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    • AMG1
    • 4 setembro 2023

     # 1

    Colocado por: Carvai
    È exatamente o que está a acontecer, cada vez há menos senhorios e cada vez menos casas para arrendar. Acho que é esse o objetivo do "socialismo real", por isso não percebo porque reclamam da falta de oferta. E só existem ainda alguns porque desocupar uma casa é tarefa quase impossível.
    Há uns 40 anos atrás após 2 intervenções do FMI as pessoas pensavam que após o salazarismo e o PREC íamos finalmente ter um País confiável. Enganaram-se. Depois da intervenção da Troika e com a lei Cristas eu próprio acreditei que iriamos ter um Estado de Direito. Enganei-me e vou fazer aquilo que recomenda, das 2 casas que tenho arrendadas abaixo dos valores das chamadas rendas acessíveis vou vender 1 e entregar outra a uma Empresa estrangeira para subalugar a estrangeiros. Objectivo do "pacote" cumprido.


    Se todos os senhorios fizerem isso, o dr. Costa é bem capaz de vir a ter um problema com os seus eleitores, mas isso é um problema dele. O seu fica resolvido, admitindo claro, que os estrangeiros continuam a vir para Portugal e que a tal empresa também não lhe vai deixar um calote e a casa ocupada, mas isso é um risco que o Carvai está a correr de forma consciente. Para mim, nada de mais natural.
  1.  # 2

    Colocado por: eu

    Tentar encontrar os melhores preços não é doença, aliás, é um dos drivers mais importantes para fazer funcionar o mercado.

    Quem compra sem olhar ao preço está a compactuar com a especulação.

    A inflacao sente-se mais e em maior percentagem nas grandes superficies. Nos pequenos supermercados os preços sao bem mais baixos. As grandes superficies usam o marketing do desconto como estrategia de fidelização.
    Mas cada um gasta o dinheiro como quer. Mas nao venham dizer-me que essa obsessão é uma coisa racional.
    Façam o exercicio de comprar um mes numa grande superficie e um mês a gastarem o mesmo num pequeno supermercado, e depois facam as contas.
    Compactuar com o marketing das grandes superficies nao é para mim.
    • eu
    • 4 setembro 2023

     # 3

    Colocado por: SirruperA inflacao sente-se mais e em maior percentagem nas grandes superficies. Nos pequenos supermercados os preços sao bem mais baixos.

    Isso não é assim tão simples, depende dos produtos.

    Colocado por: SirruperMas nao venham dizer-me que essa obsessão é uma coisa racional.

    Não me parece que seja sequer obsessão, muito menos irracional. Procurar os melhores preços é algo natural.

    Colocado por: SirruperFaçam o exercicio de comprar um mes numa grande superficie e um mês a gastarem o mesmo num pequeno supermercado, e depois facam as contas

    E porque não comprar alguns produtos em grandes superfícies e outros nos pequenos supermercados, em função do preço e qualidade ?

    Porque é que temos que fazer as compras todas no mesmo sítio?
  2.  # 4

    Colocado por: AMG1Agora que hoje existem muitas alternativas de investimento, não deixa de ser um facto, por isso é que não entendo porque se queixam tanto os senhorios, se acham que não é um negócio interessante, mudem de ramo e vão investir o seu capital noutro produto qualquer. Os senhorios não tem nenhuma obrigação social de providenciar habitação a ninguém.

    Mas o problema é exatamente esse!! Como o arrendamento não é atrativo nem seguro, muitos milhões que poderiam estar a ser investidos em casas para arrendamento estão a ser investidos noutro lado, por isso é que em Portugal há tão poucas casas para arrendar e em consequência rendas tão altas.
    Concordam com este comentário: ferreiraj125
  3.  # 5

    Colocado por: AMG1O ponto é que, se eu não estiver enganado, nenhum senhorio é obrigado a manter a actividade, se não é interessante basta sair. Nada mais simples!

    E você sempre a bater no mesmo ponto. A questão não é se podem ou devem sair do arrendamento, a verdade é que há poucos que se mantêm no arrendamento e muitos que nem sequer entraram. A questão é se queremos mais gente a arrendar as suas casas e é unânime que queremos, mas não é a manter riscos excessivos e a criar encargos sucessivos aos senhorios ou potenciais senhorios, que o vamos conseguir.
  4.  # 6

    Colocado por: AMG1Sobre o congelamento das rendas, será que é a mesma coisa que existirem condicionalismos para a fixação dos aumentos?

    Na prática acaba por ser a mesma coisa: uma intervenção abusiva do estado na liberdade contratual de duas partes.
    • eu
    • 4 setembro 2023

     # 7

    Colocado por: J.Fernandesuma intervenção abusiva do estado na liberdade contratual de duas partes.


    O mesmo estado que praticamente nada faz para construir habitação social.
    • AMG1
    • 4 setembro 2023

     # 8

    Colocado por: J.Fernandes
    E você sempre a bater no mesmo ponto. A questão não é se podem ou devem sair do arrendamento, a verdade é que há poucos que se mantêm no arrendamento e muitos que nem sequer entraram. A questão é se queremos mais gente a arrendar as suas casas e é unânime que queremos, mas não é a manter riscos excessivos e a criar encargos sucessivos aos senhorios ou potenciais senhorios, que o vamos conseguir.


    Pois mas esse é que é mesmo o ponto. Em que informação se baseia para afirmar que há cada vez menos arrendamento?
    Deixo abaixo os dados dos ultimos três censos e o que se verifica é exactamente o contrário. Aliás, se eu estiver a ver bem o crescimento dos alojamentos arrendados na ultima década foi quase o triplo da década anterior. Talvez exista alguma tendência pós pandemia nesse sentido, mas eu não vejo isso em lado nenhum, a não ser nas declarações dos senhorios.
    Eu (até como senhorio) não digo que os riscos nao sejam execessivos, que os impostos não devessem ser mais baixos, ou que a incerteza regulamentar nao seja péssima, mas assumir que para determinados perfis de investidores não continua a ser um investimento interessante, isso sinceramente não acho e parece que os numeros mostram isso mesmo.

    https://www.pordata.pt/portugal/alojamentos+arrendados+segundo+os+censos+total+e+por+epoca+de+contrato+de+arrendamento-3767
    • AMG1
    • 4 setembro 2023

     # 9

    Colocado por: J.Fernandes
    Na prática acaba por ser a mesma coisa: uma intervenção abusiva do estado na liberdade contratual de duas partes.


    É óbvio que não são a mesma coisa, nem na teoria nem na prática!
    Agora que representam uma limitação aos limites da contratação entre as partes, sem dúvida, mas é este o único sector económico em que existem limitações essa livre contratação?
    Claro que você gostaria que não existisse qualquer limitação neste ou em qualquer outro sector, mas essa é a sua opinião, respeitável concerteza, mas não menos nem mais do que qualquer outra, incluindo a do (marxista?) António Costa.
  5.  # 10

    Colocado por: AMG1Em que informação se baseia para afirmar que há cada vez menos arrendamento?

    Eu não afirmei que há menos arrendamento que noutro qualquer período, disse que há pouco arrendamento em comparação com o número de pessoas que vive em casa própria e que precisamos, claro, de muito mais arrendamento. Ao contrário de outros países em que o número de gente a viver em casa própria quase iguala quem arrenda (Alemanha, Áustria ou Dinamarca), em Portugal quase 80% das pessoas vive na própria casa.

    A prova dos nove de que não se arrenda o suficiente em Portugal é o facto de que ao contrário de quase todos os países desenvolvidos, em Portugal custa mais arrendar que pagar o empréstimo ao banco.
  6.  # 11

    Colocado por: AMG1É óbvio que não são a mesma coisa, nem na teoria nem na prática!

    É óbvio que são a mesma coisa: é o estado a impor administrativamente uma redução da renda que o senhorio recebe, em comparação com a que receberia a preços de mercado.

    Colocado por: AMG1Claro que você gostaria que não existisse qualquer limitação neste ou em qualquer outro sector, mas essa é a sua opinião, respeitável concerteza, mas não menos nem mais do que qualquer outra, incluindo a do (marxista?) António Costa.

    Tudo o que aqui escrevo são opiniões minhas e críticas positivas ou negativas às opiniões de outros, eu sei.
  7.  # 12

    Colocado por: marco17% ??quando apenas tambem se olha só para um lado
    https://eco.sapo.pt/2023/08/31/inquilinos-alertam-para-calamidade-com-subida-de-7-nas-rendas/
    que tragédia que calamidade
    calamidade maior é os que estão a pagar a casa ao banco com os juros que subiram daquela forma.
    Concordam com este comentário:HAL_9000


    O que está mal é aplicar-se limites aos aumentos das rendas diferentes dos que estavam estabelecidos.

    Quem arrenda sabe que os aumentos das rendas estão indexados à inflação, tal como quem compra a credito com taxa indexada à euribor sabe que a prestação depende da euribor.
  8.  # 13

    Colocado por: Caarabina

    Calamidade ?
    Comprar uma casa ainda pra mais com taxa variavel como compram 90% das pessoas aqui em Portugal desculpa nao é calamidade é brincar com a sorte.
    Todo o bicho careto andou a comprar e a trocar agora choram como se nao fosse a consequencia da sua irresponsabilidade financeira.

    Se fossem comprar com taxa fixa mais de metade nao podia comprar.
    Concordam com este comentário:ferreiraj125


    Mas há uns anos diziam de peito cheio que não valia a pena meter taxa fixa porque a euribor ia estar negativa até 2030.

    A longo prazo é possivel que a taxa variavel compense, mas implica passar por variações bruscas da prestação.

    É por isso que há quem opte pela taxa fixa, mesmo que pague mais ao longo do tempo.
  9.  # 14

    Colocado por: HAL_9000Ao optar por arrendar em vez de comprar, e a renda de um momento para o outro aumentar 20%, ou o senhorio não lhe renovar o contrato, e as opções que encontra são 100% mais caras do que o que pagava, também não é arriscar a estabilidade financeira?

    Certo que não fica preso a um contrato como no CH, mas pode ter impactos tremendos na sua vida também.

    No ano passado acompanhei a situação de um casal que nunca quis comprar casa para não "arriscar a estabilidade financeira" e porque não "queria trabalhar para a casa". Pagava 400 eur de renda numa zona mais ou menos nobre da AML. O senhorio não quis renovar contrato, eles não encontravam nada por menos do dobro da renda anterior. Escusado será dizer que a solução passou por ir para o mais longe possível (tendo em conta o local de trabalho), e ainda assim, o filho que queria sair da casa dos pais, casou-se, entretanto, e lá ficou a morar com a esposa. Agora pagam metade da renda cada casal.Metadeda renda são os tais 400 euros e estão bastante mais longe dos locais de trabalho.

    Num país com o nosso poder de compra, e com os preços da habitação (compra ou renda), você ter um teto é estar a assumir um risco financeiro.


    Como vês, optaram pela solução que permite a flexibilidade de viverem em casas que podem pagar.

    No entanto, poderiam simplesmente ter comprado uma casa cuja prestação ficasse pelos 400 € com taxa fixa...
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
    • AMG1
    • 4 setembro 2023

     # 15

    Colocado por: J.Fernandes
    Eu não afirmei que há menos arrendamento que noutro qualquer período, disse que há pouco arrendamento em comparação com o número de pessoas que vive em casa própria e que precisamos, claro, de muito mais arrendamento. Ao contrário de outros países em que o número de gente a viver em casa própria quase iguala quem arrenda (Alemanha, Áustria ou Dinamarca), em Portugal quase 80% das pessoas vive na própria casa.

    A prova dos nove de que não se arrenda o suficiente em Portugal é o facto de que ao contrário de quase todos os países desenvolvidos, em Portugal custa mais arrendar que pagar o empréstimo ao banco.


    Talvez seja melhor rever o que escreveu. Quando escreveu que poucos (senhorios) se "mantém e muitos nem entram" não vi qualquer relação entre o parque de casas proprias e arrendadas. Ao contrário do que escreveu, provavelmente influenciado pelas declarações mais ou menos inflamadas de alguns, o arrendamento não está a decrescer, mas a crescer.
    Mas concordo consigo, deviamos ter mais arrendamento, porque isso era bom a variadissimos níveis e não exclusivamente económico. O excesso de casa própria atrapalha qualquer decisão que implique mobilidade geográfica.
    Agora não vai ser com os pequenos investidores privados que vamos mudar a situação. O parque publico tem de aumentar de forma muito significativa e para multiplos segmentos, paralelamente têm de ser criadas condições para atrair os investidores profissionais e para isso a justica e a estabilidade do quadro regulamentar parecem-me muito mais relevantes do que o nivel da fiscalidade, até porque esses não "apanham moscas com vinagre" e têm meios que nem eu nem muitos como temos.
  10.  # 16

    Colocado por: CaarabinaSe fossem comprar com taxa fixa mais de metade nao podia comprar.
    Concordam com este comentário:ferreiraj125


    Não poderiam comprar a que compraram, teriam de comprar uma mais em conta.

    E queres saber um segredo?

    O preço que é pedido pelas casas é o preço que alguém está disposto a pagar.

    É quase como um leilão.

    Se toda a gente está disposta a arriscar um credito de taxa variavel para poder pagar um bocado mais do que poderia pagar caso fosse taxa fixa, o preço das casas vai responder de acordo com isso e subir.

    Se toda a gente optasse por taxa fixa, o preço das casas seria ajustado ao poder de compra resultante dessa condição.
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  11.  # 17

    Colocado por: HAL_9000Penso que no geral havia tantas pessoas a contar com os juros negativos durante 40 anos, como as que previram um aumento de quase 5% da taxa de juro num espaço de 12 meses.


    Essa é uma eterna discussão.

    Eu sou pessimista e tendo a ser precavido no que toca a situações "inesperadas".

    Mas depois vejo pessoas a arriscarem e quando corre mal queixam-se que "ninguém previa que..."

    É tipo aquele pessoal que conduz colado ao carro da frente, e quando este por algum motivo trava a fundo… Ups, ninguém iria prever que ele ia travar de repente. Não é? :)
    Concordam com este comentário: N Miguel Oliveira
  12.  # 18

    Colocado por: HAL_9000Porque na verdade os bancos não o diziam. Pelo menos não de forma generalizada, e muito menos no aconselhamento de crédito.

    Também não eram obrigados a fazê-lo, cada um deve fazer a sua própria avaliação. Agora neste caso em particular não concordo com a análise da AMVP, até por experiência pessoal, que contratei crédito nesses anos.


    Concordo que este tipo de coisas deveriam ser previstas pela lei.

    A lei deve zelar pelos mais vulneraveis, o que inclui proteger as pessoas da sua propria ignorancia.

    Não obstante, a verdade é que as pessoas facilitam imenso ao endividarem-se em centenas de milhares de euros por decadas sem fazerem qualquer tipo de pesquisa.

    Eu para comprar um telemovel faço mais pesquisa do que muita gente faz para contrair um credito a 40 anos… É ridiculo.


    Muita gente, chega ao banco, e a unica coisa que perguntam/percebem é quanto vão pagar de prestação.

    Os bancos competem uns com os outros e é natural que mostrem aos clientes aquilo que aumenta as chances de angariar clientes.

    O que acontecia é que um banco que apresentasse uma proposta de 500 € a taxa fixa, se calhar perdia o cliente para outro que apresentava 400 € a taxa variavel.

    Ou mesmo apresentando uma proposta de taxa fixa e outra de variavel, 99% das pessoas ia para a variavel.

    Pela ignorancia das pessoas, as propostas de taxa fixa não eram atrativas, e como tal é natural que os bancos não invistam a apresentar propostas que a maioria das pessoas rejeita.
    • AMG1
    • 4 setembro 2023

     # 19

    Colocado por: J.Fernandes
    É óbvio que são a mesma coisa: é o estado a impor administrativamente uma redução da renda que o senhorio recebe, em comparação com a que receberia a preços de mercado.
    ....
    Tudo o que aqui escrevo são opiniões minhas e críticas positivas ou negativas às opiniões de outros, eu sei.


    Uma coisa é termos um quadro regulamentar estável, ao longo de anos, que determina a forma como as rendas podem ser aumentadas. O investidor se não quiser sai do negócio e acabou, mas as regras são essas para todos. Outra coisa andar a mudar a regra de ano para ano e outra ainda é pura e simplesmente nao poder haver qualquer aumento. Para mim são três coisas muito diferentes e que tem impacto diferente na rentabilidade esperada por qualquer investidor. Agora são tudo diferentes formas do estado intervir no mercado, para quem não quer qualquer intervenção do estado, admito que sejam todas demais.

    Comentar ou criticar a opinião alheia, não tem qualquer problema e tratando-se de um político até pode ser um exercício bastante saudável, mas convenhamos que tratar o Costa por "marxista" e "quadrado", está um bocado ao mesmo nível dos epítetos com que ele costuma brindar os "queques" da IL.
  13.  # 20

    Colocado por: N Miguel OliveiraQuanto à falta de tipologias T0 e T1... acho que esse é outro factor que tem desregulado o mercado de arrendamento. Por alguma razão, há poucos promotores que invistam em tipologias pequenas.


    Acho que isso tem a ver com o facto de serem tipologias que até há pouco tempo tinham pouca procura.

    Mesmo hoje em dia não são tipologias muito atrativas porque têm baixo custo beneficio.

    O custo de construir um T1 com 55 m^2 é pouco menor que o de um T2 com 70 m^2.

    Tens à mesma o custo da sala, cozinha, casa-de-banho, e o quarto extra acaba por dar jeito com um custo marginalmente superior.
    Concordam com este comentário: diouf_matos
 
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