser eliminados antes da pintura, por meio do preparo de superfície adequado."
 
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