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  1. Colocado por: pribeiro7-8 de experiência hoje a exercer a mesma função acredito que teria uma acréscimo de 40% a 50%.
    Ou seja hoje em dia, um admin de sistemas senior com 7-8 de experiência ganha 40-50% mais do que aquilo que o pribeiro ganhava em 2005?

    A minha ideia era comparar o salário em valor absoluto para a mesma carreira e mesmos anos de experiência em 2005 vs 2024. Não a evolução salarial.
    • AMG1
    • 27 setembro 2024
    Colocado por: dmanteigas

    Nao necessariamente.
    Se olharmos de uma perspectiva puramente matematica... ambas estao a subir neste momento, mas o 'ritmo' nao tem sido sempre o mesmo.
    E por exemplo, de 2008 a 2012 o preco de venda descia enquanto o das rendas subia.
    Isto para dizer que nao considero que exista uma relacao direta onde um subir, implica necessariamente que o outro suba. Ate porque sao mercados diferentes. Apesar de terem alguma relacao, portanto e expectavel que subindo o preco das casas, suba o preco das rendas.


    Mas então em que é que ficamos, existe relação entre os dois mercados ou não?Haver uma relação entre os dois mercados, nao significa que essa relação seja matemática e menos ainda linear. Mas estamos a falar do presente e como você próprio reconhece "é expectável que subindo o preco das casas, suba o preço as rendas?
    Claro que são dois mercados diferentes, mas é também óbvio que se influenciam mutuamente e mais, essa influência nem sequer significa que a subida ou descida de um implique necessariamente o mesmo movimento no outro. O periodo 2008 a 2012, porventura espelha isso mesmo. Face a retracção dos bancos em emprestar dinheiro, o mais provável é quem precisava de casa se tivesse dirigido para o mercado de aluguer e esse movimento tenha pressionado os preços.
    Isto é pura especulação, porque não tenho nenhum dado que mostre isto, mas parece-me fazer sentido.
    • AMG1
    • 27 setembro 2024
    Colocado por: dmanteigas
    Mais ou menos... nao sei necessariamente qual e a sua fe, mas posso tentar explicar a minha.
    Ainda ai uma campanha bem orquestrada para criar uma percepcao no mercado que estas 'medidas' vao ser um caos e que o mercado as vai absorver atraves do aumento dos precos, como se isto agora viesse trazer 300 mil jovens para o mercado ou como se fosse isto que viesse fazer a diferenca.

    Eu nao vou nesta cantiga. Relativamente a isencao do IMT, a minha opiniao e que 1) isto vai afetar pouquissimos casos no total de transacoes, bem inferior a 10%, 2) nao ha como um vendedor colocar esta 'diferenca' no preco pois ele nao consegue prever se o comprador tem menos de 35 anos e esta em condicoes de usufruir e 3) o preco atual de um apartamento esta tao elevado, que estes 10 mil euros potenciais de isencao que um jovem de 35 anos tem o maximo que lhe dao e uma 'vantagem competitiva' em zonas concorridas. Por exemplo, num imovel extremamente apetecivel com propostas concorrenciais, um 'jovem' com isencao nas mesmas condicoes que um 'nao jovem' tem uma margem adicional de 10 mil euros. Em casos onde nao ha concorrencia direta, da uma ligeira folga financeira aos jovens para conseguirem a casa que querem. Mas isto nao significa que um jovem que antes andava a ver casa para comprar ate 250 mil euros, com a isencao do IMT passe a estar disponivel a comprar uma casa de 280 mil euros. Ou sequer que alguem que nao andava a procura de um apartamento novo que custa 250 mil euros, tenha pensado 'espera la, isto agora com isencao de IMT e que me vai fazer entrar no mercado!'. Isso nao existe.
    Eu gosto desta medida nao porque acho que va ter algum impacto significativo no acesso a casa pelos jovens, mas vai essencialmente dar-lhes uma 'folga financeira' neste processo de aquisicao. Seja para nao perderem o negocio que querem, ou terem dinheiro para mobilar, ou simplesmente para pedir menos 10 mil euros de credito, particularmente util para quem esta no limite da taxa de esforco. E uma medida que beneficia quem realmente tem mais dificuldade na aquisicao de habitacao. Jovens, que adquirem a 1a habitacao.

    Ja o credito a 100%? Eu vejo-o quase como uma medida 'social'. No sentido em que vai ajudar essencialmente quem tem baixos rendimentos e vive em zonas onde a habitacao e relativamente barata e ha pouca procura.
    Por exemplo, um casal jovem que vive em Oliveira do Hospital, Gouveia, ****, Figueira de Castelo Rodrigo, etc onde ambos ganham o SMN ou pouco mais que isso. Vivem em apartamento arrendado e a capacidade de poupanca e pouca ou nenhuma. Neste momento, com estas medidas, adquirir um apartamento barato deixa de ser uma ilusao e passa a ser uma realidade. Porque sao sitios onde ainda e possivel comprar um T2 por 100 mil euros e onde a procura e fraca.
    Agora no resto do pais? Nos grandes centros urbanos? No que toca a venda de apartamentos aqui na zona eu tenho um conhecimento acima da media pois conheco a realidade ai de 70% dos construtores que vendem apartamentos aqui. E estamos a falar de Viseu, mas a realidade em Aveiro, Lisboa, Porto, etc nao e diferente. Um T3 novo em Viseu custa neste momento entre 300 a 350 mil euros. Comeca-se a fazer a estrutura, e ainda nem a ultima placa tem massa e ja 80% do predio esta vendido. A larga maioria deles nao pede 10, pede 20% de entrada. E a partir de certa altura, alguns ate vao mais longe e pedem pagamento faseado de as vezes ate 50% do valor total ANTES da escritura. Em Viseu, nao ha um unico apartamento novo que va ser vendido a um jovem que va recorrer ao credito a 100% por necessidade. Porque esse jovem em primeira instancia nem faz parte da lista de potenciais compradores. Logo o impacto no preco e um rotundo 0.
    Nao e diferente em qualquer outro centro urbano. Para um T3 novo, aparecem 5 potenciais compradores. O credito a 100% nao vai adicionar aqui um 6o comprador. O que pode acontecer, e um dos 5 compradores que prefira pedir mais credito do que o necessario, possa optar por mais tarde repor capitais proprios. E ainda nem aqui meti a taxa de esforco... um emprestimo de 350 mil euros fica a pagar 1600e/mes. Mesmo com a descida dos juros, continua a ficar ai nos 1400/1500. Quantos jovens consegue sequer ver um emprestimo destes aprovado? :)

    Agora mais uma vez, esta medida tera um impacto social muito grande. Pois existem muitas casas nas aldeias aqui a volta em condicoes habitaveis que custam 60/70/80/90 mil euros. Mas que nao tem procura. Porque quem ganha um bocadinho mais nao anda a procura de um 'barraco', e quem ganha pouco nao consegue poupar para a comprar. E essencialmente nesta gama de imoveis que esta medida pode ter impacto. Vai isto aumentar os precos desses imoveis mais baratos? Tenho serias duvidas. Porque sao imoveis com tao pouca procura que na maior parte dos casos, so aparecer um destes compradores ja e um milagre.


    Eu nao sou dado a teorias da conspiração, por isso tendo a aceitar que quem opina no espaço público e não representa interesses partidários, o faz de forma livre e sem condicionalismos ou interesse que não seja dar a sua opinião. Posso achar que estão errados e neste caso até acho isso mesmo, mas como eu penso o contrario deles e não estou a soldo do governo, porque razão iria partir do principio que os outros são diferentes de mim. Mais, algumas destas pessoas, embora falem ou escrevam em nome próprio, também representam organizações da sociedade civil, pelo que me parece um bocado abusivo achar que estão a participar numa qualquer campanha contra o governo.
    Quanto à substância, em geral, concordo consigo. São medidas que podem ajudar alguns jovens, mas não é isto que vai mudar as condições gerais de acesso dos jovens a habitação.
    Evidentemente que há na sua descrição alguma "candura" sobre o comportamento dos vendedores, como se eles não conseguissem antecipar que vai passar a haver maior elasticidade da procura. Mas a verdade é que não me parece que essa possivel elasticidade seja perceptível neste momento. Provavelmente nunca será suficientemente relevante a ponto de afectar os precos.
  2. Colocado por: MS_11


    Sabe como com medidas similares as que quer propor para as transações de venda, taxar, limitar basicamente ter o estado a mandar em bens alheios...


    A diferença é que o que eu proponho iria limitar a especulação, e isso é desejável.

    Já tornar o arrendamento menos apetecível foi um tiro nos pés.
  3. Ia tornar a transação de imóveis menos apetecível e das duas uma ou haveria (ainda) menos oferta ou existindo a mesma teria de compensar as limitações impostas...
  4. Colocado por: HAL_9000Isso é permitido sequer (acessibilidade)?

    Geralmente a WC acessível numa casa é apenas uma. As outras podem ser como quiser.

    Colocado por: HAL_9000Ha imensos também. Ainda que reconheça que quem constrói uma moradia, tende a exagerar de facto nas áreas.

    Posso dizer-lhe que desenhámos já muitas casas em Portugal desde 2010, e que ainda nos está para aparecer o primeiro cliente a pedir uma casa com essa escala. Mesmo 150m², acho que foi apenas uma, e porque era imposição do loteamento...
  5. Colocado por: HAL_9000Por acaso este ano vou lá. Vou ter em atenção esta conversa a ver se vejo o tal gradeamento com rede de galinheiro. Fiquei curioso.


    Devo dizer que é bastante divertido desenhar o projecto de execução com uma rede assim, com desenhos à escala 1:2 e maquetes 1:10 :)
    Se desse essa ideia em Portugal ainda me batiam. :)
  6. Colocado por: NostradamusEu acho bem dar valor a essas coisas todas na construção em Portugal. Pensando que não, temos uma industria de construção digna, desde sanitas, ladrilhos, revestimentos, tudo.

    Os alemães também fazem carros de 50 mil €, revestidos a alcantara e mega motores de 500cv

    Não se podiam contentar com Clios de 65cv?

    Os alemães não ligam nenhuma às casas, simplesmente porque no tempo livre deles, andam noutros sítios e não a queimar tempo sentados nos sofás em casa. A casinha do português lambda é um local de convívio para a família e amigos. O Alemão alfa raramente convida alguém para ir lá a casa.

    E sendo o mercado de trabalho alemão extremamente competitivo e dinâmico, hoje um gajo trabalha em Munique, e daqui a 2 anos é permutado para Berlim. Para quê investir tanto dinheiro num "dormitório" temporário?

    Tal como a questão dos carros, a questão das casas é cultural. Nem vale a pena comparar ou importar o modelo deles..


    Sim, é cultural sem dúvida.
    A conversa advinha do "sendo eles mais ricos".
    Isso também é cultural... são mais pragmáticos, directos, o que leva a uma productividade diferente.
    Sobre as casas, basicamente não se apegam tanto a um sítio, nem precisam de casas tão grandes. Deve ser por terem uma estatura "pequena"...

    Quanto aos convivios, familia grande e assim... Há povos que "festejam" muito mais que nós... em que é raro o fim de semana em que não se façam festas, pelo simples facto de ser Sábado. A diferença é que fazem-no no jardim ou no terraço do apartamento. Em que os convidados só entram na casa para ir à cozinha ou WC. Curiosamente vêem os portugueses como nós vemos os alemães...
    Em que para eles é normalíssimo os jovens emborracharem-se em casa uns dos outros, e não tanto nos tascos e bares como em Portugal.

    No final, tudo para dizer, que temos casas grandes pelo simples facto de podermos pagá-las... por muito que se chore por aqui.
  7. Colocado por: JosebaEu não sei como funciona no estrangeiro, mas na minha opinião sabes porque as pessoas não trocam de casa por cá com tanta frequência? Porque cada vez que compras uma casa são cerca de 50k ao lixo com IMI e outros impostos....
    Simplesmente não deveria haver esse imposto na compra de casa, ou então haver lugar a pagamento disso apenas 1 vez na vida.
    Porque se eu quiser fazer um downgrade de casa pura e simplesmente não vale a pena fiscalmente, porque vendo a minha casa de 300k, compro uma de 250k, mas em vez de embolsar 50k, vou ter que pagar IMI e impostos de compra de casa no mesmo valor. No final do dia trocas uma casa de 300k para uma de 250k sem ficar com dinheiro no bolso...


    Por isso digo, qualquer ideia que assente em tributar mais só traz um resultado... prejudicar ainda mais o acesso à habitação.

    Tem sempre uma hipotese, em vez de vender, põe a arrendar a casa grande na cidade.. e com essa renda paga aluguer no T1 à beira-mar. O Estado levar-lhe-á impostos do que receberá de renda da casa grande... mas "who cares?"... passa o encargo para o seu inquilino como toda a gente faz... e siga.
    Concordam com este comentário: MS_11
  8. Colocado por: VarejoteAlguns dos que aqui falam em andar sempre a mudar de cidade, certamente que não tem filhos pequenos.


    É outra questão cultural.
    Os filhos vão atrelados aos país... que hoje vivem aqui, amanhã ali. Como o tal de Munique e depois está em Berlim... Então quando os pais são de cidades, países, continentes diferentes... com maior razão.
    A canalha aprende idomas muito mais rápido e têm um poder de adaptação fascinante, quando comparado com os adultos que são mais teimosos.
    Os filhos é apenas uma desculpa, quando o real factor é o comodismo humano, bastante natural e perfeitamente aceitável também.

    Depois há ainda aquela questão de que uns acham que a estabilidade é fundamental para o crescimento deles, e outros que acham essencial que a criança tenha experiências muito diversas desde muito novos. Ambas opções são perfeitamente válidas, apenas refletem a maneira de ser dos pais enquanto adultos.
    Concordam com este comentário: Dias12, IronManSousa, AMG1
    Estas pessoas agradeceram este comentário: IronManSousa
  9. Colocado por: HAL_9000a ver se vejo o tal gradeamento com rede de galinheiro. Fiquei curioso.

    Bastante comum, naquele gabinete pelo menos...
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  10. Colocado por: HAL_9000Ou seja hoje em dia, um admin de sistemas seniorcom 7-8 de experiênciaganha 40-50% mais do que aquilo que o pribeiro ganhava em 2005?

    A minha ideia era comparar o salário em valor absoluto para a mesma carreira e mesmos anos de experiência em 2005 vs 2024. Não a evolução salarial.


    Ok percebi, penso que em 2005 deveria estar a ganhar por volta de 1300-1400 EUR e hoje em 2024 diria que a mesma função com o mesmo nivel de experiência deverá rondar os 1800 a 2000 EUR.

    Estou-me a referir a valores liquidos x 14 meses por ano.

    Depois existem beneficios que irão depender de empresa para empresa a somar a esse valor tais como:

    a) Bonus anual de produtividade pessoal
    b) Bonus anual de produtividade global da empresa
    c) Viatura de serviço
    d) Portátil + telemóvel
    e) Seguro de saude
    f) PPR ou fundo de pensões

    etc...
    Estas pessoas agradeceram este comentário: HAL_9000
  11. Colocado por: N Miguel Oliveira

    Sim, acho que nem uma nem outra estão erradas.
    Aliás, acho que é no meio que está a virtude... algo intermédio.
    Passar uma velhice numa casa à medida das necessidades dessa altura... e não porque quero deixar que herdar.

    Já agora, essa dos latinos/nórdicos não é tão literal assim.
    No México por exemplo, não vejo isso. As pessoas vão mudando de casa, e não vejo a intenção de deixar que herdar alguma coisa. Mais depressa vendem a casa grande, para passar os últimos dias à beira mar num T1... Mas acho que isso também tem que ver com as reformas (ou falta delas)... em que a casa grande servirá para gerar receita para a velhice... nem que seja para estourá-la num cruzeiro de vez enquando. Eles também lidam dum modo diferente com a morte. Acho que desfrutam mais da vida, talvez.


    por curiosidade, o sistema de reforma no México é privado? se for, está explicado. estão habituados a um modelo onde tudo é um "asset".
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  12. Colocado por: MS_11Ia tornar a transação de imóveis menos apetecível e das duas uma ou haveria (ainda) menos oferta ou existindo a mesma teria de compensar as limitações impostas...


    Acho que tenho de esclarecer aquilo que eu defendo:

    Para já, defendo acabar com o IMT para primeira habitação (ou aumentar o valor da isenção).

    Também defendo baixar os impostos sobre a construção e arrendamento.

    O que eu defendo aumentar, é a tributação sobre mais valias nas transações de imoveis (ex. 48% ao invés dos atuais 14%).

    Mas, com as devidas exceções para não prejudicar o cidadão comum.

    Esse valor tributado, poderia ser usado durante 5 anos (ou mais) na compra de outro imovel para primeira habitação.

    Além disso, esse valor seria reduzido consoante tenha havido investimento em obras (além da subtração do seu custo às mais valias).



    Ou seja, continuarias a ter lucro por construires e venderes, continuarias a ter lucro por arrendares, continuarias a ter lucro por comprares, recuperares e venderes.

    O unico lucro que seria diminuido, seria o lucro advindo da valorização do imovel sem ter havido qualquer investimento na valorização deste (i.e. sem obras).

    Quem vendesse para comprar outro imovel de valor equivalente ou superior, também não seria prejudicado.


    Portanto, o que eu defendo, não prejudica o funcionamento do mercado naquilo que queremos que funcione: construção, arrendamento, recuperação, e troca de casa de primeira habitação.
  13. Colocado por: palmstrokepor curiosidade, o sistema de reforma no México é privado? se for, está explicado. estão habituados a um modelo onde tudo é um "asset".


    Misto. Pelo que, mesmo assim, a sua frase encaixa na perfeição.
    A casa é um asset sim, para a velhice, para uma doença, etc etc...

    Em Portugal pode ser encarado assim também... mas torna-se complicado quando o terreno fica em Cascos de Rolha, ou tem um tamanho algo desproporcionado... Sendo um "asset" que custou muito, mas depois não há quem lhe pegue se quiser vender pelo preço que achamos "justo"...
    • AMG1
    • 27 setembro 2024
    Colocado por: ferreiraj125

    Acho que tenho de esclarecer aquilo que eu defendo:
    ...

    O que eu defendo aumentar, é a tributação sobre mais valias nas transações de imoveis (ex. 48% ao invés dos actuais 14%)


    Onde é que concluiu que a tributação das mais valias imobiliarias são 14%?
  14. Colocado por: N Miguel OliveiraBastante comum, naquele gabinete pelo menos...
    A primeira foto nem tanto, mas a segunda tem um aspeto de bairro social que valha-me Deus. Mais valia por aí uns cabos de aço a fazer a proteção da varanda.

    Ms olhe que hoje também reparei em várias varandas com rede de galinheiro (ou algo do género) em Lisboa....Só que com outra função, pareceu-me uma maneira de impedir que os gatos saltem da varanda
    • JPJDLV
    • 28 setembro 2024 editado
    Colocado por: dmanteigas

    Provavelmente tambem foram essas medidas que conduziram a isto:

    https://eco.sapo.pt/2024/09/26/rendas-dos-novos-contratos-sobem-111-no-segundo-trimestre/

    Santa estupidez... a 'agenda' que ai anda para criar uma percepcao que estas medidas pifias do governo vao fazer subir os precos. O efeito do 2o trimestre provavelmente teve muito mais a ver com as taxas de juro e a natural recuperacao do mercado de habitacao. As medidas foram anunciadas a 10 de Maio. Alguem que conheca o mercado acredita que foram as casas compradas de 10 de Maio a 30 de Junho que subiram todas de preco devido ao anuncio? Quando as escrituras feitas neste periodo ate sao de CPCVs de casas compradas ANTES de 10 de Maio e colocadas no mercado provavelmente ainda no 1o trimestre?

    Querem fazer de toda a gente burra... e ha muitos que vao atras! E como aqueles que acham que o 'credito a 100%' vai 'inundar o mercado de novos comprados' e puxar os precos para cima! Porque imaginem o poder negocial dos compradores e a quantidade de vendedores que vai aceitar nao receber uma entrada no CPCV e tirar uma casa do mercado sob promessa da aprovacao deu um credito a habitacao de alguem que nao tem dinheiro para nada... isto e uma medida que vai estimular essencialmente a venda de casas que 'ninguem quer'.





    Ora... eu estudei em Aveiro, fui trabalhar no Porto 2 anos, depois Lisboa 5 anos e agora estou em Viseu.
    Comprar casa nao e so uma questao de 'investimento'. Em Portugal e que ainda temos esta mentalidade do 'emprego para a vida', principalmente nas geracoes mais velhas. Mas a geracao mais nova ja sabe que nao se pode prender so a um sitio, e uma casa pode ser um investimento, pode ser uma liability. Porque agora que tudo sobe e facil falar no 'investimento'. Mas se vier uma crise como a de 2011 (que vira eventualmente), num arrendamento em 2/3 meses se eu for despedido e tiver que reduzir a minha qualidade de vida consigo trocar de casa sem encargos nem problemas. Se tiver uma proposta de trabalho noutra cidade, no arrendamento nao tenho quaisquer problemas - sair e procurar outra. O 'mercado' aqui nem entra na discussao. Se eu for proprietario e tiver um credito de 250k a 30 anos? O 'risco' e muito maior. Claro que e diferente se estivermos a falar de aquisicao com capitais proprios. Mas para a larga maioria dos jovens, isso nao e uma realidade. Por isso e que devia existir muito maior dinamismo no mercado de arrendamento e incentivos especificamente para este investimento.


    Não consigo compreender essa lógica de "se for despedido consigo trocar de casa sem encargos nem problemas" se for alugada.

    Eu por exemplo por um T3 estou a pagar 300€ mensais de c.habitação, tenho T2 na mesma zona a serem alugados a 700/750€.

    Como é que se for despedido, me fica mais preocupante ter um crédito de 300€ que pagar uma renda de 700€?

    Não será o contrário? Aliás, eu se pretender abater metade da minha dívida atual, consigo atualmente passar para uma renda abaixo de 200€ e a tendência vai ser poupar cada vez mais.

    Vivi numa casa alugada onde de um momento para o outro me queriam passar de 450€ para 700€. Na altura não pensei duas vezes e investi num imóvel.

    Resultado = diminui a prestação da casa;
    Passei a ter uma poupança maior anual;
    Consigo vender e lucrar 100k+ passado 5 anos;
    Dupliquei o património uma vez que herdei um imóvel que actualmente tem usufruto da minha avó;
    A tendência será a prestação diminuir com o passar dos anos ao contrário de aluguer;
    Não corro riscos de me colocarem na rua do nada e ficar com a casa às costas;
    Não corro riscos de me aumentarem a renda para o dobro (basta fixar a prestação);
    Se quiser sair da zona onde estou atualmente , facilmente consigo alugar o imóvel pelo dobro..

    Podia estar aqui a enumerar todas as vantagens que tenho desde que decidi comprar e não consigo encontrar uma única vantagem em alugar casa (isto é valido para a realidade portuguesa, não me vou meter a colocar realidades de lugares que desconheço)
    Concordam com este comentário: HAL_9000, ferreiraj125, pribeiro, Zé Meirinho, Dias12, desofiapedro
  15. Colocado por: HAL_9000A primeira foto nem tanto, mas a segunda tem um aspeto de bairro social que valha-me Deus. Mais valia por aí uns cabos de aço a fazer a proteção da varanda.

    Ms olhe que hoje também reparei em várias varandas com rede de galinheiro (ou algo do género) em Lisboa....Só que com outra função, pareceu-me uma maneira de impedir que os gatos saltem da varanda


    Foi o que disse...
    Na Suíça era o que se arranjava para o cidadão comum, que só podia pagar 1 - 1.3 milhões de francos (+/- = ao €) por um barraco.
    Em Portugal, o tipo que ganha 15-20% do salário do helvético... acha que é "bairro social" e ainda me mandaria dar uma volta se propusesse algo assim :)

    Nota: o desenho do gradeamento em ambas fotos é o mesmo. Mesma dimensão de tubo, de rede, etc. Muda o contexto, na "feia" (2a), ainda em obra, as varandas não agarram à casa para não criar ponte térmica... são estruturas autonomas, a fachada é lisa e continua, mero prisma. Na "menos feia" (1a), as varandas dos apartamentos agarram-se à laje de dentro, mas as consolas térmicas das varandas davam facilmente para comprar um SUV novo da Mercedes... Em Portugal nem raio sabem o que são, como que se não fizesse falta nenhuma.

    Casas com 40-50m2 por piso... muito simples... mas com a térmica, acústica e o que dizem os Engenheiros, não se brinca, nem se altera porque o empreiteiro disse que era melhor assim. Naquele caso, a "feia" (6 casas) tinha quase 200 paineis solares a fazer de telhado... com um sistema inovador que advinha dum protótipo dum académico da Uni de Zurich. Era apenas o segundo edificio em toda a Suíça a ser construído naquela maneira. Metade das peças não existiam no mercado... houve muitos ensainos, e subenções do Estado.

    É tudo uma questão de prioridades. As nossas em Portugal estão longe de se vincularem à efeciência energética, apesar de termos já um clima fabuloso... mas nem assim.
  16. Colocado por: JPJDLVPodia estar aqui a enumerar todas as vantagens que tenho desde que decidi comprar e não consigo encontrar uma única vantagem em alugar casa (isto é valido para a realidade portuguesa, não me vou meter a colocar realidades de lugares que desconheço)


    É normal, tudo depende da mentalidade de cada um.

    Aqui encontra alguns exemplos e vantagens, tem é que abrir a mente:
    Colocado por: AMG1https://expresso.pt/opiniao/2024-09-26-a-geracao-hipotecada-como-a-obsessao-pela-casa-propria-esta-a-arruinar-o-futuro-de-portugal-1d38f8bd





    Muitas oportunidades só aparecem se se mexer... e pelo que vejo, quem tem casa própria mexe-se muito menos por uma série de razões perfeitamente justificadas. Isto não é nenhuma crítica atenção. É apenas uma percepção.
    Acho que é sempre uma questão de que % do salário sobra depois de pagar a renda ou prestação. E quando apenas compara renda com prestação dá por garantido que o salário é o mesmo. Pois bem, arriscando, movendo-se, o seu salário por aumentar consideravelmente também. É um pouco a mesma lógica entre ser empregado ou independente. Trabalhar para si próprio também pressupõe maiores gastos... se pensar que o salário será o mesmo, é normal que não veja vantagens. Acontece que o salário pode aumentar por arriscar. Com a casa é igual... Gasta mais, mas se ganhar mais também ao ponto de compensar, porque não?
 
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