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  1.  # 1

    Hoje apanhei este artigo interessante:

    Why Construction Projects Always Go Over Budget
    https://practical.engineering/blog/2023/3/21/why-construction-projects-always-go-over-budget


    Não é focado no nosso mercado e nem sequer em "pequenas" obras, mas muitas das ideias prevalecem, e são coisas que já vêm sendo ditas aqui no FdC há muito tempo, deixo aqui um excerto da conclusão:

    It turns out a lot of the research suggests spending more money during the planning and design phases. Of course the paper-pushing engineer is saying to spend more money on engineering. But really, construction is where the majority of project costs are, so the theory is that if you can reduce the risks and uncertainty going into construction by spending a little more time in the preconstruction phases, you’ll often earn more than that cost back in the long run. Take three to five percent of those dollars you would have spent on construction, and spend them on risk assessment and contingency planning, and see if it doesn’t pay off. Honestly, even most contractors would prefer this. I know their insurance carriers would.
  2.  # 2

    Eu entendo que o problema não seja na parte dos projetos mas sim na parte da construção, por outro lado, é mais fácil criticar o valor do(s) projeto(s) e tudo o que envolve, em vez do valor da comissão da imobiliária na hora de vender...
    #ahshitherewegoagain

    Concordam com este comentário: fernandoFerreira
  3.  # 3

    No meu ramo lido diariamente com projectos grandes(!) digo grandes de várias especialidades (eng, topografia, projecto...).
    Nos que tenho raros são aqueles que derrapam.
    Podem ficar na margem mas são raros os que de facto passam uma linha vermelha.

    Isto porque existe muito planeamento. Houve experiência acumulada de várias pessoas que foi sendo compilada para fazer cotações o mais próximas possíveis.

    Do que vejo e da experiência que vou tendo (gestão de obra) com DO é que há muitos possíveis clientes que não gostam/não querem acreditar na realidade dos custos e fogem(!) Mesmo quando são apresentados taxativamente, sem 150m2 x 1000€/m2 =150 000€.

    Aqueles que preferem ouvir as verdades, adaptar projectos, prever estudos mínimos ao terreno, definir exactamente o que querem, não inventarem com "em obra decide-se", etc... não têm derrapagens.
    Mas dormem descansados e sabem com o que contar.
  4.  # 4

    Colocado por: gil.alvesnão têm derrapagens.
    alguns deles ja pagaram a margem de segurança à cabeça,
    Basta ver a diferença entre chave na mão adjudicação direta
  5.  # 5

    Colocado por: DR1982alguns deles ja pagaram a margem de segurança à cabeça,
    Não necessariamente.
    Basta que exista transparência, seriedade e detalhe suficiente para planear. Sem rodeios.

    Colocado por: DR1982Basta ver a diferença entre chave na mão adjudicação direta
    Isto é verdade porque lá está não há um envolvimento correcto na definição das coisas e uma realidade devidamente esclarecida com os DO. Há um "vender sonho" de chave na mão "sem problemas" mas cheio de zonas cinzentas! Saem furadas...
    Concordam com este comentário: Rui_Mendes
  6.  # 6

    Colocado por: gil.alvesNão necessariamente.
    Basta que exista transparência, seriedade e detalhe suficiente para planear. Sem rodeios.

    Isto é verdade porque lá está não há um envolvimento correcto na definição das coisas e uma realidade devidamente esclarecida com os DO. Há um "vender sonho" de chave na mão "sem problemas" mas cheio de zonas cinzentas! Saem furadas...
    Ai é que está. Não ha transparência, a mim o que mais me chetieia nisto tudo é quererem me fazer de parvo, quando dão um orçamento e começam logo a querer justificar que aumentou muito isto e aquilo e bla bla bla…
    Planeamento? A experiência que tenho é que assusta logo a maioria, mas ao mesmo tempo admito que seja por eu contactar “Zé’s da esquina” provavelmente para outros orçamentos convém tudo planeado certinho
  7.  # 7

    Colocado por: gil.alvesNo meu ramo lido diariamente com projectos grandes(!) digo grandes de várias especialidades (eng, topografia, projecto...).
    Nos que tenho raros são aqueles que derrapam.
    Podem ficar na margem mas são raros os que de facto passam uma linha vermelha.

    Isto porque existe muito planeamento. Houve experiência acumulada de várias pessoas que foi sendo compilada para fazer cotações o mais próximas possíveis.

    Do que vejo e da experiência que vou tendo (gestão de obra) com DO é que há muitos possíveis clientes que não gostam/não querem acreditar na realidade dos custos e fogem(!) Mesmo quando são apresentados taxativamente, sem 150m2 x 1000€/m2 =150 000€.

    Aqueles que preferem ouvir as verdades, adaptar projectos, prever estudos mínimos ao terreno, definir exactamente o que querem, não inventarem com "em obra decide-se", etc... não têm derrapagens.
    Mas dormem descansados e sabem com o que contar.


    Muito resumidamente é mesmo isso que o artigo sugere, fazer estudos aos terreno, evitar os "e já agora" etc:

    There was a time when major infrastructure projects didn’t consider all the stakeholders or the environmental impacts, and, sure, the projects probably got done more quickly, efficiently, and at a lower cost (on the surface). But the reality is that those costs just got externalized to populations of people who had little say in the process and to the environment.

    An engineer can only reasonably foresee so much while coming up with a design on paper or in computer software. A good example is the soil or rock conditions at the site. During design, we drill boreholes, take samples, and do tests on those samples. That lets you characterize the soil or rock in one tiny spot. Of course, you can drill lots of holes, but those holes and those tests are expensive, so it’s a guessing game trying to balance the cost of site investigations with the consequences of mischaracterizing the underlying materials.


    Atenção que o artigo é sobre grandes empreitadas públicas, mas acho que se consegue extrapolar alguma coisa para coisas mais pequenas.
  8.  # 8

    Colocado por: lpetingaAtenção que o artigo é sobre grandes empreitadas públicas, mas acho que se consegue extrapolar alguma coisa para coisas mais pequenas.


    Se o problema dos derrapanços nas obras públicas fosse devido a falhas na concepção, planeamento estava Portugal muito bem, esquecem-se é que há muitas mãos para olear.
  9.  # 9

    Colocado por: Gabinete OP

    Se o problema dos derrapanços nas obras públicas fosse devido a falhas na concepção, planeamento estava Portugal muito bem, esquecem-se é que há muitas mãos para olear.
    lógico, toda a gente sabe que o lucro das obras públicas é nos extras, que é onde os conhecimentos podem fazer alguma coisa, alguns dão orçamentos a perder já a contar com isso.
 
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