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    • mafgod
    • 8 janeiro 2010 editado

     # 81

    Perdoem-me quem não goste de matemática :-)

    Colocado por: luisvvSimplesmente tentei explicar-lhe que como "pé-de-meia", a longo prazo, não é de forma alguma a opção mais rentável.
    Admitamos a seguinte hipotese:
    - uma casa de valor V tem de renda R
    - como não temos V, vamos pedir ao banco V euros por um prazo de A anos, obtemos uma prestação mensal a que será adicionado com outras despesas (IMT - pago uma vez e diluido pelos Ax12 meses, IMI - pago anualmente a partir da isenção e diluído pelos meses restantes do empréstimo, condomínio - mensal, seguros - anual e dividio por 12, algumas reparações, etc....), admitamos que esta despesa mensal seja E

    Se E (caso da compra) for <= R (renda), ao fim de A, terei a casa paga e tenho o valor patrimonial P que for. Ou seja, compensou. Mesmo que P=0 (por absurdo, pelo menos temos o valor do terreno), a partir de A, a despesa maior (banco) é nula.
    Se E for > R, ao fim de A, terei a casa paga e tenho o valor patrimonial P que for, deduzida de (E-R)*12*A de perca. Aqui, desde que P>(E-R)*12*A temos lucro.

    Em resumo, para a maioria, que pede dinheiro ao banco para compra de casa, penso que, bem feitas as contas, compensa mais do que alugar (a diferença do E pela renda é pequena).
    Agora, se eu tiver o dinheiro do valor da casa em minha posse, provavelmente mais vale investir noutros negócios e pagar uma renda.

    É como diria o outro, é fazer as contas.
  1.  # 82

    Colocado por: mafgodPerdoem-me quem não goste de matmática :-)
    Agora, se eu tiver o dinheiro do valor da casa em minha posse, provavelmente mais vale investir noutros negócios e pagar uma renda.


    Detesto matemática, mas ainda assim percebi tudo, concordo plenamente com tudo menos com a tal parte que mais vale investir noutros negócios. Pela simples razão que os que conheço que têm negócios não estão muito sorridentes...com os lucros actuais (nulos ou negativos).
  2.  # 83

    Eu continuava a preferir investir numa casa!
  3.  # 84

    Depende da casa e da vida de cada um.
    a meu ver essa onda que toda a gente se pos a comprar casa, só encheu os bolsos a determinados sectores e "tirou" muita mobilidade no que toca á população activa e por consequência ao sector produtivo geral. Ou seja só se desenvolveu o sector bancário e o da construção (mal).
  4.  # 85

    Colocado por: CMartinE voltando às acções - para de novo encarar a compra de casa apenas como investimento financeiro - nos EUA (onde começou a crise do mercado imobiliário, se não toda a crise) a compra de casa ainda rendeu 2.5% mais do que o investimento em acções. Em Portugal não sei portanto não comento.


    Quando????? Desculpe, mas em prazos longos, de 20 anos ou mais, não há em lugar algum do mundo comparação entre imobiliário e bolsa.

    Em relaçãos aos valores nominais e reais, o nosso salário tem vindo a aumentar em termos nominais, mas em termos reais não é maior do que o salário que auferiamos há 30 anos atrás.É mais ou menos isto que se diz.

    Não é exactamente assim. Mas tomemos como exemplo algo que perceberá facilmente. Em 1990 a inflação foi de 13,4%, salvo erro. Imagine no dia 1 de jan de 1990 a CMartin colocava 1000 escudos numa gaveta e se esquecia deles. Se por coincidência os encontrasse no dia 31 de Dezembro, os 1000 escudos, embora continuassem a ter o mesmo valor nominal (1000 escudos, claro..) valiam (compravam bens no valor de ..) menos 13,6% !!
    . Se por azar só encontrasse os 1000 escudos no final de 1991, já não eram 13,6%, mas cerca de 25%.
    Se quiser ver por outro prisma: em contrapartida, o salário minimo nacional em 1990 teve também um aumento de cerca de 13,6%. Parece imenso, hoje em dia, mas descontada a inflação o aumento real (aumento da quantidade de bens que pode comprar..) foi quase 0 !!! (0,2%...).

    Mas, na realidade, temos uma qualidade de vida e um poder de compra muito superior ao que tinhamos hà 30 anos atrás. (Estou a generalizar).portanto poucas são as pessoas que pensam em termos nominais e reais mas muitas são as que sentem as melhorias nos bolsos. Não sei se estou a ser um pouco básica mas continuo - E quando vendemos/alugamos uma casa na qual investimos há anos atrás, é precisamente o mesmo que acontece - em termos reais podemos ter ganho pouco mas em termos nominais rende-nos presentemente bastante mais!


    Mas isso é diferente. O facto de mais gente ter melhores condições de vida não tem nada a ver. O que eu quis explicar é que tomar como ponto de partida valores de compra de há não sei quantos anos atrás, ignorando o efeito da inflação, é falsear os cálculos.

    Não vou falar em pessoas e balões de oxigènio, existem os extremos em todas as suas vertentes e não por culpa da subida de juros, eu diria antes que a perda de emprego ou uma incapacidade isso sim, são perigosos porque nos retiram o poder de cumprir as nossas obrigações. A taxa de juro não faz isso por ela própria.


    Isso é o que você pensa. Não faz a mínima ideia do que para aí anda. Até finais de 2008 vi muita gente "entalada" à conta da subida dos juros..
  5.  # 86

    Colocado por: mafgod Em resumo, para a maioria, que pede dinheiro ao banco para compra de casa, penso que, bem feitas as contas, compensa mais do que alugar (a diferença do E pela renda é pequena).


    Genericamente, a sua hipótese está correcta. A conclusão é que talvez não.... aguns detalhes:
    1) Assume que E e R são calculados para um mesmo bem imóvel. Desvaloriza assim uma das vantagens de R - a flexibilidade.
    2) "E" é mais imprevisível. Há uma tendência para desvalorizar os custos de propriedade, que são significativos.

    Agora, se eu tiver o dinheiro do valor da casa em minha posse, provavelmente mais vale investir noutros negócios e pagar uma renda.
    • mafgod
    • 8 janeiro 2010 editado

     # 87

    Colocado por: luisvvDesvaloriza assim uma das vantagens de R - a flexibilidade.
    Para quem tem filhos a flexibilidade fica um pouco condicionada :-) e em caso de extrema necessidade, sempre se pode vender essa e comprar outra noutro lado.

    O que se passa é que R normalmente até é maior que E porque quem aluga também tem uma despesa de E' e não pretende ficar a perder...
    • luisvv
    • 8 janeiro 2010 editado

     # 88

    Colocado por: mafgodPara quem tem filhos a flexibilidade fica um pouco condicionada :-) e em caso de extrema necessidade, sempre se pode vender essa e comprar outra noutro lado.


    Condicionada porquê ? Em caso de necessidade, é mais fácil pegar nas malinhas e em 3 meses está numa casa mais acessível. Nesse prazo, seguramente não compra, quanto mais vender e comprar. Por outro lado, a mobilidade geográfica é importante - arrendar perto do trabalho, sabendo que pode mudar a qualquer momento se lhe aparecer melhor oportunidade..

    O que se passa é que R normalmente até é maior que E porque quem aluga também tem uma despesa de E' e não pretende ficar a perder...


    Isso é um fenómeno relativamente recente - gente que não consegue vender e então arrenda para cobrir as prestações. Mas na generalidade dos casos de arrendamento ainda se trata de casas já amortizadas, em que "E" é significativamente mais baixo.

    Claro que na formação do preço da renda há um factor que pesa muito : a legislação.
  6.  # 89

    Quando????? Desculpe, mas em prazos longos, de 20 anos ou mais, não há em lugar algum do mundo comparação entre imobiliário e bolsa.

    luisvv,
    Eu não disse que era em prazos longos de 20 anos ou mais, digo apenas que o estudo diz peremptoriamente que nos EUA o investimento em Real Estate rendeu 2.5% mais do que o investimento em acções em bolsa.
    Pena que não tenha o estudo comigo, li-o apenas. Não tenho a prova.
    •  
      MRui
    • 11 janeiro 2010

     # 90

    Para quem não for especialista na matéria, a bolsa é uma autêntica roleta russa. Pode-se ganhar muito em pouco tempo, mas também se pode perder muito em pouco tempo.
  7.  # 91

    Colocado por: MRuiPara quem não for especialista na matéria, a bolsa é uma autêntica roleta russa. Pode-se ganhar muito em pouco tempo, mas também se pode perder muito em pouco tempo.


    Não é uma questão de ser especialista. Trata-se meramente de replicar a evolução dos indíces, num largo período de tempo. Na prática, pegar no capital e comprar "X" acções das empresas que compõem o indíce PSI-20, p.ex, eliminando assim o risco de melhor ou pior performance de uma ou outra empresa.
 
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