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    • Carvai
    • 9 outubro 2022 editado

     # 81

    Colocado por: ferreiraj125https://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2022/10/08/dos-pouco-mais-de-500-mil-habitantes-de-portugal-quase-300-mil-sao-imigrantes.ghtml


    Baboseira de brasileiro. Os dados oficiais aponta para cerca de 100.000. E se forem do tipo dos do Martim Moniz serão muito menos.
    Já agora como explicar que sendo a grande maioria imigrantes económicos conseguem viver em Lisboa e os portugueses não.
    https://www.dn.pt/politica/quase-20-da-populacao-de-lisboa-e-estrangeira-mas-so-28-podem-votar--13994679.html
  1.  # 82

    Porque se submetem a barracos autênticos sem dignidade humana.

    Num quarto cabem uns 10

    E os números são muitos maiores que esses
  2.  # 83

    Colocado por: CarvaiJá agora como explicar que sendo a grande maioria imigrantes económicos conseguem viver em Lisboa e os portugueses não.
    Vivem 15 num quarto. 20 num T3 :) Ainda que legalmente só lá morem 5.
  3.  # 84

    Colocado por: N Miguel OliveiraTambém vivi 2 anos na baixa do Porto em tempos em que ia à Ribeira para ser assaltado ou levar com uma telha dum prédio devoluto.
    Provavelmente agora já não corria o risco disso....de viver na baixa do porto digo.

    Como lhe disse há fatores positivos e negativos ligados ao turismo. Revitaliza a economia nacional, e dinamiza o centro das cidades, juntamente com isso veio um custo de vida desajustado para a nossa média salarial. É este balanço que eu não consigo dizer com certezas se é positivo ou negativo.

    Colocado por: N Miguel Oliveirae choradeira do coitadinho.
    Você é que fala em choradeira e coitadinhos. Penso eu que referir que um pau é um pau e não uma pedra, não configura choradeira mas apenas constatação de factos. Por mais que diga que se pode colocar o pau na água até ele ficar muito duro, a verdade é que não for substituído por uma pedra, ele nunca vai ser uma pedra.

    Colocado por: N Miguel Oliveiraqui quando falo em construir pequeno ou apostar nos T1 ainda levo paulada... para não falar de construções bi-familiares ou vários fogos por terreno.
    Ninguém deu paulada por falar em construir T1, o que se disse é que são solução para um casal, e não uma família. Como a nossa capacidade de trocar de casa não é muita, as pessoas tendem a preferir tipologias que permitam pelo menos um filho.
    Quanto aos vários fogos por um terreno, sou totalmente de acordo. Mas quando comprei o meu terreno com a minha esposa, a câmara fez-nos assinar um documento qualquer em como nos comprometíamos a nunca dividir aquele artigo em vários outros artigos. Não percebi bem a lógica, mas ok. Mas sou totalmente de acordo na otimização do espaço que permita redução de custos.
  4.  # 85

    Lógica primeira cria se o problema vai se aumentando o mesmo depois resolve se a construir t1.

    E de nada adianta construir t1 se não são acessíveis monetariamente
  5.  # 86

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Pois não percebo. A malta acha normal endividar-se uma vida inteira para comprar um barraco, mas já mete muitas desculpas para se aventurar, empreender e sair da cepa torta. Ou para exigir melhor salário. São opções.

    O tabú dos salários começa nos empregados HAL.
    Se fazemos tudo resignados pouca vontade de fazer mais e melhor temos, e isso não tem que ver exclusivamente com o patrão. Como disse, funciona para ambos os lados.

    Estar aqui a queixar-se que temos um sector que prospera (turismo) é para mim simplesmente ridículo.
    Venham mais deles!
    Quem dera que os demais sectores estivessem assim.


    Empreender não é para todos, embora vendam isso como algo adquirido basta ter dinheiro e montar uma empresa.
    Empreender não é trabalhar 40 horas por semana, provavelmente é trabalhar 15 a 16 horas por dia, e muitas vezes nos fins de semana.
    Empreender é não saber se vamos ter euros suficientes no fim do mês para pagar as contas da empresa e lá de casa.
    Empreender é sermos donos do nosso tempo, não ter chefes, e fazermos os nossos próprios horários.

    Portanto acima de tudo para quem não é rico e pretende empreender tem que querer arriscar e saber que o risco poderá acabar em perder tudo, até porque mais de 90% das startups vão á falência nos primeiros 12 meses.

    No entanto eu sou daqueles que acho que empreender vale a pena desde que tenhamos uma ideia com muita potencialidade de sucesso, agora fazer mais do mesmo, copiar outros, por norma não resulta muito bem.
  6.  # 87

    Colocado por: HAL_9000Eu gosto de ver os turistas na rua, e gosto de ver os prédios bonitos em Lisboa, mas pagar um café a 3 euros, e uma diária a 20 euros, e ter de morar a 1h30 de Lisboa

    Há 30 anos atrás havia poucos turistas em Lisboa, eu morava num T2 3º andar sem elevador em Queluz e levava mais de uma hora para ir trabalhar para a Portela em carro próprio. E deixava o meu filho no colégio em Benfica e a minha mulher numa estação de Metro para ir para a baixa. Tempos dourados esses, mas não tomava café em pastelarias finas nem almoçava no Grambrinus.
  7.  # 88

    Colocado por: CarvaiTempos dourados esses, mas não tomava café em pastelarias finas nem almoçava no Grambrinus.
    Nem eu...Aliás já não tomo café fora de casa desde que em janeiro deste ano subiu de 60 cebt para 70, 75, 80 cet nos sítios ditos normais. Tão pouco uso carro próprio veja lá, uso metro, autocarro, barco, isto para manter a sanidade mental e chegar ao fim do mês com as contas equilibradas. Para lhe dizer a verdade nem sei o que é o Grambrinus, portanto... E o engraçado é que eu hoje moro num 4º andar sem elevador. Isto sou eu que juntamenet com a minha esposa até ganhamos acima da média nacional.
    Não me estou a queixar, estou a expor a realidade.

    Da mesma forma digo que não percebo como é que hoje há pessoas a sair à noite todas as semanas, a encher o instagram com jantares em restaurantes finórios, a pagar mercedes em prestações, etc.
    Mas como no seu tempo havia quem trabalhasse, amealhasse e planeasse, e quem esbanjasse o que não tinha, imagino que o mesmo se passará hoje

    Mas falando apenas em quem se preocupa em ter um futuro profissional, e quem se esforça por subir no elevador social, a verdade é que o país oferece muitos poucas perspetivas a quem saia hoje da faculdade e inicie a sua vida profissional. Nem sou eu que os digo, são mesmo os jovens que o demonstram a pôr-se ao fresco assim que conseguem.
    • AMVP
    • 9 outubro 2022

     # 89

    Colocado por: N Miguel OliveiraAqui quando falo em construir pequeno ou apostar nos T1 ainda levo paulada

    Somos dois :)
    • AMVP
    • 9 outubro 2022

     # 90

    Colocado por: pribeiro
    No entanto eu sou daqueles que acho que empreender vale a pena desde que tenhamos uma ideia com muita potencialidade de sucesso, agora fazer mais do mesmo, copiar outros, por norma não resulta muito bem.

    Desculpe, mas para alem da personalidade de cada um ainda ha outras condicoes : quem tem rede, Isto é, se correr mal ha quem pague ou pelo menos ajude : quem nao tem absolutamente nada a perder é a solução é andar em frente e por ultimo, nao menos importante, nao ter familia que dependa desse empreendorismo, Isto mais uma vez quando nao existe rede caso corra mal
    Concordam com este comentário: pribeiro
  8.  # 91

    Colocado por: HAL_9000a câmara fez-nos assinar um documento qualquer em como nos comprometíamos a nunca dividir aquele artigo em vários outros artigos.


    Um dia a malta talvez entenda a importância do Ordenamento do Território num país ou região.
    A lógica tem sido "dividir para reinar" e cada municipio olha apenas para o seu canteiro.
    Por PT, nem ministério tem direito, a malta acha que Arquitectos e Urbanistas andam aqui só para estorvar e cobrar por papeis.

    Mas então assinou um papel sem perceber o porquê?
    E construir um edificio com vários fogos? Em conjunto com algum outros casais ou assim, nunca pensou?

    A malta atira a culpa para o turismo porque é a primeira coisa que salta à vista. Mas há muitos outros factores. Priveligiou-se a centralização na capital, o que trouxe muita coisa boa para os locais. E muitas desvantagens também.
    • AMG1
    • 9 outubro 2022

     # 92

    Nao tenho numeros que permitam assumir que existeenos empreendedores em Portugal do que noutros países com as mesmas caracteristicas.
    Concordo com muito do que aqui ja foi escrito, quanto as dificuldades e pouca vontade dos jovens em avançar por esta via e não os vou repetir. Contudo, existe uma dimensão que ainda nao vi referida e que p9de justificar o fraco apetite ao risco, quer dos empresarios estabelecidos quer dos candidatos: a enorme censura social perante o fracasso!
    Empreender implica correr riscos e nalguns vasos esses riscos podem resultar em insucesso. De cada vez que colocamos um anátema sobre quem falha, o que estamos a fazer e promover o acomodamento mesmo de quem teria vontade de avançar. Precisamos de leis e regras e ajudem? Mas precisamos sobretudo de ter um olhar muito mais positivo sobre quem tenta e falha, quantas vezes por razões que estao além do seu alcance.
    Nisto até podiamos aprender alguma coisa com os USA...mas enfim, daqueles lados, em Portugal só queremos ver o que e pior por lá existe.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, HAL_9000
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  9.  # 93

    Colocado por: N Miguel OliveiraMas então assinou um papel sem perceber o porquê?
    Eu percebi o porquê: a câmara não quer minifundios e o terreno tem uma parte em reserva agricola. Não percebo é a lógica: O terreno está completamente rodeado de casas e aquela reserva agrícola ali está lá apenas no seguimento de PDMs antigos. Acredito que na próxima revisão passe a zona urbanizável. Mas está perfeitamente claro para mim e para a câmara que aquele terreno nunca mais vai ser afeto à agricultura que não seja agricultura de subsistência (onde ser um minifundio, ou lá como se chama, é irrelevante), daí dizer que não percebi a lógica.

    Mas tb não tinha grande alternativa se queria o terreno. Na altura não eramos casados e para evitar confusões, registrar apenas no nome de um, não era opção.


    Colocado por: N Miguel OliveiraE construir um edificio com vários fogos? Em conjunto com algum outros casais ou assim, nunca pensou?
    Pensei, mas ninguém no nosso circulo próximo pretendia tal solução, e com estranhos....tinha reservas quanto aos riscos. Optamos por construir faseado o que pretendíamos, assumindo eu parte dos trabalhos em DIY para cumprir orçamento.



    Colocado por: N Miguel OliveiraMas há muitos outros factores. Priveligiou-se a centralização na capital, o que trouxe muita coisa boa para os locais. E muitas desvantagens também.
    É verdade também. Nunca quis vir para Lisboa, e no entanto cá estou eu por motivos profissionais.
    • AMVP
    • 9 outubro 2022

     # 94

    Colocado por: AMG1a enorme censura social perante o fracasso!

    Tem razao mas isso tb se aplica a quem trabalha por conta de outrem.
  10.  # 95

    Colocado por: AMG1Nisto até podiamos aprender alguma coisa com os USA...mas enfim, daqueles lados, em Portugal só queremos ver o que e pior por lá existe.


    Exactamente. O que menos falta nos USA é fracasso. Mas como diria o Henry Ford, "o frasso é uma oportunidade de começar com mais inteligência". É algo transversal à sociedade acho eu. Valoriza-se a coragem, o fracasso é apenas uma etapa para chegar ao sucesso. Também é certo que muitos não passam dessa fase...
  11.  # 96

    Empreender é arriscar fundos europeus, se a coisa correr mal, uma greve de fome resolve.
  12.  # 97

    Colocado por: HAL_9000Pensei, mas ninguém no nosso circulo próximo pretendia tal solução, e com estranhos....tinha reservas quanto aos riscos.


    Certo, entendo perfeitamente.
    Mas creio que percebeu o meu ponto. Vejo muitos casos com um grave problema quanto à habitação. Mesmo Portugal já passou por isso no passado. Houve e há várias alternativas, umas que funcionam melhor ou pior para a cultura que temos.
    No final, resumiria que sinto em Portugal uma maior repelência ao risco em fazer diferente, é sempre mais fácil justificar e por imediatamente de parte uma ideia, que lutar para que esta se realize.
  13.  # 98

    Colocado por: Reduto25Lógica primeira cria se o problema vai se aumentando o mesmo depois resolve se a construir t1.

    E de nada adianta construir t1 se não são acessíveis monetariamente


    Concordo que os T1 sejam até mais vantajosos para os promotores, logo, menos interessantes para quem os compra.
    Mas mesmo assim, nem é isso que vemos em Portugal. Há poucos T1 e T2.

    Por vezes fala-se muito na falta de emprego, na pouca atratividade de ancorar empresas em certos territórios. Há certos sitios, com alto dinamismo empresarial, em que apostam precisamente na construção das tipologias mais pequenas, com uma mentalidade muito simples: ninguém precisa de viver a vida toda num T3. Logo há um enorme desperdicio de area e recursos durante boa parte da vida. Vêm a casa como algo provisório. Nasce um filho, o casal muda-se, na reforma voltam a mudar-se. Não é tão estranho assim. Refiro-me sobretudo a áreas urbanizadas.

    Mas mesmo no campo, é possivel projectar por fases, e poder acrescentar mais um quarto 6, 7 anos mais tarde. Mas também é raro ver isso em Portugal.

    O meu ponto é: não é por não as vermos que não existam soluções (que resultaram lá fora)... agora se pomos tudo em causa sem pensar 2x nas vantagens não vamos a lado algum. Os T1 são necessários sobretudo se há escolas universidades perto, hospitais, complexos industriais, etc... em Portugal associam-nos directamente ao AL e acabou a conversa. É mero preconceito.
    • AMG1
    • 10 outubro 2022

     # 99

    Esta questão é mesmo interessante. No norte da Europa e vulgar mudar de casa, mesmo quando se tem casa própria, conforme as necessidades de cada fase da vida. Em Portugal quando se compra uma casa é para a vida. Ainda me lembro do meu avô dizer que "as casas nao se vendem. Compram-se!"
    Obviamente que a explicação nao passa por esta fobia cultural ancestral, mas era interessante perceber porquê, até porque isso podia contribuir para resolver o problema de habitação de muita gente. Basta ver a quantidade de idosos que vivem sozinhos nos centros das cidades em casas que nem conseguem manter limpas e que so acumulam tralha.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, Samuscas
  14.  # 100

 
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