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    • ntal
    • 8 outubro 2021

     # 1

    Boa tarde,

    Em fins de 2019 comprei um imóvel em conjunto com o meu namorado com o objectivo de residência permanente.

    Realizamos a compra através de um crédito habitação no valor de 58 mil euros e contraímos um crédito obras para remodelações no mesmo valor.

    «Houve bastantes situações complicadas envolvendo o nosso dinheiro e decidi separar-me, o meu namorado aceitou vender-me a sua parte por 10 mil euros. Após aprovação do banco em aceitar-me como única titular comecei a tratar dos papéis, em que descubro que existe uma penhora na sua parte do bem no valor de 25 mil euros de um desfalque que fez na empresa onde trabalhou. Fui apanhada completamente desprevenida. Já lhe tinha adiantado 4 mil euros para que se organizasse e saísse de casa, dinheiro esse que dificilmente verei de volta.

    Somos solteiros, nunca realizamos o IRS em conjunto e apenas temos a mesma morada fiscal desde 2020 altura em que nos mudamos. Tenho uma filha pequena que felizmente não se tem apercebido de nada. Ele exige-me os 6 mil euros que resta alegando que está a tratar da penhora.

    A minha advogada aconselhou-me a expor a penhora junto do banco e exprimir a minha vontade em entregar a minha metade do imóvel para me ver livre desta situação.

    Alguém tentou esta situação alguma vez ? Haverá facilidade do banco em aceitar esta situação ?
  1.  # 2

    Não sou especialista na matéria, mas penso que expor isso ao banco só ajudaria se a penhora for a favor desse mesmo banco.
    No entanto, os bancos não gostam de aceitar entregas de casas voluntárias, logo, penso que seja de esperar alguma resistência.

    Provavelmente vão dizer para ir continuando a pagar as prestações, mas para não ficar sem a casa (metade) ou passar a ter dívida sua, iria ter de pagar tanto a sua metade como a da outra (que entretanto será de uma instituição de credito de risco muito provavelmente).
    Seja como for, o cenário não é nada bom para si. Boa sorte.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ntal
  2.  # 3

    O conselho que lhe dou é que não entregue mais dinheiro ao seu namorado cm base em promessas que está a tratar da penhora. Não confie e mesmo que ele diga que está tratada, peça a sua advogada para obter documento comprovativo junto das entidades que achar por bem, ou até mesmo declaração do seu namorado autenticada. Não menospreze nunca o que um homem de mau carácter é capaz de fazer para obter vantagem financeira, de património ou outras. Acredite, não têm limite. Mesmo que lhe desse 100 mil euros ainda vinha buscar mais e ainda ia tentar-lhe tirar mais.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ntal
    • ntal
    • 8 outubro 2021

     # 4

    Colocado por: rui.fernNão sou especialista na matéria, mas penso que expor isso ao banco só ajudaria se a penhora for a favor desse mesmo banco.
    No entanto, os bancos não gostam de aceitar entregas de casas voluntárias, logo, penso que seja de esperar alguma resistência.

    Provavelmente vão dizer para ir continuando a pagar as prestações, mas para não ficar sem a casa (metade) ou passar a ter dívida sua, iria ter de pagar tanto a sua metade como a da outra (que entretanto será de uma instituição de credito de risco muito provavelmente).
    Seja como for, o cenário não é nada bom para si. Boa sorte.
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    Obrigada pelo comentário, estou a ver que me espera uma situação muito complicada.
    • ntal
    • 8 outubro 2021

     # 5

    Colocado por: Anonimo18102021O conselho que lhe dou é que não entregue mais dinheiro ao seu namorado cm base em promessas que está a tratar da penhora. Não confie e mesmo que ele diga que está tratada, peça a sua advogada para obter documento comprovativo junto das entidades que achar por bem, ou até mesmo declaração do seu namorado autenticada. Não menospreze nunca o que um homem de mau carácter é capaz de fazer para obter vantagem financeira, de património ou outras. Acredite, não têm limite. Mesmo que lhe desse 100 mil euros ainda vinha buscar mais e ainda ia tentar-lhe tirar mais.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:ntal


    Nunca pensei, mas a verdade é que não consigo justificar isto na minha cabeça mais. O meu advogado disse-me o mesmo ! O discurso dele constante é que ele é que é a vitima .
  3.  # 6

    Onde é que se localiza o imóvel ?
    É moradia, ou é apartamento ?
  4.  # 7

    A minha advogada aconselhou-me a expor a penhora junto do banco e exprimir a minha vontade em entregar a minha metade do imóvel para me ver livre desta situação.


    Com o devido distanciamento:

    infelizmente uma minha sobrinha teve um problema semelhante e o seu advogado nunca mencionou tal coisa, aconselhou a que esta se constituísse, em juízo, credora do ex-namorado - era uma união de facto - e que pedisse a insolvência pessoal para dar tempo a que o assunto se desenrolasse, uma vez que ela não tinha disponibilidade financeira para liquidar uma dívida da outra parte e continuar a pagar ao Banco sozinha.

    Os Bancos só aceitam o imóvel como pagamento em último caso, e em más condições para o proprietário, o negócio deles é dinheiro líquido.
    • ntal
    • 8 outubro 2021

     # 8

    Colocado por: Damiana Maria

    Com o devido distanciamento:

    infelizmente uma minha sobrinha teve um problema semelhante e o seu advogado nunca mencionou tal coisa, aconselhou a que esta se constituísse, em juízo, credora do ex-namorado - era uma união de facto - e que pedisse a insolvência pessoal para dar tempo a que o assunto se desenrolasse, uma vez que ela não tinha disponibilidade financeira para liquidar uma dívida da outra parte e continuar a pagar ao Banco sozinha.

    Os Bancos só aceitam o imóvel como pagamento em último caso, e em más condições para o proprietário, o negócio deles é dinheiro líquido.


    Legalmente não estamos em união de facto, nunca realizamos o IRS em conjunto o imóvel foi aquisionado como solteiros. A penhora encontra-se do lado dele nos seus 50% do imóvel, terei sempre a preferência de compra da sua metade no entanto nunca será por um valor que eu consiga suportar.

    Obrigada pela partilha.
    • ntal
    • 8 outubro 2021

     # 9

    Colocado por: JOCOROnde é que se localiza o imóvel ?
    É moradia, ou é apartamento ?


    È uma moradia em Santarém.
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  5.  # 10

    Colocado por: ntalA minha advogada aconselhou-me a expor a penhora junto do banco e exprimir a minha vontade em entregar a minha metade do imóvel para me ver livre desta situação.

    Não sei se é possível, mas se for, tente entrar em contacto com o credor do seu ex-namorado e tentar entrar em acordo para uma venda da casa (estamos numa boa altura para vender), e o dinheiro que obterem da venda, servirá para pagar-lhes os 25.000€ de divida, você com o resto do dinheiro, paga a sua parte do crédito ao banco e deixe o seu ex a tratar da parte dele.
    Concordam com este comentário: JOCOR
    • RCF
    • 8 outubro 2021

     # 11

    Se foi feito um empréstimo à habitação, a casa não está hipotecada ao Banco?
    E estando hipotecada ao Banco, pode ser penhorada por um terceiro? Creio que não...
  6.  # 12

    Claro que pode, hipoteca não tem nada a ver com um penhora. O melhor será talvez comprar a divida do ex-namorado (pela outra metade da casa), ou então vender tal como acima descrito pelo user vmontalvao.
  7.  # 13

    Se o namorado não tem capacidade para pagar a penhora, o melhor cenário é vender o imóvel.
 
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