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  1.  # 1

    Colocado por: N Miguel Oliveiraculpados.
    Se X marca não vende mirtilos ao preço que quer para pagar bem, faz o quê?
    A questão é que ate vende e continua a pagar mal.

    Recentemente fez compras nos hipermercados franceses? Eu fiz no verão passado, e se quer que lhe diga no geral não os achei mais caros que os portugueses.

    Não corro grande risco ao dizer que a diferença entre um cabaz alimentar alimentar em Portugal e em França é proporcionalmente muito menor que a diferença de salários médios ( e mesmo mínimos) entre ambos os países.

    Por cá paga-se pouco por um simples motivo: porque se pode. Há oferta de mão de obra que aceita trabalhar por menor valor.
  2.  # 2

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Eu não defendo nem deixo de defender.
    Só o acho um assunto acessório, pouco significativo para o que interessa.

    Preferia dedicar a discussão à economia e a 80% da população... ou aos que sairam por algum motivo...
    Em vez de martelar tanto na imigração, que para mim, tem um efeito residual em Portugal. Obviamente se notará mais nos grandes centros, mas Portugal é algo mais além disso.


    Por vezes, não querer que um dado assunto seja discutido é uma forma de proteção, por se saber os factos que podem ser enunciados.

    A imigração é tudo menos irrelevante. Voltando ao assunto do topico, é a principal causa do aumento das rendas, por exemplo.
  3.  # 3

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    No geral concordo com este seu comentário. A referencia aos PALOP adveio duma comparação com indonesios e filipinos... quando pouco antes se queixavam que a malta imigrante nem português falava ou que trazem culturas ou tradições (religião etc) diferentes. Tão somente isso.

    Por principio, não vejo razão para discriminar ninguém em função do sitio onde nasceu. Depois existem leis bilaterais entre certos países que facilitam ou complicam determinada relação.
    Ainda há 10, 12 anos vi muitos colegas emigrarem para países como Moçambique, Angola e Brasil. Hoje são eles a vir.

    A história tem muitos ciclos, a América do Sul está num caco hoje... há 100 anos era para onde emigravam portugueses, espanhois, italianos, alemães, etc... mas a memória é curta.

    Quanto à integração, concordo em absoluto consigo. No total vivi em 5 países, com idiomas e tradições diferentes. E não me é assim tão fácil dizer que este país é melhor que aquele. Cada um tem os seus podres e os seus encantos. Eu próprio terei levado coisas boas e más a esses sitios...


    Acho curioso o uso da palavra "discriminação", que como sabemos tem uma conotação bastante negativo, apesar de não ter nada de negativo neste contexto.

    É mais que natural que o país de origem seja um ponto muito relevante. O capital humano de cada país é diferente, o sistema educativo é diferente, a cultura é diferente, e portanto, se estamos a importar capital humano o país de origem, estatisticamente, determina as caracteristicas do capital humano que vamos receber.

    Por exemplo, se importamos capital humano dum país onde é comum haver violencia domestica ou onde culturalmente as mulheres ainda não são vistas com um nivel de igualdade que temos no ocidente, ou onde a homofobia é muito elevada, é inevitavel que estatisticamente estejamos a aumentar o numero de pessoas no nosso país com esse tipo de mentalidade.

    Reitero, estatisticamente. Não é por alguém ser de um determinado país que vai ter necessariamente uma determinada maneira de tratar as mulheres, mas se existe uma diferença estatistica na população nativa desse país, essa diferença inevitavelmente será repercutida no capital humano iportado desse país.


    Por exemplo, a mutilação genital feminina é muito infrequente em Portugal, mas frequente em certos países. Por ser tão infrequente em Portugal, quando ocorre, é quase sempre perpetuado por pessoas oriundas dos países onde é frequente haver mutilação genital feminina.


    Novamente, há que saber meter os sentimentos de lado e discutir as coisas de forma racional. Isto não é uma questão de atacar pessoas particulares ou generalizar um povo, são consequencias estatisticas.

    São consequencias mensuraveis e não faz sentido não as discutir só porque podem ser mal interpretadas ou porque poderá haver quem reaja de forma que não deve reajir.
  4.  # 4

    Colocado por: HAL_9000A pergunta que lhe fiz era referente aos emigrantes suiços em idade ativa, como é óbvio.


    É como lhe digo... qualquer pessoa tem certo apego ao sitio onde nasceu.
    Os suíços não são diferentes. Se estão bem, não teriam razão para sair.
    Se quiserem fazer vida, e construir algo no seu país, então é que não podem sair mesmo.

    Deixo um exemplo, em pleno contexto de falta de habitação em Portugal... aqui:
    https://encomenda.oasrs.org/publicacoes?page=1
    tem alguns dos concursos realizados recentemente... além de muito poucos em numero (2 em 2023), tem um saco de 30k€ a distribuir pelos vencedores. Se distinguir 5 ou 6 deles, o 1º lugar leva uns 7 ou 8k.

    Do mesmo modo, estes gabinetes podem participar em concursos similares noutros países... mas o saco das prendas facilmente chega aos 150, 180k€. Para quê estar-se a chatear?

    E quem "fala" na Arquitectura, fala em qualquer outra coisa na construção ou noutros sectores.

    Isto para dizer que não basta falar de politicas migratórias... o cidadão comum também influência em cada decisão que toma.
  5.  # 5

    Colocado por: HAL_9000A questão é que ate vende e continua a pagar mal.

    Recentemente fez compras nos hipermercados franceses? Eu fiz no verão passado, e se quer que lhe diga no geral não os achei mais caros que os portugueses.

    Não corro grande risco ao dizer que a diferença entre um cabaz alimentar alimentar em Portugal e em França é proporcionalmente muito menor que a diferença de salários médios ( e mesmo mínimos) entre ambos os países.

    Por cá paga-se pouco por um simples motivo: porque se pode. Há oferta de mão de obra que aceita trabalhar por menor valor.


    E em França não há?
    A começar pelos portugueses nas obras ou campos de cultivo?
  6.  # 6

    Colocado por: ferreiraj125Voltando ao assunto do topico, é a principal causa do aumento das rendas, por exemplo.


    Muito discutível. Deduzo que onde a população não aumentou, os preços se tenham mantido então...
    Não me parece.
  7.  # 7

    Colocado por: ferreiraj125Acho curioso o uso da palavra "discriminação", que como sabemos tem uma conotação bastante negativo, apesar de não ter nada de negativo neste contexto.

    É mais que natural que o país de origem seja um ponto muito relevante. O capital humano de cada país é diferente, o sistema educativo é diferente, a cultura é diferente, e portanto, se estamos a importar capital humano o país de origem, estatisticamente, determina as caracteristicas do capital humano que vamos receber.

    Por exemplo, se importamos capital humano dum país onde é comum haver violencia domestica ou onde culturalmente as mulheres ainda não são vistas com um nivel de igualdade que temos no ocidente, ou onde a homofobia é muito elevada, é inevitavel que estatisticamente estejamos a aumentar o numero de pessoas no nosso país com esse tipo de mentalidade.

    Reitero, estatisticamente. Não é por alguém ser de um determinado país que vai ter necessariamente uma determinada maneira de tratar as mulheres, mas se existe uma diferença estatistica na população nativa desse país, essa diferença inevitavelmente será repercutida no capital humano iportado desse país.


    Por exemplo, a circuncisão feminina é muito infrequente em Portugal, mas frequente em certos países. Por ser tão infrequente em Portugal, quando ocorre, é quase sempre perpetuado por pessoas oriundas dos países onde é frequente haver circuncisão feminina.


    Novamente, há que saber meter os sentimentos de lado e discutir as coisas de forma racional. Isto não é uma questão de atacar pessoas particulares ou generalizar um povo, são consequencias estatisticas.

    São consequencias mensuraveis e não faz sentido não as discutir só porque podem ser mal interpretadas ou porque poderá haver quem reaja de forma que não deve reajir.



    Sinceramente, acho irrelevante que se preciso de determinado profissional, este seja assim ou assado noutros assuntos.
    Portugal tem as suas regras, que devem ser cumpridas, não sendo, há consequências.
  8.  # 8

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Muito discutível. Deduzo que onde a população não aumentou, os preços se tenham mantido então...
    Não me parece.


    O aumento da procura não se traduz necessariamente num aumento de população. Para isso seria preciso haver mais casas ou mais pessoas por casa.

    Em Lisboa a procura aumentou imenso, e simplesmente quem não consegue viver em Lisboa vive noutros sitios.


    Além disso o aumento de preço não tem de refletir um aumento de "vendas". O azeite aumentou de preço e não é por isso que se vende mais, antes pelo contrario.

    O preço é um equilibrio entre a procura e a oferta, por isso são duas variaveis em jogo e não é a evolução de uma isoladamente que determina o resultado.

    Já agora, que cidades são essas onde a procura não aumentou?


    E não há nada de discutivel no impacto da imigração no valor das rendas.

    Basta meter um anuncio de apartamento para arrendar para perceber quem constitui grande parte da procura.
    • Lii
    • 3 maio 2024

     # 9

    Boas,

    Por falar em preço de casas, procura e oferta, estou a vender o meu apartamento T3 em Gulpilhares, Vila Nova de Gaia, se alguém souber de quem queira comprar nesta zona.
  9.  # 10

    Colocado por: N Miguel Oliveira


    Sinceramente, acho irrelevante que se preciso de determinado profissional, este seja assim ou assado noutros assuntos.
    Portugal tem as suas regras, que devem ser cumpridas, não sendo, há consequências.



    Não percebo a logica dessa opinião.

    Os imigrantes não são meras maquinas de trabalho que vêm para cá só trabalhar e pronto.

    Eles vêm fazer parte da nossa sociedade e por isso toda a bagagem que trazem é relevante e deve ser tida em conta.

    Aliás, basicamente ignoraste o que escrevi. Em França tens muito o problema das segundas gerações. Os imigrantes foram para trabalhar, mas passaram a ser parte da sociedade, tiveram filhos, e se não houver integração há consequencias para todos.

    E depois, convenhamos, nem toda a gente tem essa visão totalmente agnostica em relação à cultura. Há quem valorize a cultura que existe num dado país e não ache que alterações culturais sejam um efeito totalmente neutro.

    Aliás, essa posição é um precedente historico. Não é o habitual da historia do ser humano. O habitual é cada povo defender a sua cultura e tentar levá-la a outros povos, e não o contrario.

    Por exemplo, se fores a Londres, começas a ver rituais que não são autoctones da inglaterra, e há quem não seja indiferente a essa "descaracterização" dos seus paises: https://www.youtube.com/watch?v=X_iOUnJlTDE

    Este rapaz fez turismo no seu proprio país, e se vires o video, deves compreender que nem toda a gente sinta que esta alteração do seu país é algo totalmente neutro e irrelevante: https://www.youtube.com/watch?v=uIct4GjLFTE
  10.  # 11

    Colocado por: ferreiraj125Aliás, basicamente ignoraste o que escrevi. Em França tens muito o problema das segundas gerações. Os imigrantes foram para trabalhar, mas passaram a ser parte da sociedade, tiveram filhos, e se não houver integração há consequencias para todos.


    Pode é ter-lhe passado ao lado.
    Tal como disse, a integração não depende exclusivamente dos imigrantes.
    Depende sobretudo de quem os acolhe. E na capacidade destes imporem a lei.
  11.  # 12

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    Pode é ter-lhe passado ao lado.
    Tal como disse, a integração não depende exclusivamente dos imigrantes.
    Depende sobretudo de quem os acolhe. E na capacidade destes imporem a lei.


    Pois depende, e por isso, não podes acolher cegamente sem garantias de que és capaz de integrar quem acolhes.

    Se uma barragem tem capacidade para 200 metros de agua, tu não metes 210 metros de agua antes de fazeres as obras necessarias para poderes ter essa nivel de agua.

    Tu não podes deixar a barragem transbordar e depois encolher os ombros e dizer "pois, deveriamos ter feito obras à barragem". Não, se uma barragem transborda, o que dizes é "pois, não deveriamos ter deixado acumular tanta agua".

    Não podes deixar o desastre acontecer para depois dizer que deveria ter sido feito alguma coisa para evitar o desastre.
  12.  # 13

    Colocado por: ferreiraj125a barragem


    Pois, do que vou vendo, a população parte rumo a novos destinos deixando a barragem seca... mas mesmo assim há quem não queira que chova.
    A moral de quem restringe acesso a quem quer entrar em Portugal é a mesma do Kim que não deixa o nortecoreano sair.

    Se a população não cresce, não vejo como vai transbordar a barragem. A questão é que parte-se do principio que os portugueses saem porque há outros que estão a entrar. E isso não é verdade. É a economia que não tem capacidade de os manter, ou simplesmente não é atrativo este modo de fazer as coisas.
  13.  # 14

    Colocado por: N Miguel Oliveiraem França não há?
    A começar pelos portugueses nas obras ou campos de cultivo?
    Claro que há. Porém o valor baixo lá permite uma melhor qualidade de vida do que o que se paga por cá. Por isso os portugueses lá apanham mirtilo, mas aqui não querem.

    No fim vai-se a ver e o mirtilo custa o mesmo em a França e em Portugal.
  14.  # 15

    Colocado por: N Miguel OliveiraA questão é que parte-se do principio que os portugueses saem porque há outros que estão a entrar. E isso não é verdade.
    Não tenho tantas certezas.
    Os ordenados em Portugal são mantidos artificialmente baixos em parte porque há imigração. Será que os portugueses saíam nas mesmas proporções sem este afluxo se imigrantes?
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  15.  # 16

    Um ordenado baixo na Suiça dá para viver bem em praticamente qualquer País do mundo o salário baixo de Portugal nem no vietnam
  16.  # 17

    Colocado por: HAL_9000Será que os portugueses saíam nas mesmas proporções sem este afluxo se imigrantes?


    É uma boa questão de facto...
    Perceber-se se saem mais agora porque há mais imigrantes apesar de termos melhor economia... ou se sairam mais entre 2011-2015 com menos imigrantes e pior economia. Aliás, eu diria que finalmente Portugal começa a receber "muitos" imigrantes... Já população emigrada teve desde que me lembro.
  17.  # 18

    Colocado por: Reduto25Um ordenado baixo na Suiça dá para viver bem em praticamente qualquer País do mundo


    O ponto é precisamente esse... que se o suíço viver noutro país qualquer, em principio deixa de receber o seu ordenado helvético.
  18.  # 19

    Colocado por: N Miguel Oliveirasendo que falam português (e eventualmente partilham a mesma religião), não faria mais sentido ao contrário?


    Desculpem voltar um pouco atrás no assunto , mas hoje não foi fácil.

    É nestes “talking points” que me perdem … lamento mas as crenças religiosas de alguém nunca deverão ser um critério.
    Estamos num país laico e com liberdade religiosa.

    Sou completamente a favor de uma triagem de imigração, com óbvio controle, almejarmos atrair mão de obra estrangeira ( seja PALOP ou não) qualificada e acima de tudo mantermos e trazermos os que saíram de volta .

    Só não misturem religião , neste assunto …é de extremo mau gosto, a roçar a xenofobia, para não dizer inconstitucional.
  19.  # 20

    Colocado por: SolivaDesculpem voltar um pouco atrás no assunto , mas hoje não foi fácil.

    É nestes “talking points” que me perdem … lamento mas as crenças religiosas de alguémnuncadeverão ser um critério.
    Estamos num país laico e com liberdade religiosa.

    Sou completamente a favor de uma triagem de imigração, com óbvio controle, almejarmos atrair mão de obra estrangeira ( seja PALOP ou não) qualificada e acima de tudo mantermos e trazermos os que saíram de volta .

    Só não misturem religião , neste assunto …é de extremo mau gosto, a roçar a xenofobia, para não dizer inconstitucional.



    Convém ter em atenção o contexto em que escrevi isso. Pouco depois de se mencionar que certos imigrantes nem português falam, um user mencionou que preferia indonesios ou filipinos em vez dos PALOP. Apenas me pareceu estranho esta preferencia tendo se queixado do idioma pouco antes disso... sendo que os PALOP teriam mais afinidades connosco em teoria.

    Pessoalmente não acho que se deva discriminar em função da nacionalidade, religião ou costumes. Não acho que existam cidadãos de primeira ou de segunda. O que deve valer, na minha opinião é o CV, se a intenção é que o país prospere.

    Um ambiente multicultural é a meu ver algo fascinante. Obviamente que acarreta certas dificuldades, mas acho que são ultrapassavéis. Acho bem melhor que ter uma sociedade em que somos todos cópias uns dos outros.
 
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