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  1.  # 1

    Colocado por: HAL_9000Pois já eu, na vila onde tenho a casa, bastou um casal de estrangeiros comprarem lá um terreno urbano a preço inflaccionado (o vendedor curiosamente é Lisboeta), para todos os terrenos urbanos na zona terem dispardo de preço (se os vendem ou não, são outros 500, mas a maioria das pessoas que está a vender, não tem grande pressa em fazê-lo). Tudo afeta o mercado, inclusivamente as percepções.


    Isso nao tem nada de estranho. O que nao falta aqui em Viseu sao terrenos que estao a venda ha anos e que mesmo assim aumentam de preco. O mercado tem muita coisa que esta a venda, sem estar realmente a venda.


    Colocado por: HAL_9000Juraria que de Caparosa a Viseu, não demoro mais de 20 min. Mas nunca cronometrei, e também não sei o que se considera centro.
    Ainda assim, ter preços acessiveis a 25 min de um grande centro urbano, não me parece nada mal.


    Se for as 2 da manha sem transito... nao duvido :) E a conduzir sem grande respeito por sinaletica de transito...

    De resto, tem ai do proprio google maps:

    https://www.google.com/maps/dir/Boa+Aldeia,+Portugal/Viseu,+Portugal/@40.6576835,-8.0319443,13z/data=!4m15!4m14!1m5!1m1!1s0xd233ed9116c2d31:0xdd04110f38c64fef!2m2!1d-8.0628862!2d40.6317285!1m5!1m1!1s0xd23363eebc35ccd:0xf6bfc08821e7449a!2m2!1d-7.9124712!2d40.6565861!3e0!5i2?entry=ttu&g_ep=EgoyMDI0MTExMC4wIKXMDSoASAFQAw%3D%3D


    Colocado por: HAL_9000Em algumas zonas acredito que seja extamanente como diz, mas em outras tantas o AL de facto veio contrubuir para o aumento de preços, sendo um entre outros factores.


    A nivel local, certamente. Eu nao nego isso. Mas qual o impacto no preco das casas em Viseu ou Coimbra se o governo decretasse o fim do AL? E que se os grandes responsaveis fossem os apontados, entao a subida dos precos seria um fenomeno localizado e nao nacional.

    Mais uma vez, e olhar para um copo cheio quase a transbordar e achar que e com colheres de cafe que vamos impedir de transbordar.
    Por isso e que de certa forma me 'irrita' o discurso a volta daquilo. Pois enquanto andarmos a discutir se os AL, vistos gold, etc sao ou nao responsaveis pelo aumento dos precos na habitacao, nunca vamos conseguir resolver nada.
  2.  # 2

    Colocado por: N Miguel Oliveira


    Levamos 4000 comentários nesta discussão... e é excusado.
    É "falar pó boneco", com isto dos imigrantes.
    Entendo que é o mais fácil, é o mais evidente, é muito mais simples procurar uma justificação básica e há vista de todos, que tentar compreender que o tema da habitação é complexo, e altamente dependente do Ordenamento do Território, do ciclo económico, da situação laboral, da demografia dos empregos, do tipo de empregos, do estado do Ensino, da burocracia, do sistema bancário.
    Mas como são temas "chatos", chuta-se para canto. "O problema são os estrangeiros, residentes e turistas..." Por favor... já não há paciência. Se contribuem para o agudizar do problema? Certamente que sim. Mas numa proporção que em nada tem que ver com a "realidade" que aqui se tenta passar, mais do que explicado sei lá quantas páginas atrás... Mas volta e meia, lá aparecem eles de novo, os estrangeiros, esses vandalhos...

    Enquanto andarmos há volta de 20% da população e os efeitos "nefastos" que trazem consigo, e esquecer o real problema do nosso anémico Ordenamento do Território, do poder da Banca, da falta de valorização do ensino profissional, etc etc... podemos debater o que quisermos e desaparecer com todos os estrangeiros, residentes ou turistas... que o "problema" da habitação continuará.

    O simples sintoma de que praticamente quase não existam promotores imobiliários (quando comparados com outros países), para mim é mais do que explicativo da situação. Outro detalhe importante... no dia em que uma casal só consiga pedir ao banco 100 ou 150mil, veremos o que acontece ao preço das casas. No dia em que deixarmos de tratar todos os empreiteiros por "gatunos" e olharmos com olhos de ver para o Ensino Profissional... talvez tenhamos alguma esperança... Outra coisa que parece faltar é responsabilidade urbanística de quem constrói e/ou de quem deixa construir... mas isso já é muita proza...


    dado que é uma situação tão complexa vou-lhe simplificar, chama-se lei da procura e oferta, quando aumentamos a procura desenfreadamente e mantemos a oferta é natural que o preço de um bem suba, mas claro, vamos ignorar a questão que mais afetou a procura.

    quanto à questão dos 4000 comentários, concordo, os especialistas deste fórum parecem mais preocupado em dizer que os empreiteiros são uns coitadinhos e as casas têm que custar meio milhão
  3.  # 3

    Colocado por: N Miguel OliveiraMas como são temas "chatos", chuta-se para canto. "O problema são os estrangeiros, residentes e turistas..." Por favor... já não há paciência. Se contribuem para o agudizar do problema?
    A questão é que se parte do um ponto em que o problema existe e a resolução é difícil. A lógica seria resolver o problema antes de introduzir outros fcatores que o agudizassem.

    Penso que ninguém aqui alega que os "estrangeiros, residentes (não habituai) e turistas" são os únicos culpados, apenas se diz que vieram contribuir para o agravar como argumento contra quem defende que não influenciam o mercado.
    Concordam com este comentário: vmontalvao
  4.  # 4

    Um texto interessante no Expresso
    https://expresso.pt/opiniao/2024-11-12-alojamento-local-o-ataque-da-reacao-e2ff48eb

    Como é de acesso pago anexo PDF
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
    • AMG1
    • 13 novembro 2024

     # 5

    Confesso que para mim este tem do aumento dos preços nominais das casas tem alguns "misterios", difíceis de entender.
    Vejamos este exemplo: há 20 anos alguém compra um apartamento, num prédio centenário, mas em razoável estado de conservação, situado na actual freguesia de Santo António, uma das mais, se não a mais valorizada de Lisboa. Esse apartamento foi comprado por 240k e na sua remodelação completa foram investidos sensivelmente 200k, o que totaliza cerca de 450k de investimento há 20 anos. Actualizando esse valor, os 450k seriam hoje cerca de 630k. Tendo em conta que esse mesmo apartamento valerá agora entre 800 a 900k. Pergunto: onde está a valorização de 170%?
    E recordo que estamos a falar numa das freguesia mais valorizadas da capital, no triângulo Rato/Príncipe Real/São Bento, que há vinte anos estava pejada de ruinas e com o comercio a fechar, mas que entretanto ganhou uma vida completamente diferente, ou seja passou de uma zona para onde ninguém queria ir, para ser uma das mais cobiçadas.
    A mim parece-me que estamos a comparar coisas diferentes. Comparar o preço de um apartamento a precisar obras profundas naquilo que era tido como uma zona decadente, com o valor desse mesmo apartamento em 2024, completamente renovado e numa zona agora tida como "premium", a meu ver não faz muito sentido.
    Pode dizer-se que os novos residentes estrangeiros e o turismo valorizaram a zona, mas há 20 anos ninguém sabia disso e essa procura não se estendeu da mesma forma ao restante território nacional, por isso é que eu não percebo donde provêm este aumento médio de 170%., a não ser que para esse aumento estejam a concorrer muitos casos como este ou ainda piores, p.e o valor de uma ruína em 2015 com o valor dessa casa hoje, depois de completamente refeita.
    A questao central e saber se quem comparava em 2004 uma casa por 450k, a pode comprar hoje por 900k e a resposta a isso, ainda é mais estranha, pois de acordo com os dados da portada (link abaixo), até é bem possivel que a possa comprar, porque o salário médio (nominal) peaticamente duplicou em 23 anos.
    Claro que as casas mais baratas podem ter valorizado mais, ou não, porque foi em Lisboa que os precos mais subiram, pelo menos é isso que vemos veiculado por todo o lado.

    https://www.pordata.pt/pt/estatisticas/salarios-e-pensoes/salarios/salario-medio-anual-ajustado-tempo-inteiro
    Concordam com este comentário: dmanteigas
    • AMG1
    • 13 novembro 2024

     # 6

    Colocado por: CarvaiUm texto interessante no Expresso
    https://expresso.pt/opiniao/2024-11-12-alojamento-local-o-ataque-da-reacao-e2ff48eb

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    Ontem depois de ler este artigo fartei-me de rir, mas não foi com o artigo que sobre o AL, não traz nada de verdadeiramente novo. O interessante e engenhoso foi a utilização do conceito de reaccionário aos detratores do AL e depois o resultado disso na caixa de comentários. Alguns são mesmo hilariantes, outros só desconcertantes. Este HM é um tipo muito perspicaz a captar o "tuga".
  5.  # 7

    Colocado por: CarvaiUm texto interessante no Expresso
    https://expresso.pt/opiniao/2024-11-12-alojamento-local-o-ataque-da-reacao-e2ff48eb

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    Off topic.

    No texto o autor menciona que o concelho de Vila Nova de Paiva já não pertence ao distrito de Viseu. Isto é mesmo assim? Houve alguma alteração nos distritos que me tenha passado ao lado?
    • AMG1
    • 13 novembro 2024

     # 8

    Colocado por: Dias12

    Off topic.

    No texto o autor menciona que o concelho de Vila Nova de Paiva já não pertence ao distrito de Viseu. Isto é mesmo assim? Houve alguma alteração nos distritos que me tenha passado ao lado?


    Comunidade Intermunicipal VISEU DÃO LAFOES é só uma forma mais moderna de dizer Distrito de Viseu, ou seja, dar a ideia de que existe alguma forma se cooperação orgânica entre os varios municípios que a compõem, mas todos sabemos como é um titulo bonito para designar mais ou menos o mesmo de sempre.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
  6.  # 9

    Colocado por: jg231dado que é uma situação tão complexa vou-lhe simplificar, chama-se lei da procura e oferta, quando aumentamos a procura desenfreadamente e mantemos a oferta é natural que o preço de um bem suba, mas claro, vamos ignorar a questão que mais afetou a procura.

    quanto à questão dos 4000 comentários, concordo, os especialistas deste fórum parecem mais preocupado em dizer que os empreiteiros são uns coitadinhos e as casas têm que custar meio milhão


    Claro que é uma questão de procura vs oferta. O problema é que esse desbalanço entre uma coisa e outra é complexo... Mas como a malta tem sempre que opinar sobre o que não sabe, procurámos sempre as respostas mais simples e básicas... E pronto... se há um factor que contribui e é fácil de entender... bora mastigar sobre isso... É muito mais fácil discutir a "arvore" que está mesmo há nossa frente... que pensar na "floresta" do problema.
    Dentro da sua simplificação... a "procura" sobe muito mais pelo "fácil" acesso a 200, 300 mil do banco por um cliente com salário miserável... que com os estrangeiros. Portugal praticamente mantém o numero de habitantes desde há muitos anos. Onde está o aumento da procura afinal? Não terá também que ver com os 10-15 anos em que o país paralisou? E sobre a "oferta", nada a dizer? Provavelmente o problema está muito mais aqui que na procura... Mas são temas "chatos" para quem não percebe disto... pela que a resposta tem sido "eu não sou politico, esse é o trabalho deles"... Basta ver os gráficos da evolução demografica (do lado da procura) vs o gráfico do numero de construções por ano (do lado da oferta) para perceber onde estão as oscilações importantes... É sempre mais fácil apontar o dedo aos estrangeiros... Boa, continue que "vai bem"...

    Quanto aos especialistas... não percebi a que se refere. Deve haver um punhado de empreiteiros nestas discussões, se tanto... Sendo que a esmagadora maioria dos users serão certamente Donos de Obra, restam um ou outro técnicos da área, entre Arquitectos, Engenheiros, ou malta das Obras, etc etc... que podem contribuir com uma visão não deturpada pelo próprio bolso. Aliás... creo que todos esses técnicos teriam a ganhar se as obras custassem 250 mil em vez de meio milhão... pois haveria mais projectos para fazer, mas pronto, adiante...
  7.  # 10

    Colocado por: HAL_9000A questão é que se parte do um ponto em que o problema existe e a resolução é difícil. A lógica seria resolver o problemaantesde introduzir outros fcatores que o agudizassem.

    Penso que ninguém aqui alega que os "estrangeiros, residentes (não habituai) e turistas" são os únicos culpados, apenas se diz que vieram contribuir para o agravar como argumento contra quem defende que não influenciam o mercado.


    Certo HAL... mas nada muda em relação ao panorama global... continuámos preocupados com o grão de areia visivel, sem resolver o problema do deserto como um todo... Pode tirar esse grão de areia da equação, que pouco ou nada muda. Acredita mesmo que o problema é um sexto ou quinto da população?! São esses que "estragam" isto tudo? O Ordenamento do Território não tem meios... nem há interesse nisso.

    Alguém que queira construir algo, de modo a que seja disponibilizado a um preço acessível, tem tantos factores desfavoráveis... que nem é bom pensar. Cansa logo... É complexo, é de dificil resolução...
    Há muito tema em jogo, muitas variantes, multiplos factores... o local de origem dum Residente é um não assunto, face à escala do problema... Mas pronto, continuemos nisto... que tenho as pipocas no microondas...
  8.  # 11

    Colocado por: AMG1até é bem possivel que a possa comprar, porque o salário médio (nominal) peaticamente duplicou em 23 anos.
    o AMG acha que era alguém que ganhava 14k ano que comprava o dito apartamento por 450k, ou quem ganha agora 22k pode comprar o mesmo apartamento por 900k? A principal questão é: que habitação estava acessível a quem ganhava 14k em 2004 vs que habitação está acessível para quem ganhava 22k em 2023.

    Ainda interessa saber se esse aumento nominal cobre a taxa de inflação, não sei se o salário real não terá diminuído, até que muito deste aumento do salário médio está alavancado pelo aumento do salário mínimo. .


    Relativamente aos aumentos de 170%, o exemplo que o AMG1 dá, não se verifica, mas há outros que sim. Uma colega minha comprou em 2010 um T4 em Arroios por 110k, vendeu em 2020 por 380k. As obras que lhe fez foi pintá-lo para não se ver o mofo nas paredes (que motivou a venda).
  9.  # 12

    Colocado por: N Miguel OliveiraCerto HAL... mas nada muda em relação ao panorama global... continuámos preocupados com o grão de areia visivel, sem resolver o problema do deserto como um todo... Pode tirar esse grão de areia da equação, que pouco ou nada muda. Acredita mesmo que o problema é um sexto ou quinto da população?! São esses que "estragam" isto tudo? O Ordenamento do Território não tem meios... nem há interesse nisso.
    Não discordo de si no essencial. Simplesmente parece-me que esse quinto ou sexto da população não é irrelevante. Também influencia o mercado . Como já referi antes, bastou um casal de reformados estrangeiros para ter um impacto significativo no preço dos terrenos urbanos numa vila. Acredito que se não se venderem o preço volte a baixar. Mas por agora aparece tudo anunciado a preço para estrangeiro.
  10.  # 13

    Colocado por: HAL_9000Não discordo de si no essencial. Simplesmente parece-me que esse quinto ou sexto da população não é irrelevante. Também influencia o mercado . Como já referi antes, bastou um casal de reformados estrangeiros para ter um impacto significativo no preço dos terrenos urbanos numa vila. Acredito que se não se venderem o preço volte a baixar. Mas por agora aparece tudo anunciado a preço para estrangeiro.


    Eu não duvido do que escreve. A questão é mesmo se esses terrenos são vendidos a esse preço. Ou se simplesmente estão à venda a ver se cola. Porque se aconteceu com um, pode acontecer com outro também. Eu na verdade, acho simplesmente que esses terrenos "nunca estiveram à venda verdadeiramente". Quanto aos lotes em novos empreendimentos... acho que nunca se vendeu tanto lote individualmente. O que também faz subir o preço do lote. Parece-me que antes era mais comum ver promotores que "compravam logo 10 ou 20 lotes... assim como empreendimentos de apartamentos em maior escala.

    Isto para dizer, que não tendo a população aumentado significativamente, acho redutor ligar este aumento de preços aos estrangeiros com tanto afinco, um grupo, que além de minoritário, não carece de habitação na sua totalidade. Muitos fazem parte da população há muitos anos.

    Cada vez que uma casa fica vazia no interior, a probabilidade de o morador vir a exercer uma pressão imobiliária num grande centro é grande. É sobretudo para aí que "migram" as gentes de zonas sem emprego, transportes, serviços, comércio, entretenimento, etc... Ora, isso é quantificável, pode-se saber isso, através dos dados de alteração de morada por exemplo...
    Mas claro, como um imigrante "contou" no momento de entrar, pouco importa o resto. A culpa recai nele, passando completamente ao lado do nacional que abandonou a aldeia para vir para a grande cidade.

    É como o seu vizinho estrangeiro rico... é um ai Jesus. Ora, e se tivesse sido um nacional com dinheiro que se reformou depois duma vida na França, Lux ou Suíça?
  11.  # 14

    Colocado por: N Miguel Oliveirase tivesse sido um nacional com dinheiro que se reformou depois duma vida na França, Lux ou Suíça?
    geralmente regressam para a terra de origem onde já têm terreno de família, ou casa construída ha 20 anos.



    Colocado por: N Miguel OliveiraA culpa recai nele, passando completamente ao lado do nacional que abandonou a aldeia para vir para a grande cidade.
    Certíssimo, eu sou um dos que vim aumentar a pressão sobre a habitação na AML e que por isso mesmo já tive de ir viver nos subúrbios dos subúrbios. Contudo os migrantes internos têm geralmente salários nacionais, pelo que essa competição não distorce tanto o mercado. É muito diferente do que competir com rendimentos da Alemanha ou EUA.... Ou com 20 pessoas que se juntam para pagar uma renda.

    É como diz, enquanto não se resolver o ordenamento do territorio, o problema vai-se manter. Neste momento não se constrói para a dita classe média. E existindo já um problema qualquer factor que venha colocar mais pressão no preço só agrava o problema.
    Concordam com este comentário: Nostradamus, N Miguel Oliveira
  12.  # 15

    Existe aquele jogo da cadeira, muito famoso que as crianças fazem, onde ha menos cadeiras que crianças. 10 crianças correm em circulo em torno de 9 cadeiras e quando o cronometro chegar ao fim, sentam-se todos e a criança mais lenta fica de pé.


    cade



    Nas casas actualmente é igual. Existem 10 gajos para comprar casa quando existem 9 no mercado. O mais pobre fica a olhar.

    Podem negar e estrabuchar como quiserem, mas ao adicionar 1 Expat, 2 emigrantes, 3 reformados ricos, vamos ter 16 gajos a competir na mesma num jogo viciado e com pouca % sucesso para o mais pobre.

    Onde anteriormente ficava 1 de pé/sem casa, agora ficam 7. Adicionar jogadores a esta roleta só vai complicar a coisa ainda mais e desequilibrar a balança para o mais pobre.

    E nestes 7 existem malta de todos os espectros da sociedade. Doutores, engenheiros, empregadas de limpeza, operários, transexuais ou paneleir*s. Ninguém escapa.
    Concordam com este comentário: Dias12, HAL_9000
  13.  # 16

    Colocado por: N Miguel OliveiraEu não duvido do que escreve. A questão é mesmo se esses terrenos são vendidos a esse preço. Ou se simplesmente estão à venda a ver se cola. Porque se aconteceu com um, pode acontecer com outro também. Eu na verdade, acho simplesmente que esses terrenos "nunca estiveram à venda verdadeiramente".


    Ora... o mercado esta cheio disso o que tambem cria muitas perspectivas erradas sobre os 'valores de mercado'. Ja aqui contei a historia do meu vizinho e do duplex que esta a venda vai fazer 3 anos...
    Mas podia contar muito mais. La na aldeia ha dezenas de terrenos a venda, a larga maioria rusticos que nao da para fazer rigorosamente nada. O valor deles e... nenhum. Porque ninguem os quer. E quem os tem, tambem nao quer acreditar que aquele terreno com 2 hectares vale os 5 mil euros que o vizinho do terreno ao lado quer dar por ele, porque mais ninguem tem interesse naquilo. Ora o que acontece e que aquele terreno com valor real de 5k maximo, que e o valor que o unico interessado esta disponivel a dar por ele, esta anunciado por 25/30k ha anos sem ter uma unica visita (obviamente).
    Idem para as casas velhas nas aldeias. A triste realidade e que os velhotes vao morrendo e os filhos ficam com casas velhas no centro das aldeias. Na cabeca deles como eu meti la atras, nao faz sentido um apartamento T3 usado custar 250 mil euros, e uma casa velha a 5km da cidade com 60m2 por piso a precisar de obras valer nem 40 mil. Entao tambem nao e estranho ver muita casa anunciada ha anos por precos que obviamente nunca ninguem ira pagar.

    Mas tudo isto sao coisas sem qualquer impacto no mercado, pois um imovel ou terreno com preco desajustado, tanto faz esse desajuste ser por 20% ou por 200%. No caso que o HAL referiu, aumentarem o preco de terrenos sem procura nao tem qualquer impacto.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  14.  # 17

    Colocado por: CarvaiUm texto interessante no Expresso
    https://expresso.pt/opiniao/2024-11-12-alojamento-local-o-ataque-da-reacao-e2ff48eb

    Como é de acesso pago anexo PDF
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Dias12


    Muitos direitos dos quais o autor hoje usufrui não passariam de reações se a luta pela sua conquista não tivesse sido bem sucedida.

    É curioso que regular o AL é demasiada intervenção do estado, mas proibir os proprietarios de terminarem contratos de arrendamento a velhos e poderem dispor dos seus imoveis como lhes aprouver é OK...
  15.  # 18

    Colocado por: dmanteigasaumentarem o preco de terrenos sem procura nao tem qualquer impacto
    Os terrenos tinham procura, até porque há umas poucas de casas novas a iniciar por lá, não têm é tanta procupa pelos preços actuais. Apesar de tudo eu acho que tem impacto, porque se cria a perceção de valor de mercado. Eu em 2018 achava que dar 20K por um terreno era ridiculamente caro, hoje em dia considero bom preço- Porque? porque entretanto os preços pssaram dos 20K para os 40K, 50, 60K. Muitos não se vendem vão aumentando de preço, mas no caminho alguns vendem-se a perceção do "valor de mercado" de um terreno naquela zona mudou.
  16.  # 19

    Oferta de construção nova baixou muito devido à crise de 2008 e falta de capital.

    Procura subiu com percepção geral de que PT é um bom país para se viver (imigrantes permanentes, reformados, pessoal de trabalho remoto, estudantes) e visitar (AL).

    Preço pedido sobe e vai continuar a subir a não ser que nenhuma das variáveis se altere.
    Para mim, foi decisão politica pós 2012/13 para manter custos de trabalho baixos (emigração fácil), aumentar turismo (RNHs e marketing no estrangeiro). Não gostamos de ouvir mas somos um país pobre em que as empresas vivem penduradas no estado e têm pouco capital.

    Há soluções para fazer muitas casas e rapidamente mas implica fazer as coisas como se faz naturalmente em tempos de pós-guerra ou catátrofe.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira, dmanteigas
  17.  # 20

    Colocado por: AMG1Pode dizer-se que os novos residentes estrangeiros e o turismo valorizaram a zona, mas há 20 anos ninguém sabia disso e essa procura não se estendeu da mesma forma ao restante território nacional, por isso é que eu não percebo donde provêm este aumento médio de 170%., a não ser que para esse aumento estejam a concorrer muitos casos como este ou ainda piores, p.e o valor de uma ruína em 2015 com o valor dessa casa hoje, depois de completamente refeita.
    A questao central e saber se quem comparava em 2004 uma casa por 450k, a pode comprar hoje por 900k e a resposta a isso, ainda é mais estranha, pois de acordo com os dados da portada (link abaixo), até é bem possivel que a possa comprar, porque o salário médio (nominal) peaticamente duplicou em 23 anos.
    Claro que as casas mais baratas podem ter valorizado mais, ou não, porque foi em Lisboa que os precos mais subiram, pelo menos é isso que vemos veiculado por todo o lado.

    https://www.pordata.pt/pt/estatisticas/salarios-e-pensoes/salarios/salario-medio-anual-ajustado-tempo-inteiro vemapostar-oferta
    Atrair investidores que compram para arrendamento ou revenda de longo prazo distorce o mercado para a população local. Como resultado, mesmo aqueles que poderiam comprar enfrentam preços irrealisticamente elevados.
    Concordam com este comentário: Dias12
 
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