Colocado por: HAL_9000Tenho exatamente os mesmos problemas que o nortenho e pelo mesmo motivo, mas comparar isto com as dores de costas provocados por trabalhar nas obras, é comparar água com vinho ( digo com conhecimento de causa).A resolução das mesmas também não tem nada a ver numa e em outra situação.
Colocado por: SirruperEstamos com um problema grande de educação futura.
Chegamos a um ponto que "estudar" no nosso país nao é sinonimo de melhor remuneração. Logo muitos jovens vão perder o interesse em tirarem um curso superior. Vamos ter dificuldades em captar alunos para determinadas areas.
Quem quer ser professor nos dias de hoje? Ganham mal, levam porrada dos alunos e dos pais e ainda se arriscam a ir dar aulas para cascos de rolha.
Na area de gestao, contabilidade e economia metem-nos a vendedores de cartoes ou na Banca e seguros nao têm oportunidade, porque os sectores estao cada vez mais modernizados e a funcionar como call centers.
Na saude sao explorados e têm de trabalhar em 2 ou mais hospitais para conseguirem tirar um ordenado decente.
Nas cabeças dos jovens paira muito "para quê estudar"? Para valorização pessoal? Isto nao paga contas.
O nosso país nao se preparou para o pós-ensino superior. E agora começamos a ver o numero de candidatos ao ensino superior a cair. Apenas este numero é positivo nas mulheres. Percebe-se porquê.
Colocado por: SirruperO nosso país nao se preparou para o pós-ensino superior.O nosso país nao aposta é um formar onde faz falta...
Colocado por: jfsmoreiraDepois, o mercado não exige que os pedreiros/picheleiro /eletricistas tenham formação...
Colocado por: nortenho66Ora nem mais... Noutros países existem os cursos porque é obrigatório ter para trabalhar porque normalmente essas profissões aprende-se no terreno, como ajudante de quem sabe.
Colocado por: jfsmoreiraHá sim, esses cursos e muitos mais...o problema é que só vão para esses cursos obrigados porque a empresa necessita de ter essas formações obrigatórias e ninguém quer aproveitar a oportunidade e aprender um pouco mais.Ha formas de ganhar dinheiro a dar esses pseudo cursos e formações obrigatórias...
Depois, o mercado não exige que os pedreiros/picheleiro /eletricistas tenham formação...
Colocado por: DR1982Com menos de 30 anos cada vez que forço numa certa posição ando uma semanita com dores, fiz três sessoes de ostéopathe e ao fim de três sessões ela virou se pra mim e disse, “quer perder as dores nas costas mude de trabalho”
Colocado por: Picareta
Tretas, existe mercado de trabalho para engºs mecânicos e a ganhar bem.
Colocado por: Joao DiasO problema é que neste Pais continuamos a ter uma falange completamente imbecil da população a tratar o pessoal das obras como uns desgraçados e como se estivessem nas obras por falta de opção.
Colocado por: Joao Diasnao sei do que te queixas, a mim cag@m todos no meu trabalho.....
Deixa lá, com 7 anos de soalhos no pêlo descobri há pouco tempo que estou mais baixo 3cm derivado aos bicos de papagaio que tenho na coluna.
Dor ciática já é crónica tal como os derrames sanguíneos na zona das joelheiras.
Não considero no entanto que seja motivo para ganhar mais que qualquer outra profissão. O problema é que neste Pais continuamos a ter uma falange completamente imbecil da população a tratar o pessoal das obras como uns desgraçados e como se estivessem nas obras por falta de opção.
Nós somos a prova viva que essa categorização não poderia andar mais longe da verdade.
Mas dou um exemplo pessoal e verdadeiro que até tem pouco tempo:
Cruzei-me na rua com um antigo colega de curso e obviamente estava com a minha farpela de trabalho (que é como quem diz roupa suja) e ele de fato e gravata (aquela coisa que eu deixei para andar todo borrado). Perguntou-me o que é que eu andava a fazer e expliquei que tinha abandonado tudo para me dedicar aos soalhos. A partir dai, todo o discurso foi sempre na base de me tratar como um “coitadinho”. Nem sequer teve capacidade para perceber o quão feliz eu estava com o percurso escolhido, partiu logo do principio que eu andar nas obras “foi um azar da vida”. Isto um tipo da minha idade com formação superior da melhor que existe e já com alguns anos de experiência de vida em cima.
Temos muito para andar e só neste Pais é que um profissional da minha craveira, com currículo Internacional, com convites para dar formação em vários Paises do mundo, com propostas de chefia de Equipas Internacionais que muitos nem sonham que existem, com o nível de portfólio conseguido em apenas sete anos de actividade, com artigos publicados na maior e melhor revista de especialidade do mundo, etc, etc, etc… enfim, só aqui é que sou considerado um coitadinho.
Isto já para não falar da Susy, reconhecida pelos melhores do mundo (muitos nossos amigos pessoais) como uma das melhores profissionais que surgiu nos últimos anos e que cá em Portugal, em pleno Séc.XXI já aconteceu em pelo menos quatro ocasiões diferentes ela entrar na obra e dizerem-lhe que não era dia de limpeza. E não, não estou a brincar. Isto já para não explicar (um dia destes filmo) que em muitas obras temos o pessoal da obra a olhar para a Susy como se fosse um alienígena. Então quando se apercebem que é ela que lidera a equipa de aplicação e é ela que faz praticamente os cortes todos e os homens só dão apoio, ui, até esfregam os olhos.
Isto é triste, mas é um facto e goste-se ou não, existe muito boa gente nas obras que lá está por gosto e vocação. Nem todos são “coitadinhos”!!
Mas é o que temos e não me parece que esteja para mudar.
Continua a existir um estigma associado á construção que são todos uns pobres desgraçados, com a quarta classe e que trabalham a troco de tostões.
Depois, como em todas as profissões, há profissionais de topo, há profissionais razoáveis e há profissionais miseráveis. Mas isso é algo transversal a qualquer espectro do mundo laboral.
Colocado por: SrRnao sei do que te queixas, a mim cag@m todos no meu trabalho.....
Colocado por: JotaP
É cultural mas é incutido por todos. E começa na postura dessa malta.
Cultura de que bêbado é macho. Parar para beber minis 15 vezes ao dia. Voltar do almoço com pelo menos 2.0g/L de álcool no sangue, é que é profissionalismo...
Isto é o normal. Se queremos mudar o normal, por algum lado há que começar.
Colocado por: Joao Dias
Deixa lá, com 7 anos de soalhos no pêlo descobri há pouco tempo que estou mais baixo 3cm derivado aos bicos de papagaio que tenho na coluna.
Dor ciática já é crónica tal como os derrames sanguíneos na zona das joelheiras.
Não considero no entanto que seja motivo para ganhar mais que qualquer outra profissão. O problema é que neste Pais continuamos a ter uma falange completamente imbecil da população a tratar o pessoal das obras como uns desgraçados e como se estivessem nas obras por falta de opção.
Nós somos a prova viva que essa categorização não poderia andar mais longe da verdade.
Mas dou um exemplo pessoal e verdadeiro que até tem pouco tempo:
Cruzei-me na rua com um antigo colega de curso e obviamente estava com a minha farpela de trabalho (que é como quem diz roupa suja) e ele de fato e gravata (aquela coisa que eu deixei para andar todo borrado). Perguntou-me o que é que eu andava a fazer e expliquei que tinha abandonado tudo para me dedicar aos soalhos. A partir dai, todo o discurso foi sempre na base de me tratar como um “coitadinho”. Nem sequer teve capacidade para perceber o quão feliz eu estava com o percurso escolhido, partiu logo do principio que eu andar nas obras “foi um azar da vida”. Isto um tipo da minha idade com formação superior da melhor que existe e já com alguns anos de experiência de vida em cima.
Temos muito para andar e só neste Pais é que um profissional da minha craveira, com currículo Internacional, com convites para dar formação em vários Paises do mundo, com propostas de chefia de Equipas Internacionais que muitos nem sonham que existem, com o nível de portfólio conseguido em apenas sete anos de actividade, com artigos publicados na maior e melhor revista de especialidade do mundo, etc, etc, etc… enfim, só aqui é que sou considerado um coitadinho.
Isto já para não falar da Susy, reconhecida pelos melhores do mundo (muitos nossos amigos pessoais) como uma das melhores profissionais que surgiu nos últimos anos e que cá em Portugal, em pleno Séc.XXI já aconteceu em pelo menos quatro ocasiões diferentes ela entrar na obra e dizerem-lhe que não era dia de limpeza. E não, não estou a brincar. Isto já para não explicar (um dia destes filmo) que em muitas obras temos o pessoal da obra a olhar para a Susy como se fosse um alienígena. Então quando se apercebem que é ela que lidera a equipa de aplicação e é ela que faz praticamente os cortes todos e os homens só dão apoio, ui, até esfregam os olhos.
Isto é triste, mas é um facto e goste-se ou não, existe muito boa gente nas obras que lá está por gosto e vocação. Nem todos são “coitadinhos”!!
Mas é o que temos e não me parece que esteja para mudar.
Continua a existir um estigma associado á construção que são todos uns pobres desgraçados, com a quarta classe e que trabalham a troco de tostões.
Depois, como em todas as profissões, há profissionais de topo, há profissionais razoáveis e há profissionais miseráveis. Mas isso é algo transversal a qualquer espectro do mundo laboral.
Colocado por: Sirruper
Deixa estar. O que vale é aquilo que sentimos. O João é um grande profissional e feliz no que faz. O seu colega de certeza que de gravata e a exercer a profissao dele nao é tão feliz.
Ele devia era ter pedido o seu contacto para qd precisasse de um soalho como deve ser poder trabalhar com o melhor.
Colocado por: JotaPIsso é o normal cá em empresas do ze da esquina
É cultural mas é incutido por todos. E começa na postura dessa malta.
Cultura de que bêbado é macho. Parar para beber minis 15 vezes ao dia. Voltar do almoço com pelo menos 2.0g/L de álcool no sangue, é que é profissionalismo...
Isto é o normal. Se queremos mudar o normal, por algum lado há que começar.