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  1.  # 1

    Colocado por: AMG1uando a, destempero, comparou uma qualquer ideia minha com uma proposição da IL.
    Não foi bem um destempero, efectivamente o AMG1 sugeriu que os pobres só se mantêm pobres porque querem.



    Colocado por: AMG1É claro que a imigracao, tal como os vistos Gold, os reformados europeus, os nomadas digitais, o AL, os hotéis,... tudo isso contribui para aumentar a procura. Mas repare que também foi todo esse movimento que permitiu a recuperação dos centros das cidades que estavam abandonados e em degradação há decadas. Foi tambem esse movimento e o investimento estrangeiro que pegou em partes das cidades em que ninguem pegava e is trouxeram oara o mercado. Veja o exemplo da zona oriental de Lisboa.
    Certissimo, e pode ter feito sentido nessa altura, o que não quer dizer que continue a fazer sentido no panorama atual.


    Colocado por: AMG1Mas o Hal pode muito bem ter a razão em apontar os imigrantes como responsaveis pelos altos preços da habitação,
    Exatamente em que ponto do meu discurso é que me viu a culpar os imigrantes? Culpo sim as políticas de imigração, que é algo completamente diferente. Eu ao contrário do Vance, e de muita gente que aqui comenta sobre imigração, eu moro efectivamente numa zona com muitos imigrantes e não me lembro de algum dia ter tratado algum deles com menos respeito do que a qualquer nacional.
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 2

    Colocado por: Carvai
    Os problemas estão claramente identificados. A quebra dos casamentos e a subida enorme de divórcios duplicou a procura de casas sem nenhum aumento da população. Depois veio a imigração e aumentou a população e logo a procura. A oferta foi baixando porque os investidores mudaram de patos-bravos para CEO de imobiliárias e descobriram que é melhor fazer T3 a 1 milhão do que construir torres de T0 e T1. E a ultima solução dos pobres que eram os bairros de barracas ou clandestinos também foram acabando. Teoricamente aumentamos a qualidade da habitação mas inevitavelmente a quantidade diminui.
    No arrendamento a praga dos incumprimentos foi aumentando, que até o próprio Estado é vitima :
    https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/550-familias-vao-ser-despejadas-pela-camara-de-loures-por-falta-de-pagamento-das-rendas-sociais?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
    Concordam com este comentário:Soliva


    Pois as causas estão completamente identificados, por isso é que o FMI, no relatorio divulgado ontem sobre a economia portuguesa, onde dá conta que a sobrevalorização das casas estará entre 15 a 30%, mas fasta a ideia da existencia de uma bolha imobiliaria e avança como principais causas do aumento dos precos dos imóveis, os vistos gold e o AL.
    O relatorio é interessante e aposto que o Miranda Sarmento e o LM não devem ter ficado muito agradados. Já o "radical" PNS parece que encontrou um aliado insuspeito quanto ao IRS jovem.
  2.  # 3

    Colocado por: AMG1Claro que não há nada para estudar. Basta pegar na soluções que o dmanteigas aponta.


    Eu nao apresentei quaisquer solucoes. Nem sequer e a minha area.
    Que e necessario aumentar a oferta e algo com que todos concordamos. Mas isso numa e uma solucao. Isso e algo que deriva das solucoes que se encontrarem.

    Colocado por: AMG1Epa, ter opiniões fortes, alicerçadas e não ter receio de as apresentar de forma assertiva, parece-me ótimo. Mas...enfim. Fiquemos por aqui.
    Claro que você tem razão em apontar o tema dos estímulos e sobretudo o impacto que a sua duração teve.


    Ha opinioes, ha percepcoes e ha factos..
    Nao percebi muito bem esta parte do comentario, quando na linha imediatamente a seguir corrobora o que eu disse.

    Nao ha qualquer duvida sobre qual foi a raiz do 'problema'. E teoria economica basica, que se aprende em quem faz a escolaridade obrigatoria em Portugal. Claro que ha sempre quem rejeite a navalha de Occam e tente encontrar explicacoes mais complexas para problemas simples. Mas o que se passou na habitacao na Europa e nos US foi so a consequencia natural de quase uma decada de taxas de juro negativas, algo perfeitamente previsivel. O ser mais ou menos grave e que depende das caracteristicas individuais de cada mercado/pais e dai num pais a habitacao subir 50% enquanto noutro sobe 150%. Isto e algo tao obvio quando o impacto que subir as taxas de juro teve na inflacao - e mesmo assim o que nao faltou foi malta, em cargos de relevo, a rejeitar a navalha de Occam e dizer que 'esta' inflacao era diferente de todas as outras :). Em termos 'macro' a economia e relativamente previsivel.

    Colocado por: AMG1A verdade é que não estamos perante um problema de facil solução, nem sequer rápida e por isso ninguém espere milagres, mas convinha vermos um objectivo e um roteiro para lá chegar, em vez de paliativos para atenuar a dor a todos. Isso já tivemos com o Costa.


    Ou seja... diz exatamente o mesmo que eu palavra por palavra. Ate me custa a tentar perceber de onde vem tanta 'discordancia'.

    Colocado por: CarvaiOs problemas estão claramente identificados.


    Repare... estao identificados por nos. Por mim, por si e muitas outras pessoas com alguma formacao e conhecimento do setor.
    E eu acredito que muitos politicos tambem tenham identificado corretamente os problemas. Mas alem de os identificar, e preciso assumi-los. O que fez o governo anterior relativamente a isto? Nada mais que populismo. Culpar fundos, vistos gold, estrangeiros ricos, etc... basta ler as varias declaracoes da anterior ministra da habitacao ou do atual secretario geral do PS.

    Este governo parece que reconhece um bocadinho mais os problemas, mas tambem nao apresenta um 'roteiro' serio. Por exemplo, baixar o IVA da habitacao para 6% para HPP e uma medida que faz todo o sentido. O que faz o atual governo? Anuncia que o ira fazer no futuro, sem qq roteiro, explicacao de como sera aplicada (o que acontece em predios onde parte e vendido para HPP e parte para outros fins?), nada, criando ainda mais incerteza no mercado.

    Relativamente ao arrendamento... que governo ate agora reconheceu que um dos maiores problemas nao sao os 'senhorios gananciosos' mas a ausencia de senhorios? O do Passos Coelho, que ainda hoje e violentamente atacado pela 'Lei Cristas'? Como e que e possivel dizer que os problemas estao identificados, quando algo tao obvio nao e reconhecido por ninguem e a culpa sempre atirada para o alvo facil - senhorios.

    Colocado por: AMG1Pois as causas estão completamente identificados, por isso é que o FMI,


    E engracado como o FMI serve como 'arma de arremesso' conforme convem a cada parte...

    Colocado por: AMG1Já o "radical" PNS parece que encontrou um aliado insuspeito quanto ao IRS jovem.


    Entao deduzo que tambem esteja de acordo com as medidas que o FMI sugeriu para Portugal em 2011? :)
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 4

    Colocado HAL_9000 Não foi bem um destempero, efectivamente o AMG1 sugeriu que os pobres só se mantêm pobres porque querem.


    Eu terei mesmo dito ou sugerido esse disparate?
    Deve ter sido do adiantado da hora. Não terei por acaso sugerido que cada um de nós, pobre, rico ou remediado também tem alguma responsabilidade nas decisões que toma e na forma como orienta a sua vida.
    Por vezes parece-me que o Hal, devido à farta argumentação, mas certamente sem intenção, também baralha um pouco as ideias dos seus adversarios de contenda, sobretudo quando, como eu, não dispõem de muitas certezas sobre quase nada.
    Mas mostre lá onde me passou esse dislate pela pena, porque pela cabeça, só se for depois da senilidade, que felizmente ainda não chegou.
  3.  # 5

    Colocado por: AMG1Mas mostre lá onde me passou esse dislate pela pena, porque pela cabeça, só se for depois da senilidade, que felizmente ainda não chegou.
    Eu não gosto de dúvidas no ar, o que o caro AMG1 disse foi o seguinte:

    Colocado por: AMG1O problema é que em Portugal em vez de se arregaçar as mangas, culpa-se o governo ou então também há quem acenda uma vela ao santo da sua devoção.
    Os outros por essa europa fora, também tiveram tudo dado de borla, nunca foi preciso mexerem-se para nada, só para nós é que a vida é lixada.


    Obviamente que quando se transmite uma mensagem, corre-se sempre o risco de quem está do outro lado fazer uma interpretação errada da mesma, nomeadamente a interpretação que melhor assenta na sua contra argumentação.

    Pois se sou tantas vezes mal interpretado, é perfeitamente plausível que por vezes possa eu interpretar mal também.
    Concordam com este comentário: dmanteigas
    Estas pessoas agradeceram este comentário: diouf_matos
  4.  # 6

    Colocado por: HAL_9000e o outro vê a mesma solução em tudo: " temos de ser exigentes, nao sermos piegas.....emigrem."

    A não ser que o Miguel me diga que na sua opinião Portugal está ótimo e recomenda-se, eu parto do princípio que os problemas serão reais e não coisas da minha cabeça.


    Acho que você só se foca nessa, apesar de que já lhe mencionei tantas outras que nem se relacionam com o exterior...
    Mas mesmo as que se relacionam com o estrangeiro, há muitos modos de negociar, cooperar, aprender, que não implicam levantar-se do seu sofá sequer.
    Mas como isso pressupõe fazer-se à vida, arriscar, testar, falar noutro idioma, sair da zona de conforto, o Hal descarta-as logo.
    Ai e tal, "o país, o governo, o banco, etc deve fazer isto e aqueloutro, apostar nisto e naquilo"... já o cidadão comum deve esperar sentadinho em casa à espera que tudo lhe caia do céu. Está bem está. O Estado é o reflexo da população que governa. Acho que o Hal confunde sistematicamente Causas com Consequências. Que "A" é uma característica inerente, uma consequência de ser-se "B"... quando muitas vezes o "A" não passa duma causa e não duma consequência.

    Eu não tenho a menor dúvida que o isolacionismo só nos afunda.
    Poderemos perder alguma soberania? Sim, pode acontecer.
    Poderemos perder alguma tradição ou "identidade"? Sim, pode acontecer.
    O mundo está em constante mudança. Acho que ficar parado em troca disso não nos favorece.
    Até porque, mudaremos de qualquer dos modos.
    Resta saber se em conjunto com os parceiros europeus e do mundo ou orgulhosamente sós.

    Nem tudo é uma fatalidade.
    Há outras opões, que podem não fazer sentido para sí, mas podem resultar bem com outros.
    Agora se resume tudo isso a "emigrar"... pronto, fique lá com a sua.
  5.  # 7

    Colocado por: N Miguel OliveiraMas como isso pressupõe fazer-se à vida, arriscar, testar, falar noutro idioma, sair da zona de conforto, o Hal descarta-as logo.
    Nunca as descartei e não tenho qualquer diferendo consigo relativamente a essas opções. A única alternativa com a qual não concordo, sempre que se fala no baixo poder de compra nacional é a emigração. Daí que eu a refira, pois é frequente também o N Miguel Oliveira a sugerir.

    Pois se o país sofre com a sangria de mão de obra qualificada, não posso considerar a emigração como uma opção que salvaguarde o interesse nacional, ainda que efetivamente possa resolver o interesse particular.



    Colocado por: N Miguel Oliveirae tal, "o país, o governo, o banco, etc deve fazer isto e aquele outro, apostar nisto e naquilo"... já o cidadão comum deve esperar sentadinho em casa à espera que tudo lhe caia do céu.
    sabe muito bem que nunca aludi a que o cidadao comum deva esperar sentadinho. O meu ponto é precisamente o contrário, o cidadão comum vai a luta, faz o melhor que consegue e frequentemente bate de frente com os entraves tipicamente nacionais, sendo que a falta de perspectivas e oportunidades é o maior deles.
    Concordam com este comentário: Dias12
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 8

    Colocado por: dmanteigas

    Não há qualquer duvida sobre qual foi a raiz do 'problema'. E teoria economica basica, que se aprende em quem faz a escolaridade obrigatoria em Portugal.
    ....
    Ou seja... diz exatamente o mesmo que eu palavra por palavra. Ate me custa a tentar perceber de onde vem tanta 'discordancia'.
    ...
    E engracado como o FMI serve como 'arma de arremesso' conforme convem a cada parte...
    ...
    Entao deduzo que tambem esteja de acordo com as medidas que o FMI sugeriu para Portugal em 2011? :)

    Eu não tive a oportunidade de fazer a escolaridade obrigatória em Portugal, por isso vai ter de desculpar-me por talvez me faltarem as ferramentas necessárias para entender algumas dessas coisas básicas.

    Mas qual é o espanto de estar de acordo consigo? Afinal você proprio diz que se trata de "teoria economica básica".

    Agora o FMI.

    Quando fiz referência ao relatorio do FMI foi para mencionar que aquela entidade aponta duas razões para o aumento do preço das casas em Portugal, que vejo frequentemente serem desvalorizadas por cá. Se o FMI está certo ou não, isso já não sei, mas admito que o FMI não o esteja a afirmar de ânimo leve. Mas se não concorda, porque não aproveita e nos explica porque razão o FMI não tem razão?
    Evidentemente que o FMI serve de arma de arremesso por todas as partes e foi sempre assim até em 2011, qual é a duvida ou novidade.
    Quanto a estar de acordo com FMI em 2011. No diagnóstico, claro que sim, mas também só um tonto não estaria. Quanto ao remédio, também estive de acordo nuns casos e em desacordo noutros. Depois o FMI era apenas uma parte da Troyca e eu nunca as confundi. Mas o que é que isso tem de relevante para o que se passa hoje, se até a orientação do FMI mudou sobre muito do que se passou em 2011.
    Concordam com este comentário: Dias12
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 9

    Colocado por: HAL_9000

    Obviamente que quando se transmite uma mensagem, corre-se sempre o risco de quem está do outro lado fazer uma interpretação errada da mesma, nomeadamente a interpretação que melhor assenta na sua contra argumentação.

    Pois se sou tantas vezes mal interpretado, é perfeitamente plausível que por vezes possa eu interpretar mal também.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:diouf_matos


    Caríssimo não sou eu que o vou acusar se nada homem. Tenha lá a interpretação que achar melhor, que não nos vamos zangar por isso.
    Então para ser claro, eu não culpo ninguém se ser pobre, rico, ou remediado, apenas acho que há demasiada gente a espera que o estado lhes resolva o que eles proprios não tentaram sequer resolver e isso ocorre em todos os extractos sociais. Eu não sou como o André que só olha para os "subsídios" e ajudas de alguns.
  6.  # 10

    Colocado por: HAL_9000Daí que eu a refira, pois é frequente também o N Miguel Oliveira a sugerir.


    Nesse âmbito, de interação com o estrangeiro, o que eu sugiro é uma relação mais próxima com outros países e modos de fazer as coisas.

    Quando mencionei "emigrar" referia-me àquilo que mais facilmente poderá fazer caso viva de aluguer em vez de hipotecar-se. Pois era uma questão individual e não do "país" como nação. O país não pode emigrar. Também mencionei outras quantas, como abrir o seu próprio negócio e inovar, ou apostar na formação de modo a sermos mais productivos... coisas que uma maior liberdade poderá ajudar. Ou coisas que ajudem a pausar e refletir, anos sabáticos e afins... Que nos tornem mais productivos no futuro. Se está de aluguer, pára de pagar renda e muda de estilo de vida, adapta-se ao momento actual da economia, etc... Se está a pagar casa, é mais complicado mudar de emprego, de sítio, etc... tende a ser mais conservador nas decisões que toma. Não que ache nada disso mal, só não acho que seja uma fatalidade e tem que ser assim, porque "há falta de perspectivas e oportunidades"
  7.  # 11

    Colocado por: AMG1apenas acho que há demasiada gente a espera que o estado lhes resolva o que eles proprios não tentaram sequer resolver e isso ocorre em todos os extractos sociais.
    Haverá com certeza, mas em muitos casos sera apenas o reflexo de o estado se meter em demasia na vida das pessoas e de ha uns anos a esta parte o estado se dedicar a governar para clientelas.

    Veja-me o exemplo desta medida do IRS Jovem. Como já disse antes, eu não tenho bem opinião formada acerca dela. Se por um lado de facto me parece injusta, e não sei muito bem como iria ser feita a transição dos 35 para os 36 anos em termos de impostos, por outro, poderia ajudar a reter alguma da mão de obra que não vê aqui grandes perspectivas.

    Ora bem o PS é contra a medida porque discrimina em função da idade e não a aceita, o que é legítimo. Porém ao poupar 1000 milhões de euros com a não aplicação dessa medida, qual é a proposta do PS para um terço desse valor? Aumentar os reformados pois então. Juro que não entendo. Nesse caso já não é discriminar em função da idade?
    Concordam com este comentário: dmanteigas
  8.  # 12

    Colocado por: N Miguel Oliveira. O país não pode emigrar
    Pois não, mas pode emigrar a não de obra do país, mão de obra essa, sem a qual não sairemos da cepa torta. A minha implicância é só com isso.



    Colocado por: N Miguel OliveiraSe está a pagar casa, é mais complicado mudar de emprego, de sítio, etc... tende a ser mais conservador nas decisões que toma.
    A propria decisão de comprar casa é notória de uma maneira de ser mais conservadora.

    Eu vivi de renda durante 10 anos, antes de decidir comprar/construir. Não me sinto mais preso por estar a pagar prestação em vez de renda. Mas é um facto que a pessoa quando decide comprar...tem uma predisposição maior para "assentar"
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  9.  # 13

    Colocado por: HAL_9000Não me sinto mais preso por estar a pagar prestação em vez de renda.


    Provavelmente porque nunca viu uma "liberdade" na renda, mas sim um "tem de ser".
    Ao que me refiro, é que a renda pode servir para "puxar a culatra atrás" ou "ganhar impulso", talvez como você fez durante 10 anos... e que o ajudou a poder comprar mais tarde. A única coisa que acrescento é que, pode pelo meio, "investir" em muitas outras coisas antes de "enterrar" tudo numa casa / empréstimo. Coisas essas que o podem fazer chegar ao seu objectivo (ter casa em seu nome ou outro sonho qualquer) muito mais depressa, via aumento de rendimentos em vez da diminuição de gastos (prestação vs renda) e ao mesmo tempo deixar uma semente para o futuro. No fundo, imagino que seja a primeira motivação que alguém que migre da terrinha para Lisboa, aumentar rendimentos... mesmo que isso aumente os gastos também. Porque o que interessa é o que sobra ao final do mês e a vida que se tem. O que é válido para o tipo que troca a terrinha por Lisboa, é válido pelo que aposta e arrisca nas outras coisas também.

    Não é pelo facto de que o HAL agora faz parte dos proprietários, que alugar casa seja manifestamente mau para toda a gente. Aliás, o que não faltam são ricos a viver de aluguer como bem lhes apetece porque os rendimentos chegam para isso... pois o seu foco sempre esteve mais no aumento de rendimentos que propriamente na contensão de custos. E mesmo os que o fazem "porque tem que ser" podem ter outras aspirações, que não a de ser proprietário de coisa alguma.

    Pelo que, o Estado a intervir no mercado... podia perfeitamente virar-se para os dois problemas principais que temos... a pouca vontade em colocar/construir para alugar... e a falta de casas em sí, onde há "excesso" de emprego. Tomando como principio que não lhes interessa disperçar o "emprego" ou descentralizar.
    Concordam com este comentário: HAL_9000, AMG1
  10.  # 14

    Colocado por: N Miguel Oliveiraque alugar casa seja manifestamente mau para toda a gente
    Nem eu disse que era. Simplesmente vou vendo o valor que pedem pelas rendas, pergunto a algumas pessoas com as quais trabalho e não consigo perceber como podem pagar rendas de 700, 800, 1000 euros. Parecem-me valores muito descabidos para o nosso nível de rendimentos. Daí que eu diga que no panorama actual, talvez compense mais comprar do que arrendar (até porque as casas não estão a desvalorizar).

    Agora claro, arrendar é uma opção perfeitamente valida, foi a minha opção durante 10 anos.

    Colocado por: N Miguel OliveiraAliás, o que não faltam são ricos a viver de aluguer como bem lhes apetece porque os rendimentos chegam para isso... pois o seu foco sempre esteve mais no aumento de rendimentos que propriamente na contensão de custos
    claro que sim. Só não percebo porque o associa ao comprar casa, a ter o foco em "contensão de custos". Eu pelo menos ao comprar, o meu foco é ter uma fonte de rendimento no futuro, seja através de renda ou venda. A nivel profissional estou sempre atento a oportunidades que surjam, se amanhã perceber que tenho hipotese ir ganhar mais para o Algarve, ou para o Minho, facilmente coloco a casa a arrendar. Pago de prestação pouco mais de 100 euros, e consigo uma renda de 600 euros, é um negócio sem grande risco.
  11.  # 15

    Colocado por: Joseba
    Desculpa mas na minha opinião isso é overrated.
    É o mesmo que comprar um Ferrari e ficar preocupado com o gasto de gasolina.
    Quem tem 1000 euros para amortizar não vai se preocupar com 20 euros de taxa...


    O meu ponto da taxa de amortização era na perspetiva dos bancos.

    É por 2% ser um custo de amortização relativamente baixo que a taxa fixa não "prende" o cliente ao banco, e por isso, este tem menos interesse em oferecer uma taxa fixa mais vantajosa.

    Por exemplo, agora as taxas variaveis estão altas, e por isso é do interesse dos bancos oferecerem taxas fixas baixas se isso garantir que o cliente se mantém nessa taxa por muitos anos, pois isso implica que também vai estar a pagar uma taxa mais elevada quando a euribor estiver mais baixa.

    Mas como existe o limite de 2% para a amortização, quando as taxas baixarem, o cliente pode simplesmente pagar os 2% (e muitas vezes outros bancos estão dispostos a arcar com esse custo para angariar um novo cliente) e mudar para a taxa variavel.

    Isto elimina bastante o interesse dos bancos em oferecerem taxas fixas vantajosas pois não vão estar a oferecer uma taxa fixa mais vantajosa para assim que as taxas variaveis forem mais vantajosas o cliente espetar o dedo do meio e ir aproveitar essas taxas variaveis. O banco só ficaria a perder.

    Não há almoços gratis. Limites às taxas de amortização são uma vantagem, mas essa vantagem tem um custo, que se traduz em taxas fixas menos vantajosas.
  12.  # 16

    Colocado por: HAL_9000A nivel profissional estou sempre atento a oportunidades que surjam, se amanhã perceber que tenho hipotese ir ganhar mais para o Algarve, ou para o Minho, facilmente coloco a casa a arrendar.


    Sim. O que eu acho é que isso é relativamente incomum acontecer tendo HPP.
    Ou pelo menos mais improvável quando comparado com quem aluga, pois há maior emoção e apego à casa.
    Não tenho dados nenhuns sobre isto. É mera percepção e acho perfeitamente natural que assim seja.
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 17

    Colocado por: HAL_9000

    Veja-me o exemplo desta medida do IRS Jovem. Como já disse antes, eu não tenho bem opinião formada acerca dela. Se por um lado de facto me parece injusta, e não sei muito bem como iria ser feita a transição dos 35 para os 36 anos em termos de impostos, por outro, poderia ajudar a reter alguma da mão de obra que não vê aqui grandes perspectivas.

    Ora bem o PS é contra a medida porque discrimina em função da idade e não a aceita, o que é legítimo. Porém ao poupar 1000 milhões de euros com a não aplicação dessa medida, qual é a proposta do PS para um terço desse valor? Aumentar os reformados pois então. Juro que não entendo. Nesse caso já não é discriminar em função da idade?


    Creio que a distribuição peetendida pelo PS eram 500 milhoes oara habitação e o restante +/- em partes iguais, para pagar a exclusividade no SNS e aumento das pensões ate 1500€.
    O engraçado é que ainda hoje a ministra do trabalho veio anunciar a revisão da fórmula de actualização das pensões, para a tornar ainda mais simpática para os reformados.
    A mim parece-me que estamos a assistir a um bailarico, em que os dois dançarinos ja decidiram que querem ir para eleições.
    Amanha a esta hora ja saberemos mais, mas das duas uma, ou o LM engole o sapo e cede em toda a linha, o que eu não acredito, ou acaba-se o bailarico.
    Ora como a dança com o AV não serve para nada, o LM nem vai perder tempo com isso. Quando chegar a hora apresenta o orçamento e quem quiser aprovar que aprove, se chumbar melhor ainda.
    Para mim vamos para eleições, eu ja tinha essa ideia, mas depois do PNS vir com aquela treta do "prefiro perder eleições a perder convicções" fiquei mesmo convencido.
    O PNS não se importa de perder as eleições e ficar 4 anos a reorganizar as tropas enquanto a AD se vai desgastando.
    O LM está convencido que vai acabar com o Chega ou pelo menos ficar-lhe com metade dos deputados e prefere ficar a governar, mesmo que seja em minoria, mas com um número de deputados confortável e quem sabe se com a IL até não chega à maioria.
    Quem é pode estragar esta festa? O AV, que não querendo perder os 50 lugarzinhos, no momento da votação aprove o orcamento, mesmo sem negociar coisa nenhuma. Seria o descrédito do Chega, visto de fora, talvez sim, mas para quem lá está será visto como uma jogada de mestre.
    Claro que o prof MRS deve estar a moer a cabeça do LM para que ele não o coloque entre a espada e a parede, o problema e que o sapo que o LM tem de engolir, também não é "pera doce". Nem o Costa teve de engolir um igual com o imposto Mortágua. Já ninguém se deve lembrar, mas na altura não foi nada fácil de digerir pelo Costa.
    Eu se tivesse de apostar, apostava que amanhã damos mais um passo a caminho das eleições lá para janeiro.
    Concordam com este comentário: HAL_9000
  13.  # 18

    Ora vamos olhar para os países do norte da Europa:

    Inquilinos que não pagam são despejados rápidamente. A polícia tem poder para interpretar os contratos de arrendamento.

    O valor das rendas são decididos pelos senhorios. é o mercado a funcionar. Se o senhorio não quer ter crianças ou animais de estimação, tem a liberdade de assim estipular. As leis do ruído são cumpridas...etc

    Quando os senhorios precisam das casa, só têm que avisar e sabem que vão ter as cassas de volta rapidamente, independentemente do inquilino que têm.

    Se os inquilinos estragam as casas, arranjam um problema sério, e vão ter que pagar o que estragaram, só mesmo em condições muito excepcionais vão-se livrar de pagar, mas não voltam a poder alugar casas.

    Existe uma base de dados de inquilinos, onde os senhorios colocam as apreciações aos inquilinos que tiveram, e pode ser consultada por todos. Em Portugal isso seria impensável, por causa da lei de protecção de dados.

    As taxas de habitação social na Europa são, por exemplo:
    :
    Holanda: 30%
    França: 17%
    Dinamarca 20%
    Suécia : 22%
    Reino Unido : 17%

    ...
    Portugal: 2% a 3%

    Querer fazer dos senhorios a segurança social é errado e provoca o efeito ao contrário do desejado

    Se uma pessoa deixar de pagar o empréstimo da casa, o banco vai despejá-la sem apelo nem agravo, seja quem fôr o inquilino, mesmo que tenha 70 anos.

    Se uma pessoa deixar de pagar a renda de casa, o senhorio vê-se grego para fazer o despejo, isto se puder fazê-lo...
    Concordam com este comentário: Dias12, Varejote, N Miguel Oliveira, AMG1, HAL_9000, Soliva, dmanteigas
    • AMG1
    • 2 outubro 2024

     # 19

    Colocado por: ParamonteOra vamos olhar para os países do norte da Europa:

    Inquilinos que não pagam são despejados rápidamente. A polícia tem poder para interpretar os contratos de arrendamento.

    O valor das rendas são decididos pelos senhorios. é o mercado a funcionar. Se o senhorio não quer ter crianças ou animais de estimação, tem a liberdade de assim estipular. As leis do ruído são cumpridas...etc

    Quando os senhorios precisam das casa, só têm que avisar e sabem que vão ter as cassas de volta rapidamente, independentemente do inquilino que têm.

    Se os inquilinos estragam as casas, arranjam um problema sério, e vão ter que pagar o que estragaram, só mesmo em condições muito excepcionais vão-se livrar de pagar, mas não voltam a poder alugar casas.

    Existe uma base de dados de inquilinos, onde os senhorios colocam as apreciações aos inquilinos que tiveram, e pode ser consultada por todos. Em Portugal isso seria impensável, por causa da lei de protecção de dados.

    As taxas de habitação social na Europa são, por exemplo:
    :
    Holanda: 30%
    França: 17%
    Dinamarca 20%
    Suécia : 22%
    Reino Unido : 17%

    ...
    Portugal: 2% a 3%

    Querer fazer dos senhorios a segurança social é errado e provoca o efeito ao contrário do desejado

    Se uma pessoa deixar de pagar o empréstimo da casa, o banco vai despejá-la sem apelo nem agravo, seja quem fôr o inquilino, mesmo que tenha 70 anos.

    Se uma pessoa deixar de pagar a renda de casa, o senhorio vê-se grego para fazer o despejo, isto se puder fazê-lo...
    Concordam com este comentário:Dias12

    O que descreve em linhas gerais traduz algumas dessas realidades, mas nemmpk4 isso impede que nalguns desses também existam problemas sérios no acesso a habitação.
    Quando refere habitação social, creio que também está a incluir aquilo a que vulgarmente se chama habitação pública, ou seja habitação colocada no mercado de arrendamento pelo estado e que nalguns casos é a maior fatia dessas %. Na Áustria creio que ainda é maior do que os 30% da Holanda.
    Nalguns desses paises, os fundos de pensões privados são proprietários duma parte significativa das casas arrendadas. Coisa que nós também não temos.
    É óbvio que precisamos de resolver as questões do risco no arrendamento e isso passa inevitavelmente por tirar essas questoes dos tribunais. Sem resolvermos isso, os grandes investidores não se metem no negocio e ficam apenas os pequenos, como acontece hoje.
  14.  # 20

    Colocado por: AMG1para pagar a exclusividade no SNS
    Quanto a isto ainda gostava de ver uma coisa tão simples como: Valor massa salarial paga a médicos /Nº Médicos no SNS.

    Não adianta nada aumentar ordenados e pagar exclusividades se a intensão for continuar com esta (des)organização do SNS. Mais valia tentar reter os jovens no país.

    Colocado por: AMG1A mim parece-me que estamos a assistir a um bailarico, em que os dois dançarinos ja decidiram que querem ir para eleições.
    Também me parece que sim. E é mesmo disso que o país está a precisar. Acho que podiamos fazer das eleições uma nova época festiva anual. Há o Natal, há a Páscoa, há o Carnaval, e haveria as eleições.

    Colocado por: AMG1O PNS não se importa de perder as eleições e ficar 4 anos a reorganizar as tropas
    O PNS se perder as eleições não se aguenta como Secretário-Geral do Partido Socialista. Pode ir à vidinha dele e levar com ele a Alexandra Leitão que já niguém a aguenta.
 
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