Colocado por: HAL_9000
"Em 2011, por exemplo, a auditoria apurou que a remuneração média anua ilíquida por médico nas USF modelo B, foi de 75.014,14 euros, o que, comparado com a remuneração média anual por médico nas UCSP, foi superior em 22.338,70 euros, (mais 42,4%).
No mesmo ano, a remuneração média anual ilíquida por enfermeiro nas USF modelo B foi de 28.954,56 euros, mais 13.608,98 euros (mais 88,7%) do que nas USF modelo A e mais 9.213,93 euros (mais 46,7%) do que nas UCSP."
https://portocanal.sapo.pt/noticia/19822
Isto são dados com mais de 10 anos, mas eu diria que um rendimento médio iliquido de 5400 euros por médico de familia e cerca de 2070 por enfermeiro (14 meses) não é propriamente pouco competitivo, tendo em conta quem em 10 anos deve ter havido uma evolução dos valores. Dito isto, tb é verdade que não faço ideia quanto é que um médico de MGF consegue ganhar no privado.
Pelo menos são valores bem mais interessantes que os valores base, e portanto se esta solução se traduzir em redução de filas, num melhor acompanhamento médico, e sobretudo numa redução do número de utentes sem médico de familia (no caso da minha frequesia actual esta questão é dramática, com cerca de 60% dos utentes sem médico de família), parece-me uma boa solução. Estou em crer que pode ser mais interessante do que a Sandra_cc acredita.
Colocado por: Sandra_ccpouco competitivo sim, com:
-o estrangeiro
Colocado por: Sandra_ccser tarefeiro e ganhar entre 35€ a 50€ hora, líquidos porque abrem um unipessoal;
-poder ser contratado pelos os
Colocado por: Sandra_ccpoder ser contratado pelos os hospitais para urgência geral e ganhar à hora bruto entre os 35€ e os 50€;
-fazer peritagens de seguros de vida e saúde a 25€ por processo liquidos, trabalhando de onde quiser quando quiser;
-Peritagens e pareceres do ministério da justiça (tribunais) a 80€ hora e 500€ por parecer e relatório;
-VMER a 35€ hora;
-E ainda há alguns que conseguem ir para a segurança social fazer juntas médicas onde se ganha por processo entre os 15€ e os 75€ (conforme o tipo de processo - baixa, invalidez, menores, complementos por dependência, apreciação processual, revisão de processo).
Colocado por: AMVPJá agora, alguém me sabe explicar donde virá o dinheiro para se manter o sns que remos? Nota: manter significa crescimento exponencial da despesa, até se começar a morrer à fome, aí a despesa a médio prazo deve diminuir.
Colocado por: AMVP
Irra que essa conversa já chateia. Somos competitivos com o estrangeiro ao nivel dos engenheiros biomédicos? Engenheiros informáticos? Engenheiros físicos? Não, não somos. Mas alguém fala destes? Não. Isto é um problema? Claro que é, são estes e restantes profissionais que emigram que fazem falta para pagar a vidinha dos médicos que estão sempre com esta conversa.
Ora aí está algo que já deveria ter terminado, para não dizer que nunca deveria ter existido, e que criou e cria mts problemas na gestão do sns.
Tudo fácil de resolver, bastava que quem se sentou na secretaria para escrever esses disparates todos agora se sentasse a revoga-las.
Colocado por: Sandra_cc
E emigração médica portuguesa tem crescido exponencialmente de ano para ano.
Se quiser acabar com a contratação de empresas de prestação de serviços que subcontratar médicos e com a contratação de tarefeiros nas urgências, sinceramente que não sei como não espera que depois as urgências, que já estão muito mal cobertas, ainda fiquem piores...
Pode revogar tudo que só vai encontrar problemas com isso. Revogar os valores que se paga por Peritagens clínicas em qualquer serviço público só fará com que depois esses serviços tenham mais falta de clínicos e todos eles já têm.
Não pense que consegue encurralar os colegas de MGF a irem para os centros de saúde, até porque 'ninguém' quer ir para MGF. Só faria com que cada vez mais novos colegas tivessem alergia na escolha de especialidade a MGF e eles já somos todos alérgicos que chegue.
Colocado por: AMVP
Façam como quiserem, querem emigrar, emigrem; Não querem assegurar as urgências, não assegurem; querem matar pessoas pro falta de assistência pq estão a pensar no dinheiro na conta bancária? estejam à vontade, facam-no. Eu não quero é continuar nisto. Toda a vida levei com os professores a falem da escola quando na verdade só falam de salários e horas de trabalho, bom considerações sobre a educação que cada encarregado de educação dá aos seus filhos também sempre foi uma constante. Desde há uns anos para cá que os médicos tiraram o modelito e a conversa é sobre o SNS, pois médico é que sabe como geri-lo. Pois olhe, nem nos colégios privados nem nos hospitais privados são os professores ou médicos que gerem o negócio, mais quer a educação quer a saúde não existem para serviço professores/médicos mas o fim para que foram criados.
Mas já que sabe tanto diga lá, a verdadeira razão, porque é que os da sua classe profissional andam em guerra porque não querem ir ao para o São Francisco Xavier. Olhe e qual é o problema com os médicos Cubanos, ou outros?
Explique-me tb como é que conseguem acumular tantas tarefas num dia de trabalho? E vou ficar por aqui pq teria muitas mais explicações para lhe pedir e mais comentários para fazer mas tb não quero parecer que sei alguma coisa sobre o sector pq afinal eu não sou médica, já agora nem quero, e como tal não percebo nada do SNS, também não percebo nada do sector da educação pq não sou professora.
Mas olhe, ainda sei utilizar o excel e sei criar duas colunas (despesa e receita) e depois, surpreendentemente, sei criar linhas para colocar quais os grupos que potencialmente contribuem para cada uma destas colunas, e olhe que nem professores nem médicos surgem aí, sim eu sei estão a construir o futuro e assegurar saúde para se produzir no presente, tudo mt bonito mas se não tiver quem contribua para a coluna da receita todos os dias não haverá nem futuro nem saúde mesmo para aqueles que contribuem para a coluna da receita. Chamo a atenção que da última vez que olhei tanto os da coluna da despesa como os da receita são seres humanos respeitáveis e que tb se podem chatear de contribuir para o assunto.
Colocado por: ricardo310773Acho engraçado este comunicado da FNAM:
Meia centena de médicos do Alto Minho recusam fazer mais do que 150 horas extraordinárias
Justificação:
“Este protesto não é apenas para reforçar a luta dos médicos por melhores condições de trabalho, é acima de tudo uma salvaguarda para os doentes, de forma que ao seu serviço estejam profissionais plenos das suas capacidades e que não estejam a lutar contra a sua própria exaustão”, refere o comunicado.
Só não percebo a afirmação "salvaguarda para os doentes, de forma que ao seu serviço estejam profissionais plenos das suas capacidades".
Afinal eles depois do horário vão para o privado fazer consultas e cirurgias, será que esses utentes do privado aceitam ter um médico já exausto de tanto trabalho no hospital?
Colocado por: Sandra_cc
Prefere que passem todos a fazer só privada?
Colocado por: ricardo310773
Se calhar não era má ideia.
Aquilo que eu presenciei ainda no mês passado numa porta lateral de uma urgência de um hospital que cobre cerca de 400.000 utentes.
Salas a abarrotar, e no espaço de 60 minutos que lá estive, eram grupinhos de 5 a 6 profissionais dessa mesma urgência nessa porta lateral a fumar uns cigarros e em amena cavaqueira, num vaivem desenfreado para vir para fora, mas não se verificava essa pressa em voltar para dentro.
Voltaremos a falar para o ano.
Com os créditos habitação e a inflação a esganar os orçamentos do povo trabalhador, em algum lado vai faltar liquidez ao povo, quero ver os privados a conseguir ter receitas para manter o crescimento exponencial que têm.
Colocado por: Sandra_ccverdadeira razão, porque é que os da sua classe profissional andam em guerra porque não querem ir ao para o São Francisco Xavier
Colocado por: Sandra_ccNenhum. Já teve consulta com algum? De-lhes equivalência aqui na ordem e espere para ver se eles não apanham um avião, para o resto da UE, mais depressa que qualquer um dos portugueses. De qualquer forma nem esses parecem muito interessados no nosso SNS. Este governo anda sempre a seduzi-los mas a receptividade tem sido muito limitada.
Colocado por: Sandra_ccA que tarefas se refere?
Colocado por: ricardo310773Com os créditos habitação e a inflação a esganar os orçamentos do povo trabalhador, em algum lado vai faltar liquidez ao povo, quero ver os privados a conseguir ter receitas para manter o crescimento exponencial que têm.
Colocado por: AMVP
Já tem essa cassete na cabeça e é só despejar ou então não é médico e como tal não faz ideia ou não lhe convém dizer a razão que sabe
Se apanham o avião, ficam em pé de igualdade com os portugueses, pelo menos enquanto cá estão trabalham e não lhes paguei a formação, ainda fico a ganhar.
As que referiu que concorriam com o vencimento mensal no SNS
Colocado por: Sandra_ccMetade de nós já não trabalha no SNS.
Colocado por: Sandra_ccPor a sociedade contra a classe médica é o desejo deste governo, que não quer assumir as deficiências do SNS.
Colocado por: Sandra_ccO volume de doentes é tal que muitos de nós já não trabalhamos por exemplo com ADSE e/ou com vales SIGiC e exames prescritos do SNS (são pagos a um ano e pagam menos que os seguros...).
Colocado por: AMVP
Pode ir a outra metade, assim acaba-se o assunto. Depois logo se vê como se resolve.
Essa conversa é a chamada "conversa da treta", claro que nem este nem outro governo quer colocar a população contra os médicos, tem custos eleitorais elevados. Na minha opinião, há mt que os políticos, de todos os governos, se deveriam ter juntado e não colocar a população contra ninguém mas dizer a verdade sobre o que os médicos fazem no SNS e de como contribuem para a sua degradação e despesa.
há mt que não trabalham, mas não tem haver com a procura desenfreada, tem haver sim com tempos de pagamento, com controlo. Sempre tiveram como prática no inicio querem trabalhar com esses subsistemas e depois deixarem de trabalhar pq já tinham criado a clientela, é a vertente humana (económica) dos famosos profissionais que estão lá pela vida das pessoas. Nota: há exceções, mas é isso mesmo exceções.
Cada um tem o seu sonho, eu tenho o "sonho" de um dia acordar e ver um hospital a funcional apenas com médicos e enfermeiros, já que os restantes não interessam. Havia de ser interessante a verem-se sozinhos no hospital!
Colocado por: Sandra_cc
Outro exemplo.
As funções que concorrem com o SNS pagam melhor e basta uma. De qualquer forma pode acumular duas ou três até porque algumas são feitas de casa e outras não são feitas diariamente. Os horários são conciliáveis porque são prestações de serviço.
Quanto ao Francisco Xavier parece saber melhor que eu, portanto não vou abster-se de responder, enquanto me anula a inscrição na ordem.
Por exemplo, pode fazer um turno de VMER das 08h00 às 14h00 e de tarde fazer Peritagens médicas na segurança social. Ou pode por exemplo fazer pareceres para o ministério da justiça ao serão e de dia fazer de tareifeira numa urgência. Pode fazer peritagens dos seguros/análise de processo em casa ou enquanto está numa VMER sem serviço.
Se acha que fica a ganhar com cubanos, nada a acrescentar. É contratar. Secalhar até se pode dispensar tantas vagas nas universidades portuguesas e passa a contratar-se só cubanos, pelos vistos ficam todos a ganhar e os cubanos estão em pulgas para vir!
Colocado por: Sandra_cc
Outro exemplo
Se fizer análises e pareceres para o ministério da justiça (tribunais e judiciária) trabalha em casa quando quer a ler documentos e testemunhos e a escrever a seu parecer. Todas as semanas recebe uns 5 a 10 processos. Cada processo é pago entre 300€(mínimo) a 500€(máximo). Em nada é incompatível com ir fazer privada, se entender, até pode fazê-lo todo o dia (embora a privada na MGF não tenha muito sumo).
Colocado por: ricardo310773Resumindo, em suas palavras o patrão é sempre o mesmo.
O estado.
O estado pode e deve deixar de pedir esse tipo de serviços fora.
Tem trabalhadores para isso.
Reformula a carreira de médico.
Deixa de ser possível os médicos com mais de 55 anos de pedir dispensa das urgências diurnas e com mais de 50 de pedir dispensa das urgências noturnas.
Um trabalhador do setor privado trabalha o que lhe mandam, e se não está bem a porta é serventia da casa.