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  1.  # 1

    Colocado por: Sandra_cc

    Não vão. Porque no privado o medico que não tem pachorra também escolhe. Eu escolhi não fazer sigic no privado e portanto evitar esse doentes. Se estivesse no SNS era mais complicado e teria menos liberdade de escolha.


    Exactamente!
    Por isso eu escrevi la atrás que acho muito bem que os medicos que não tem pachorra para aturar "certos" doentes devem poder sair do SNS sem qualquer problema.
    Os funcionários públicos não podem, nem devem poder, escolher as pessoas a quem prestam serviço. Em boa verdade a maioria dos restantes trabalhadores também não. Os médicos parece que estao na posição algo singular de poder escolher. Ainda bem para eles, a maioria dos trabalhadores, independentemente da sua formação ou do lugar que ocupam, não tem essa sorte.
    Se a relação de trabalho dos médicos no privado deixar de ser como prestadores de serviço e passar a ser de trabalho subordinado, sempre gostava de saber quantos prefeririam afinal regressar ao SNS, com todos os defeitos que ele tem.
    É que os accionistas dos hospitais privados estarão sempre muito mais preocupados com os seus proveitos do que com os dos médicos, se o contexto mudar, também essa relação muda. Nada é eterno.
  2.  # 2

    Colocado por: AMG1

    Exactamente!
    Por isso eu escrevi la atrás que acho muito bem que os medicos que não tem pachorra para aturar "certos" doentes devem poder sair do SNS sem qualquer problema.
    Os funcionários públicos não podem, nem devem poder, escolher as pessoas a quem prestam serviço. Em boa verdade a maioria dos restantes trabalhadores também não. Os médicos parece que estao na posição algo singular de poder escolher. Ainda bem para eles, a maioria dos trabalhadores, independentemente da sua formação ou do lugar que ocupam, não tem essa sorte.
    Se a relação de trabalho dos médicos no privado deixar de ser como prestadores de serviço e passar a ser de trabalho subordinado, sempre gostava de saber quantos prefeririam afinal regressar ao SNS, com todos os defeitos que ele tem.
    É que os accionistas dos hospitais privados estarão sempre muito mais preocupados com os seus proveitos do que com os dos médicos, se o contexto mudar, também essa relação muda. Nada é eterno.


    Não me parece que seja estruturas privadas em Portugal tenham particular ansiedade por ter trabalho subordinado em lugar de trabalho por prestador. Pelo contrário, creio que cada vez mais entidades e até o estado através de subcontratação, preferem o modelo de prestação de serviços. Portanto, pode desejar...mas pode não suceder.
  3.  # 3

    Colocado por: Sandra_ccO Reis também não gosta de todos os doentes.


    Ui alguns doentes conseguem despertar sentimentos muito "negros".. Mas como a Dra Alexandra Fernandes diz: as coisas da vida vêm em “pacotes”. E por cada pacote bom tb há um pacote mau. Há doentes completamente "GOMER".
    Mas a empatia treina-se. Há cursos de PNL em Saúde.

    Agora uma coisa é certa... deduzir que a pessoa A ou B ou C é assim ou assado (mais ou menos empática) apenas com base no que se escreve num fórum da internet é no minimo hilariante. Não o façam. Vai na volta e a Sandra_cc até tem mais doentes que gostam dela do que eu.
    Concordam com este comentário: Sandra_cc
  4.  # 4

    Colocado por: ivreisgora uma coisa é certa... deduzir que a pessoa A ou B ou C é assim ou assado (mais ou menos empática) apenas com base no que se escreve num fórum da internet é no minimo hilariante. Não o façam. Vai na volta e a Sandra_cc até tem mais doentes que gostam dela do que eu.
    O ivreis tem razão, tirar conclusões sobre alguém só pelo que escreve num fórum pode ser arriscado.

    Contudo, e independentemente de querer defender a sua colega, o que ela escreveu fala por si. Um médico faz um juramento de cuidar de doentes, não de clientes — é uma distinção fundamental. Mas vá, esqueçamos esta parte, porque aparentemente o tal juramento não interessa a ninguém.

    Imagine que a sandra_cc escrevia aquela frase num outro contexto, em que em vez de falar de doentes do SNS, dizia isto sobre doentes indianos:
    “Há ainda o perfil do doente indiano. O doente indiano no privado é um doente indiano com tiques de indianos, mas que vai ao privado. Eu já não estou habituada a doentes indianos e muitos colegas também não têm pachorra para isso.”

    Diga-me, continuava a achar normal? Ou soava-lhe preconceituoso e totalmente impróprio?

    É exatamente o mesmo princípio. Não se trata de um mal-entendido. Trata-se de uma forma de ver os doentes que, vinda de um profissional de saúde, é tudo menos aceitável. Pelo menos essa é a minha interpretação.
  5.  # 5

    Colocado por: HAL_9000O ivreis tem razão, tirar conclusões sobre alguém só pelo que escreve num fórum pode ser arriscado.

    Contudo, e independentemente de querer defender a sua colega, o que ela escreveu fala por si. Um médico faz um juramento de cuidar dedoentes, não de clientes — é uma distinção fundamental. Mas vá, esqueçamos esta parte, porque aparentemente o tal juramento não interessa a ninguém.

    Imagine que a sandra_cc escrevia aquela frase num outro contexto, em que em vez de falar de doentes do SNS, dizia isto sobre doentes indianos:
    “Há ainda o perfil do doente indiano. O doente indiano no privado é um doente indiano com tiques de indianos, mas que vai ao privado. Eu já não estou habituada a doentes indianos e muitos colegas também não têm pachorra para isso.”

    Diga-me, continuava a achar normal? Ou soava-lhe preconceituoso e totalmente impróprio?

    É exatamente o mesmo princípio. Não se trata de um mal-entendido. Trata-se de uma forma de ver os doentes que, vinda de um profissional de saúde, é tudo menos aceitável. Pelo menos essa é aminhainterpretação.


    Está claramente a extrapolar para extremos.

    Um profissional de saúde ou de hotelaria tem direito a ver os seus doentes, ou hóspedes, que são clientes, como quiser. Todos somos livre de pensar.

    Não fui à cerimônia do julgamento de Hipócrates. Mas cumpro melhor o papel de médica que muitos profissionais 'empáticos'que comem os doentes por papalvos.
  6.  # 6

    Colocado por: Sandra_cc

    Não me parece que seja estruturas privadas em Portugal tenham particular ansiedade por ter trabalho subordinado em lugar de trabalho por prestador. Pelo contrário, creio que cada vez mais entidades e até o estado através de subcontratação, preferem o modelo de prestação de serviços. Portanto, pode desejar...mas pode não suceder.


    Talvez ainda não tenha percebido, mas eu só quero o melhor quer para doentes, quer para médicos, sejam eles do SNS ou do privado.
    O que eu não compro e a ideia de que a situação actual se possa manter eternamente.
    O que cada um prefere pode não ser o que cada um pode ter. Hoje é que cada um tem o que quer, porque todos podem ganhar, o único perdedor e o SNS.
    E absolutamente óbvio que é do interesse dos privados que o SNS esteja cada vez pior, logo tudo farão para que o caminho seja esse e quanto melhor se sairem, melhores condições podem dar aos médicos, mas isto não vai durar para sempre. No limite, o SNS colapsa e com isso acabou-se a teta da vaca, perdoem a expressão. Depois os privados vão ter de criar condições para atender todos, o que significa que o modelo de negocio vai ter de mudar e essa alteração terá inevitavelmente impacto nos profissionais. Se ou quando isto pode acontecer, ninguem sabe, mas não é impossivel.
  7.  # 7

    Colocado por: Sandra_ccUm profissional de saúde ou de hotelaria tem direito a ver os seus doentes, ou hóspedes, que são clientes, como quiser. Todos somos livre de pensar.
    Obviamente que sim. A sandra tem o direito de ver os seus clientes como quiser (o de hotelaria é que duvido que possa seleccionar os clientes que quer atender) e é livre de pensar, tal como eu. Simplesmente explanei o meu pensamento acerca do que a sandra disse, nada mais. Eu não sou dono da razão, dái ter colocado a bold que se tratava apenas da minha interpretação.
  8.  # 8

    Colocado por: HAL_9000Obviamente que sim. A sandra tem o direito de ver os seus clientes como quiser (o de hotelaria é que duvido que possa seleccionar os clientes que quer atender) e é livre de pensar, tal como eu. Simplesmente explanei o meu pensamento acerca do que a sandra disse, nada mais. Eu não sou dono da razão, dái ter colocado a bold que se tratava apenas da minha interpretação.


    Em muitos estabelecimentos de hotelaria está escrito que 'é reservado o direito de admissão'.
  9.  # 9

    isto é mais SS que SNS mas mais do mesmo, tenho a certeza que o mesmo acontecesse no SNS

    país do bem

    https://x.com/LeonortheQueen/status/1934766546489938352

    um gajo que recebe 2k, rico por sinal, não recebe abono pré-natal, um imigrante que nunca cá meteu os pés recebe 🤡
  10.  # 10

    Colocado por: Sandra_cc'é reservado o direito de admissão'.
    Sim, mas não caberá ao funcionário tomar essa decisão, quando muito ao gerente/proprietário.
  11.  # 11

    Esses disticos não tem qualquer valor legal. A restrição de acesso a estabelecimento abertos ao público só pode ser restringida pelos motivos previstos na lei. Obviamente que a lei proibe qualquer restrição de acesso com base na descriminação arbitrária.
    Esses disticos estavam sobretudo em estabelecimentos como bares, restaurantes e similares para afastar quem ja tinha bebido a sua conta. Nesses casos a restrição até está prevista na lei.
    Na prática, qualquer profissional pode furtar-se a prestar serviços a quem quiser e pelos motivos que entender. Mas isso não significa que essa postura tenha cobertura legal.
    Nos tempos da segregação racial, a descriminação com base na cor da pele era possível e legal, hoje já não é, mas não significa que não exista.
    O curioso é que os métodos mais eficazes nem sempre são os mais evidentes.
    Quando um dado estabelecimento de diversão nocturna p.e. fixa um certo valor de consumo minimo extraordinariamente elevado, na prática está tambem a afastar quem não quer, porque a maioria dos restantes não lhes cobra esse valor.
    Quando alguns eatabelecimentos colocam um sapo à porta, também estão a afastar as pessoas que acreditam no infortúnio de se cruzarem com esse imagem e ja sabemos que são os ciganos. Logo, esses estabelecimentos também estão, ainda que de forma camuflada, a descriminar a entrada com base na etnia dos clientes. Podemos continuar por aqui fora, porque na verdade as nossas sociedades estao pejadas de descriminação, umas mais óbvias outras menos. É nesse contexto que as leis anti descriminação são importantes, para nos defender a todos da arbitrariedade de alguém, mas não são elas que na verdade vão acabar com a descriminação. Isso é missa para outro rosário, muito mais complexo.
  12.  # 12

    Colocado por: jg231isto é mais SS que SNS mas mais do mesmo, tenho a certeza que o mesmo acontecesse no SNS

    país do bem

    https://x.com/LeonortheQueen/status/1934766546489938352

    um gajo que recebe 2k, rico por sinal, não recebe abono pré-natal, um imigrante que nunca cá meteu os pés recebe 🤡


    Está aqui a versão completa.


    https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://sicnoticias.pt/programas/poligrafo/2025-06-16-video-gravida-recem-chegada-pode-ter-abono-pre-natal-sem-ter-trabalhado-em-portugal--fc41c53a&ved=2ahUKEwilhu_HnviNAxVVTqQEHcuxIPIQwqsBegQIERAF&sqi=2&usg=AOvVaw0tYbP4Vk2EGaUI3yOeWArd
    Concordam com este comentário: rod_2000
  13.  # 13

  14.  # 14

    Colocado por: HAL_9000Sim, mas não caberá ao funcionário tomar essa decisão, quando muito ao gerente/proprietário.


    Continuamos a discutir detalhes ínfimos que nem fazem sentido, já que o médico no privado não é funcionário, é um subcontratado, um prestador.
  15.  # 15

    Colocado por: Sandra_ccjá que o médico no privado não é funcionário, é um subcontratado, um prestador.
    por isso mesmo é que pode discriminar os doentes SIGIC do SNS.

    A Sandra é que mencionou o profissional da hotelaria (alhos e bugalhos), que em princípios não terá o mesmo poder de escolha.
  16.  # 16

    Colocado por: HAL_9000por isso mesmo é que pode discriminar os doentes SIGIC do SNS.

    A Sandra é que mencionou o profissional da hotelaria (alhos e bugalhos), que em princípios não terá o mesmo poder de escolha.


    Toda a gente tem poder de escolha. Mais ou menos conforme o seu valor de mercado etc.

    Você pretende que eu me submeta ao seu julgamento de achar que 'devia de...'. mas na verdade é você que devia de aceitar que não temos obrigação de gostar de todos e que um médico que deixou o SNS, o fez por vários motivos, sendo um deles a sua autonomia e liberdade de escolha.
  17.  # 17

    Colocado por: Sandra_ccVocê pretende que eu me submeta ao seu julgamento de achar que 'devia de..
    Eu pretendo o quê? Penso que me interpretou mal. O que escrevi eu que a levou a essa conclusão? Não pretendo que se submeta ao meu julgamento, nem imponho nada a ninguém. A Sandra é livre de ter a opinião que entender e de fazer as ecolhas que bem lhe aprouverem. Tal como eu sou livre de ter uma opinião sobre o que escreveu.

    Na minha perspetiva, o seu comentário é factualmente discriminatório e, honestamente, surpreendente tendo em conta a sua área profissional, já que um médico, acima de tudo, lida com pessoas doentes.

    Colocado por: Sandra_ccToda a gente tem poder de escolha. Mais ou menos conforme o seu valor de mercado
    Mais ou menos, um rececionista de um hotel, pode escolher entre manter a sua decisão de não atender um cliente SIGIC do SNS, ou ser despedido. Não deixa de ser uma escolha, é um facto.
  18.  # 18

    Colocado por: HAL_9000Eu pretendo o quê? Penso que me interpretou mal. O que escrevi eu que a levou a essa conclusão? Não pretendo que se submeta ao meu julgamento, nem imponho nada a ninguém. A Sandra é livre de ter a opinião que entender e de fazer as ecolhas que bem lhe aprouverem. Tal como eu sou livre de ter uma opinião sobre o que escreveu.

    Na minha perspetiva, o seu comentário é factualmente discriminatório e, honestamente, surpreendente tendo em conta a sua área profissional, já que um médico, acima de tudo, lida com pessoas doentes.

    Mais ou menos, um rececionista de um hotel, pode escolher entre manter a sua decisão de não atender um cliente SIGIC do SNS, ou ser despedido. Não deixa de ser uma escolha, é um facto.


    Enfim...continua a não aceitar.

    Eu escolhi não atender doentes do SNS SIGIC no privado.

    Continuo a atender doentes (maioritariamente...). Alguns até são utilizadores do SNS e também do privado em simultâneo.

    Simplesmente eu não quero doentes de SIGIC do SNS. E tenho esse direito, que você acha que não devia ter.

    Porque não quero doentes SIGIC no privado?

    Se for ler o que escrevi verifica que dos muitos motivos que me desmotivam no perfil, a maioria não são pessoais, étnicos, ou financeiros, são de carácter clínico por má gestão clínica do doente por parte do SNS.

    Mas se acha que sou a única que não quer doentes SIGIC no privado, então é que está mesmo num mundo de ilusões cor de rosa.

    A maioria dos colegas de especialidades cirúrgicas não quer na privada fazer SIGIC. E é por um motivo logo à partida que nem permite explorar os outros: não paga que chegue.

    No sigic do privado nem a porcaria da cirurgia adequada posso escolher para o doente. A cirurgia já está escolhida pelo hospital de origem. Por um médico que não vê o doente muitas vezes, há 2 anos ou mais. E não poucas vezes as cirurgias de SIGIC vêm todas erradas. Em vários casos são absolutamente inúteis para o caso. Noutros casos só pioram o doente. Em muitos casos o doente não foi preparado para a cirurgia e está a fazer medicação incompatível. Em muitos casos o doente está em lista para várias cirurgias e pensa que vai para uma mais urgente e afinal é outra que nem tem motivação a tratar, etc...

    Enfim...pense. Acha que um médico gosta de operar assim?! Tenha noção do disparate.

    Relativamente ao empregado de hotelaria poder ser despedido, pode. O privado em que presto serviço também é livre de m dispensar a minha prestação quando quiser e sem sequer me ter de indemnizar.
 
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