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  1. Opçoes varias. Alugar, comprar mais pequeno e fazer taxa fixa para a poder suportar, nao trocar de apartamento para casa nao podendo suportar o custo de um emprestimo caso a taxa aumenta-se.

    Acha mesmo que nao havia opçoes ? Foram obrigados a comprar ?

    Quais sao esses factores ??

    Uma falta gritante de visao a medio/longo prazo. Nao era preciso ter uma mestrado em economia para entender que os juros nao iriam ficar negativos durante os 40 anos do emprestimo nem pouco mais o menos.

    Nem posso classificar brincar com a sorte acho que ha jogos de azar com maior probabilidade de sucesso do que os juros ficarem negativos por tanto longo periodo de tanto e como ficaram tanto tempo podemos dar graças ao Covid.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: Caarabinacomprar mais pequeno

    Essa parte é proibida por aqui.


    Colocado por: CaarabinaAlugar

    é arrendar, mas tb é uma opção proibida por aqui :)



    Colocado por: Caarabinacomo ficaram tanto tempo podemos dar graças ao Covid.

    ou "desgraças", pois ficaram tempo de mais e se calhar provocou mais inflação, mas pronto é o que é.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  2. Colocado por: HAL_9000Com isto não estou a dizer que não houveram abusos que houveram, muita gente sem saber fazer bem as contas.


    Algo estava profundamente errado.
    Como é que uma prestação ao banco poderia ser manifestamente mais barata que a renda no mesmo imóvel?

    Ou os juros estavam demasiado baixos, ou as rendas demasiado altas, ou ambas...

    Muito tiveram a sorte de fazer e pagar os créditos antes desta subida drástica dos juros... outros estavam apenas no inicio e terão muito ano pela frente para pagar juros...
    Outros ainda levam com a inflação na mesma, e nem créditos têm.

    A meu ver, o boom da construção está directamente ligado à facilidade dos créditos, juros baixos e prazos para pagar em 40 anos! Como é que isto poderia correr bem?

    Isso e o crédito representar 70, 80, 90% do valor da obra... em vez de 40 ou 50%. Assim é complicado de facto.

    Pelo meio, o objecto edificado termina muitas vezes por ser inflexivel, demasiado grande e personalizado, dificil de meter uma parte a alugar (tipo studio/T0 a um estudante, etc) ou a sacar dali rendimento. A maioria das casas constituem um gasto, e não um investimento.

    E creio funcionar bastante melhor quando se vai ao banco pedir para investir, que para acomodar um gasto ou necessidade.
  3. Colocado por: N Miguel OliveiraA meu ver, o boom da construção está directamente ligado à facilidade dos créditos, juros baixos e prazos para pagar em 40 anos! Como é que isto poderia correr bem?

    Isso e o crédito representar 70, 80, 90% do valor da obra



    3000% de acordo.

    Agora choram como senao tivessem sido eles a assinar o contrato de emprestimo.
    E lixam se os que nao compraram até à data.
  4. Caarabina
    um casal decidiu...casar e constituir familia e por exemplo o pão e o arroz custavam x e conseguiam garantir a alimentação
    por absurdo o pão e o arroz subiram 1000% acha que foram assim tão irresponsáveis?
    Concordam com este comentário: HAL_9000
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: marco1Caarabina
    um casal decidiu...casar e constituir familia e por exemplo o pão e o arroz custavam x e conseguiam garantir a alimentação
    por absurdo o pão e o arroz subiram 1000% acha que foram assim tão irresponsáveis?

    Foram, ninguém lhes disse para comerem pão e arroz, o ar não chega? :)
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    E salários? não é necessário que aumentem? e os impostos sobre o trabalho, não é necessário que diminuam?
    Talvez assim os que vivem do salário possam viver numa casa e comer pão e arroz.
  5. Colocado por: CaarabinaOpçoes varias. Alugar, comprar mais pequeno e fazer taxa fixa para a poder suportar, nao trocar de apartamento para casa nao podendo suportar o custo de um emprestimo caso a taxa aumenta-se.

    Alugar: O nosso mercado de arrendamento não funciona de todo. Não há oferta, e a que há está ultra-inflaccionada. Os poucos senhorios que arrendam faziam-no e fazem-no a preços proibitivos para compensar o risco, daí que muita gente opte por comprar.
    Comprar mais pequeno: É uma opção inegável…para uma minoria. Se fizer pesquisa, vai ver que a oferta em termos de T1 ou T0 é muito reduzida. Se considerar depois o preço por m2, vai perceber porquê que muita gente opta por comprar um pouco maior…Agora essa opção só deveria ser considerada caso houvesse margem financeira para tal.
    fazer taxa fixa: Era uma opção se fosse uma aposta a sério no nosso país, mas não era por várias razões: Taxas fixas pouco competitivas, geralmente apresentas apenas a pedido, baixos rendimentos, e elevado esfoço financeiro na aquisição da casa (o que naturalmente leva a que muita gente opte pela opção mais barata no momento). Com isto não nego que alguns bancos ofereceram boas oportunidades de taxa fixa em 2019 e 2020 ainda que numa perspetiva de ganhar quota de mercado.
    Nao trocar de apartamento para casa não podendo suportar o custo de um empréstimo caso a taxa aumenta-se: Aqui nada a dizer, muita gente precipitou-se. Mas o BCE que agora vai ao infinito e mais além a subir taxas de juro, era o mesmo a garantir aos europeus que as taxas iam continuar baixas por muitos e longos anos. Uma subida desta dimensão nunca tinha acontecido com a Euribor, e como tal não era espectável. Ainda assim, sou de opinião que as pessoas só deveriam ter feito o empréstimo caso fossem capazes de suportar a prestação com a Euribor nos máximos históricos (5,x%) durante um par de anos.

    Dito isto, e tendo em conta o escalar descontrolado nos preços da habitação que se vêm a verificar desde 2015, eu não considero que houvesse assim tantas opções. Se foram obrigado a comprar? Não. podiam sempre optar por morar com os pais até aos 50, numa casa com renda inflaciionada, ou partilhar o apartamento com colegas até à idade da reforma.


    Colocado por: Caarabina
    Quais sao esses factores ??
    Rendimentos miseráveis para o custo de vida do país. O baixo poder de compra para as necessidades maios básicas é que leva a decisões financeiras catastróficas. Decisões financeiras catastróficas que agravam o baixo poder de compra....e por aí adiante como uma bola de neve.

    Colocado por: CaarabinaNem posso classificar brincar com a sorte acho que ha jogos de azar com maior probabilidade de sucesso do que os juros ficarem negativos por tanto longo periodo de tanto e como ficaram tanto tempo podemos dar graças ao Covid.
    Penso que no geral havia tantas pessoas a contar com os juros negativos durante 40 anos, como as que previram um aumento de quase 5% da taxa de juro num espaço de 12 meses.
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: HAL_9000Dito isto, e tendo em conta o escalar descontrolado nos preços da habitação que se vêm a verificar desde 2015

    Mas não andava tudo satisfeito com isso. Nota: quando utilizo "tudo" não me refiro ao user em especifico, mas sim de um modo geral porque estavamos na moda, pq as casas subiam de preço e se aproximavam de outros países europeus, etc, etc.
  6. Colocado por: N Miguel OliveiraComo é que uma prestação ao banco poderia ser manifestamente mais barata que a renda no mesmo imóvel?
    As taxas de juro estão a 4% + spread, e sabe que mais, em muitos casos a prestação continua mais barata que a renda para o mesmo imóvel.
    Isto quer dizer que os juros devem subir para os 10% para corrigir o que estava profundamente errado?



    Colocado por: N Miguel OliveiraOu os juros estavam demasiado baixos, ou as rendas demasiado altas, ou ambas...
    Ambas. Mas os juros subiram (no meu entender passaram de semasiado baixos para demasiado altos, mas economia o dirá)....só que as rendas tb subiram...logo o problema da habitação agravou-se.



    Colocado por: N Miguel OliveiraA meu ver, o boom da construção
    Qual boom da construção? O problema da habitação não é um problema de falta de oferta?

    Colocado por: N Miguel OliveiraPelo meio, o objecto edificado termina muitas vezes por ser inflexivel, demasiado grande e personalizado, dificil de meter uma parte a alugar (tipo studio/T0 a um estudante, etc) ou a sacar dali rendimento. A maioria das casas constituem um gasto, e não um investimento.
    Aqui estamos de acordo.
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: HAL_9000Qual boom da construção? O problema da habitação não é um problema de falta de oferta?

    Para mim não, é um problema de excesso de procura, e não estou a ser irónica.
    Concordam com este comentário: smart
  7. Colocado por: marco1Caarabina
    um casal decidiu...casar e constituir familia e por exemplo o pão e o arroz custavam x e conseguiam garantir a alimentação
    por absurdo o pão e o arroz subiram 1000% acha que foram assim tão irresponsáveis?


    Acho que é uma comparaçao absurda.
    Posta dessa maneira nao tem qualquer valor comparativo para o caso da habitaçao que é muito mais complexo como voce bem o sabe.


    O que estamos aqui a falar é de uma familia que pediu dinheiro emprestado a uma entidade sem a certeza de poder pagar esse dinheiro de volta. Tomou uma decisao financeira achando que o juro do credito que pediu iria se manter nos mesmos niveis. Basta ver o historico da taxa de juro ao longo dos anos, foi uma anormalidade o que se passou desde 2012 ate 2022.

    Voltando ao seu exemplo, se a mesma familia fizer uma pesquisa da variaçao do preco da comida ao longo dos anos assume que vai poder suportar esse custo porque historicamente a probabilidade de esse aumento ser tao absurdo que eles nao o possam suportar é quase 0%. Para nao falar que comida e imobiliario sao coisas bens muito diferentes.





    Colocado por: AMVPE salários? não é necessário que aumentem? e os impostos sobre o trabalho, não é necessário que diminuam?


    e viu me a dizer que nao deviam aumentar ? Concordo a 3000% que deviam aumentar mas ai está eu so arriscaria a minha estabilidade financeira quando tive-se certo ou bem assegurado que iria poder pagar. Azares acontecem e estamos todos sujeitos a eles mas acho que todos temos o bom senso para encarar que a situaçao em Portugal está longe de ser essa.
  8. Colocado por: AMVPMas não andava tudo satisfeito com isso.
    Quem cá morava e trabalhava, nunca tive a perceção que estivesse assim tão satisfeito.

    Quem se dedica ao turismo, ou a governar este país, acredito que sim.

    Um país estar na moda é bom se os rendimentos dos seus habitantes acompanharem o aumento do custo de vida inerente ao "estar na moda".

    No outro dia no "Contra-Corrente", a propósito do menor número de portugueses no Algarve, o presidente do turismo do Algarve dizia que o Algarve não estava nada caro para os portugueses, os portugueses é que recebiam pouco. Referia também que as unidades turísticas do Algarve tinham tido aumentos de faturação na ordem dos 30%.
    Esperei, e esperei, e esperei que alguém lhe perguntasse se as unidades turísticas do algarve já tinham dado o exemplo ao aumentar os rendimentos dos seus colaboradores, para que ao menos eles não achem o Algarve caro. Infelizmente ninguém perguntou….
  9. Colocado por: AMVPé um problema de excesso de procura
    Não sei se percebi bem o seu ponto de vista. Acha que as pessoas procuram casa sem precisar dela, ou que o país tem pessoas a mais?
  10. Aumentar salários em Portugal? Hehe salário motivacional e bolinhos a entrada e a moda dos dias correntes.

    Basta ver a maior parte dos anúncios de recrutamento nenhum refere salário mas fala de ambiente expetacular e dinâmico como não adorar , eu quando e para pagar contas pago com dinamismo e boa disposição não com dinheiro
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: Caarabinae viu me a dizer que nao deviam aumentar ?

    O meu comentário não lhe foi dirigido, foi no geral.
  11. Colocado por: Caarabinaeu so arriscaria a minha estabilidade financeira quando tivesse certo ou bem assegurado que iria poder pagar.
    Ao optar por arrendar em vez de comprar, e a renda de um momento para o outro aumentar 20%, ou o senhorio não lhe renovar o contrato, e as opções que encontra são 100% mais caras do que o que pagava, também não é arriscar a estabilidade financeira?

    Certo que não fica preso a um contrato como no CH, mas pode ter impactos tremendos na sua vida também.

    No ano passado acompanhei a situação de um casal que nunca quis comprar casa para não "arriscar a estabilidade financeira" e porque não "queria trabalhar para a casa". Pagava 400 eur de renda numa zona mais ou menos nobre da AML. O senhorio não quis renovar contrato, eles não encontravam nada por menos do dobro da renda anterior. Escusado será dizer que a solução passou por ir para o mais longe possível (tendo em conta o local de trabalho), e ainda assim, o filho que queria sair da casa dos pais, casou-se, entretanto, e lá ficou a morar com a esposa. Agora pagam metade da renda cada casal. Metade da renda são os tais 400 euros e estão bastante mais longe dos locais de trabalho.

    Num país com o nosso poder de compra, e com os preços da habitação (compra ou renda), você ter um teto é estar a assumir um risco financeiro.
  12. Colocado por: HAL_9000Penso que no geral havia tantas pessoas a contar com os juros negativos durante 40 anos, como as que previram um aumento de quase 5% da taxa de juro num espaço de 12 meses.


    Concordo mas depois de uma politica monetaria excepcionalmente expansionista seria de pensar que pelo menos um bom aperto viria por ai. Verdade que foi num espaço temporal muito reduzido.

    Eu

    Colocado por: HAL_9000Se foram obrigado a comprar? Não. podiam sempre optar por morar com os pais até aos 50, numa casa com renda inflacionada, ou partilhar o apartamento com colegas até à idade da reforma.


    Eu corro a passos largos para os 40 e as vezes alugo outras vezes fico em casa dos pais porque nao posso/quero comprar ao preço que está. Se me podia atirar de cabeça podia obviamente o banco com certeza me daria o que me falta para comprar um T2 ou T3 mas tento adiar a minha vida uns anos para poder poupar mais e nao ter que andar ao sabor da politica monetaria internacional para poder comer.

    Sao maneiras de ver a vida. Eu nao critico quem se atira de cabeça agora nao peçam para lhes por agua na piscina para nao partirem a cabeça porque nao olharam quando se atiraram.


    Com isto volto a dizer ha casos e casos e ha gente com azar na vida mas a grande maioria deixou se levar pelo juro negativo e as facilidades de credito.
    • AMVP
    • 1 setembro 2023
    Colocado por: HAL_9000Quem cá morava e trabalhava, nunca tive a perceção que estivesse assim tão satisfeito.

    Olhe que sim, eramos famosos!


    Colocado por: HAL_9000Quem se dedica ao turismo, ou a governar este país, acredito que sim.

    Sum dúvida!


    Colocado por: HAL_9000Esperei, e esperei, e esperei que alguém lhe perguntasse se as unidades turísticas do algarve já tinham dado o exemplo ao aumentar os rendimentos dos seus colaboradores, para que ao menos eles não achem o Algarve caro. Infelizmente ninguém perguntou….

    É uma matéria que não interessa a ninguém, todos os setores pagam vencimentos e não querem pagar mais.


    Colocado por: HAL_9000Não sei se percebi bem o seu ponto de vista. Acha que as pessoas procuram casa sem precisar dela, ou que o país tem pessoas a mais?

    Que se criou incentivos demais à aquisição e arrendamento de casas em Portugal e isso provocou uma pressão enorme do lado da procura para a qual o país não tem estrutura para suportar, o ritmo foi muito rápido e duvido que, sequer, as zonas mais pressionadas tenham dimensão suficiente para responder a uma pressão desta.
  13. Colocado por: CaarabinaEu corro a passos largos para os 40 e as vezes alugo outras vezes fico em casa dos pais porque nao posso/quero comprar ao preço que está.
    É a opção com a que se sente mais confortável, e está tudo ok.
    Mas se não for demasiada intromissão da minha parte, o Caarabina é casado (junto, amigado, etc...) e tem filhos?

    Pergunto porque quando temos uma família que depende de nós (ou esperamos constituí-la), a estabilidade de habitação, é uma das primeiras coisas que se procura assegurar. Ou seja, o leque de opções (viáveis) diminui.
 
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