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  1.  # 1

    Se não resolve isso, qq dia estão os 3 como ela.

    É ameaçar que se não se porta corretamente sai de casa. Se não acontecer é correr com ela 1 dia e depois ir buscar. Pode ser que aprenda a lição.

    Infelizmente, sejam pais, irmãos ou o que for, há pessoas que só vivem para atrapalhar a vida dos outros.
    Concordam com este comentário: carlossousa, marize
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  2.  # 2

    Colocado por: luisrdsFazer-lhe a vida num inferno, não deve ser difícil, visto que parece já ter problemas mentais, até ficar descontrolada, aí chama bombeiros e é levada para hospital. Quando tiver alta, diz no hospital que não tem condições para a ter em casa, não a vai buscar. Fica a batata do lado deles. E têm de arranjar um lar para a pôr.


    Desculpe-me parecer difícil, mas não sei até que ponto alguma coisa assim seria possível. E de qualquer das formas, existe o meu irmão que certamente iria criar barreira nesse sentido.

    É triste dizer isto de uma mãe, mas, qualquer dia está você internado!!!


    Tem toda a razão! Mas é que tem mesmo!
  3.  # 3

    Colocado por: psergio57

    O quê que entende por descompensada? Se quando a ambulância chegar a senhora estiver orientada e não representar um perigo para ela ou para os outros pode recusar o transporte que ninguém a vai levar à força.


    Também foi este o entendimento que eu tive. De notar, talvez não tivesse sido claro, que a pessoa apresenta estes comportamentos intensamente quando está comigo, mas com os outros mostra-se dócil e de fácil trato. Foi a mesma coisa com a simulação da "queda".



    A única forma de forçar esse transporte é pelo delegado de saúde que emite um mandato de condução para avaliação psiquiátrica e aí sim a PSP/GNR em colaboração com os bombeiros transportam ao hospital independente da vontade dela.
    No entanto isto garante apenas que a pessoa seja avaliada e não internada.


    Sim, é também o que me transmitiram em termos do fluxo das situações,

    Por isso é que assumi que poderia não ser assim tão a direito.
  4.  # 4

    Colocado por: MatildeParece-me que os filhos têm responsabilidades para com os pais.
    Se não legais, pelo menos morais.


    Ora bem. E aqui trata-se do abuso da posição de exteremo privilégio que a pessoa goza da minha parte, que é o que coloca o problema. Ou acha que se fosse uma pessoa estranha ou amiga a quem alugasse um quarto ou dividisse a casa, isto passava mais de duas horas? Chamava-se a polícia e terminou.

    As frases feitas como "responsabilidades" são engraçadas para descrever situações, mas é necessário ter mais substância de que a palavra. Não sei se leu o que descrevi mas o comportamento é anti-social e completamente disruptor ao ponto de não se conseguir fazer mais nada.

    Se a sua mãe tentar matar o seu filho, também tem que lhe deixar porque "responsabilidades"? Responda-me você. Calculo que não, mas então é sinal de que a "responsabilidade" tem um fim. Onde é que termina afinal a "responsabilidade" e começa a responsabilização?

    Se calhar nunca esteve foi perto de situações em que isto aconteça. Se fôr o caso, parabéns. Já fui assim. Esperemos que continue assim. Todavia, fica-lhe então a faltar o tal contexto...



    É triste ..., mas cada qual sabe da sua vida e eu nem deveria opinar.
    Peço desculpa ao autor do tópico.


    Não é preciso pedir desculpa. Apenas é preciso que, caso um dia destes venha a acontecer alguma coisa parecida para o seu lado, seja consistente com os seus princípios. Eu mantive os meus. Quando a sua mãe fôr matar o seu cão, quero ver o improviso. E posso dizer-lhe, estatísticamente, a maior parte das pessoas aguentava duas horas o que eu já aguento por anos.


    Filhos são, país serão.


    Filho és, pai serás, assim como fizeres, cá encontrarás. É todo o contexto desta conversa.

    Bem-haja.
  5.  # 5

    Tenho evitado comentar porque parece-me uma historia mal contada, mas para dar o benefício da dúvida aqui vai:

    Fale com a segurança social ou algum instituto saúde público para ver como consegue internar a sua mãe algumas semanas num hospital psiquiatrico para ser estudada, ou, pelo menos, fazer um estudo psiquiátrico sem internamento. Muitas vezes a demência mostra-se assim, devagarinho, e os filhos nem se apercebem. Se for o caso não há nada a fazer, mas pelo menos receberá medicação adequada para estar mais calma.
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  6.  # 6

    Colocado por: smartHum,
    Matilde
    Na minha opinião, se aceita..
    Só quem está no convento, sabe o que vai lá dentro.


    Normalmente não sou muito de concordar com frases feitas, mas esta infelizmente aplica-se à situação. Às vezes, como na maior parte das vezes, o que parece, é. Mas outras, varre-se tudo pela mesma bitola porque as pessoas não querem lidar com o desconfortável do tópico à mão, e desresponsabilizam-se, simplesmente porque podem.

    Existem muitos pais, que não merecem o ar que respiram.


    Não é o caso, porque durante muito tempo pensei ter pais excepcionais - e tive, à excepção de um ou outro pequeno soluço pelo caminho. É apenas esta situação particular, que vem causando grande transtorno.


    Não me estou a referir a esta situação, mas a outras, que chocam o menos conservador e não quero estar aqui a relatar
    Desculpe discordar..


    Também eu desconhecia o que as pessoas podem transformar-se quando metem certas coisas na cabeça. Tenho saudades dessa ignorância.

    Agradeço o seu comentário, smart.
  7.  # 7

    Colocado por: paulosSe não resolve isso, qq dia estão os 3 como ela.


    Acredite!

    É ameaçar que se não se porta corretamente sai de casa. Se não acontecer é correr com ela 1 dia e depois ir buscar. Pode ser que aprenda a lição.


    Concordo com o que diz. Infelizmente, já o disse várias vezes e parece que não ligam ao que eu digo.

    Não estou a ver na práctica como é que posso "correr com ela 1 dia", porque tanto quanto sei, é necessária uma acção legal de despejo para isso. A não ser que me esteja a falhar qualquer coisa. Porque se conseguisse fazer isso, de certeza levavam-me mais a sério.


    Infelizmente, sejam pais, irmãos ou o que for, há pessoas que só vivem para atrapalhar a vida dos outros.


    Como eu já venho dizendo anteriormente, não acredito que tenha sido "missão da vida", mas concerteza é uma coisa que já vinha pensando ao longo dos anos. Neste momento, está na fase de "executar".

    Agradeço o seu comentário.
  8.  # 8

    Olhe,estou a ler a sua história e a reviver grande parte da minha existência com a minha mãe.

    Esqueça os comentários chapa 5 de "os filhos têm responsabilidades com os pais". Só fala assim quem não sente que está a perder a sua sanidade mental à conta do pai ou da mãe.

    Da minha experiência não tem uma situação fácil em mãos e a solução pode ser muito radical.
    Durante alguns anos vivi sozinha com a minha mãe. Após uma depressão que nunca foi tratada,porque ela sempre recusou, as coisas começaram a degradar-se cada vez mais. Vivia encharcada em café e calmantes, tudo tomado ao mesmo tempo. Eu comecei a namorar e a sair à noite com amigos (tinha 22 anos,acho normal, né?) e ela entendeu que era "uma afronta ao meu dever de ficar com ela". Como "castigo" a mim, deixou de trabalhar. Fiquei eu a cargo com todas as despesas da casa, renda, tudo. Não se dando por satisfeita então começou a estragar as coisas da casa, que era alugada,sabendo que eu depois teria de as reparar do meu bolso.
    Várias tentativas de conversas, de ir com ela a psiquiatras e psicólogos privados, ela ia a primeira vez comigo, não sei o que lhes dizia,que eles acabavam a desvalorizar a situação e ela recusava regressar.
    A pressão psicológica e chantagem emocional comigo agravou, ameaçava matar-se se eu não lhe desse a atenção que ela queria.
    Pedi ajuda à família que tinha (não tenho pai desde que nasci), ou seja, aos irmãos da minha mãe, à minha avó, a resposta era que "a mãe era minha, a responsabilidade era minha". Mas que raios, fui eu que pedi para nascer?!
    Fez dívidas no talho e roubou coisas de outras pessoas, estroncou um cofre que eu tinha e roubou o pouco dinheiro que eu lá tinha.
    Como eu recusei aceder à chantagem dela, então decorreram daí 3 tentativas de suicídio.
    Na primeira vez fiquei em choque, esteve UMA NOITE no hospital, lavagem ao estômago, consulta com psiquiatra e toma lá mais calmantes e anti depressivos para tomar e alta clínica.
    Implorei que a internassem compulsivamente, fui à médica de família relatar tudo, resposta "essa história é você a contar, tirando a tentativa de suicídio não temos prova do que você diz seja verdade... o internamento compulsivo é muito complicado, é trabalhoso,bla bla bla".

    A partir daí era: eu estava no meu trabalho, ela ligava-me já depois de meter uma caixa de calmantes no bucho e fazia que se despedia de mim. Fazia isto para me fazer ir a correr para casa. Já nem queria saber se me estragava a vida no trabalho.
    Com muito sangue frio e uns nervos que só eu sei, eu dizia "se te queres matar a decisão é tua,mas eu não vou sair do trabalho para ir ter contigo e desligava"... chegava a casa depois mais tarde sem saber se a ia encontrar viva ou morta e era fazê-la vomitar e levar com aquilo tudo.
    A família? Ninguém me deitou a mão.
    Médicos? Não quiseram saber.

    Por último, como após várias tentativas de suicídio falhadas e sem "me atingir" (sabe deus como eu vivia) decidiu começar a agredir-me.
    Um dia enfiou-me um tuperware contra o nariz que quase mo partiu.
    Dizia todos os dias, "meto-te veneno na comida", "vou esperar por ti atrás da porta quando vieres do trabalho e esfaqueio-te".
    Fui à polícia pedir ajuda, dizer que se um dia eu aparecesse morta era por causa da minha mãe, ainda se riram de mim e levei uma esfregadela, de "mãe é mãe, vá lá resolver esses problemas com ela"... como se fossem rixas normais de pais e filhos.
    Voltei ao médico, ninguém me ajudou a interná-la para avaliação e tratamento.

    Comecei a sentir que estava eu a ficar louca. Borrava-me literalmente de medo de abrir a porta de casa ao chegar do trabalho, já não dormia (um dia acordei com a certeza absoluta que tinha sentido que me tinham sufocado com uma almofada e acordei sem ar e vi uma sombra a sair do quarto).
    Decidi que não podia mais viver assim.
    Tentei falar com ela e dizer-lhe que tinha de arranjar um sítio para ir morar que eu estava a pensar casar. Ela recusou e disse que no dia em que eu a "abandonasse" me matava a mim e a ela.
    Pedi ajuda à minha família mais uma vez, só a minha avó disse que a aceitava lá em casa mas muito contrariada.

    Em segredo arranjei outra casa para alugar, pedi ajuda a uns amigos próximos que estavam a par da situação e num sábado de manhã entrei com todos em casa e disse "pega nas tuas coisas e sai que a partir de hoje eu entrego esta casa". E assim foi. Pus a minha mãe literalmente na rua de um momento para o outro.
    Era isso ou eu acabar no Magalhães Lemos.

    Conclusão desta novela mexicana dramática: nem em casos graves como tentativas de suicídio e de homicídio é facil conseguir internamento compulsivo de uma pessoa. Ainda pior se a sua mãe sabe as manhas todas e na frente dos outros ela se mostra equilibrada. Até pode tentar que ela se descontrole e chamar o INEM, quando eles chegarem ela recompõe-se e você ainda passa por filho maluco que se quer livrar da mãe.
    Tentar conversar com ela e ver se ela aceita ajuda psicológica, claramente ela não está bem.
    O seu irmão também tem de estar alinhado consigo e pressioná-la para isso.
    Se não resultar a única solução é ameaçá-la com um despejo e no limite, despejá-la mesmo. Pega nas coisinhas dela, mete cá fora e muda as fechaduras.

    Às vezes parecem resoluções dramáticas mas quando uma pessoa se vê sem ajudas e sem alternativas, não resta muito a fazer.
    Um abraço e espero que tudo se resolva pelo melhor.
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  9.  # 9

    Na pior das hipóteses, a sua mãe pode sofrer de «surtos psicológicos» não sei se o termo é 100% correto, é qualquer coisa do género. Foi o que aconteceu com a mãe de um familiar meu. Uma consulta num neurologista deslindou logo a situação. Por muitas artimanhas que, pense que a sua mãe tem, o médico descobre logo o problema, na hora. É muito dificil, para nós descortinar tal coisa.
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  10.  # 10

    Colocado por: palmstrokeTenho evitado comentar porque parece-me uma historia mal contada, mas para dar o benefício da dúvida aqui vai:


    Caro palmstroke, tem toda a razão - é uma história mal contada. Porque se eu fosse contar a história toda, dizia-me que o maluco sou eu e há muito tempo deveria ter arranjado uma forma de resolver a situação de uma forma ou de outra. Faz bem em dar-me o benefício da dúvida, porque eu tenho certeza na razão. Infelizmente, na vida real ninguém toma o meu lado, o que geralmente não me preocupa muito, mas dados os contornos da situação, faz com que seja grave.


    Fale com a segurança social ou algum instituto saúde público para ver como consegue internar a sua mãe algumas semanas num hospital psiquiatrico para ser estudada, ou, pelo menos, fazer um estudo psiquiátrico sem internamento. Muitas vezes a demência mostra-se assim, devagarinho, e os filhos nem se apercebem. Se for o caso não há nada a fazer, mas pelo menos receberá medicação adequada para estar mais calma.


    Palmstroke, agradeço-lhe porque este é do conselho mais "accionável" que há por aí, e o que eu preciso é efectivamente de linhas de acção. Vai directo à questão, mas infelizmente, também eu já sugeri várias vezes o internamento / tratamento, e não consigo obter sequer uma resposta. As pessoas simplesmente não me respondem. A minha leitura aqui, e conhecendo a situação, é que a situação de "demência" é largamente exagerada apenas nas alturas em que busca comiseração por parte dos outros, pois se fôr para ir para um hospital ser analisada por 15 dias para dar uma saída de paz e harmonia ao filho, já não se mostra disponível e nem se digna a responder. Compreende o que quero dizer aqui?

    Pensando eu, da minha cabeça, se eu estou numa situação que está a causar profundos problemas a pelo menos um dos meus filhos, e quero ver o problema resolvido ou mitigado, avanço com seja o que fôr.

    A minha leitura é que as pessoas não querem ver o problema resolvido, porque isso depois tirava as desculpas para ter o comportamento que lhe aprouver.

    Por isso é que digo, há muita má vontade. As pessoas não querem ver o seu problema resolvido. Mostram-se sim prontas para torturar os outros.

    Desculpe se pareço ter reagido negativamente ao seu comentário, mas não é o caso de todo. Precisamente o contrário. Apenas mostra-me que as pessoas razoáveis vão tentar aproximar as coisas com uma certa metodologia, como é o caso.

    Muito obrigado pelo comentário.
  11.  # 11

    Dar opinião sobre uma história familiar é sempre um tiro nos pés mas aqui vai.

    . em que condições comprou a casa? a sua família estava a passar por condições delicadas e pareceu-lhe um bom negócio para ambas as partes?

    . de que maneira se sente responsável pelo alojamento do seu irmão?

    A minha sugestão para repor a ordem Hierárquica é a de que venda esse apartamento .

    Entendo que a situação que lhe pareceu a ideal há uns anos, está visto que passou do aceitável e que por muito que esteja a relatar apenas alguns dos episódios, confesso que não consigo reconhecer que esteja focado na solução.

    Felizmente a minha situação familiar manifestou-se de maneira diferente, mas a profissional já acompanhou alguns casos semelhantes e a solução passa por cortar o que traz o problema, que é a partilha de espaço.

    Foco na solução: se a casa é legalmente 100% sua e não tem nenhum contrato de benefício de uso até à morte, vende a casa e recomeça do zero.
    Concordam com este comentário: mar_ju, carlossousa
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  12.  # 12

    Colocado por: mar_ju


    Cara mar_ju, muito obrigado pelo esforço que colocou em relatar a sua extensa experiência. Ao longo da sua descrição reconheci tantas situações similares que deixou de ter piada, fez-me ver que estamos a falar da mesma coisa. É incrível uma pessoa ver as similaridades em como os "agentes do sistema" removem qualquer responsabilidade do seu lado naquilo que deveria ser, em teoria, a sua função e especialidade - família, amigos, polícia, psicólogos, psiquiatras, médicos em geral, enfim, todos têm uma "cassete" que ou funciona, ou então "tem que ver isso", não querem saber. É o suficiente para fazer uma pessoa questionar o seu próprio juízo, confirma-me que não é má impressão ou má avaliação minha.

    Revejo no seu relato como as coisas realmente são. Na verdade, sempre soube que eram assim (e acho que muita gente sabe), tentei muito não vir para este pântano porque sabia que uma vez entrando por estas situações, a ajuda e compreensão são inexistentes - é ver e confirmar, os outros desaparecem, e uma pessoa que fique com as situações impossíveis de resolver.

    A sua experiência é, discutivelmente, mais intensa e emocional do que a minha situação - no momento, e calculo que tenha pedido muito de si ao longo dos anos. Folgo em saber que pelo menos consegui o apoio de alguns amigos a determinado ponto, de forma conseguir levar a situação a bom porto. Pode não ser a solução ideal, mas ninguém lhe ajudou a arranjar soluções ideiais, foi a correcta do ponto de vista da própria sobrevivência.

    Quanto a mim, penso que aínda virão outros capítulos de chantagem emocional, como referiu das tentativas de suicídio e similares.

    Mas a esperança é sempre que o pior já tenha passado. Infelizmente, não consigo dar essa certeza.

    Novamente marju, um muito obrigado pelo seu comentário.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: mar_ju
  13.  # 13

    Colocado por: luisrdsNa pior das hipóteses, a sua mãe pode sofrer de «surtos psicológicos» não sei se o termo é 100% correto, é qualquer coisa do género. Foi o que aconteceu com a mãe de um familiar meu. Uma consulta num neurologista deslindou logo a situação. Por muitas artimanhas que, pense que a sua mãe tem, o médico descobre logo o problema, na hora. É muito dificil, para nós descortinar tal coisa.


    Era bom, caro luisrds. O problema é que ela é seguida por um neurologista - e aqui é que é o meu problema - mas acaba por convencer tanto ele como o meu irmão que "pode ser outra coisa relacionada", mas não faz nada para diagnosticar ou tentar encontrar a causa.

    Por isso é que digo que encontra não só conforto como procura a situação.

    Se ela estivesse disposta (bem como o meu irmão) a fazer um internamento por umas semanas num hospital psiquiátrico para observação, como sugeriu o palmstroke, eu tinha os problemas resolvidos. Sabia que havia pelo menos alguma boa vontade no meio de toda a situação.

    O que lhe tenho visto a fazer é fugir de qualquer tipo de avaliação ou tratamento. Ao princípio, atribuia possivelmente a ignorância, mas à medida que o tempo vai passando e ela vai vendo o efeito devastador que a sua abordagem tem, começa a ser difícil dar crédito à tese exclusiva da doença neurológica.

    Agradeço o seu comentário, é bastante clarificador.
  14.  # 14

    Se a casa é sua porque razão não os pode mandar embora de sua casa?
    Concordam com este comentário: mar_ju, marize, carlossousa
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  15.  # 15

    Colocado por: marizeDar opinião sobre uma história familiar é sempre um tiro nos pés mas aqui vai.

    Cara marize, agradeço o risco que toma com a iniciativa, mas realmente o problema não é a opinião, que é bemvinda, mas sim com os juízos de valor. Não foi como aproximou isto, e desta forma a sua opinião é apreciada, uma vez que não se prende com ideias feitas que é o que mais me tem custado com tudo isto - o síndrome de "vacas sagradas" que temos em tanta coisa na nossa sociedade.

    . em que condições comprou a casa? a sua família estava a passar por condições delicadas e pareceu-lhe um bom negócio para ambas as partes?

    A situação financeira da família não era "má" na altura, mas a injecção de capital proveniente da compra efectuada por mim permitiu consolidar várias situações, e ficar mais confortável para os anos seguintes.

    . de que maneira se sente responsável pelo alojamento do seu irmão?

    Até um ponto sinto-me, a casa sempre funcionou como um ponto de estabilidade financeira e familiar. Mas se só eu sou feito alvo deste comportamento, até que ponto posso ser responsável pela estabilidade que todos teimam em minar? Neste caso, já passámos os limites, e temos vindo a funcionar com o motor gripado. O meu desagrado com esta situação é expresso há muito, e já disse que se é para estar assim e mal, que têm que sair.

    A minha sugestão para repor a ordem Hierárquica é a de que venda esse apartamento .

    Calculei. Faz algum sentido.

    Pelas minhas contas, o que obteríamos pela casa não chegaria para pagar o remanescente da obrigação da hipoteca, mas é concerteza uma possibilidade a considerar.

    Entendo que a situação que lhe pareceu a ideal há uns anos, está visto que passou do aceitável e que por muito que esteja a relatar apenas alguns dos episódios, confesso que não consigo reconhecer que esteja focado na solução.

    Creio que não, tenho tomado soluções que são "as possíveis" e não as que resolvem, muito também derivado à minha situação económica, que de momento impede-me de fazer várias coisas, como por exemplo uma acção judicial ou outra medida de similar eficiência.

    Felizmente a minha situação familiar manifestou-se de maneira diferente, mas a profissional já acompanhou alguns casos semelhantes e a solução passa por cortar o que traz o problema, que é a partilha de espaço.

    Quando se refere à "profissional", asssumo que se refere à profissional de saúde, não? Se sim, felizmente, pois faz toda a diferença ter um profissional que sabe e identifica claramente quais são os limites e "balizas" de uma doença, e que não se pode chegar lá com qualquer comportamento e dizer "é a doença".

    Foco na solução: se a casa é legalmente 100% sua e não tem nenhum contrato de benefício de uso até à morte, vende a casa e recomeça do zero.

    Consigo ver que isto resolve muita coisa, apesar de trazer outros problemas. Mas concerteza é uma das hipóteses que vou ter que me começar a preparar, pois é muito possível que venha a acontecer.

    Marize, muito obrigado pelo seu comentário, é muito objectivo e ao ponto.
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  16.  # 16

    Pelas minhas contas, o que obteríamos pela casa não chegaria para pagar o remanescente da obrigação da hipoteca, mas é concerteza uma possibilidade a considerar.



    Sim, uma das coisas que faço é acompanhamento a nível de saúde familiar e neste momento o que está em causa é a sua saúde.
    Pode parecer ridículo, mas na verdade há vários exemplos de pessoas que se preferem prejudicar do que lidar com a CULPA.

    O Carlos não é responsável pela sua mãe nem pelo seu irmão. Como costumo brincar, somos todos importantes mas não tanto.
    Se decidir responsabilizar-se, sabendo que inevitavelmente vai prejudicar os seus relacionamentos e o seu bem estar, claro que pode! Mas estaria sujeito a todas as consequências de estar a ocupar o lugar do "companheiro da sua mãe".


    Veja bem que escreveu "o que obteríamos pela casa". Escreveu no plural.


    Foque-se na verdade e na realidade que quer manifestar, antes de deixar tudo para trás!!

    (sim, porque isto de se ter um dedo de bruxa, antevê o ponto em que pondera sair, continuar a pagar as obrigações bancárias e lidar com um esforço desumano só para não se sentir culpado)

    FOCO NA SOLUÇÃO!
    Concordam com este comentário: carlossousa
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  17.  # 17

    Colocado por: paulosSe a casa é sua porque razão não os pode mandar embora de sua casa?

    Caro paulos, acho que isso é precisamente a grande parte do problema: foi-me informado, por mais que uma pessoa, incluíndo uma advogada, que é necessário abrir uma acção legal para o despejo, também com os custos associados. É a informação que tenho, não sei se corresponde à realidade mas se alguém conseguir conformar ou desmentir, agradeço.
    Em pano de fundo, a situação económica não é a melhor para nenhuma das partes envolvidas, e acho que isso pesa também na minha ponderação, e apecar por extra-prudência.
    Numa sitação que fosse mais a direito, claramente não estaria para abusos e facilitaria tomar uma atitude colocar as coisas à porta, mudar fechadura" e lidar com as consequências depois. Mas aqui, fico com a sensação de que as coisas não se apresentam tão preto-no-branco.
    Será alguma cobardia da minha parte? Porque efectivamente as pessoas abusam da situação, baseados na minha acção/inacção.
  18.  # 18

    Colocado por: carlossousa

    Caro paulos, acho que isso é precisamente a grande parte do problema: foi-me informado, por mais que uma pessoa, incluíndo uma advogada, que é necessário abrir uma acção legal para o despejo, também com os custos associados. É a informação que tenho, não sei se corresponde à realidade mas se alguém conseguir conformar ou desmentir, agradeço.
    Em pano de fundo, a situação económica não é a melhor para nenhuma das partes envolvidas, e acho que isso pesa também na minha ponderação, e apecar por extra-prudência.
    Numa sitação que fosse mais a direito, claramente não estaria para abusos e facilitaria tomar uma atitude colocar as coisas à porta, mudar fechadura" e lidar com as consequências depois. Mas aqui, fico com a sensação de que as coisas não se apresentam tão preto-no-branco.
    Será alguma cobardia da minha parte? Porque efectivamente as pessoas abusam da situação, baseados na minha acção/inacção.


    Consulte outro advogado para ter outra opinião. Se a casa é sua, não tem lógica não poder fazer o que quiser dela. Uma vez que as pessoas estão a morar lá, poderá ter de avisar com carta registada e dar um tempo, mas deve poder fazer o que lhe apetecer, digo eu. Se quiser vender a casa então também não pode porque eles estão lá?
  19.  # 19

    Colocado por: marize
    Sim, uma das coisas que faço é acompanhamento a nível de saúde familiar e neste momento o que está em causa é a sua saúde.
    Pode parecer ridículo, mas na verdade há vários exemplos de pessoas que se preferem prejudicar do que lidar com a CULPA.


    Quer dizer a minha culpa em relação à situação da minha mãe e do meu irmão?
    Não me importo de prejudicar-me e ser eu a levar com as consequências se um dia formos chegar a uma situação que, no final, é melhor e mais compreensiva para todos. Se não é, então estamos a queimar tempo, e se eu conseguir adivinhar o futuro, quanto mais cedo se lidar com essa culpa, melhor.

    O Carlos não é responsável pela sua mãe nem pelo seu irmão. Como costumo brincar, somos todos importantes mas não tanto.
    Se decidir responsabilizar-se, sabendo que inevitavelmente vai prejudicar os seus relacionamentos e o seu bem estar, claro que pode! Mas estaria sujeito a todas as consequências de estar a ocupar o lugar do "companheiro da sua mãe".


    Completamente, é isto que sinto.

    Veja bem que escreveu "o que obteríamos pela casa". Escreveu no plural.


    A bem ou a mal, neste momento existe uma situação económica conjunta, e uma hipoteca que irá subsistir aínda durante uns anos. Posso tentar abstraír-me, mas isto é um ponto com o qual tem que se lidar.

    Foque-se na verdade e na realidade que quer manifestar, antes de deixar tudo para trás!!

    (sim, porque isto de se ter um dedo de bruxa, antevê o ponto em que pondera sair, continuar a pagar as obrigações bancárias e lidar com um esforço desumano só para não se sentir culpado)

    FOCO NA SOLUÇÃO!


    Compreendo. Agradeço a sua ajuda, cara marize.
 
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