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    • luisvv
    • 12 fevereiro 2010 editado

     # 141

    Colocado por: carlos_coellhoQuando ja começava a sentir pena pelos prejuizos do BCP e a conformar-me com a subida de spread para ajudar os pobrezinhos, lá aparecem umas notícias nos telejornais a darem conta dos milhões de euros em lucros obtidos...estamos nós num paraíso...



    Colocado por: CMartinPrecisamente, Carlos Coelho.
    Podemos dar mil "voltas" à cabeça, e até, na nossa maior boa vontade, tentar perceber, e justificar com a conjuntura actual, a crise, o malparado,.., mas a verdade é que conseguem sempre aumentar os lucros. Fascinante.
    Por isso lhe aumentaram o spread.


    Santa ignorância.
    •  
      FD
    • 12 fevereiro 2010

     # 142

    Colocado por: luisvvSanta ignorância.

    Também não é preciso ser assim. :)

    O lucro é necessário. Em empresas cotadas publicamente, em que cada um de nós pode livremente comprar uma parte (uma acção), é até imperativo.
    Há quem se aproveite da actual conjuntura para fazer coisas que numa conjuntura favorável seria "impossível" fazer, com essa desculpa? Há.
    Mas isso não quer dizer que todas as acções sejam "fingidas".

    Façamos uma analogia.
    Eu empresto dinheiro à CMartin porque sei que a CMartin trabalha numa empresa estável, está efectiva, tem uns pais abonados e uma herança da tia-avó à espera (rating do banco que está directamente relacionado com o lucro).
    Será que eu emprestaria dinheiro à CMartin se ela fosse uma mendiga, alcoólica e com problemas de estabilidade psicológica (banco com um mau rating, prejuízos consecutivos ou lucros baixos)?

    Com os bancos é exactamente a mesma coisa - os lucros são necessários para transmitir confiança, tanto a quem lhes empresta dinheiro como a quem lhes confia os depósitos.
    Por isso, quando um banco apresenta prejuízos, é de se ficar moderadamente preocupado. Não é o fim do mundo mas, a situação tende a degradar-se se as perspectivas não forem de melhorar.
    Veja-se o caso do BPN e do BPP - faliram porque deixou de existir confiança nos mesmos. E os prejuízos para isso contribuíram.

    Por outro lado, ninguém trabalha para aquecer. Ninguém quer ser a Santa Casa da Misericórdia. As empresas existem para dar lucro e não para ganhar zero ou o "suficiente" para ficar à tona.
    As empresas que se compadecem com os problemas dos outros estão destinadas a falhar!
    Exactamente como nós na nossa vida. Experimentem estar sempre preocupados com os outros e vejam qual o resultado... ou se dedicam à caridade ou se anulam enquanto pessoas.
    Uma empresa não se pode dedicar à caridade, é contra natura. O lucro é necessário para sobreviver e evoluir.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: eu
  1.  # 143

    Colocado por: carlos_coellholá aparecem umas notícias nos telejornais a darem conta dos milhões de euros em lucros obtidos...estamos nós num paraíso...


    A rentabilidade média do sector bancário é de 8%, abaixo da média de outros países, e (por estranho que lhe pareça) pouco atractiva para os accionistas. Quando ouvimos falar de "4 milhões por dia", é pena que não ouçamos também falar da contrapartida: quantos milhares de milhões estão lá investidos, e a "rolar", para gerar esse lucro.

    Por outro lado, parece que a conversa da crise embrutece as pessoas: todos os dias há empresas a abrir e a fechar, pessoas despedidas, ordenados aumentados, ordenados em atraso, tudo e mais um par de botas. "Crise" não significa que tenhamos que estar todos na mesma situação - significa apenas que há empresas, sectores ou regiões, em dificuldades.
  2.  # 144

    Colocado por: luisvv
    Santa ignorância.


    luisvv,
    O facto de ver os assuntos numa outra perspectiva não lhe dá o direito de achar que é a santa ignorância de quem difere de opinião.
    Se não, repare que também eu poderei dizer que a santa ignorância é sua. Evito fazê-lo por uma questão de respeito para com as pessoas, neste caso, para consigo, a quem nem sequer conheço. Tente retribuir o nível.
    Obrigada.
  3.  # 145

    Colocado por: CMartinO facto de ver os assuntos numa outra perspectiva não lhe dá o direito de achar que é a santa ignorância de quem difere de opinião.


    Opiniões são opiniões, factos são factos. Quando as opiniões reflectem desconhecimento dos factos, não há outra forma de o qualificar: ignorância. Se quiser e puder contraditar com factos, óptimo.

    Se não, repare que também eu poderei dizer que a santa ignorância é sua. Evito fazê-lo por uma questão de respeito para com as pessoas, neste caso, para consigo, a quem nem sequer conheço. Tente retribuir o nível.


    De facto, podia dizer, mas seria apenas mais uma manifestação de ignorância, na linha do que tem sido a sua intervenção neste tópico.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: aeglos
  4.  # 146

    luisvv,

    Não vou retribuir o insulto.
    Fica esse seu último comentário para quem quiser formar opiniões, positivas ou negativas, a seu respeito.
  5.  # 147

    Colocado por: CMartinluisvv,
    Não vou retribuir o insulto.


    Insulto? Dizer-lhe que os seus comentários neste tópico reflectem ignorância sobre os assuntos em causa é um insulto? Curioso.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: aeglos
  6.  # 148

    luisvv,
    A defesa que você faz dos bancos contra os ataques vis e soezes desta gente que por aqui anda é, simplesmente, comovente.
    Você devia receber um prémio da ass. portuguesa de bancos tipo, "Medalha de Mérito João Rendeiro", ou então "Prémio Oliveira e Costa de Melhor Advogado da Banca".
    Estas pessoas agradeceram este comentário: carlos_coellho
  7.  # 149

    faço minhas as suas palavras.
    • eu
    • 12 fevereiro 2010

     # 150

    O luisvv pode não ser lá muito diplomático, mas tem toda a razão.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv
  8.  # 151

    Eu admiro a paciencia do luisvv em tentar explicar vez após vez o seu ponto de vista. Correcto aliás.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv
  9.  # 152

    Todos nós envolvidos nesta discussão já nos apercebemos do ponto de vista defendido pelo Sr. LuisV.
    E diplomacias à parte podemos concordar com ele ou não, ou com outros que como ele têm palas nos olhos e só vêm um sentido no momento. Acredito piamente que o estes personagens ainda não à muito tempo defendiam os spreads magnificos de outrora. Mas os tempos mudam. E vão continuar a mudar...Mas não à donos da verdade Sr. Luis. Pessoas com um alto nível de conhecimento têm gerido ruinosamente grandes instituições...Bpn,s Bpp,s...pessoas como o Senhor..hipotéticos donos da verdade..donos de verdades feitas..construídas em castelos de areia...profundos conhecedores da matéria..incapazes de dar um passo em falso...
    Como disse o Sr. J. Fernandes você deveria ser premiado...
    • eu
    • 13 fevereiro 2010

     # 153

    Vocês ainda não perceberam que o luisvv não tem nada contra vocês nem a favor dos bancos ?

    Ele simplesmente está a explicar a lógica do negócio do risco. Os spreads são fruto de uma lógica racional...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: luisvv
  10.  # 154

    Caros Carlos_Coelho e CMartin,

    Li de uma só vez os 153 comentários acima (OK. ao mesmo tempo que revejo o «Chaimite», que vi em pequenino, no tempo da outra senhora).
    Não vou alongar-me.

    Tal como o J. Fernandes, o Mk Pt, o eu, o aeglos, etc., e até o FD, CONCORDO INTEIRAMENTE com o luisvv.

    Parabéns luisvv, pela paciência.


    Já agora:
    1. Sou dos que sabe muito bem (ao contrário de alguns que aqui escreveram) que a actividade bancária é "perversa". Emprestam dinheiro mais barato a quem menos precisa, e mais caro a quem vive com mais dificuldades.
    Por isso é que SÓ VOU NEGOCIAR condições de empréstimo (para a minha empresa) quando NÃO PRECISO DELE.

    2. Os bancos sempre foram os meus melhores sócios.
    Emprestam-me o dinheiro de que preciso, em condições perfeitamente claras E, SOBRETUDO, NÃO METEM O BODELHO na minha gestão da minha empresa!

    3. Para um empréstimo de 100mil euros por 35 anos, a diferença entre um spread de 0,35% e um de 1,8% é de cerca de 70euros/mês. Se for de 1,2%, a diferença será de cerca de 40euros/mês.
    Se isto já é um problema para muitos, quando a Euribor vier por aí a cima, vai ser o descalabro!
    •  
      MRui
    • 14 fevereiro 2010

     # 155

    Os spreads são uma questão que não me afecta directamente, mas à qual não posso ficar alheio porque afecta muitas pessoas. E eu sou daqueles que acham que as pessoas estão primeiro.
    Não li os 154 comentários de uma virada. Li alguns na integra, outros na diagonal, outros passei-lhes por cima (depois de uma diagonal rapidinha).
    O ponto que destaco deste tópico é o factor pessoas-versus-sistema económico vigente. O protagonista que destaco deste tópico é (sem dúvida) o luisvv.
    Começando pelo último, não posso dizer que estou de acordo ou em desacordo com ele, pela simples razão de que, com todo o rigor, não vi o luisvv defender o sistema vigente. Vi-o esclarecer a lógica operacional do sistema vigente. Pode parecer a mesma coisa, mas não é.
    Não sou ingénuo. Quem esclarece com tanto afinco a lógica de um sistema sem o pôr em causa, depreende-se que também estará de acordo com o mesmo. Eu acredito que o luisvv defende este sistema e é um direito inalienável dele e de qualquer pessoa. Não o vi ofender ou injuriar alguém, o que também é um dever dele e de qualquer pessoa (exceptuando a minha, nos dias em que estou mal disposto).
    Devo dizer, para que não subsistam dúvidas, que não defendo o sistema económico vigente. Acho-o injusto, símbolo de um sistema selvagem e degradante para a condição humana. Defendo um sistema a pensar nas pessoas no seu todo e não na ganância desenfreada de alguns.
    No primeiro destaque deste tópico (factor pessoas-versus-sistema económico vigente), o que mais me surpreendeu não foi a "defesa" do luisvv. O que mais me surpreendeu foi a passividade de quem aparentemente se sente prejudicado e injustiçado por este sistema, mas não o põe em causa. Para não falar do caso de um participante que, no mesmo post, defende o sistema e condena as suas consequências.
    Eu acho que este sistema não é uma inevitabilidade. Na minha modesta opinião, deve ser mudado. Antes que seja tarde.
  11.  # 156

    MRui,
    A lógica do funcionamento desta parte do sistema bancário parece-me correcta.

    O Banco recebe e remunera os depósitos. O Banco concede e cobra os empréstimos.

    Quanto maior o risco, maior o spread. O que leva a que os ricos consigam empréstimos com maior facilidade e mais baratos que os pobres.
    É assim há centenas de anos, e não vejo o que possa ser posto em causa.

    Se é "justo"? Quem disse que a vida é justa?
    Os bancos não podem fazer o que lhes apetece porque nós temos "direitos"? Temos. E um deles é o de escolher entre "calar e comer" ou "berrar e passar fome". Outro, é o de apresentar queixa no caso de o Banco estar a cometer alguma ilegalidade.

    Tem alguma sugestão de como mudar este sistema? Nacionalizar os Bancos, talvez? ;-)
    •  
      MRui
    • 14 fevereiro 2010

     # 157

    Colocado por: Luis K. W.A lógica do funcionamento desta parte do sistema bancário parece-me correcta.

    O Banco recebe e remunera os depósitos. O Banco concede e cobra os empréstimos.

    A mim também me parece correcta. O que já não me parece correcto é o diferencial existente entre uma coisa e outra (o que pagam pelos depósitos e o que cobram pelos empréstimos).

    Colocado por: Luis K. W.Tem alguma sugestão de como mudar este sistema?

    Tenho e já o sugeri, em síntese, no post anterior: "Defendo um sistema a pensar nas pessoas no seu todo e não na ganância desenfreada de alguns."
    Ou seja, mudar o sistema vigente para o que descrevi. Penso que dá para entender.

    Colocado por: Luis K. W.Nacionalizar os Bancos, talvez? ;-)

    Talvez, mas não necessariamente. Mas, em último caso... para grandes males, grandes remédios. Parece que ninguém ficou muito indignado com a recente nacionalização do BPN. Ou só se podem nacionalizar os bancos que dão prejuízo por os seus donos os desfalcarem?
  12.  # 158

    Parece que ninguém ficou muito indignado com a recente nacionalização do BPN

    EU FIQUEI!
    EU FIQUEI!

    A gaita é que, se bem percebi, o Governo tinha acabado de acordar com a UE que não se deixaria falir NENHUM banco...
    O que seria de «engolir» se se tratasse de uma falta de liquidez derivado da especulação e falências nos EUA, mas que não é num caso de desfalque e gestão danosa.
  13.  # 159

    Colocado por: MRui
    Colocado por: Luis K. W.A lógica do funcionamento desta parte do sistema bancário parece-me correcta.
    O Banco recebe e remunera os depósitos. O Banco concede e cobra os empréstimos.

    A mim também me parece correcta. O que já não me parece correcto é o diferencial existente entre uma coisa e outra (o que pagam pelos depósitos e o que cobram pelos empréstimos).

    Como cheguei a pagar mais de 25% e com juros à cabeça, até acho que as taxas actuais (e o seu diferencial) muito comedidas.
    • eu
    • 14 fevereiro 2010

     # 160

    Colocado por: MRuiDefendo um sistema a pensar nas pessoas no seu todo e não na ganância desenfreada de alguns.

    Já foi tentado em vários países e o resultado foi sempre o mesmo: fome e miséria.

    As pessoas são por natureza, e de uma forma geral, egoístas e gananciosas, por isso o sistema actual é o que melhor se adapta a esta natureza humana.
 
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