Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Colocado por: JPJDLVA tendência será a prestação diminuir com o passar dos anos

    Seguro de vida has entered the chat.
    (peço desculpa mas não resisti. Atenção, concordo com o que disse acima)
    • JPJDLV
    • 28 setembro 2024 editado

     # 2

    Colocado por: Zé Meirinho
    Seguro de vidahas entered the chat.
    (peço desculpa mas não resisti. Atenção, concordo com o que disse acima)


    Sim é um custo adicional + multirriscos + imi..

    Ainda assim não pago sequer 20€ mês (para já) e estou a garantir que a casa fica paga para as filhotas se alguma coisa me acontecer.

    Aliás, não abaterei para já o valor total em falta mesmo para ter uma prestação mínima e um seguro de vida enquanto o custo for baixo.
  2.  # 3

    Colocado por: JPJDLVAliás, não abaterei para já o valor total em falta mesmo para ter uma prestação mínima e um seguro de vida enquanto o custo for baixo.

    O beneficiário do seguro de vida de um CH é o banco, portanto, nada irá para as suas filhas com esse seguro de vida, se lhe acontecer algo.
  3.  # 4

    Colocado por: ferreiraj125

    Acho que tenho de esclarecer aquilo que eu defendo:

    Para já, defendo acabar com o IMT para primeira habitação (ou aumentar o valor da isenção).

    Também defendo baixar os impostos sobre a construção e arrendamento.

    O que eu defendo aumentar, é a tributação sobre mais valias nas transações de imoveis (ex. 48% ao invés dos atuais 14%).

    Mas, com as devidas exceções para não prejudicar o cidadão comum.

    Esse valor tributado, poderia ser usado durante 5 anos (ou mais) na compra de outro imovel para primeira habitação.

    Além disso, esse valor seria reduzido consoante tenha havido investimento em obras (além da subtração do seu custo às mais valias).



    Ou seja, continuarias a ter lucro por construires e venderes, continuarias a ter lucro por arrendares, continuarias a ter lucro por comprares, recuperares e venderes.

    O unico lucro que seria diminuido, seria o lucro advindo da valorização do imovel sem ter havido qualquer investimento na valorização deste (i.e. sem obras).

    Quem vendesse para comprar outro imovel de valor equivalente ou superior, também não seria prejudicado.


    Portanto, o que eu defendo, não prejudica o funcionamento do mercado naquilo que queremos que funcione: construção, arrendamento, recuperação, e troca de casa de primeira habitação.



    Esse valor de mais valias... Para particulares é sempre englobado e pela nossa tabela de IRS muito curta facilmente atinge os 48% passando até disso com os adicionais de solidariedade.

    Ás empresas é englobado no IRC...

    14% era bom era...
    • eu
    • 30 setembro 2024

     # 5

    Colocado por: vmontalvaoO beneficiário do seguro de vida de um CH é o banco, portanto, nada irá para as suas filhas com esse seguro de vida, se lhe acontecer algo.


    Como assim? Fica a casa paga, para as filhas.
    Concordam com este comentário: desofiapedro
  4.  # 6

    Colocado por: AMG1Eu nao sou dado a teorias da conspiração, por isso tendo a aceitar que quem opina no espaço público e não representa interesses partidários, o faz de forma livre e sem condicionalismos ou interesse que não seja dar a sua opinião.


    Eu diria que neste caso nao se tratam de teorias da conspiracao, mas de ingenuidade em acreditar que ha algum tipo de comentario isento nesta situacao particular.

    Quer dizer, ha uma minoria... de patetas que vao atras do que os outros dizem por desconhecerem por completo como funciona o mercado. Mas essencialmente e na sua maioria, a malta que tem comentado este assunto e tudo malta que esta ligada diretamente ao setor e 'beneficia' com uma percepcao generalizada que estas medida vao aumentar o preco, ou malta com interesses partidarios que beneficia em que passe uma imagem que uma medida especifica do governo vai 'aumentar os precos'.

    Agora vamos a parte engracada... Qual era o valor da euribor em Dezembro de 2023? E qual era o valor da Euribor em Abril de 2024? E qual e o valor da Euribor hoje, 30 de Setembro de 2024? E qual e o valor expectavel da Euribor para o final de 2024?
    Vamos agora fazer um pequeno exercicio de logica pura. Quando a euribor baixa, e consequentemente torna o dinheiro mais barato, o que acontece aos precos das casas? Quer apostar 10 mil euros comigo que vamos chegar ao primeiro trimestre de 2025 e vao surgir noticias que os precos das casas subiram substancialmente mais na comparacao homologa em 2024 vs 2023 que 2023 vs 2022? E quer apostar mais 10 mil euros eu como tambem nessa altura vamos ver noticias a dizer que a 'causa' foram as medidas do governo, a isencao de IMT e o credito a 100% que so estara em vigor em 2025? Ignorando por completo que uma queda superior a 1% na Euribor tem 20x mais impacto no preco das casas que uma isencao de IMT em vigor 5 meses?

    E mesmo relativamente a isencao de IMT, porque motivo nao vemos ninguem a dizer 'uma vez que a isencao vai ate 316 mil euros, e expectavel que exista uma pressao para baixar os precos em zonas de menor pressao na procura por forma a tornar o imovel mais atrativo para jovens'? Nao e uma logica perfeitamente plausivel? E que assumindo que o IMT jovem realmente tem impacto na procura, tambem e verdade que influencia nos 2 eixos. Torna menos atrativo para um jovem comprar casas acima desse valor, limitando a procura a imoveis mais baratos. O que pode 'retirar' procura dos imoveis de valor superior. Isto vai acontecer na pratica? Duvido... como ja disse eu acho que o impacto desta medida no preco dos imoveis e proxima de 0. Mas e curioso como este ponto de vista, completamente logico, nunca circulou em lado nenhum.


    Colocado por: AMG1Evidentemente que há na sua descrição alguma "candura" sobre o comportamento dos vendedores, como se eles não conseguissem antecipar que vai passar a haver maior elasticidade da procura. Mas a verdade é que não me parece que essa possivel elasticidade seja perceptível neste momento. Provavelmente nunca será suficientemente relevante a ponto de afectar os precos.


    Ora ai esta. Concordamos no essencial. Nos, e toda a malta que olha de forma fria, objetiva e racional para o mercado e o conhece minimamente. Nos sabemos perfeitamente que quem escriturou uma casa em 30 de Junho, nao tomou a decisao de 'comprar casa' apos 10 de Maio. 90% dos casos foi malta que tomou a decisao no ultimo trimestre de 2023 ou primeiro de 2024 (ou ate muito antes), andou a explorar o mercado, se calhar fez varias propostas ate ter uma aceite, pedir credito, etc ate finalmente escriturar em Junho. O impacto do anuncio das medidas foi zero. Portanto quem comenta dizendo que o aumento homologo dos precos gigante neste trimestre foi devido ao anuncio do governo, so o faz por ma fe ou desconhecimento total do mercado.

    Colocado por: JPJDLVPodia estar aqui a enumerar todas as vantagens que tenho desde que decidi comprar e não consigo encontrar uma única vantagem em alugar casa (isto é valido para a realidade portuguesa, não me vou meter a colocar realidades de lugares que desconheço)


    Isso e valido para a sua realidade especifica, neste momento especifico.

    Quem tem um contrato antigo e paga 100e/mes de renda por um T3 no centro de Lisboa, pode dizer exatamente o oposto.

    Mas vamos pegar numa realidade 'normal'. Um jovem comeca a trabalhar e tem que ir para o Porto a ganhar 1800e/mes limpos. Compra um apartamento e fica a pagar um credito de 600e/mes, perfeitamente razoavel, comprando esse mesmo apartamento por 200 mil euros. Agora vamos imaginar tres situacoes distintas.
    Situacao A (o que aconteceu nos ultimos anos): O jovem recebe uma proposta para ir trabalhar para Lisboa a ganhar 2500e/mes limpos. Consegue vender o apartamento em 2 meses por 250 mil euros, mais 50 mil euros do que quando o comprou, e compra outro apartamento em Lisboa por 300 mil euros. Comprar foi uma excelente opcao, pois os 50 mil euros de lucro pagam o IMT da primeira compra, IMT da segunda e ainda sobra mais alguem para 'cobrir' os juros que pagou do credito.
    Situacao B (periodo 2010-2014): A economia entra em recessao e o jovem e despedido. Nao consegue encontrar trabalho. O seu rendimento passa de 1800e/mes para sub desemprego de 1000e/mes que vai reduzindo ao longo do tempo. Entretanto passa 1 ano e o jovem nao consegue arranjar emprego. Entretanto o subsidio baixa de valor e de repente a prestacao da casa representa quae 80% do rendimento mensal. As poupancas do jovem decrescem a olhos vistos. O apartamento que comprou por 200 mil euros esta ha venda ha 3 meses por 180 mil e nao te uma visita. Acaba o subsidio de desemprego. O jovem arranja um emprego a ganhar o SMN. La vende a casa por desespero por 160 ml euros, com um prejuizo de 40 mil euros. Se o jovem tivesse arrendado casa por 600e, podiam em 2/3 meses ter abandonado a mesma e mudar-se para um quarto. Ou mudar de localizacao. Ou regressar para casa dos pais, e em 2 meses deixava de ter responsabilidades de credito, seguros, condominio, despesas etc.
    Situacao C: O jovem trabalha a contrato e tem uma situacao precaria e instavel. Quando acabou o outro contrato, o jovem deixou de ter oportunidades no Porto e precisa de procurar noutros locais. Entretanto o jovem tem uma casa com despesas fixas e nao tem rendimentos para aguentar um credito de uma casa a espera de uma venda enquanto paga a renda de outra. O mercado esta estavel, com aumentos na ordem dos 3/4/5% ao ano. O jovem entretanto precisa de se mudar e tem 1 mes para vender a casa atual e mudar-se para outra na nova localizacao. O que e mais flexivel, ter casa propria ou arrendar?

    O vosso problema e que pegam nos ultimos anos como se fosse o 'normal'. O mercado nao funciona assim. Isto e como o investimento em ETFs diversificados. O que se diz a toda a gente racional? Investe apenas dinheiro que tenhas a certeza que nao vais precisar nos proximos 20 anos. E porque? Porque a longo prazo, e certo que vai 'crescer', mas la pelo meio tem alturas em que cresce 20% no ano e alturas em que perde 20% num ano. E se tiveres que vender em perda podes ser daqueles que perdem dinheiro. Que sao a maioria. A questao da casa e exatamente igual, mas com menos flexibilidade. Uma casa pode ser um investimento, pode ser uma liability. Com um arrendamento em 2/3 meses estas livre de encargos e disponivel para reduzir substancialmente a qualidade de vida, aumenta-la, mudar de localizacao, etc. Com uma casa propria nao. Quem usufruiu da situacao A nos ultimos anos acha-se 'cheio de moral' para ensinar os outros. Em 2014 que tinha vivido a situacao oposta sabe bem aquilo que preferia. Eu conheco varios casos dos 2 lados da barricada. Familias que foram forcadas a ajustar a forca naquela altura e nunca mais se endireitaram, e familias que comecaram com um apartamento no centro de Lisboa em 2014 que se mudaram em 2021 para uma moradia V5 em Mafra.
    Isto nao muda que o arrendamento e, e sempre sera, a solucao mais flexivel. Precisamente porque independentemente do timing do mercado, permite ajustamentos sem problemas.
    Claro que no longo prazo e para quem tem dinheiro e baixas taxas de esforco, a compra e sempre mais rentavel. Precisamente porque conseguem nao estar dependentes das variacoes do mercado. A prestacao passou de 600 para 1000e? Tranquilo. Vou ter que mudar de cidade e o mercado esta fraco? Meto a casa a arrendar para ja e vendo mais tarde quando o mercado subir. Mas isso e os 5% da populacao. Os restantes 95% nao funciona assim.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, John Doe
    Estas pessoas agradeceram este comentário: N Miguel Oliveira
  5.  # 7

    O problema é que esse mesmo jovem não consegue arrendar casa a 600€ nem em lisboa nem no porto, se conseguir um quarto por esse preço já é uma sorte, o arrendamento pode ser mais flexivel mas é muito mais caro.
  6.  # 8

    Colocado por: eu

    Como assim? Fica a casa paga, para as filhas.
    Concordam com este comentário:desofiapedro

    O OP disse que o capital em divida está num valor que lhe poderá facilmente amortizar na totalidade, mas só não o faz por causa do Seguro de Vida. Se amortizar já o CH, também ficará com a casa paga para as filhas, e poupa nas mensalidades do seguro de vida, portanto, o seguro de vida, não deveria ser o motivo pela qual continua a ter CH.
    Se quiser ter algo mais para dar as filhas, é fazer um seguro de vida onde as beneficárias, sejam as filhas, e não o banco.
    Concordam com este comentário: MS_11
  7.  # 9

    Colocado por: ruimesquitaO problema é que esse mesmo jovem não consegue arrendar casa a 600€ nem em lisboa nem no porto, se conseguir um quarto por esse preço já é uma sorte, o arrendamento pode ser mais flexivel mas é muito mais caro.
    E arrisco-me a dizer que dificilmente ganha os 1800 euros limpos (cerca de 2700 brutos).
  8.  # 10

    Colocado por: vmontalvaoO OP disse que o capital em divida está num valor que lhe poderá facilmente amortizar na totalidade, mas só não o faz por causa do Seguro de Vida. Se amortizar já o CH, também ficará com a casa paga para as filhas, e poupa nas mensalidades do seguro de vida,
    Sim, mas deixava de ter disponivel o tal valor que lhe permitia amortizar.
  9.  # 11

    Colocado por: ruimesquitaO problema é que esse mesmo jovem não consegue arrendar casa a 600€ nem em lisboa nem no porto, se conseguir um quarto por esse preço já é uma sorte, o arrendamento pode ser mais flexivel mas é muito mais caro.


    Eu tambem nao disse que o arrendamento era barato ou financeiramente mais ou menos vantajoso que comprar. Isso sao questoes de 'timing' do mercado.
    Estamos a falar de flexibilidade simplesmente, para o cidadao comum. Para alguem com 300k de poupanca, rendimentos altos e estaveis e uma discussao completamente diferente para alguem com pouca ou nenhuma poupanca a iniciar a sua vida.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  10.  # 12

    Ok mas se paga 2 ou 3 vezes mais do que esses 600€ de renda mesmo ganhando 1800€ vive do quê, não come não sai de casa etc.
  11.  # 13

    Colocado por: dmanteigasClaro que no longo prazo e para quem tem dinheiro e baixas taxas de esforco, a compra e sempre mais rentavel. Precisamente porque conseguem nao estar dependentes das variacoes do mercado. A prestacao passou de 600 para 1000e? Tranquilo. Vou ter que mudar de cidade e o mercado esta fraco? Meto a casa a arrendar para ja e vendo mais tarde quando o mercado subir. Mas isso e os 5% da populacao. Os restantes 95% nao funciona assim.


    Precisamente o que eu acho.
    Todos os que vi endividarem-se para comprar casa, de facto dizem que "se necessitar, meto a arrendar e mudo de sítio" e tal...
    Quantas vezes vi isso a acontecer? Nenhuma.
    Há uma comodidade perfeitamente natural em se manter no mesmo sítio. Também é bastante natural queixarem-se de meio mundo, do patrão, do banco, do governo, da Euribor, da inflação, etc etc... Quando atiro o "se estás mal, muda"... lá vem o atrelado de coisas que o prendem àquele lugar, entre as quais, o crédito e a casa são das âncoras mais pesadas a par das razões familiares. E muitas vezes até mais (típico casal que foi para a cidade, onde não têm familia por exemplo).

    No fundo, a verdadeira diferença é a relação que temos para com o risco.
    Arriscar "deitar dinheiro ao lixo" tanto pode correr bem, como mal.
    Acontece que ao "arrendar" a flexibilidade é maior, e os ajustes mais rápidos de fazer.
    Ao "comprar", também há "muito dinheiro deitado ao lixo", mas a malta não costuma ver isso.

    Além disso... por vezes o custo duma casa não é só aquilo que se pagou por ela.
    Há mais inestimento, bricolages, melhor mobiliário, etc etc... por tratar-se duma casa própria.
    Coisas que podem nem ocorrer numa casa alugada.
    Concordam com este comentário: dmanteigas
  12.  # 14

    Colocado por: N Miguel OliveiraTodos os que vi endividarem-se para comprar casa, de facto dizem que "se necessitar, meto a arrendar e mudo de sítio" e tal...
    Quantas vezes vi isso a acontecer? Nenhuma.


    Obvio... porque a dura realidade para a esmagadora maioria da populacao nao e essa.
    Este e o pais do 'mes a mes'. Onde a maioria das pessoas vive com o ordenado e as poupancas e para ir 1 semana de ferias para o Algarve.

    Isto agora anda tudo anestesiado com uma situacao completamente anormal de quase 1 decada de juro zero e crescimento recorde dos precos das casas. Mas o ciclo economico chama-se ciclo por algum motivo. Eu sempre fui extremamente conservador, talvez porque tive mais que um exemplo familiar dessa malta que comprava porque arrendar e deitar dinheiro ao lixo e na altura da 'crise' tiveram que ajustar de forma muito dolorosa.


    Colocado por: N Miguel OliveiraHá uma comodidade perfeitamente natural em se manter no mesmo sítio.


    Que e perfeitamente natural, porque depois acaba a criar-se uma relacao afetiva entre a casa e as pessoas. Por exemplo, eu tenho a certeza que muitos jovens da minha faixa etaria, dos 30 aos 40 anos, se vao relacionar com este comentario. A casa dos meus pais e dos meus sogros foram construidas na mesma altura, 2000/2001. Vivendas gigantes, de 3 pisos, quartos, salas, etc. Agora que se aproxima a velhice e passam a ter 400 a 500m2 de construcao para um casa de idosos distribuidos em varios pisos, que sentido faz ter aquela casa? Nenhum... se fosse uma casa 'arrendada' se calhar era muito mais facil emocionalmente mudarem-se para algo em termos de area e funcionalidade muito mais ajustado aquilo que necessitam e com menos 'custo de manutencao'

    Isto so para dar mais uma perspectiva relativamente a tal 'flexibilidade'. Nao quer dizer que este tipo de ligacao emocional tambem nao se crie numa casa arrendada, mas e certamente mais facil ser objetivo.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  13.  # 15

    Colocado por: HAL_9000E arrisco-me a dizer que dificilmente ganha os 1800 euros limpos (cerca de 2700 brutos).


    Com maior razão...
    Tendo HPP e preso a um crédito, mais dificil será para um jovem mudar-se do campo para Lisboa ou Porto... assim como mais dificil será para um jovem português perceber que é europeu também... e que cruzando uma fronteira virtual (que nem existe na prática), pode aumentar o seu rendimento 50%(?) a trabalhar em Espanha, 100%(?) se chegar a França, 300%(?) se chegar à Suíça ou Holanda, etc etc...

    No final, acho que tudo se resume ao que sobra do salário depois dos gastos com habitação, seja renda ou prestação.
    E não tanto se uma é melhor que outra...
  14.  # 16

    Colocado por: vmontalvao
    O OP disse que o capital em divida está num valor que lhe poderá facilmente amortizar na totalidade, mas só não o faz por causa do Seguro de Vida. Se amortizar já o CH, também ficará com a casa paga para as filhas, e poupa nas mensalidades do seguro de vida, portanto, o seguro de vida, não deveria ser o motivo pela qual continua a ter CH.
    Se quiser ter algo mais para dar as filhas, é fazer um seguro de vida onde as beneficárias, sejam as filhas, e não o banco.
    Concordam com este comentário:MS_11



    O que eu tentei dizer (provavelmente não me expliquei bem) foi que não me compensa amortizar a casa, pois o que pago entre prestação e seguro de vida + multiriscos não me causa dano e que irei amortizar ainda mais para ter mais dinheiro disponível mensalmente.

    Com isto, a ideia foi que com uma prestação tão baixa, prefiro manter a prestação (uma vez que não me causa dano) e pagar o seguro de vida que não chega a 20€, sabendo eu que se me acontecer alguma coisa a casa fica paga (e por consequência para as filhas).
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  15.  # 17

    Colocado por: N Miguel OliveiraTendo HPP e preso a um crédito, mais dificil será para um jovem mudar-se do campo para Lisboa ou Porto... assim como mais dificil será para um jovem português perceber que é europeu também...
    Porque? Com o mercado actual o jovem facilmente arrenda a casa, com a renda paga a prestação e ainda mete algum ao bolso. Neste momento o CH nao é prisão nenhuma.

    Não pode é comprar um galinheiro a preço inflacionado, o que tendo em conta os preços que vejo anunciados diria que acontece mais do que seria desejável.

    Colocado por: N Miguel Oliveiraque cruzando uma fronteira virtual (que nem existe na prática), pode aumentar o seu rendimento 50%(?) a trabalhar em Espanha, 100%(?) se chegar a França, 300%(?) se chegar à Suíça ou Holanda, etc etc...
    não admira que os jovens emigrem todos, sempre que se discute habitação em Portugal, tarde ou cedo lá surge a sugestão de emigrar.
    • JPJDLV
    • 30 setembro 2024 editado

     # 18

    Colocado por: dmanteigas

    Eu diria que neste caso nao se tratam de teorias da conspiracao, mas de ingenuidade em acreditar que ha algum tipo de comentario isento nesta situacao particular.

    Quer dizer, ha uma minoria... de patetas que vao atras do que os outros dizem por desconhecerem por completo como funciona o mercado. Mas essencialmente e na sua maioria, a malta que tem comentado este assunto e tudo malta que esta ligada diretamente ao setor e 'beneficia' com uma percepcao generalizada que estas medida vao aumentar o preco, ou malta com interesses partidarios que beneficia em que passe uma imagem que uma medida especifica do governo vai 'aumentar os precos'.

    Agora vamos a parte engracada... Qual era o valor da euribor em Dezembro de 2023? E qual era o valor da Euribor em Abril de 2024? E qual e o valor da Euribor hoje, 30 de Setembro de 2024? E qual e o valor expectavel da Euribor para o final de 2024?
    Vamos agora fazer um pequeno exercicio de logica pura. Quando a euribor baixa, e consequentemente torna o dinheiro mais barato, o que acontece aos precos das casas? Quer apostar 10 mil euros comigo que vamos chegar ao primeiro trimestre de 2025 e vao surgir noticias que os precos das casas subiram substancialmente mais na comparacao homologa em 2024 vs 2023 que 2023 vs 2022? E quer apostar mais 10 mil euros eu como tambem nessa altura vamos ver noticias a dizer que a 'causa' foram as medidas do governo, a isencao de IMT e o credito a 100% que so estara em vigor em 2025? Ignorando por completo que uma queda superior a 1% na Euribor tem 20x mais impacto no preco das casas que uma isencao de IMT em vigor 5 meses?

    E mesmo relativamente a isencao de IMT, porque motivo nao vemos ninguem a dizer 'uma vez que a isencao vai ate 316 mil euros, e expectavel que exista uma pressao para baixar os precos em zonas de menor pressao na procura por forma a tornar o imovel mais atrativo para jovens'? Nao e uma logica perfeitamente plausivel? E que assumindo que o IMT jovem realmente tem impacto na procura, tambem e verdade que influencia nos 2 eixos. Torna menos atrativo para um jovem comprar casas acima desse valor, limitando a procura a imoveis mais baratos. O que pode 'retirar' procura dos imoveis de valor superior. Isto vai acontecer na pratica? Duvido... como ja disse eu acho que o impacto desta medida no preco dos imoveis e proxima de 0. Mas e curioso como este ponto de vista, completamente logico, nunca circulou em lado nenhum.




    Ora ai esta. Concordamos no essencial. Nos, e toda a malta que olha de forma fria, objetiva e racional para o mercado e o conhece minimamente. Nos sabemos perfeitamente que quem escriturou uma casa em 30 de Junho, nao tomou a decisao de 'comprar casa' apos 10 de Maio. 90% dos casos foi malta que tomou a decisao no ultimo trimestre de 2023 ou primeiro de 2024 (ou ate muito antes), andou a explorar o mercado, se calhar fez varias propostas ate ter uma aceite, pedir credito, etc ate finalmente escriturar em Junho. O impacto do anuncio das medidas foi zero. Portanto quem comenta dizendo que o aumento homologo dos precos gigante neste trimestre foi devido ao anuncio do governo, so o faz por ma fe ou desconhecimento total do mercado.



    Isso e valido para a sua realidade especifica, neste momento especifico.

    Quem tem um contrato antigo e paga 100e/mes de renda por um T3 no centro de Lisboa, pode dizer exatamente o oposto.

    Mas vamos pegar numa realidade 'normal'. Um jovem comeca a trabalhar e tem que ir para o Porto a ganhar 1800e/mes limpos. Compra um apartamento e fica a pagar um credito de 600e/mes, perfeitamente razoavel, comprando esse mesmo apartamento por 200 mil euros. Agora vamos imaginar tres situacoes distintas.

    Situacao A (o que aconteceu nos ultimos anos): O jovem recebe uma proposta para ir trabalhar para Lisboa a ganhar 2500e/mes limpos. Consegue vender o apartamento em 2 meses por 250 mil euros, mais 50 mil euros do que quando o comprou, e compra outro apartamento em Lisboa por 300 mil euros. Comprar foi uma excelente opcao, pois os 50 mil euros de lucro pagam o IMT da primeira compra, IMT da segunda e ainda sobra mais alguem para 'cobrir' os juros que pagou do credito.
    Estamos de acordo.


    Situacao B (periodo 2010-2014): A economia entra em recessao e o jovem e despedido. Nao consegue encontrar trabalho. O seu rendimento passa de 1800e/mes para sub desemprego de 1000e/mes que vai reduzindo ao longo do tempo. Entretanto passa 1 ano e o jovem nao consegue arranjar emprego. Entretanto o subsidio baixa de valor e de repente a prestacao da casa representa quae 80% do rendimento mensal. As poupancas do jovem decrescem a olhos vistos. O apartamento que comprou por 200 mil euros esta ha venda ha 3 meses por 180 mil e nao te uma visita. Acaba o subsidio de desemprego. O jovem arranja um emprego a ganhar o SMN. La vende a casa por desespero por 160 ml euros, com um prejuizo de 40 mil euros. Se o jovem tivesse arrendado casa por 600e, podiam em 2/3 meses ter abandonado a mesma e mudar-se para um quarto. Ou mudar de localizacao. Ou regressar para casa dos pais, e em 2 meses deixava de ter responsabilidades de credito, seguros, condominio, despesas etc.
    O jovem comprou uma casa por valores que lhe garantam segurança em caso de desemprego? É que este jovem (neste caso eu), quando foi ao banco não pediu o máximo que o banco emprestava, pediu o máximo que o deixaria confortável caso viesse a ficar desempregado. Fez uma escolha consciente.
    Já agora, como ficaria o jovem que alugasse uma casa (pelo dobro do valor) e ainda tem quase 1 ano de rendas para pagar? É que a casa é sempre a ultima coisa a deixar de pagar quando é sua e se não arranjar um trabalho que lhe permita pelo menos pagar a renda enquanto for viver para os seus pais até a vida melhorar, então certamente deu um passo maior que a perna no C.H onde se meteu.


    Situacao C: O jovem trabalha a contrato e tem uma situacao precaria e instavel. Quando acabou o outro contrato, o jovem deixou de ter oportunidades no Porto e precisa de procurar noutros locais. Entretanto o jovem tem uma casa com despesas fixas e nao tem rendimentos para aguentar um credito de uma casa a espera de uma venda enquanto paga a renda de outra. O mercado esta estavel, com aumentos na ordem dos 3/4/5% ao ano. O jovem entretanto precisa de se mudar e tem 1 mes para vender a casa atual e mudar-se para outra na nova localizacao. O que e mais flexivel, ter casa propria ou arrendar?
    Esta situação que coloca não deixa de ser caricata. Então mas o jovem está numa situação precária e instável mas "o mercado está estável e com aumentos na ordem dos 3/4/5% ao ano" então convêm mudar de cidade? É muito fácil inventar teorias e histórias para se provar um ponto. Convêm é serem "histórias" com pés e cabeça.


    O vosso problema e que pegam nos ultimos anos como se fosse o 'normal'. O mercado nao funciona assim. Isto e como o investimento em ETFs diversificados. O que se diz a toda a gente racional? Investe apenas dinheiro que tenhas a certeza que nao vais precisar nos proximos 20 anos. E porque? Porque a longo prazo, e certo que vai 'crescer', mas la pelo meio tem alturas em que cresce 20% no ano e alturas em que perde 20% num ano. E se tiveres que vender em perda podes ser daqueles que perdem dinheiro. Que sao a maioria. A questao da casa e exatamente igual, mas com menos flexibilidade. Uma casa pode ser um investimento, pode ser uma liability. Com um arrendamento em 2/3 meses estas livre de encargos e disponivel para reduzir substancialmente a qualidade de vida, aumenta-la, mudar de localizacao, etc. Com uma casa propria nao. Quem usufruiu da situacao A nos ultimos anos acha-se 'cheio de moral' para ensinar os outros. Em 2014 que tinha vivido a situacao oposta sabe bem aquilo que preferia. Eu conheco varios casos dos 2 lados da barricada. Familias que foram forcadas a ajustar a forca naquela altura e nunca mais se endireitaram, e familias que comecaram com um apartamento no centro de Lisboa em 2014 que se mudaram em 2021 para uma moradia V5 em Mafra.
    Isto nao muda que o arrendamento e, e sempre sera, a solucao mais flexivel. Precisamente porque independentemente do timing do mercado, permite ajustamentos sem problemas.
    Claro que no longo prazo e para quem tem dinheiro e baixas taxas de esforco, a compra e sempre mais rentavel. Precisamente porque conseguem nao estar dependentes das variacoes do mercado. A prestacao passou de 600 para 1000e? Tranquilo. Vou ter que mudar de cidade e o mercado esta fraco? Meto a casa a arrendar para ja e vendo mais tarde quando o mercado subir. Mas isso e os 5% da populacao. Os restantes 95% nao funciona assim.
    Concordam com este comentário:N Miguel Oliveira,John Doe
    Estas pessoas agradeceram este comentário:N Miguel Oliveira


    A prova de que o que você diz não é de todo a realidade de Portugal sou eu mesmo. Já o referi mas vou repetir:

    NO meu caso, casal com 1 filha, pagava uma prestação de 450€ e o senhorio de um momento para o outro, alertou que no final do contrato passaria a renda para 700€ (deve ser essa a flexibilidade que fala) o que me deixou desagradado ainda que conseguisse pagar. Resultado, ganhei coragem, adquiri casa, passei de um T2 para um T3 e atualmente pago uma renda de 300€.

    Em 5 anos já poupei milhares de euros com a compra do imóvel, ao ponto de estar tranquilo uns tempos mesmo que algum dos elementos cá de casa fique desempregado, juntei para um fundo e tenho atualmente um imóvel que estou a tentar adquirir para investimento.

    Se eu quiser mudar de localização seja pelo motivo que for, o meu "problema" será a logística porque terei tempo e dinheiro suficiente (fruto da decisão que tomei) para arrendar/vender a casa sem pressa.


    Já agora, a casa que me queriam passar para 700€, já está atualmente arrendada por 1000€ e se lá tivesse ficado, tenho a certeza que não teria nem METADE da qualidade de vida que ganhei ao tomar a decisão de adquirir um imóvel, e provavelmente com este aumento absurdo das rendas, nunca mais compraria casa e estaria sempre com uma vela acessa a rezar para que o senhorio não acordasse mal disposto e me aumentasse de novo a renda.

    Obviamente que cada caso é um caso e atualmente comprar casa já implica um esforço maior tendo em conta o aumento das casas, mas se isso é verdade para a aquisição, ainda mais o é para o aluguer. Pelo menos em Portugal :)

    PS: Só tenho pena de ter comprado casa aos 34 e não aos 24 (no máximo) :)
    Concordam com este comentário: ferreiraj125, ruimesquita, desofiapedro
  16.  # 19

    Os senhorios agradecem que continuem a pagar rendas...
    Não tenho dúvidas em Portugal compensa comprar, só me arrependo de não me ter tornado proprietário mais cedo...
    Concordam com este comentário: JPJDLV, ferreiraj125, ruimesquita, desofiapedro
  17.  # 20

    Colocado por: HAL_9000Porque? Com o mercado actual o jovem facilmente arrenda a casa, com a renda paga a prestação e ainda mete algum ao bolso. Neste momento o CH nao é prisão nenhuma.

    Não pode é comprar um galinheiro a preço inflacionado, o que tendo em conta os preços que vejo anunciados diria que acontece mais do que seria desejável.


    Poder pode... mas...
    Colocado por: dmanteigasMas isso e os 5% da populacao. Os restantes 95% nao funciona assim.


    Você por exemplo, quantos conhece que o tenham feito?
    A sua casa por exemplo, é facilmente colocada no mercado de arrendamento, com as características que tem?

    É que não basta ter um "asset" só porque sim.
    É preciso que consiga vender ou arrendar pelo preço que se quer.
    Localização, tamanho, conforto, etc...

    Como o Hal bem diz "neste momento"... as coisas estão assim.
    Porém, com crédito de 20-40 anos, é normal que esse crédito atravesse ciclos diferentes também.
    Concordam com este comentário: dmanteigas
 
2.6247 seg. NEW