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  1.  # 261

    Colocado por: j cardosoIsso é uma maneira muito enviesada e falsa de ver as coisas. Vamos ser mais exactos: o Syriza, ao contrário do que lhes prometeu não os tirou da desgraça, mas quem os levou à desgraça foram os partidos "tradicionais".

    A sua é que é uma maneira falsa e enviesada de ver as coisas. A realidade, como eu a vejo, é que ninguém levou a Grécia à desgraça, porque não me parece que tenha havido ainda alguma desgraça. Uma grave recessão, ou mesmo depressão que já dura há muitos, isso sim, mas uma tragédia, ou desgraça, ou hecatombe, é o que está agora iminente, com os incumprimentos, restrição do movimento de capitais, falta de dinheiro para pagar salários f.p. e pensões, provável mudança de moeda, falência dos bancos, etc., etc.
  2.  # 262

    Colocado por: jpvngIsso soa tão hipocrita meu caro.

    Sejamos sérios e discutamos as coisas com racionalidade: ponha aí mais uma foto de alguém a pedir.
  3.  # 263

    Colocado por: jpvngParece-me evidente que o Syriza veio incomodar o poder.

    Você aqui acerta na mouche: como é que partidos como o Syriza e o BE, que nasceram para incomodar o poder e cuja única vocação é só essa, o podem, seriamente, exercer.
    • Neon
    • 19 junho 2015

     # 264

    Colocado por: luisvvRepare que no final de 2014 já tinham atingido um superavit primário e o PIB estava a crescer


    Provavelmente não será suficiente, e alguém (uma maioria) achou que preferia atirar com a toalha ao chão. E isso é uma posição que todos temos de respeitar.

    As consequências ou se é um melhor ou pior caminho para a Grécia, o futuro nos mostrará, e eles o terão de assumir.

    De qualquer forma, não nos vangloriemos de que a saída da Grécia é um castigo merecido, pois também ninguém pode adivinhar o que vai acontecer de futuro quer a nível europeu, quer a nível do nosso cantinho.


    Neon...
    Continuando à espera das próximas novidades....
  4.  # 265

    A realidade, como eu a vejo, é que ninguém levou a Grécia à desgraça, porque não me parece que tenha havido ainda alguma desgraça. Uma grave recessão, ou mesmo depressão que já dura há muitos, isso sim mas uma tragédia, ou desgraça, ou hecatombe, é o que está agora iminente

    Coisa mais ridícula. O piloto alemão que fez despenhar o avião também não provocou nenhuma desgraça, o que provocou essa desgraça foi o facto de os Alpes serem tão altos. Coitadinho do PASOK que não tem responsabilidades nenhuma na situação actual ...
  5.  # 266


    Provavelmente não será suficiente, e alguém (uma maioria) achou que preferia atirar com a toalha ao chão. E isso é uma posição que todos temos de respeitar.


    Mas quem disse que não respeita? A questão é que o alexp afirmou que os gregos teriam "percebido" que seria necessária mais austeridade e que perduraria por décadas
    Ora, esta ideia é um bocado falaciosa. Por um lado, porque:
    https://desviocolossal.wordpress.com/2015/06/16/pior-era-impossivel/#more-2302
    As autoridades esperavam inicialmente fechar o ano com um saldo positivo de 2,7% do PIB, que acabou por ser inferior a 0,5%.
    O erro de previsão não resultou da má performance da economia: o PIB até cresceu 0,8%, contra uma previsão inicial de 0,6%. E também não resultou de nenhum programa de estímulo económico, que teria pelo menos impulsionado o crescimento. Resultou de uma quebra brutal de receita fiscal na recta final do ano e no início de 2015, que terá sido pelo menos em parte produzida – segundo relatos da própria imprensa grega – pela perspectiva da vitória do Syriza nas eleições de Janeiro


    Mais:
    Novamente, poucas pessoas apreciaram isto na altura, mas no final de 2014 a Troika não esperava que a Grécia implementasse mais medidas de austeridade. Pelo contrário, acreditava-se que o saldo primário herdado de 2014 (2,7%), associado ao crescimento do PIB, seria suficiente para atingir as metas de redução da dívida
    Acontece que a degradação das contas de 2014, associada à revisão em baixa do crescimento para 2015, inviabilizaram esta estratégia. Sem uma boa base de partida, delapidada por má gestão de expectativas, e sem crescimento económico, destruído por inépcia, resta a austeridade para fazer o trabalho.



    As consequências ou se é um melhor ou pior caminho para a Grécia, o futuro nos mostrará, e eles o terão de assumir.

    Claro que sim, agora escusamos de ouvir as lamúrias sobre a ausência de democracia, como se só o Governo grego tivesse sido eleito democraticamente ou se os restantes estivessem a defender posições contrárias às dos seus povos..


    De qualquer forma, não nos vangloriemos de que a saída da Grécia é um castigo merecido, pois também ninguém pode adivinhar o que vai acontecer de futuro quer a nível europeu, quer a nível do nosso cantinho.

    Se acontecer, não vejo como castigo, vejo apenas como um facto da vida: duas partes que negoceiam e não chegam a um acordo.
    Concordam com este comentário: jpfgarcia
  6.  # 267

    Colocado por: j cardosoCoisa mais ridícula. O piloto alemão que fez despenhar o avião também não provocou nenhuma desgraça, o que provocou essa desgraça foi o facto de os Alpes serem tão altos. Coitadinho do PASOK que não tem responsabilidades nenhuma na situação actual ...

    Se você acha isso é porque, provavelmente, não sabe que em 2014 a Grécia voltou ao crescimento económico - fim da recessão - e o seu saldo orçamental primário foi positivo, isto é, trocado por miúdos: o ciclo económico tinha sido invertido e se assim continuassem tinham garantido o financiamento da Troika que necessitassem de futuro e começariam gradualmente a diminuir a sua dívida pública. Agora, inverteram-no de novo, de volta para o buraco.
  7.  # 268

    Colocado por: luisvvOra, esta ideia é um bocado falaciosa. Por um lado, porque:


    Ops ... esse artigo também é um pouco falicioso.
    Em Dezembro de 2014 a Grécia pediu para prolongar o programa por dois meses e comprometeu-se a apresentar novas medidas de austeridade, entre as quais um aumento de impostos e cortes nas pensões.
    É só consultar as notícias de Novembro/Dezembro de 2014, ainda antes de se pensar em eleições e na vitória do Syriza.
  8.  # 269


    Provavelmente não será suficiente, e alguém (uma maioria) achou que preferia atirar com a toalha ao chão. E isso é uma posição que todos temos de respeitar.

    No final de 2014 não estava prevista mais austeridade na Grécia. O saldo orçamental degradou-se no final do ano e início de 2015 em grande medida como consequência das promessas do Syriza.

    As consequências ou se é um melhor ou pior caminho para a Grécia, o futuro nos mostrará, e eles o terão de assumir.
    De qualquer forma, não nos vangloriemos de que a saída da Grécia é um castigo merecido, pois também ninguém pode adivinhar o que vai acontecer de futuro quer a nível europeu, quer a nível do nosso cantinho.

    Não creio que se trate de um castigo, mas de um facto da vida: negociações que correram mal.

    Quanto ao resto:
    https://desviocolossal.wordpress.com/2015/06/19/a-virgindade-de-varoufakis/

    Agora, é possível argumentar que um acordo de financiamento suficientemente estável seria suficiente para estancar a sangria dos depósitos e normalizar a situação económica, evitando o risco de nova recessão e reduzindo, assim, a probabilidade de se voltar a um défice primário. Mas este raciocínio parte do pressuposto de que o Syriza vai mesmo cumprir o que promete, o que é tudo menos seguro. Lembrem-se: se as promessas não podem ser garantidas pela força – e o tempo em que se invadiam países para cobrar dívidas já lá vai – então só podem ser reforçadas pela confiança. Confiança que o Governo grego dinamitou completamente ao longo dos últimos seis meses1.

    Aliás, desconfio que o corte de pensões sugerido pela Troika tem um interesse muito mais informativo do que económico. Repare-se: o Syriza foi eleito com base num programa explícito e declarado de acabar com a austeridade. Neste contexto, cortar pensões seria uma prova fortíssima de compromisso com a consolidação orçamental. Mais do que uma medida de consolidação, um corte de pensões funciona como um mecanismo de sinalização, dando provas efectivas, e não apenas verbais, de que o Syriza quer mesmo levar a sério a sua promessa de rigor orçamental.

    Seria mesmo chegar a este ponto? Aqui acho que não há muita volta a dar: num acordo entre partes, o grau de garantias que uma parte tem de dar é função directa do risco que se pede à outra parte que assuma, bem como da confiança mútua existente. Ora, a acção do Syriza ao longo dos últimos meses agravou imenso os dois membros da equação. A incerteza que fez pairar sobre a economia travou a recuperação económica e criou o risco de um novo défice primário; e a retórica acerca da insustentabilidade da dívida e do fim da austeridade eliminou toda a confiança que ainda poderia restar. E a confiança é como a virgindade: só se perde uma vez.

    O que pode o Syriza fazer agora? Para além da resposta óbvia – cortar as pensões, engolir a pílula e seguir em frente (eventualmente com eleições antecipadas) – não há muitas alternativas viáveis, e certamente que não há nenhuma indolor. A falta de confiança da Europa no Syriza em controlar as contas públicas é tal que nenhuma espécie de compromisso meramente verbal será suficiente. Resta a força dos actos: medidas duras e impopulares que sinalizem claramente que a Grécia não está apenas a tentar ganhar tempo. Este dilema não é propriamente inesperado: há alguns meses, Antonio Fatas escrevia isto:

    What no one wants is an agreement that does not offer a permanent solution to the problem. But is this possible? You need a credible commitment from Greece on implementing reforms in a way that can guarantee a large enough primary balance so that the possibility of future crisis goes down significantly. But credible commitment on reforms is not feasible. Reforms take time to be designed and implemented and there is enough uncertainty about growth and interest rates to ensure that a future crisis can be ruled out. The intersection between what the Greek government wants and what the European partners want is an empty set today (once we remove all the unfeasible solutions). And that’s why a risk of collapse in the negotiations is real.

    Um último comentário. Durante o tempo em que decorreu o PAEF de Portugal houve basicamente dois tipos de comentadores: o grupo que compreendia os cortes, e o grupo que não os compreendia. Mas apesar da diferença crucial em relação a este aspecto, julgo que ambos convergiam num ponto: a crítica – directa ou indirectamente (o silêncio também fala) – à retórica da “confiança & credibilidade” do ministro das Finanças Vítor Gaspar. Havia derrapagens? Ele cobria com mais cortes. Falava-se de reestruturação? Abanava a cabeça e passava à frente. O pessoal até percebia que quando não há dinheiro as contas são diferentes; mas, que raio, o homem não podia falar mais alto com os alemães, bater no peito de vez em quando e dizer que não somos ratos de laboratório? Às vezes até parecia que ele queria mesmo fazer aquilo.

    Com algumas honrosas excepções (vem-me à cabeça Vítor Bento – mas não muitos mais), muito poucos perceberam as dinâmicas envolvidas nesta negociação, e o papel crucial que a credibilidade tinha para as contrariar. Num cenário em que Portugal precisava desesperadamente de dinheiro; em que poderia vir a precisar de muito mais (em 2012, os juros chegaram aos 15% – e pensava-se que podiam lá ficar durante muito tempo); em que não havia forma nenhuma de garantir que ele seria pago aos credores; e em que havia pressões políticas enormes na Alemanha para travar os empréstimos aos PIGS – num cenário destes, a criação de uma relação de confiança era absolutamente fundamental, porque dela dependia a facilidade de canalizar fundos para Portugal e de efectivamente segurar o país contra maus ventos. Felizmente, não foi preciso gastar esse capital acumulado: o risco de imposão do euro não se chegou a colocar. Mas julgo que as consequências práticas da estratégia do Syriza já terão feito algumas pessoas repensar a avaliação que fizeram de Vítor Gaspar.
  9.  # 270

    Colocado por: luisvvNo final de 2014não estava prevista mais austeridade na Grécia.


    A sério?
    Estes jornais só mentem, o que nos vale são os blogues ...


    09 Dezembro 2014

    Esta segunda-feira, no mesmo dia em que o Eurogrupo decidiu aceder às pretensões helénicas e prolongar por dois meses o programa de assistência económica e financeira à Grécia, possibilitando assim a libertação da última tranche do resgate internacional, que terminava no final deste ano, o primeiro-ministro Antonis Samaras convocou para 17 de Dezembro a primeira ronda das presidenciais.

    No mesmo dia foi aprovado o orçamento grego para 2015 com votos favoráveis da maioria governamental e votos contra de toda a oposição. Mas, nos próximos dois meses, Atenas, como refere o Financial Times, terá de implementar novas medidas de austeridade de forma a abrir caminho a uma posterior negociação de linhas de crédito cautelares com os membros da troika.

    Entre as medidas exigidas pela troika está o aumento de impostos e cortes nas pensões. Assim, afigura-se difícil para Samaras conseguir conciliar as exigências de contenção orçamental feitas pelos credores com a necessidade de captação de apoio dos partidários do fim da austeridade dos Gregos Independentes.

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/grecia_a_beira_de_presidenciais_que_podem_ditar_antecipacao_das_legislativas.html
  10.  # 271

    Colocado por: luisvvNovamente, poucas pessoas apreciaram isto na altura,mas no final de 2014 a Troika não esperava que a Grécia implementasse mais medidas de austeridade. Pelo contrário, acreditava-se que o saldo primário herdado de 2014 (2,7%), associado ao crescimento do PIB, seria suficiente para atingir as metas de redução da dívida



    10 Dezembro 2014

    O parlamento grego aprovou no início desta semana o orçamento para 2015, mas os credores internacionais acreditam que há um "buraco" entre dois a três mil milhões de euros nas receitas suplementares que afastará a Grécia do cumprimento das previsões económicas.

    http://www.jornaldenegocios.pt/economia/europa/uniao_europeia/zona_euro/detalhe/grecia_formaliza_pedido_de_extensao_do_programa_de_resgate.html
  11.  # 272


    A sério?
    Estes jornais


    Sim, a sério. Em Outubro e Novembro discutia-se um plano cautelar.
  12.  # 273

    Colocado por: luisvvSim, a sério. Em Outubro e Novembro discutia-se um plano cautelar.


    Sim, com imposição de subida de impostos e cortes nas pensões ...
  13.  # 274

    • eu
    • 20 junho 2015 editado

     # 275

    Gostei de ler esse texto do Varoufakis. Explica muito bem o ponto de vista do Syriza e tem partes com as quais é difícil de não concordar. Foi mesmo feito para convencer o eurogrupo.
  14.  # 276

    Como alguém (cujo nome não me recordo) disse " A Grécia pode ser obrigada a sair do euro, mas a Grécia território continuará a existir na mesma localização geográfica onde está. Uma Grécia, que uma vez fora do euro, não terá muitas simpatias pela UE, e uma Grécia fora do euro, poderá provocar muitos danos à UE, simplesmente não fazendo nada.
    • eu
    • 22 junho 2015

     # 277

  15.  # 278

    Colocado por: euFelizmente, o bom senso imperou:http://www.publico.pt/mundo/noticia/novas-propostas-gregas-sao-bem-recebidas-em-bruxelas-1699713



    O dia tinha de começar com mais uma peripécia: a proposta “definitiva’ das autoridades gregas enviada durante a noite de domingo não era, afinal, a proposta inteiramente correta. A versão corrigida chegou esta manhã a Bruxelas. As alterações são pequenas, mas com um calendário curto em dia cheio de reuniões, mais um atraso no processo. Não é a primeira vez que segue a proposta errada para Bruxelas.

    http://observador.pt/2015/06/22/grecia-atenas-ja-entregou-nova-proposta-aos-credores-nova-proposta/
    • Neon
    • 22 junho 2015

     # 279

    Nada muda, mais do mesmo...quer de um lado quer do outro.

    Daqui a meio ano ainda vamos estar a debater precisamente a mesma questão com evolução = 0
    • eu
    • 22 junho 2015

     # 280

    Isto agora já é mais uma questão de teimosia do que de medidas ou valores. E a culpa é em parte da arrogância do Varoufakis... criou de tal forma antipatias no eurogrupo, que eles já nem o podem ver à frente...
 
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