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  1. Colocado por: N Miguel Oliveira

    E isto é transversal... quer para empresas quer para os consumidores.

    Só acho graça que para o caso das empresas, os Donos de Obra não usem a ladaínha do: "pois, mas pagar mais não significa forçosamente melhor serviço ou garantia."
    Como fazem com as constructoras, com os artistas, com os projectistas, com os fiscais, etc etc...

    De resto concordo consigo. A solução é fácil, e mais simples que isso é impossivel. Paguem mais... que o talento aparece.

    Apenas lembre-se que o consumidor desempenha um papel também, na escolha dos productos que consome. Não basta apontar o dedo aos patrões.


    Em mercados livres, por definição, os todos os agentes económicos fazem escolhas racionais, com base na informação de que dispõem e de acordo com os seus interesses.
    O que esta em causa com estes profissionais que têm mais procura noercado é isso mesmo: trabalhar para quem paga melhor o seu trabalho e/ou lhe da perspectivas de valorização futura.
    Com os consumidores não é diferente. Compram os bens ou serviços cuja relação qualidade/preço lhes parece mais acertada, obviamente tendo em conta a sua capacidade aquisitiva.
    Se as empresas portuguesas posicionarem os seus produtos de forma a serem os mais atrativos para os consumidores, seguramente que os vão vender, se nao evoluírem e nao apresentarem bens ou serviços percecionados pelo menos como as demais, aí nao tenham dúvida que estão condenadas a venderem mais barato, ganharem menos e consequentemente nao terem condições de contratar os melhores profissionais. Na verdade, com algumas excepções é ja neste ciclo que muitas estão.
    Agora o engraçado é que esperam sair dessa situação, não é com ideias, investimento e trabalho, mas com uma ajudinha do estado, p.e. baixando a TSU ou impostos,ou um subsidio, ou o acesso a um fundo com devolução a perder de vista, ou ate mesmo a possibilidade de contrarar estrangeiros mais baratinhos. Depois de conseguirem isso é ver o desdenhar da intervenção do estado na economia e da regulação e ... de tudo menos da sua incapacidade crónica de sair do marasmo em que estão.
    Parafraseando o titulo do artigo, talvez Portugal tenha mesmo uma enorme falta de talento...
    Claro que estou a ser profundamente injusto para muitos empresarios portugueses que com visão, trabalho e risco que, outros nao quiseram correr, são muito bons exemplos do contrario do que aqui digo, mas esses nao se devem queixar da falta de talento, porque podem pagá-lo.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    Estas pessoas agradeceram este comentário: ferreiraj125
  2. Colocado por: HAL_9000É porque será que existe essa percepção?


    Não sei, diga-me você porque é que num caso se tenta justificar e no outro não.
    Na construção mete-se a lógica a um lado muitas das vezes.
    Já sobre as empresas concordo consigo.
  3. Colocado por: N Miguel OliveiraNão sei, diga-me você porque é que num caso se tenta justificar e no outro não.
    Na construção mete-se a lógica a um lado muitas das vezes.
    Mas acha que algum dos preços praticados na construção em Portugal é barato? Tendo em conta o nosso poder de compra.

    Eu também não sei porquê que existe essa percepção. Arrisco-me a dizer que é porque todos conhecemos DO que independentemente do que pagaram, foram mal servidos e tiveram de pagar a fava..

    Obviamente que conhecendo bem o trabalho de um profissional, o DO esta disposição de pagar mais, agora não conhecendo...Toma a decisão que se considera mais equilibrada.
  4. Colocado por: HAL_9000Mas acha que algum dos preços praticados na construção em Portugal é barato? Tendo em conta o nosso poder de compra.

    Eu também não sei porquê que existe essa percepção. Arrisco-me a dizer que é porque todos conhecemos DO que independentemente do que pagaram, foram mal servidos e tiveram de pagar a fava..

    Obviamente que conhecendo bem o trabalho de um profissional, o DO esta disposição de pagar mais, agora não conhecendo...Toma a decisão que se considera mais equilibrada.


    Certo. E porque não aceita essa mesma desculpa vinda dum patrão que procura o empregado mais barato?

    (Insisto, eu concordo consigo no caso das empresas, mas não deixa de ser caricato o que diz da construção.)
  5. Colocado por: N Miguel OliveiraE porque não aceita essa mesma desculpa vinda dum patrão que procura o empregado mais barato?
    Porque uma empresa, se o trabalhador não serve, pode despedi-lo até durante o período experimental.

    Um DO faz um esforço financeiro muito mais significativo. Depois porque o DO tende a comprar os seus próprios honorários com aquilo que o arquiteto/fiscal/engenheiro lhe está a pedir e tem a percepção que é caro.
    Se o DO ganhar melhor, o arquiteto ganha melhor
  6. Então a solucao nunca pode passar por ir buscar mão de obra a países pobres que nada têm q ver conosco
  7. Colocado por: Reduto25Então a solucao nunca pode passar por ir buscar mão de obra a países pobres que nada têm q ver conosco

    Exatamente o que fazem a Espanha, França, Suiça, etc
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  8. Colocado por: HAL_9000Mas acha que algum dos preços praticados na construção em Portugal é barato? Tendo em conta o nosso poder de compra.


    Para lhe ser sincero acho.
    Cada vez menos é certo.
    Também descontando o que se passa na AML, que pelo que leio aqui parece ser uma selvajaria pegada.

    Agora, pelo Minho e Douro L. não acho que seja caro face ao poder de compra, não vejo as empresas ou trabalhadores do sector fazerem fortuna, nem a ganharem acima da média, não vejo os productos como sendo caros quando comparados com productos de outros sectores, nem acho que face ao rendimento disponivel, o Dono de Obra em PT tenha mais dificuldade que o cidadão equivalente nalguns dos países/cidades que conheço. Mas é mera percepção minha, desprovida de qualquer estudo estatístico.

    O que acho é que em Portugal há uma quantidade enorme de recursos que são perdidos sem proveito algum, na repetição de tarefas, na correção, no chico-espertismo, na falta de planeamento, e na redundância ou exagero de certas decisões. Mas isso era outro tema que dava um livro, e mais do que batido por aqui.

    Você pode comprar agora um carro e estourá-lo na primeira curva, compra o segundo no dia seguinte e diz que "comprar carro está caro" e omite que fez azelhice no primeiro dia. É demasiada caricatura, mas às vezes é o que acontece na construção.
  9. Colocado por: HAL_9000Porque uma empresa, se o trabalhador não serve, pode despedi-lo até durante o período experimental.

    Um DO faz um esforço financeiro muito mais significativo. Depois porque o DO tende a comprar os seus próprios honorários com aquilo que o arquiteto/fiscal/engenheiro lhe está a pedir e tem a percepção que é caro.
    Se o DO ganhar melhor, o arquiteto ganha melhor



    Então uma empresa pode trocar de empregado, e um dono de obra não pode trocar de pestador de serviços? Vai-me dizer que é pela parte do €€€ que já adiantou? Então uma empresa que perde tempo e recursos a formar um empregado novo não conta? Como é que fazem? Preferem manter um mau empregado que aceitar a perda?

    Se calhar até é mais simples para um dono de obra comprovar o portofolio dum qualquer prestador de serviços, do que um empregador comprovar o curriculum os capacidades dum empregado. Depende.
    Curioso que ainda assim os processos de recrutamento de um empregador sejam tão formais e às vezes bastante rigorosos... e os de alguns donos de obra sejam muitas vezes baseados na suposição ou no preço reduzido.

    Fogo, um Dono de Obra faz um esforço muito mais significativo? Depende do que se está a falar, se mete a maioria dos rendimentos da vida dum casal numa propriedade talvez. Pois que se reduza a importância que se dá à casa. Pode emigrar para onde ganhe para construir uma em meia dúzia de anos por exemplo... pode construir algo mais singelo, etc etc. O peso que dá à casa em função da carteira depende de si em primeira instância. Não basta dizer que está tudo caro.

    Já a empresa, depende da escala que tem também, sendo a maioria delas de pequena ou média dimensão, parece-me ingrato dizer que a contratação dum profissional não é significativo. Uma vez mais depende, há empresas que pela sua natureza, os recursos humanos coincidem quase na intrega com o gasto total da companhia.

    Depois pode ser significativo para si, que quer ter casa própria. Como pode ser mais significativo para alguém que ache mais importante criar empresa e mantê-la saudável, antes de estourar tudo numa casa...
    Isto para não falar do risco de perder uma casa ou uma empresa... Cada um sabe de sí, do que é "significativo".

    Reitero que percebo a lógica de quem é empregado e do que o Hal diz: "Querem talento? Pois que paguem mais!" Concordo plenamente. Só acho estranho que quando se invertem os papeis e toque a esse empregado ser o boss (dono de obra) essa lógica desapareça... e aí já dão mil e uma desculpas para contornar o óbvio.
  10. Hal, outra "notícia" fresquinha:

    https://sicnoticias.pt/economia/2023-04-30-Dia-do-Trabalhador-as-profissoes-mais-bem--e-mal--pagas-em-Portugal-93450680?fbclid=IwAR0zcebts9aC4AsmOwGnAXcBL8otQVfyEMCryzlQvav70UgVk_QlSzGdBJ8

    Da saga... "se construção está cara ou barata?"

    Claro que isto não significa que não haja concentração de €€€ no bolso dos patrões e injustiça laboral dentro do sector. Mas podendo isso acontecer noutros sectores também, este gráfico dos salários médios por sector, não deixa de ser um bom indicador do que questionou sobre se a construção é cara ou barata face ao rendimento do português comum.

    Podia fazer o mesmo exercício com os restaurantes... com jeito o HAL também vai generalizar e dizer que é caro ir comer fora :)
  11. ...Isso num dos sectores mais enterrados na economia paralela claro. Nem tudo o que é notícia é verdade.
  12. Afinal está tudo é barato...

    https://executivedigest.sapo.pt/comprar-casa-em-portugal-esta-cada-vez-mais-caro-precos-aumentaram-em-15-capitais-de-distrito/

    não percebo é ao que aumenta, a qualidade é uma cag***...
  13. Não são bons exemplos , na Suiça não entra qualquer farrapo
  14. https://www.idealista.pt/imovel/32603486/

    A reter:
    32 m² área bruta
    Construído em 1984
    Preço do imóvel: 109.900 €
    Preço por m²: 3.434 €/m²

    O que mais é realçado neste aborto imobiliário num local de topo de V. N. Gaia?:

    vista desafogada para a marginal!

    Com terraço de acesso exclusivo orientado a Nascente com vista para o Rio Douro

    Apartamento T1 com terraço e vista rio!


    As "vistas"...

    Bem vindos a Portugale carago!!!!!
    Concordam com este comentário: buraburamono
  15. Colocado por: zemvpferreira...Isso num dos sectores mais enterrados na economia paralela claro. Nem tudo o que é notícia é verdade.


    Concerteza.
    Porém, o que o leva a pensar que não acontece o mesmo noutros sectores? Os aldrabões caíram todos num sector apenas?

    Pode é ter um nome diferente, em função se é uma fábrica de papel, uma loja de calçado, um gabinete de advogados, uma IPSS, etc etc...

    Até em serviços públicos, onde supostamente seria impossível isso acontecer...
  16. Colocado por: Reduto25Não são bons exemplos , na Suiça não entra qualquer farrapo

    Depende do que considerar "farrapo".
    Se for para trabalhar nas limpezas, o que não faltam por aí, são portugueses. Na restauração e hotelaria, também. Nas obras, idem.
    E não se esqueça, que a Suíça faz parte do espaço Schengen, portanto, muita boa (e má) gente, pode entrar sem controlo nenhum. Agora, se quiserem ficar e trabalhar, aí já é outra história.
  17. Colocado por: N Miguel Oliveira

    Porém, o que o leva a pensar que não acontece o mesmo noutros sectores? Os aldrabões caíram todos num sector apenas?


    A experiência e o senso comum. Já trabalhei em restauração, fábricas, construção em pequenas e médias empresas, saúde, investigação, agricultura e talvez mais um ou outro sector se puxar pela cabeça. Nunca vi uma fracção da quantidade de emprego/pagamentos paralelos que há na construção. Excepção para limpezas e trabalho na noite.

    Sem falar de que é uma área em que as pessoas com contratos muitas vezes são aquelas pior pagas, serventes e imigrantes. Os técnicos melhor pagos por nroma têm empresas próprias e dedicam-se a sub-empreitadas.

    Isto não é para dizer que não gostava que se ganhasse mais - claro que sim, e com produtividade a condizer se faz favor. Mas 1100€ de média? Isso limpa um servente acabado de começar em Lisboa sem extras ao fim de semana.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  18. ainda nao perceberam que os preços se tabelam por cima e nao por baixo , segundo convém saber o que quer dizer o conceito de produtividade . A produtividade em analise económica nao se resume ao que um trabalhador produz
  19. Quer falar da Suíça ? sabe que eles tem quotas de entrada ? sabe que para entrar na Suíça se nao faz parte de Países do acordo Schengen precisa de ser um individuo qualificado , provar as mesmas qualificações , registo criminal limpo , tem que provar que consegue financeiramente se sustentar no Pais .


    Aquilo nao e como Portugal que entra o lixo todo.

    Trocava ja Os indianos os do Bangladesh os brasileiros a malta de Africa por Ucranianos .


    Viu a reportagem que passou na TV , os ucranianos a dizerem "aqui faz mais calor mas ganha-se muito mal " ahahah.


    Querem perpetuar salários baixos , exterminar a identidade Nacional , nao criam incentivos a natalidade , comigo nao contam
    Concordam com este comentário: famel74
  20. Neste momento e ainda...so esta bom e' para vender...
 
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