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  1.  # 1

    Boa noite a todos,
    Sigo assiduamente o fórum há vários anos e os contributos que vou lendo já me ajudaram a tomar várias decisões.

    Atualmente, encontro-me numa pequena “encruzilhada” e preciso de ajuda para definir o rumo a seguir.

    Em suma, no início do ano vi uma moradia através de uma agência imobiliária, visitei-a, apresentei uma proposta que foi aceite, meti o meu imóvel no mercado, levei um banho de realidade e acabei com o meu apartamento vendido e sem a casa que queria. A história é complicada.

    Acabei por arrendar um imóvel enquanto decido qual o próximo passo, e é aqui que me encontro agora.

    Os preços continuam a subir e sinto que dispararam nos últimos meses, com toda a gente a aproveitar os últimos cartuchos dos juros baixos.

    Como não quero correr riscos, o meu limite são 250k€, sendo que cerca de 50k€ a 60k€ são capitais próprios e o restante é financiamento. O problema é que na zona que pretendo (arredores da Maia) este valor é insuficiente para o que preciso (moradia t3, com algum espaço exterior). Volta e meia aparece alguma no mercado, mas não consigo chegar a tempo. Ou são compradas por investidores e passados dois meses estão novamente no mercado por valores bastante mais elevados, ou têm postes de alta tensão ao lado, ou tudo e mais alguma coisa.

    E isto leva-me à minha questão:
    Construir: sim ou não? Estou a ponderar comprar terreno a pronto, se possível com projeto aprovado, e recorrer a financiamento para a construção. Contudo, assusta-me imenso a quantidade de construções de conhecidos que se arrastam ao longo dos anos. Em alguns casos o que atrasou foi o projeto, noutro é mesmo a construção. E depois é a questão dos desvios orçamentais…
    Atualmente encontro-me numa habitação arrendada onde todos os meses estou a perder capital, pelo que não é sustentável que isto se arraste.

    Investiguei um pouco sobre construção LSF e as opiniões são tão díspares que fico na mesma…

    A alternativa é continuar à procura e esperar que com o fim do dinheiro barato ocorra alguma estabilização no mercado, mas honestamente não me parece que isso vá acontecer. Mesmo com juros altos, e sendo que o arrendamento está incomportável, continuará a existir demasiada procura para pouca oferta, pelo que não sei o que pensar sobre isto…
  2.  # 2

    Colocado por: joao_pedro1991apresentei uma proposta que foi aceite


    Colocado por: joao_pedro1991e acabei com o meu apartamento vendido e sem a casa que queria


    Não fez CPCV?
    O banco não emprestou?
  3.  # 3

    João,

    a sua situação é mais corrente do que acha, infelizmente.

    relativamente à construção, é um risco muito alto para alguém que tem o orçamento muito à justa, a obra irá atrasar sempre... e cada mês de atraso será uma renda e uma prestação ao banco que vão à vida.

    o mercado tendencialmente irá ficar igual até ao final do ano, alguma viragem seja ela para melhor ou pior, só irá acontecer para o ano (em principio, todos prevêm que o mercado baixe).

    o meu conselho, se realmente aspira a uma moradia, procure numa zona mais rural...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: pribeiro, joao_pedro1991
  4.  # 4

    Colocado por: Palhava



    Não fez CPCV?
    O banco não emprestou?


    Fiz CPCV, assinei-o, tive o crédito pré-aprovado, mas cometi um erro enorme. Não exigi que o CPCV fosse assinado em simultâneo por nós e pelos vendedores. Só depois de o meu imóvel estar angariado é que o agente imobiliário veio com a conversa que os vendedores só iam assinar depois de encontrarem uma nova habitação. A partir daqui percebi que ia correr mal, apesar de me terem sempre garantido que tudo estava bem. Depois, fiquei entalado. Eles ficaram com um CPCV assinado por mim e sem a assinatura deles. A agência ficou como fiel depositária da entrada. Tinha contrato para a agência vender o meu apartamento, tive propostas pelo valor combinado e se recusasse teria na mesma que pagar a comissão. Tenho várias provas, (e-mails e documentos) que provavelmente me dariam razão, mas foi uma guerra que não quis comprar. Pelo meio aconteceram muitas coisas… Encontrei outra moradia noutra agência, e quando quis desistir da compra da moradia inicial para avançar com esta o agente ameaçou entalar-me, e disse que eles iam assinar naquele próprio dia e que se eu avançasse com a outra ia ficar lixado por ter que cumprir dois CPCVs. Passaram-se mais duas semanas de conversa de treta, acabei por perder essa segunda moradia e obviamente que eles não assinaram nada mais uma vez… e isto durou até eu me passar de vez. Acabei por exigir que me devolvessem a entrada e que a agência me enviasse uma comunicação por escrito a informar que estava isento de cumprir aquele CPCV.
    No final, verdade seja dita, queria mesmo sair daquele apartamento devido ao ambiente na zona que estava a ficar mal frequentada e fiz uma mais-valia considerável. Nem tudo foi mau.
    Mas não consegui a casa que queria e pelo meio perdi várias oportunidades. A moradia era exatamente o que queríamos, pelo preço que queríamos pagar, na nossa zona de eleição e o crédito ia ser a 1,4% de taxa fixa, condições que neste momento já são uma utopia.
    Foram meses muito desgastantes. Infelizmente se tentarmos ser sérios e honestos, com este tipo de gente que há nas agências imobiliárias, somos sempre lixados. Só interessa a comissão e contam todas as histórias e mais algumas.

    Com a subida dos juros nos últimos meses, fiquei com o orçamento mais reduzido. Além disso vi todos os imóveis que tinha referenciados serem vendidos e alguns até a subirem de preço. As oportunidades esfumaram-se. Construir parecia-me a melhor alternativa neste momento, mas não tenho qualquer experiência no ramo e tenho bastante receio de confiar em alguma empresa, depois destes últimos meses…
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Zé Meirinho, lumpre
  5.  # 5

    Colocado por: joao_pedro1991com este tipo de gente que há nas agências imobiliárias, somos sempre lixados. Só interessa a comissão e contam todas as histórias e mais algumas.

    E isto atualmente é um facto. ☝
  6.  # 6

    O meu conselho é, compre usado, numa zona mais rural/limítrofe e reabilite se for necessário, a não ser que faça questão, e seja necessário, de ter a farmácia a 2 minutos a pé, a estação de metro ao lado, etc...
  7.  # 7

    Aparecem dois topicos hoje com a historia dos fieis depositário... a agencia até devia ter o nome começado por R..Situação lamentavel


    Construir é sempre um filme, e se a crise se agravar podem falir algumas empresas e se calhar a fava..

    E procurar um bom apartamento?
  8.  # 8

    Olá, infelizmente construir em Portugal não é para quem tem pressa. Se a isto juntar uma carteira pequena...

    Melhor comprar feito, agora não procure só na internet. Faça-se à estrada, procure, descubra quem são os proprietários, atire o barro à parede... negoceie.
    Concordam com este comentário: mandrongo
  9.  # 9

    Eu acrescentaria mais um dado para ponderar bem o que escolher. Mais-valias.
    Tem o relógio a contar e 3 anos para as reinvestir. Comprar feito ou comprar para remodelar podem ser as opções para despachar o tema rapidamente.

    Comprar é sempre bom. Caro ou barato, acaba por ter o dinheiro investido. Comprar projecto para construir, pode ficar com o dinheiro empatado.
    Concordam com este comentário: engobrasfeitas
  10.  # 10

  11.  # 11

    Atenção às mais-valias no reinvestimento na nova HPP.
    Prazos e valor total apurado da realização do apartamento antigo tem de ser usado para não pagar ou pagar o mínimo de mais valias
  12.  # 12

    Colocado por: N Miguel Oliveiranão procure só na internet. Faça-se à estrada, procure, descubra quem são os proprietários, atire o barro à parede... negoceie.

    Exato! Procure agentes imobiliários de quem consiga referências de amigos e peça para o contactarem caso apareça algo de acordo com o pretendido e antes de publicitar. Fale com advogados e solicitadores. Por vezes têm clientes com bens, que nunca pensaram vender até ter aparecido alguém a perguntar. Peça a amigos e colegas de trabalho para lhe dizerem se souberem de algum negócio.
    Muitas vezes na Internet só aparece o que já está vendido e o que ninguém quer comprar.
 
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