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  1.  # 1

    Tenho um relacionamento já há 7 anos.
    Já moramos há 4 juntos numa casa arrendada,embora com muitos problemas.

    Com a pandemia e a guerra na Ucrânia, surgiram muitos receios entre a comunidade portuguesa, e o aumento dos sreads dos créditos de habitação e tudo o mais.

    Com isso a casa onde moramos, era arrendada e os senhorios decidiram vender a casa, e falaram connosco se tínhamos interesse em comprar.
    A minha resposta foi sim, conforme o valor que eles pedissem obviamente.
    Eles pediram um valor bem mais baixo ao de mercado e aproveitamos a "boa sorte".

    Fizemos o crédito habitação, era pra ser só no meu nome(que tinha algum receio em adquirir casa com ele, mas também não queria perder a oportunidade) mas estava difícil porque no ano anterior tinha comprado um carro novo e a taxa de esforço iria ser muito exigente para mim, então ficou o crédito no mome dos dois.

    Em Janeiro de 2022, oficializamos a escritura.
    Todas as despesas inerentes à compra de casa e ao crédito ficaram ao meu cargo, pois eu tinha um fundo de poupança e envesti tudo na casa.
    Todas as despesas fui eu que paguei, incluindo as das finanças.
    A casa nas finanças ficou 50/50.

    O meu namorado não tinha dinheiro nenhum.
    Porém, sempre pagamos as despesas a meias(renda de casa, posterior crédito habitação e restantes despesas)

    Os nosso problemas não melhoraram.
    Não estou feliz no relacionamento.
    Eu quero terminar e ele não quer.
    Tenho uma filha menor de um antigo relacionamento.

    Sobre a casa,não queria vender porque a casa foi mesmo uma pechincha nos dias de hoje.

    Sugeri ele comprar a minha parte (no caso pagar as despesas todas que tive com a casa) e ele assume o resto do crédito fazendo tbm nova escritura.
    Ou vice-versa.
    Eu gostaria muito de ficar a casa, adoro a casa, é um sonho meu desde criança ter uma casa.
    E tbm porque a miúda adora a escola, e tem aqui as coleguinhas.
    Mas não me oponho caso ele queira ficar com a casa, desde que me devolva o que eu investi.

    Ele não aceita nem concorda com as condições.
    Ele quer vender e duvidir os lucros
    Ele não quer terminar o relacionamento e não quer me vender a parte dele.

    Já me parece vingança ou um castigo porque eu quero seguir a minha vida sem ele.

    Ele diz que os dois têm que concordar em um ficar com a casa, se ele não concorda a única solução é vender é dividir 50/50 o lucro que sobrar dps de quitar o empréstimo.

    O que eu posso fazer?
    A quem posso recorrer para me ajudar nesta situação chata?
    Sou obrigada a vender a casa para mercado caso ele não queria me vender a parte dele?

    Obrigado a quem me puder ajudar.
    Cumprimentos
  2.  # 2

    Se a venda não for de comum acordo, só em tribunal.
  3.  # 3

    Ninguém é obrigado a ter nada em comum com ninguém, o maia difícil é a avaliação só imóvel
  4.  # 4

    Colocado por: VarejoteSe a venda não for de comum acordo, só em tribunal.


    Será a única opção?
    E no caso com que cenários é previsto eu encontrar no final do processo.

    Tudo o que investi será dado como dos dois por a casa ter a percentagem de 50/50?
    • size
    • 27 agosto 2023 editado

     # 5

    Colocado por: Fernanda Paulo

    Tudo o que investi será dado como dos dois por a casa ter a percentagem de 50/50?


    Sim. Se assim estiver descrito na escritura de compra e, consequentemente, no registo na Conservatória.

    OFF . optou por grande disparate...
  5.  # 6

    Colocado por: Fernanda Paulo

    Será a única opção?
    E no caso com que cenários é previsto eu encontrar no final do processo.

    Tudo o que investi será dado como dos dois por a casa ter a percentagem de 50/50?


    Pode provar que pagou as despesas iniciais e entrar em contas, isto se ele não tiver de acordo, só tribunal.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Fernanda Paulo
  6.  # 7

    Colocado por: Fernanda PauloSou obrigada a vender a casa para mercado caso ele não queria me vender a parte dele?


    o problema é acertar o valor. Porque ele venderia a si por 1000, se encontrar alguem no mercado que compre a casa por 2000.

    agora acho que tendo você 50% da casa que tem perferencia na compra, e ele só pode vender os 50% dele. Ninguem iria comprar apenas 50% da casa, pelo que você tem a faca e o queijo na mão.

    se o crédito é de apenas 2022 ainda foi muito pouco amortizado, pelo que ele tb ainda deve um valor elevado ao banco, ou seja os supostos lucros serão sempre poucos.

    agora se voce irá conseguir pagar a totalidade do emprestimo é que é outra história.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Fernanda Paulo
  7.  # 8

    Colocado por: pauloagsantos

    o problema é acertar o valor. Porque ele venderia a si por 1000, se encontrar alguem no mercado que compre a casa por 2000.

    agora acho que tendo você 50% da casa que tem perferencia na compra, e ele só pode vender os 50% dele. Ninguem iria comprar apenas 50% da casa, pelo que você tem a faca e o queijo na mão.

    se o crédito é de apenas 2022 ainda foi muito pouco amortizado, pelo que ele tb ainda deve um valor elevado ao banco, ou seja os supostos lucros serão sempre poucos.

    agora se voce irá conseguir pagar a totalidade do emprestimo é que é outra história.


    A casa está avaliada em 149000 e compramos a casa por 85000. Ou seja foi um negócio do caraças cm se diz, mas foi um preço de amigo pk a dona da casa era impecável e muito minha amiga.
    Fez nos esse preço Pra estimarmos a casa.
    Por isso não queria vender.
    Mas a outra parte neste momento só está interessado na venda e no lucro que dai vai tirar.
    O dinheiro torna as pessoas ganaciosas.
  8.  # 9

    O seu grande erro como ja sabemos foi ter comprado com o companheiro. Mas o seu maior erro antes disso, foi nao ter acautelado o seu futuro quando decidiu comprar o novo carro com recurso ao crédito. Isso condicionou a compra do imovel sozinha.
    Claro que o seu companheiro vê uma oportunidade de ganhar dinheiro com a venda.
    E dificilmente arranja uma solucao para lhe pagar e ficar com a casa.
    E vou dar-lhe um conselho. Coloquem a casa à venda. Reuna os comprovativos do valor que deu de entrada e das despesas que pagou. Esse total vai reduzir o valor que ele poderá receber no futuro com a venda.
    Com esse valor que vai receber, aguarda por uma oportunidade para reinvestir. Liquida o credito do carro para ganhar margem na taxa de esforço.
    Se ficar agarrada à casa nao resolve o problema.
    Concordam com este comentário: size, silvaf
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Fernanda Paulo
  9.  # 10

    Colocado por: Fernanda Pauloodas as despesas inerentes à compra de casa e ao crédito ficaram ao meu cargo, pois eu tinha um fundo de poupança e envesti tudo na casa.
    Todas as despesas fui eu que paguei, incluindo as das finanças.
    E não fez uma declaração de dívida com o seu namorado no notário referente a metade deste valor porquê (ainda para mais se ja haviam problemas)...?

    Agora é reunir todos os comprovativos dessas transferências para provar que o investimento inicial foi seu, e apelar ao bom senso do indíviduo para lhe vender a parte dele, até porque sem o seu investimento inicial, ele não teria casa nenhuma.

    Se o bom senso não imperar, e não chegarem a acordo, têm de ir para tribunal e solicitar a divisão da coisa comum e procure salvaguardar os seus direitos em termos de divisão do lucro.
    Concordam com este comentário: silvaf, Fernanda Paulo
  10.  # 11

    No que diz respeito a tribunal, e para ter noção, pode demorar bastante tempo. Por experiência própria, já lá vão quase 10 anos e ainda não está resolvido.
  11.  # 12

    Colocado por: Fernanda PauloA casa está avaliada em 149000 e compramos a casa por 85000.


    existe sempre uma diferença entre o valor da avaliação e o valor da compra. No entanto, usando as suas palavras foi mesmo um negócio do caraças.


    mesmo que ele "compense" metade do valor com que você entrou no negócio com as suas poupanças, ainda recebe um valor simpático. Compreendo o motivo dele querer vender a casa, se uma vez que a relação acabou, até deve ser a melhor coisa a fazer.

    Olhe fala um reset, na vida. Se não conseguir ficar com a casa, aceite a venda, como já foi dito, amortiza tb o crédito do carro e segue em frente.
    Concordam com este comentário: silvaf, argo, Fernanda Paulo
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Fernanda Paulo
    • hangas
    • 28 agosto 2023 editado

     # 13

    Colocado por: Fernanda PauloEle quer vender e duvidir os lucros



    Colocado por: Fernanda PauloEle diz que os dois têm que concordar em um ficar com a casa, se ele não concorda a única solução é vender é dividir 50/50 o lucro que sobrar dps de quitar o empréstimo.


    Ele está a fazer as contas a 50% do "lucro", mas sem ter entrado com 50% do investimento. Assim é fácil :)

    Mas isso é complicado de fazer assim, porque nas finanças ele tem 50% do imovel, e como tal, pelo menos a nivel fiscal as contas teriam que ser feitas 50/50. Pode é talvez um compensar o outro à posteriori.

    Para isso ser justo, ou ele lhe compensa os 50% do IMT que pagou na vez dele, e 50% de todos os custos de aquisição. Isto assumindo que desde a escritura ele tem pago metade do crédito e a parte dele do IMI.


    Caso contrario outra solução justa seria dividir o lucro proporcionalmente pelo que cada um dispendeu até à venda.

    custos do crédito, escritura, IMT, etc. + o valor do credito que cada um pagou. Depois dividir o valor da venda nessa proporção.

    Assim por alto e dado que pagaram um ano e meio de prestações ao banco, diria que as coisas pesam 80% para o seu lado e uns 20% para o dele.
  12.  # 14

    Contas manhosas. 80/20?

    Só têm que pagar o crédito. Dividir o que sobrar, salvaguardando que ele pague metade das despesas iniciais que ela teve. Imt, escritura, entrada, etc.
  13.  # 15

    Colocado por: rjmsilvaSó têm que pagar o crédito. Dividir o que sobrar, salvaguardando que ele pague metade das despesas iniciais que ela teve. Imt, escritura, entrada, etc.
    Esse deverá ser o entendimento possível, e até aquele que em caso de tribunal poderá vir a ser decidido.

    Mas justo não é. Se a Fernanda Paulo não tivesse o capital para fazer o investimento inicial (10% + impostos+ custos do empréstimo), teriam perdido a oportunidade de fazer a compra, pelo que o companheiro lucraria era bola.

    Logo, o justo seria que a Fernanda Paulo fosse recompensada por ter adiantado o custo da oportunidade. Mas isso implicaria que o companheiro na hora da separação fosse uma pessoa que conseguisse ter essa integridade, e aparentemente não a está a ter.

    Por isso é que sempre fui defensor de separar sentimentos dos negócios efectuados antes do casamento. A Fernanda Paulo não conseguiu fazer essa separação....e o seu quase ex companheiro vai fazer um grande negócio: arriscou praticamente zero, e terá um bom luco
  14.  # 16

    Colocado por: HAL_9000arriscou praticamente zero, e terá um bom lucro


    bem... ainda ninguem falou nas mais valias. se calhar o homem ainda vai ter um choque no IRS do proximo ano.
    Concordam com este comentário: argo
  15.  # 17

    Pode considerar-se que ela "emprestou" esse capital inicial, que ele deverá pagar agora.
    Se formos a ver bem, se ele não pagasse metade da prestação, ela também não teria conseguido fazer negócio, como ela própria admitiu.
  16.  # 18

    Colocado por: pauloagsantosbem... ainda ninguem falou nas mais valias. se calhar o homem ainda vai ter um choque no IRS do proximo ano.
    Certo...mas mesmo pagando imposto sobre as mais valias, terá lucro, tendo em conta o que investiu...



    Colocado por: rjmsilvaSe formos a ver bem, se ele não pagasse metade da prestação, ela também não teria conseguido fazer negócio, como ela própria admitiu.
    É um facto. Ainda assim ter o capital disponivel deveria valer de algo.

    Mas verdade seja dita que o eu provavelmente teria feito nessa situação, era isso mesmo que sugere, emprestar (devidamente registrado em notário) parte do capital inicial, pelo que a solução iria ser a mesma que a forista irá conseguir...
  17.  # 19

    Colocado por: pauloagsantosbem... ainda ninguem falou nas mais valias. se calhar o homem ainda vai ter um choque no IRS do proximo ano.


    Nem tanto, porque para a AT ele "pagou" 50% do valor de aquisição também. Logo as mais valias serão iguais para ambos.
    • hangas
    • 28 agosto 2023 editado

     # 20

    Colocado por: HAL_9000Mas verdade seja dita que o eu provavelmente teria feito nessa situação, era isso mesmo que sugere, emprestar (devidamente registrado em notário) parte do capital inicial, pelo que a solução iria ser a mesma que a forista irá conseguir...


    Isto! ^


    Agora a hipotese, é fazer isso à posteriori. Um declaração de divida em que assume metade dos custos de que não pagou.

    Colocado por: Fernanda PauloTodas as despesas inerentes à compra de casa e ao crédito ficaram ao meu cargo, pois eu tinha um fundo de poupança e envesti tudo na casa.
    Todas as despesas fui eu que paguei, incluindo as das finanças.


    Porque pelos vistos a Fernanda P. pagou 100% do IMT (deve ter sido a maior fatia) e 100% do valor dos capitais proprios que ficaram fora do CH.

    a amortização do CH, é a unica coisa onde estao a par.

    (as minhas contas dos 80/20 não devem andar muito longe)
 
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