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    • AMG1
    • 9 fevereiro 2025

     # 1

    Colocado por: gil.alves
    Sistema Helvético.

    E funciona.
    Agora existe responsabilidade e o segundo pilar é teu, transparente, com juro (decente) composto e é transportado ctg de cada vez que mudes de empresa Suíça. Do teu salário sai uma percentagem e a empresa contribui outro tanto.
    Podes ainda aumentar essa percentagem havendo empresas que promovem até igualdade de co-pagamento. O que tu puseres acima a empresa põe igual.

    Isso e o terceiro pilar permitem também condições engraçadas de acesso a crédito habitação que faz com que prestações sejam consideravelmente mais simpáticas.
    Por exemplo podes escolher um período até 15 anos (salvo erro) que a tua prestação é só para os juros com a condição de amortização de 20% ao fim desse período. Decides depois pagar juros na mesma ou juntar amortização+juros. Permite ainda deferir uma percentagem (consoante cálculo de juros do segundo pilar) para o fim do crédito.

    O sistema sueco também tem três pilares e funciona, embora a fase de transição, que ainda decorre, esteja a ser financiada pelo OE, porque não havia qualquer fundo. Mas já começam a aparecer algumas dúvidas, p.e. sobre o esforço no OE neste periodo de transição, que vai ser maior do que foi inicialmente previsto. Também a rentabilidade do segundo pilar que está a ser um bocadito menos simpatica do que todos previam. Ou seja, funcionar sem dúvida que funciona e cumpriu o objectivo principal que era libertar as contas públicas dum fardo incerto, se os pensionistas suecos ficaram melhor, aí já há duvidas, mas é como disse daqui a pouco já ninguem se lembra de como era dantes e como o resultado é o "mercado" a funcionar, ninguém vai questionar. Os "velhos do restelo" vão acabar todos por morrer antes que muitos dos activos que conheceram o sistema anterior se reformem.
    Na verdade, o terceiro pilar é também uma ferramenta para as empresas promoverem soluções de remuneração mais eficientes, mas para isso era preciso que percebessem isso e quisessem (ou precisassem) de o por em prática, mas estamos em Portugal, não na Suíça nem na Suécia, se é que me faço entender. Serão sempre soluções adoptadas por poucas empresas e sobretudo para poucas pessoas, as que ganham melhor.
    Mas é claro que eu posso estar completamente enganado.
    • AMG1
    • 9 fevereiro 2025

     # 2

    Colocado por: reg

    Ui, por cá, vinha logo a esquerda falar de neo liberalismo.

    Antes disso já por cá passou a direita, sem nada para dizer, a não ser apontar o dedo
    ... aos outros, pois claro!
  1.  # 3

    Colocado por: N Miguel OliveiraEles até 1997 tinham um sistema como o nosso.
    Fizeram as contas e chegaram à conclusão que isto ia rebentar um dia. Então fizeram uma espécie de mix entre o que tinham e o sistema americano.
    Isto suscita-me um interesse imediato. O N Miguel Oliveira sabe como foi feita essa transição? Quem descontava para a SS de la passou a descontar menos e a descontar tb para o fundo privado? Tiveram de continuar a descontar na mesma % para a SS e arranjar maneira de descontar tb para o fundo privado?

    É que a solução parece-me boa, mas não me é óbvio como é que se pode fazer a transição sem criar injustiças para as gerações que são apanhadas na transição.
  2.  # 4

    Colocado por: Jorge_GonçalvesJá não me recordo porque não avançou… provavelmente porque a esquerda vetou.
    se almoçassem uma parte dos seus descontos da SS para fundos privados, a SS provavelmente ficaria deficitária, como é que depois assegurava o pagamento das reformas actuais e de quem se ia reformar nos próximos anos.
  3.  # 5

    Colocado por: AMG1De qualquer modo, daqui a 15, 20 ou 30 anos, quando os actuais activos se reformarem, já ninguém vai avaliar essa decisão.
    Pois não. A avaliação era feita, já nas próximas eleições, mal essa decisão fosse tomada.
    • AMG1
    • 9 fevereiro 2025

     # 6

    Colocado por: HAL_9000Pois não. A avaliação era feita, já nas próximas eleições, mal essa decisão fosse tomada.


    Porquê?
    Se não mexerem nas pensões dos actuais pensionistas, porque haveriam de ser penalizados?
    Por isso é que o processo de transição tem de ser de alguma forma financiado. Também podem só limitar o plafonamento aos salários mais elevados e com isso mitigam a incerteza nas contas públicas, sem uma quebra muito significativa nas receitas.
    Há soluções para resolver o drama existencial em que vivem muitos dos actuais activos. Se um governo perder alguns pensionistas ganha certamente mais activos, os partidos sabem fazer essa contabilidade.
  4.  # 7

    Colocado por: AMG1porque haveriam de ser penalizados?
    porque a não se que os atuais eleitores andem alheados da realidade, , percebem exatamente o que essa decisão implica para o seu futuro…se considerarem que o movo modelo lhes é desvantajoso….
    • AMG1
    • 9 fevereiro 2025

     # 8

    Colocado por: HAL_9000porque a não se que os atuais eleitores andem alheados da realidade, , percebem exatamente o que essa decisão implica para o seu futuro…se considerarem que o movo modelo lhes é desvantajoso….


    Mas quais eleitores?
    Os pensionistas não percebem porque podem fazer com que eles não sejam prejudicados.
    Os actuais activos, esses ficam todos contentes, porque finalmente tem a garantia de que vão ter pensão.
    Se essa pensão será maior ou menos do que a que teriam sem alterar o sistema, isso só se vai saber quando chegarem a reforma, até porque uma parte da pensão, possivelmente até a maior, vai depender do que amealharem no segundo e terceiro pilar.
    Isto é o ovo de colombo para o partido que o fizer.
  5.  # 9

    Colocado por: AMG1Os actuais activos, esses ficam todos contentes, porque finalmente tem a garantia de que vão ter pensão.
    Diria que a grande maioria dos actuais activos ainda confia no sistema actual da SS. Muitos até podem dizer que o mais provável é que não recebam pensão da SS, mas na verdade penso que não acreditam nisso uma vez que não agem em conformidade ( ex. Quantos jovens em Portugal com 30 anos têm um PPR ou outro tipo de investimento com esse propósito)? Até lhes poderiam vender que o Pilar 2 era uma garantia de que viriam a ter reforma, mas não sei se a maioria das pessoas aceitaria essa narrativa como sendo vantajosa para si, mas arriscar-me-ia a dizer que não.

    Depois, mestra transição, em que ponto ficavam as pessoas que já descontaram por exemplo 20 anos pelo sistema actual?


    De qualquer maneira para se fazer a transição o discurso sobre a sustentabilidade da SS teria de mudar porque até ver o que o governo diz é:
    - a SS é sustentável e tem n sei quantos mil milhões de excedente.
    - os imigrantes vieram salvar a SS.

    De qualquer maneira não creio que seja sustentável (ou justo diga-se) qualquer transição que assegure que os actuais pensionistas (ou aqueles que vão aceder a reforma nos próximos 10 anos por exemplo) não sejam prejudicados. Toda a gente tem de ajudar a pagar a garantia de sustentabilidade da SS.

    O que não pode acontecer é o que foi feitos nos últimos 5 anos em que os salários aumentaram abaixo da inflação, mas as pensões da SS aumentaram acima da inflação. Isto sim é um contrasenso.
    • AMG1
    • 9 fevereiro 2025

     # 10

    Colocado por: HAL_9000Diria que a grande maioria dos actuais activos ainda confia no sistema actual da SS. Muitos até podem dizer que o mais provável é que não recebam pensão da SS, mas na verdade penso que não acreditam nisso uma vez que não agem em conformidade ( ex. Quantos jovens em Portugal com 30 anos têm um PPR ou outro tipo de investimento com esse propósito)? Até lhes poderiam vender que o Pilar 2 era uma garantia de que viriam a ter reforma, mas não sei se a maioria das pessoas aceitaria essa narrativa como sendo vantajosa para si, mas arriscar-me-ia a dizer que não.

    Depois, mestra transição, em que ponto ficavam as pessoas que já descontaram por exemplo 20 anos pelo sistema actual?


    De qualquer maneira para se fazer a transição o discurso sobre a sustentabilidade da SS teria de mudar porque até ver o que o governo diz é:
    - a SS é sustentável e tem n sei quantos mil milhões de excedente.
    - os imigrantes vieram salvar a SS.

    De qualquer maneira não creio que seja sustentável (ou justo diga-se) qualquer transição que assegure que os actuais pensionistas (ou aqueles que vão aceder a reforma nos próximos 10 anos por exemplo) não sejam prejudicados. Toda a gente tem de ajudar a pagar a garantia de sustentabilidade da SS.

    O que não pode acontecer é o que foi feitos nos últimos 5 anos em que os salários aumentaram abaixo da inflação, mas as pensões da SS aumentaram acima da inflação. Isto sim é um contrasenso.


    A resposta a sua questão inicial é muito simples, iria depender do modelo que transição que escolhessem. O mais provável seria ficaram com uma parte da pensão calculada de acordo com o modelo actual e outra com o modelo futuro. Foi assim que aconteceu p.e. na Suécia.

    Quanto ao resto, parece-me que estamos naquele ponto em que é dificil, para não dizer impossivel, alguém tomar uma decisão.
    O financiamento da transição, até pode incluir algum ajuste nas reformas actuais e isso pode ser feito, mesmo sem levantar problemas constitucionais, mas não creio que ninguém esteja a pensar nisso, o que iria acontecer é que o OE durante um valente periodo iria ficar bastante pressionado, por isso é que esta operação deveria ser feita numa altura de "vacas gordas".
    Eu creio que há uma alternativa de meio termo, que é avançar com o plafonamento apenas das contribuições mais elevadas, porque o custo da transição seria bastante menor porque colocaria de fora do novo regime a grande maioria dos activos.
    Até podem complementar isto com a alteração de algumas regras, como a fórmula de actualização e outras. Mas isso não seria verdadeiramente mudar a natureza do sistema.
    A questão dos actuais pensionistas é tambem complexa, porque a grande maioria das pensões é muito baixa, o que limita muito qualquer corte que queira fazer, mesmo porque quem tem pensoes maiores, elas também não cairam do céu, resultam tambem de contribuições maiores.
    Qualquer alteração que se faça tem mesmo de distribuir o esforço dessa alteração por todos, senão ninguém a vai compreender.
    Eu acho que este debate deveria ser feito de uma vez. É tempo das pessoas, activos e reformado perceberem o que verdadeiramente se passa, sem dramatismos irrealistas, nem populismos venham eles donde vierem. Quais são os problemas que existem e que soluções existem para os resolver.
    Até porque nenhum destes sistema é totalmente isento de riscos, o que muda é o sujeito desses riscos, se o estado ou cada um individualmente.
    É que frequentemente confundem-se três coisas diferentes. Uma são as contas publicas e o risco que representa um sistema como o nosso. Desse ponto de vista, não há duvida nenhuma de quanto mais pequeno for o pilar publico, mais pequeno é esse risco.
    A segunda é saber se o sistema, tal como existe hoje é sustentável e se não é, que alteração é necessario fazer para lhe garantir essa sustentabilidade.
    A terceira será alterar a natureza do sistema e até onde pode/deve ir essa alteração, porque mesmo para isso também existem vários modelos.
    Enquanto não discutirmos isto a sério, de forma informada, com dados e com diferentes perspectivas, não saimos deste lodo em que todos falam, mas ninguém se entende, até porque frequentemente falam de coisas diferentes.
    Sendo certo que independentemente da alteração que se faça haverá sempre quem considere que ficou pior, isso é inerente a qualquer transformação.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 11

    Colocado por: HAL_9000se almoçassem uma parte dos seus descontos da SS para fundos privados, a SS provavelmente ficaria deficitária, como é que depois assegurava o pagamento das reformas actuais e de quem se ia reformar nos próximos anos.


    mas se nada mudar, ficará ainda pior
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 12

    Colocado por: AMG1Porquê?
    Se não mexerem nas pensões dos actuais pensionistas, porque haveriam de ser penalizados?


    então? Acha justo mexer apenas nas futuras reformas? Cá para mim é inconstitucional. Devem mexer em todas as reformas a partir de por exemplo 1000€
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 13

    Colocado por: HAL_9000porque a não se que os atuais eleitores andem alheados da realidade, , percebem exatamente o que essa decisão implica para o seu futuro…se considerarem que o movo modelo lhes é desvantajoso….


    ora nem mais, quem prometer tal coisa perde eleições fácil
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 14

    Colocado por: HAL_9000Muitos até podem dizer que o mais provável é que não recebam pensão da SS, mas na verdade penso que não acreditam nisso uma vez que não agem em conformidade ( ex. Quantos jovens em Portugal com 30 anos têm um PPR ou outro tipo de investimento com esse propósito)?


    Uma coisa nada tem a ver com a outra. Quantos têm PPR suficientes para viver na reforma sem contar com SS? Devem ser 0,1%
    • reg
    • 9 fevereiro 2025 editado

     # 15

    Colocado por: HAL_9000O que não pode acontecer é o que foi feitos nos últimos 5 anos em que os salários aumentaram abaixo da inflação, mas as pensões da SS aumentaram acima da inflação. Isto sim é um contrasenso.


    Aconteceu porque dois maiores partidos populistas se juntaram. Alguma vez o PS por exemplo iria matar a vaca que lhes dá leite?
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 16

    Colocado por: AMG1O financiamento da transição, até pode incluir algum ajuste nas reformas actuais e isso pode ser feito, mesmo sem levantar problemas constitucionais


    é o que eu tenho dito, a constituição atual ainda vai levar o país a bancarrota, devia de haver uma linha a dizer que em casos extremos a constituição não se aplica
    • reg
    • 9 fevereiro 2025

     # 17

    Colocado por: AMG1Qualquer alteração que se faça tem mesmo de distribuir o esforço dessa alteração por todos, senão ninguém a vai compreender.


    penso que é fácil resolver essa questão, fazer um referendo a perguntar se as pessoas concordam manter tudo como está e no futuro perder a reforma, ou aceitar mudar e levar com cortes e continuar a receber, não é difícil adivinhar o resultado
  6.  # 18

    Colocado por: HAL_9000Isto suscita-me um interesse imediato. O N Miguel Oliveira sabe como foi feita essa transição? Quem descontava para a SS de la passou a descontar menos e a descontar tb para o fundo privado? Tiveram de continuar a descontar na mesma % para a SS e arranjar maneira de descontar tb para o fundo privado?

    É que a solução parece-me boa, mas não me é óbvio como é que se pode fazer a transição sem criar injustiças para as gerações que são apanhadas na transição.


    Sinceramente não sei com exatidão. Sei que quem estava no sistema antigo continuou no antigo. Não fez uma transição como tal.
    Admito sim, que pode haver injustiças aqui e ali...

    Aqui tem uma espécie de resumo.
    Nota: os primeiros 90 segundos do video não dá nada, há-que adiantar um bocado o video.
    https://www.youtube.com/live/RG5aOmL3Rgw?si=5fLTyaNlQnD6NJks


    Não tenho a certeza, mas creio que pelo sistema antigo, a reforma era a média dos salários dos últimos 4 anos e meio.

    Pelo "novo" sistema, lei de 95, entrou em vigor em 1997... com investimentos, e reinvestimentos dos rendimentos... supõem-se que a reforma compense a inflação e que pode até dar-se o caso de ser maior que o próprio salário em função do que investe. É muito mais personalizável... ao mesmo tempo que há um mínimo comum.
  7.  # 19

    Colocado por: regentão? Acha justo mexer apenas nas futuras reformas? Cá para mim é inconstitucional. Devem mexer em todas as reformas a partir de por exemplo 1000€


    Será? É que há uma diferença muito grande. Os que estão no activo têm opções e podem preparar melhor a reforma. Os que já estão reformados vão fazer o quê? Voltar para o mercado de trabalho? É que mudar as regras a meio, quando já não há caminho de regresso é muito injusto para quem já está reformado também...

    Será constitucional tirar o tapete e romper a promessa agora que já estão reformados?

    Talvez seja preciso um meio termo...

    Porque senão é como você diz... qual seria o partido que iria meter a cabeça no cepo?
  8.  # 20

    Colocado por: regé o que eu tenho dito, a constituição atual ainda vai levar o país a bancarrota, devia de haver uma linha a dizer que em casos extremos a constituição não se aplica


    Ui? Outro Trump? O que considera "caso extremo"?

    É retórico, não precisa de responder.
 
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