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  1.  # 761

    Colocado por: PedroeLara

    O problema é que a volatilidade é para cima e para baixo, sendo que para os empreiteiros portugueses, diria 90% deles, so conta para cima, porque quando o material desce nao se preocupam tanto :)


    Quer desenvolver isso que refere?
  2.  # 762

    Colocado por: Vítor Magalhães

    Já é feito atualmente em orçamentos para obras que vão decorrer num determinado período temporal que não o atual. Mas tem que existir sensatez nesse sentido, não basta meter mais 5/10% de fator ****çao/segurança, tem que existirdisclaimerscomo:
    Os preços são válidos até data X, salvo raras exceções, tais como: Flutuações cambiais superiores a X%, variação no custo dos transportes e/ou desembaraço aduaneiro.
    Muito Importante, se o fornecedor não me garantir que mantem o preço até à data Y eu não posso garantir ao cliente que o preço se mantem até à data X. É necessário existirem salvaguardas de parte a parte.
    O mal está, e temos o exemplo dos ditos patos bravos, em que se apresenta um orçamento baixo para ganhar a obra e depois não se cumpre.

    Perdoem-me a expressão mas na minha terra existe um ditado que diz: "Quem não tem c* não se mete a pane***ro"
    O problema é que a maioria dos DO, na minha opinião nao esta disposta a aceitar esse contrato.
    O que querem é saber quanto custa no fim para saber se podem pagar ou não, dificilmente arriscariam um contrato nesses moldes correndo o risco de nao ter dinheiro para acabar a obra.
  3.  # 763

    Colocado por: Vítor Magalhães

    Quer desenvolver isso que refere?


    Não consegue, porque não entende o conceito de mercado.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, azwsedcrfv
  4.  # 764

    Colocado por: DR1982O problema é que a maioria dos DO, na minha opinião nao esta disposta a aceitar esse contrato.
    O que querem é saber quanto custa no fim para saber se podem pagar ou não, dificilmente arriscariam um contrato nesses moldes correndo o risco de nao ter dinheiro para acabar a obra.

    Pois, neste caso a culpa é dos DO que vão iludidos com um sonho e a aquisição não vai passar disso mesmo...
    • DR1982
    • 15 outubro 2021 editado

     # 765

    Colocado por: Vítor Magalhães
    Pois, neste caso a culpa é dos DO que vão iludidos com um sonho e a aquisição não vai passar disso mesmo...
    Porque é que acha que as empresas do nao se preocupe com nada têm tanta procura?
    As pessoas querem é ver os 3D e saber quanto vao pagar no fim
    O resto não importa pra nada, qualquer coisa aciona-se a garantia
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
  5.  # 766

    Colocado por: NTORION

    Cuidado, que às vezes as coisas mudam, e cada vez mais rápido. A FED ontem já veio dizer q ia reduzir a compra de ativos, a seguir pode vir o sinal da subida das tx de juro (não acredito que aconteça na europa tão rápido), e os bancos são capaz de começar a contrair os empréstimos.


    Com capitais próprios não tenho o peso dos bancos sobre as costas, por isso se a situação se alterar o pior que pode acontecer é ficar com os activos se não conseguir vender ao preço que pretendo.




    Colocado por: PedroeLara

    O problema é que a volatilidade é para cima e para baixo, sendo que para os empreiteiros portugueses, diria 90% deles, so conta para cima, porque quando o material desce nao se preocupam tanto :)


    Isso não sei, no meu caso não pedi mais um cêntimo nas obras adjudicadas em 2019 e 2020 que estou a terminar agora.
  6.  # 767

    Colocado por: DR1982O problema é que a maioria dos DO, na minha opinião nao esta disposta a aceitar esse contrato.
    O que querem é saber quanto custa no fim para saber se podem pagar ou não, dificilmente arriscariam um contrato nesses moldes correndo o risco de nao ter dinheiro para acabar a obra.


    No meio onde me movimento é isso mesmo, os DO querem saber quanto vão gastar antes de começar a obra e não vão pagar mais 1 cêntimo do que foi acordado.
    E não estão interessados num contrato dependentes de valor de mercado porque sabem que em 99% das vezes vão pagar mais do que o orçamento inicial.
  7.  # 768

    Então e as pessoas conversarem e distribuirem o risco não é uma opção?

    Um empreiteiro decide qual é a sua margem. O cliente não tem nada a ver com isso.
    Apresenta o orçamento de 'X' e em determinadas categorias/materiais define em conjunto com o cliente que caso haja uma determinada subida num material terá de haver o respetivo ajusto e o preço passa a 'X + Y'.
    Mas por outro lado também deve garantir ao cliente que se o preço sofrer um corte também há o respetivo ajuste e o preço passa a X - Z'.

    Desta forma o empreiteiro mantém a sua margem intacta.
    Até acho que o maior risco será sempre do cliente dado que orisco de aumento será sempre maior do que uma possível redução.
    Mas pelo menos as coisas são mais transparentes.

    Infelizmente em Portugal isto é algo utópico... O empreiteiro típico quer ganhar o máximo que pode a todo o custo, assim como o cliente típico quer poupar o máximo. No fim, acabam a perder os dois.
    O cliente aos preços atuais deixa de querer construir e o empreiteiro acabará por perder clientes.
    Concordam com este comentário: desofiapedro, RUIOLI, Troino
  8.  # 769

    Colocado por: ghost12

    No meio onde me movimento é isso mesmo, os DO querem saber quanto vão gastar antes de começar a obra e não vão pagar mais 1 cêntimo do que foi acordado.
    E não estão interessados num contrato dependentes de valor de mercado porque sabem que em 99% das vezes vão pagar mais do que o orçamento inicial.
    Por isso é que principalmente com a instabilidade atual dos preços construir por adjudicação direta sai quase sempre mais barato, não há a margem de segurança aplicada, não ha o tempo do empreiteiro atras do carpinteiro, nao ha a garantia do puxador da janela que avariou, etc etc
  9.  # 770

    Colocado por: frpinEntão e as pessoas conversarem e distribuirem o risco não é uma opção?

    Um empreiteiro decide qual é a sua margem. O cliente não tem nada a ver com isso.
    Apresenta o orçamento de 'X' e em determinadas categorias/materiais define em conjunto com o cliente que caso haja uma determinada subida num material terá de haver o respetivo ajusto e o preço passa a 'X + Y'.
    Mas por outro lado também deve garantir ao cliente que se o preço sofrer um corte também há o respetivo ajuste e o preço passa a X - Z'.

    Desta forma o empreiteiro mantém a sua margem intacta.
    Até acho que o maior risco será sempre do cliente dado que orisco de aumento será sempre maior do que uma possível redução.
    Mas pelo menos as coisas são mais transparentes.

    Infelizmente em Portugal isto é algo utópico... O empreiteiro típico quer ganhar o máximo que pode a todo o custo, assim como o cliente típico quer poupar o máximo. No fim, acabam a perder os dois.
    O cliente aos preços atuais deixa de querer construir e o empreiteiro acabará por perder clientes.
    Concordam com este comentário:desofiapedro
    E quantos DO constroiem com folga de 50 ou 100k para as possíveis subidas?
  10.  # 771

    Colocado por: DR1982só na movimentação de terras o empreiteiro tem de aplicar uma boa margem de segurança porque nao sabe que tipo de terreno pode encontrar,

    Mas todos eles conhecem o terreno inclusive com observação visual de escavações em redor. Mais ainda, face ao declive do terreno, que está a ser aproveitado pelo projecto, as escavações devem ser pouco mais de 1m, pelo que me apercebi.

    Colocado por: DR1982Caixilharia minimalista em toda a altura? Que altura é essa? Dos serralheiros com quem tenho falado aconselham-me a não ultrapassar os 2.50m de altura.
    Caixilharia em galandage? Vê porque eu digo que o seu projeto assusta?

    Sobre as caixilharias, tal como disse, estão com valores esperados e dentro do "normal". Este é um não-assunto, provavelmente porque os empreiteiros sabem que é fácil para um DO pedir orçamentos externos.

    Colocado por: frpinUm empreiteiro decide qual é a sua margem. O cliente não tem nada a ver com isso.
    Apresenta o orçamento de 'X' e em determinadas categorias/materiais define em conjunto com o cliente que caso haja uma determinada subida num material terá de haver o respetivo ajusto e o preço passa a 'X + Y'.
    Mas por outro lado também deve garantir ao cliente que se o preço sofrer um corte também há o respetivo ajuste e o preço passa a X - Z'.

    Concordo com o que diz, mas isto implica pressupostos pouco realistas, tal como uma margem de lucro razoável/moderada para o empreiteiro.
    Se o DO vai suportar as belíssimas margens de lucro do empreiteiro, provavelmente espera que uma das contrapartidas seja o assumir da responsabilidade/risco da operação.

    Se é para o DO correr todos os riscos de aumentos de material, faltas de mão de obra, etc, porque raio há-de pagar tanto ao empreiteiro?
    Mais, a questão do aumento do material, até me parece muito pacifico de resolver, mas por alguma razão é bem aceite que o empreiteiro só adjudique o material em véspera de entrar na obra (mas claro, só os outros é que são patos bravos). Mas a razão é óbvia, pois só tem vantagens: se subir, não mexe na margem e passa o aumento para o DO. Se o preço baixar, aumenta a margem. Win-win.

    Isto funciona tudo, de qualquer forma e feitio, enquanto a máquina for alimentada. Vamos ver até quando aguentam as carteiras dos portugueses....
  11.  # 772

    Colocado por: pguilhermeVamos ver até quando aguentam as carteiras dos portugueses....


    Enquanto a taxa de juro se mantiver assim.
  12.  # 773

    Colocado por: pguilhermeSobre as caixilharias, tal como disse, estão com valores esperados e dentro do "normal". Este é um não-assunto, provavelmente porque os empreiteiros sabem que é fácil para um DO pedir orçamentos externos.
    Sim, mas repare que daqui até adjudicar realmente as caixilharias estas podem sofrer um aumento considerável, o empreiteiro tem de contar que daqui a 12 meses por
    Exemplo as caixilharias custem mais 20/30%.
    É que, que eu saiba, as serralharias nao garantem os preços dados agora para aplicação daqui a um ano por exemplo
  13.  # 774

    Colocado por: rjmsilvaEnquanto a taxa de juro se mantiver assim.

    Por mais baixo que seja o juro, só podem endividar-se até 30 ou 35% do seu rendimento.

    Colocado por: DR1982Sim, mas repare que daqui até adjudicar realmente as caixilharias estas podem sofrer um aumento considerável, o empreiteiro tem de contar que daqui a 12 meses por
    Exemplo as caixilharias custem mais 20/30%.
    É que, que eu saiba, as serralharias nao garantem os preços dados agora para aplicação daqui a um ano por exemplo

    Esse argumento tá ao contrário, bolas.

    Estou a dizer que os empreiteiros - todos eles - estão a dar preços razoáveis para as caixilharias. Pergunte-lhes a eles como é que salvaguardam o risco, o que me parece bem simples.
    Mas vai na volta não salvaguardam nada. Assinam contrato com o DO e depois, se o custo subir, tentam passar para o DO. Por outro lado, se o custo baixar, maior a margem.

    Assim, correndo esse risco todo, mais prefiro fazer a minha aposta e fechar cada negócio quando julgar que é a melhor altura para trancar valores. Pode correr bem e pode correr mal, mas ao menos não estou a pagar a alguém para assumir o risco e depois afinal não serve para nada.
  14.  # 775

    Colocado por: pguilhermeAssim, correndo esse risco todo, mais prefiro fazer a minha aposta e fechar cada negócio quando julgar que é a melhor altura para trancar valores. Pode correr bem e pode correr mal, mas ao menos não estou a pagar a alguém para assumir o risco e depois afinal não serve para nada.
    Os orcamentos de caixilharia que recebi para trocar no apartamento sao validos por 15 ou 30 dias, e têm uma informação semelhante a esta :“ Valor de orçamento sujeito a alteração, conforme flutuações (justificadas) dos valores do material no mercado, mesmo após adjudicação do mesmo.” De que adianta pedir orçamentos antes da construção ?
    Acredito que nas restantes especialidades seja semelhante, so se saberá ao certo o que se vai pagar na hora
    • RUIOLI
    • 15 outubro 2021 editado

     # 776

    Colocado por: rjmsilvaEnquanto a taxa de juro se mantiver assim.


    Mas primeiro há que passar na taxa de esforço.

    Acredito que muita da liquidez para construir/ comprar moradias, advém de pessoas que venderam as suas casas (aqui no FdC há imensos exemplos) para ter capital total/ parcial para construir. Só que, já venderam, dai não podem realizar mais € por essa via, portanto ele não estica...

    Alguns estavam a pensar vender a sua casa e construir uma maior/melhor... mas com estes preços de construção, o que era um bom negócio, deixou de o ser, dai muitos estarem a abortar os projetos e ficam como estão.

    Os efeitos no mercado da construção são lentos.
  15.  # 777

    DR

    tá dificil de perceber
    de que adianta pedir preços antes da construção ?? então que adianta ter um orçamento do empreiteiro antes da execução?
    o pguilherme está a dizer que os preços da caxilharia estão e vão continuar a estar mais de acordo com a realidade do seu real custo já com as margens da ordem e updates mas em termos razoáveis
    o resto, que não é tão facilmente quantificável é que está a resvalar para desvios astronómicos/ especulativos.
  16.  # 778

    Colocado por: marco1de que adianta pedir preços antes da construção ??
    Neste momento acho que serve apenas para orientação.

    Colocado por: marco1então que adianta ter um orçamento do empreiteiro antes da execução?
    Chave na mão ? Para ter um AVC, porque dado a instabilidade da coisa qualquer empreiteiro minimamente consciente neste momento tem de aplicar uma margem bem jeitosa para nao correr o risco de perder dinheiro

    Colocado por: marco1o pguilherme está a dizer que os preços da caxilharia estão e vão continuar a estar mais de acordo com a realidade do seu real custo já com as margens da ordem e updates mas em termos razoáveis
    A Sosoares por exemplo nos ultimos meses deve ter aumentado preços na ordem dos 30% no minimo.
    Concordam com este comentário: Joao Dias
  17.  # 779

    Colocado por: DR1982A Sosoares por exemplo nos ultimos meses deve ter aumentado preços na ordem dos 30% no minimo.

    Aumentou qualquer coisita, mas não tanto. Desde início de Agosto até agora, pelo menos.
    Ainda assim, 30% é uma coisa. 600% seria outra. Concorda?

    Colocado por: DR1982Valor de orçamento sujeito a alteração, conforme flutuações (justificadas) dos valores do material no mercado, mesmo após adjudicação do mesmo.”

    A adjudicação envolve pagamento? Quanto? Se adjudicar já, pagar a totalidade, fizer armazenagem e só a aplicação ficar por realizar daqui a 7 meses, o que raio é que o "custo do material" tem a ver?

    DR1982, não me leve a mal, mas são conceitos básicos de gestão que lhe estão a escapar. Soluções há várias, têm é que ser exploradas entre partes e não simplesmente "assumir que é assim".

    Colocado por: DR1982so se saberá ao certo o que se vai pagar na hora

    Ou seja: gestão completamente nula. Navegação totalmente à vista, à mercê de tudo e de todos.
    Se achar que a madeira vai subir, posso escolher trancar o valor agora. Se achar que há uma possibilidade de descer ou manter, posso querer correr o risco e entretanto aplicar tempo ou capital num outro tópico mais premente/rentável. Sabe como é... mercados.
    •  
      NTORION
    • 15 outubro 2021 editado

     # 780

    Colocado por: pguilhermeA adjudicação envolve pagamento? Quanto? Se adjudicar já, pagar a totalidade, fizer armazenagem e só a aplicação ficar por realizar daqui a 7 meses, o que raio é que o "custo do material" tem a ver?

    Depende do fornecedor e do cliente, mas normalmente sim.

    Por exemplo nos alumínios, até pode adjudicar e eles encomendarem a matéria prima de alumínio, mas como fazem com o vidro? É que sem rectificar medidas não o podem encomendar... E segundo me informaram os preços têm sofrido mais aumentos no vidro q no alumínio....

    Outro dos problemas que me referiram, advém desta situação de criar stock e, como os preços sobem, tentam fazer mais stock, mais stock leva a escassez de produto e novos aumentos...

    Efetivamente tinha a caixilharia adjudicada desde Julho 2020...bem como as carpintarias desde Novembro 2020, o sinal pago em ambos os casos foi de 20%, valeu bem a pena (até pq consegui melhores preços relativamente aos primeiros orçamentos q tinha de 2019 nas mesmas empresas)
 
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