Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Caros, hoje trago-vos uma situação chata, acerca da qual não consegui encontrar muita informação, na esperança que me possam ajudar com a vossa experiência.

    Vamos aos factos:
    - Durante o inverno quando há muitos dias de chuva seguidos, o terreno em redor da minha casa tinha tendência a ficar encharcado.
    - Este inverno que a chuva foi mais intensa, ficou mesmo completamente inundado (ver foto), sendo que a água se aproximou bastante da casa. Verifiquei as caixas de drenagem que coloquei em redor das sapatas, e de facto elas estavam a escoar imensa água.
    -O meu terreno é atravessado por uma vala de recolha de água, apesar de ela não estar devidamente limpa, a mesma não leva sequer um terço da sua capacidade nesses períodos de chuva mais intensa.

    -A montante do meu terreno, a vala passa por um outro terreno onde faz um ângulo de 90º. E é precisamente nessa curvatura que a água "salta" fora da vala e segue a direito em direção à minha casa.

    Qual é o problema? Fui verificar e a maior parte desta água provem das valas de escoamento de uma estrada, (alargada há cerca de 15 anos atrás), sendo que as mesmas estão direcionadas para a vala que posteriormente atravessa o meu terreno (e que claramente não está dimensionada para aquela quantidade de água.
    Ora suspeito que quando foi alargada a estrada, as valas de escoamento foram construídas e direccionadas para a vala agricola pré-existente.

    Liguei para a agencia portuguesa do ambiente, e o que eles me disseram é que eu tenho a obrigação de manter a vala que atravessa o meu terreno devidamente limpa, e que quando for fazer a limpeza, devo contactar a APA para eles enviarem alguém para fiscalizar.

    Ora mesmo que eu coloque lá uma maquina umas horas a limpar a vala, o terreno antes do meu, não têm a vala limpa, pelo que teria também de chatear o vizinho e esperar que ele quisesse gastar dinheiro a limpar uma vala de um terreno que ele tem ao abandono.

    Provavelmente deveria contactar a CM, mas uma vez que tenho o pedido de licença de utilização aos avanços e recuos quase há um ano, não queria estar a meter mais areia na engrenagem.

    Queria aproveitar este ano para mandar lavrar o terreno a fim de iniciar uma horta e colocar lá uma estufa que tenho lá encostada, porém enquanto não resolver esta situação, mais vale estar quieto.

    Abaixo a foto exemplifica a azul o normal percurso da linha de água, e a vermelho o local onde ela salta fora da vala agrícola e altera o seu percurso.

    Não há mais nada que eu possa fazer além de zelar pela limpeza da vala que atravessa o meu terreno?
    Uma vez que a água provem do escoamento da estrada, a CM,não deveria também zelar pela manutenção do escoamento (ISP, IMI, e tal)?
    Agradeço qualquer informação.
      Agua inundação.GIF
      inundação 2.jpeg
      inundação 1.jpeg
  2.  # 2

    Bem vindo ao baixo Mondego Hal

    O seu terreno sofre do mesmo mal no inverno como todos os outros milhentos da zona. Quando fica tudo alagado não há muito a fazer. Agora é plantar árvores que aguentem e se adaptem à zona mais alagada: oliveiras, choupos, pinheiros?. Não é por acaso que os seus vizinhos já o fizeram.

    Ha invernos que certas estradas ficam intransitáveis durante dias... Mesmo que limpe a sua vala, existem milhares por limpar, e mesmo limpas, os terrenos são todos planos e muita da agua pluvial da zona centro acaba por se concentrar nesta zona baixa do Mondego.

    O que eu não percebo é o porquê desse escoamento estar assim.

    Se seguir a seta azul, ela deveria escoar em face à vala paralela da "fabrica".
    Nesse caso porque é que meteram a escoar pelo meios dos terrenos ao invés de seguir directamente pela estrada nacional e depois seguir pela estrada paralela à "fabrica"?
    Essa vala as tantas nem é "oficial", mas sim algo que foi surgindo inverno após inverno e que depois os antigos foram mantendo. Não faz sentido ver valas aos S com cotevelos de 90° pelos terrenos assim, pior ainda na zona baixa onde o escoamento já é uma cadela autentica.

    Ja tive uma situação parecida e liguei aos gajos da junta para limparem a vala. A resposta foi "pois, não temos meios etc pardais ao ninho". Moral da historia, pagamos os impostos e tudo e mais alguma coisa, e ainda temos de fazer o trabalho das 1001 agências publicas. Qualquer dia até tenho de ser eu a tapar os buracos com alcatrão.

    Se fizer uma horta/estufa nessa extremidade do terreno, algo me diz que acaba é por colher os apenas os talos. Hortas assim afastadas das habitações são um oásis fácil para os animais. Este inverno não tive grelos nenhuns, tive visitas noturnas de texugos. Nunca tal me aconteceu, foi o primeiro ano. E isto a escassos metros das residências.
  3.  # 3

    Colocado por: NostradamusBem vindo ao baixo Mondego Hal
    ahaha, Pois. Muito diferente da minha zona de origem (topo de uma serra).

    Uma vez que refere a "fabrica" posso depreender que conhece o local? Se assim é, sabe que apesar de estarmos de facto na zona do baixo mondego, aqueles terrenos estão muito longe da zona afectada pelo transbordo do rio, e por norma estão longe de ser terrenos inundados.

    Neste caso penso que é mesmo o escoamento daquela estrada, que simplesmente foi direccionado para valas agricolas antigas, que não estavam nem de perto nem de longe dimensionadas para aquela quantidade de água. A câmara, ou a junta não deveriam zelar por esta situação? O mais provável é levar com uma resposta como a que lhe deram.


    Tb n me faz sentido nenhum eu ter de estar a agendar com a APA quando quizer mandar limpar a minha vala. Se eles queriam fiscalizar, limpavam.... Agora estar a pagar a 50 eur/h a uma máquina para o engenheiro da APA se por a inventar é que não me parece grande negócio.

    Mas sim a limpeza da minha vala não vai resolver nada, porque este inverno ela sequia quase vazia (devido a mudança de direção a montante) e a agua acumulava-se toda na zona mais baixa do terreno junto à casa.



    Colocado por: Nostradamuse fizer uma horta/estufa nessa extremidade do terreno, algo me diz que acaba é por colher os apenas os talos.
    A estufa era para ficar nas traseiras do anexo (onde deixei os pontos de água para a rega). O problema é que é precisamente a zona que inunda, logo....
    De resto, seria uma estufa para ficar aos cuidados da minha sogra que anda sempre por lá, por isso, esperava conseguir colher algo. E sendo estufa, acredito que os animais, não cheguem assim tão facilmente às couves :).
    O casa da Horta tem um esquema assim parecido, e tem sido um regalo acompanhar a evolução da "horta". Basicamente estava-me a " "inspirar" no modelo dele, para fazer algo semelhante.
    Tb lá queria por umas árvores de fruto, mas assim não vale a pena, porque as que pus este ano morreram "afogadas".
  4.  # 4

    Sim conheço ;)

    Costumo passar por essa estada quando vou a Aveiro/Ílhavo, e outras vezes opto pela N109 dependendo se tenho coisas a fazer em Montemor ou na Figueira.

    Os terrenos estão muito afastados do Mondego, mas mesmo a 10 ou 15 Km, quando os terrenos a jusante já se encontram alagados e saturados, os outros a montante não conseguem escoar de forma eficaz. Estão todos quase à mesma altitude.

    Mesmo eu do outro lado da margem a uma distancia equivalente do Hal, em certos meses de chuva intensa, vejo muita dificuldade nos terrenos planos em drenar a agua.

    Exemplo de 2019 :

    https://static.globalnoticias.pt/dn/image.jpg?brand=DN&type=generate&guid=21b83788-70ee-4935-a370-c33c89c68f00&w=800&h=450&t=20191223211420

    Teve umas duas semanas assim.

    Uma possibilidade seria eventualmente abrir uma vala de escoamento dentro do próprio terreno na zona pior, de forma a canalizar essas aguas para fora do terreno.

    https://www.youtube.com/watch?v=k7goh7iDCx0

    As árvores terem morrido é que é uma pena.
 
0.0121 seg. NEW