E estaríamos aqui a desfiar um rosário de desgraças que «empurraram» milhares de concidadãos para um limiar de pobreza abaixo do impensável!
Tal como o governo Grego não tem legitimidade para obrigar qualquer entidade europeia a DAR-LHES dinheiro!
Colocado por: MatildeQue fazer então? Deixar pessoas que têm idade de serem nossos pais ou avôs morrerem de fome?
Colocado por: MatildeQue fazer então? Deixar pessoas que têm idade de serem nossos pais ou avôs morrerem de fome?
aceitar o plano do eurogrupo e fazer as reformas que os países do norte da europa propõem
A situação da Grécia resume-se muito bem neste gráfico com a evolução do seu PIB no longo prazo:
PIBevo
A Grécia crescia de forma relativamente lenta até entrar no Euro. Após entrar no Euro, acumulou dívida pública e externa e a qualidade de vida dos cidadãos deu um grande salto. Em termos práticos, isto significa que, durante 10 anos, houve pessoas que tiveram salários mais elevados, pessoas que ganharam dinheiro sem trabalhar, pessoas que enriqueceram injustificadamente, que tiveram mais tempo para passar com a família e os amigos, que compraram carros e casas maiores e foram de férias mais vezes. Alguns pobres passaram a classe média e membros da classe média passaram a ter vidas mais abastadas. Conseguiram isto graças à acumulação de dívida dos governos PASOK e Nova Democracia, com a conivência dos líderes europeus do Partido Socialista e Nova Democracia, e com o financiamento de alguns investidores (bancos, fundos de pensões, etc). Como sempre acontece nestes casos, a situação tornou-se impossível de manter. Não só aquele salto na qualidade de vida não foi possível de manter, como alguém terá que pagar por aqueles 10 anos de folia. Quem deverá pagar?
1. Os gregos
Esta é, sem dúvida, a resposta que primeiro vem à cabeça. Tendo sido os gregos os principais beneficiados da dívida, é apenas justo que sejam eles a pagar. Apesar se ser o mais justo, há algo a ter em conta: tendo sido gregos a beneficiar, não é certo que sejam os mesmos indivíduos que beneficiaram do aumento de dívida pública a pagar por ela agora. Alguns dos que beneficiaram, entretanto protegeram-se do risco de pagar por esse benefício passado: emigraram ou colocaram os seus investimentos fora do país. Outros, por exemplo os mais jovens, irão pagar sem terem tirado grande benefício, porque não eram nascidos ou não tinham idade para aproveitar esse benefício.
2. Os investidores (quem emprestou o dinheiro à Grécia)
Um investimento tem sempre risco. Quem emprestou à Grécia não o fez de forma gratuita. Esperava obter retorno desse investimento. Investiu na expectativa de que a economia grega cresceria com ajuda dessa dívida o suficiente para pagar a dívida e ainda garantir juros. Se tivesse sido um bom investimento, certamente teriam beneficiado com isso. Foi um mau investimento. É justo que paguem o preço de terem feito um mau investimento. É também bom que paguem como forma de lição para o futuro, para que não voltem a emprestar dinheiro nestas condições. Alguns já pagaram, sob a forma de perdão de dívida, mas neste momento já são poucos os investidores privados com algo a perder.
3. Os contribuintes europeus
É difícil justificar que sejam outros cidadãos europeus, com níveis de rendimento em muitos casos inferior, a pagar pelos 10 anos de folia grega. Salvo raríssimas excepções, nenhum contribuinte europeu beneficiou da dívida grega. A maioria nunca investiu voluntariamente um euro na Grécia, nem beneficiaria directamente se a economia grega tivesse dado um salto em frente. É por isso complicado justificar que sejam os contribuintes europeus a pagar, embora pareça ser esse o consenso mediático. Existiria apenas um benefício de serem os contribuintes europeus a pagar: criar um eleitorado mais eurocéptico e líderes europeus que no futuro sejam menos coniventes com folias de dívida, gregas ou outras.
No final, serão certamente os 3 a pagar pelos 10 anos de Folia. A justiça ou injustiça estará na repartição dos sacrifícios. Infelizmente, parece-me que, de forma a poupar o primeiro e o segundo grupos, o terceiro arcará com a maior fatia.
Colocado por: euUma pergunta simples para a maria rodrigues:
Qual o país que acha que está melhor atualmente? Portugal ou a Grécia?
Colocado por: maria.rodriguesDe acordo com os arautos do «sucesso», Portugal está bem e recomenda-se, não é verdade caro "eu"?!
Colocado por: maria.rodriguesDe acordo com os arautos do «sucesso», Portugal está bem e recomenda-se, não é verdade caro "eu"?
Colocado por: maria.rodriguesClaro que respondi! Nem todas as respostas têm de ser óbvias: é preciso saber ler nas entrelinhas. Agora até tive «piada», não acha?
Colocado por: treker666Claramente será a Grécia e será fácil de explicar:
Colocado por: treker666Em breve deixará de haver filas nos Hospitais para marcar consulta pois estarão simplesmente fechados.
Em breve deixará de haver corrida nos bancos alimentares pois eles estarão fechados.
Em breve deixará de haver filas de desempregados frente aos centros de desemprego pois os funcionários não vão comparecer após não lhes pagarem o ordenado.
Em breve deixará de haver doentes a não se medicarem por falta de dinheiro para comprar medicamentos. Eles simplesmente não se vão poder medicar porque deixará de haver medicamentos.
Em breve o fisco deixará de actuar sobre a população Grega pois irão juntar-se aos funcionários do centro de desemprego.
Colocado por: euVeja o que a "alternativa à austeridade" fez à Grécia.
Colocado por: euAbra os olhos.
Colocado por: maria.rodriguesdiga-me oeu, sem recurso a «cópia pirata», qual é o país europeu que, actualmente, mais beneficia com a situação caótica da Grécia?...
Colocado por: maria.rodriguesqual é o país europeu que, actualmente, mais beneficia com a situação caótica da Grécia?...
Colocado por: MatildeNão se deve de lembrar muito bem da vida há 31 anos, assim como não conheceu a vida há 55 ou 60 anos atrás e nem sequer imagina a vida que levaram os seus avôs ou bisavôs.
Sabe que há 30 anos começámos a pensar que também éramos ricos e afinal, não o éramos assim tanto com pensávamos.
A Europa está em crise económica. Aqui aonde vivo, as pessoas queixam-se menos, mas também sentem dificuldade e o nosso país nunca foi rico e recebemos como herança um período de 50 anos de ditadura.
É por isso que abro a boca de espanto quando leio, vejo e ouço tudo quanto é dirigente europeu e português a defender que a cura dos males do euro – que hoje todos reconhecem – exige ainda mais transferências de soberania dos Estados para a União. O que nos estão a dizer é que querem mais do que já hoje consideramos intolerável, isto é, que mais e mais decisões que implicam com a nossa vida de portugueses, franceses, espanhóis, italianos e, claro, gregos, sem esquecer todos os outros, saiam da esfera de competência dos nossos parlamentos e dos nossos governos e sejam entregues a um poder centralizado que não controlamos e cujo problema não é apenas um défice de democracia, é ser na sua essência não-democrático (um dia escreverei sobre este tema com mais detalhe, pois é importante e sei que estou totalmente isolado em Portugal).
Felizmente que hoje temos poucos políticos “visionários” capazes de darem o passo nesse desconhecido que seria uma Europa irremediavelmente divorciada dos seus cidadãos – porque esse divórcio é cada vez mais evidente.
Não deixo por isso de simpatizar com os gregos quando eles se queixam de quererem mandar neles. Só lamento que não tirem disso a necessária consequência, pois enquanto dependerem do dinheiro dos outros, como esta semana ficou demonstrado sem qualquer sombra de dúvida, terão de aceitar as regras desses outros. Essa é também a razão porque penso que seria melhor para os gregos e melhor para a Europa que saíssem do euro, votem sim ou votem não (se votarem não isso tornar-se-á inevitável, agora ou daqui por alguns meses).
O problema dos projectos utópicos é que, em seu nome, se está disposto a violar todas as regras, as legais e as do bom senso. O que interessa é seguir sempre em frente, na tal bicicleta que, se parar, cai. Se queremos mesmo salvar o que é essencial no projecto europeu – todas estas décadas de paz, as condições do progresso económico e o respeito pela democracia e pela vontade dos cidadãos –, então temos de perceber que quando se toma um caminho errado a solução não é insistir em seguir em frente, é tentar um caminho alternativo. A crise grega e o próximo referendo britânico fazem com que esta seja, provavelmente, a melhor altura para o discutirmos seriamente, e não em torno de mais “visões” e “ambições”.
Assim, nos últimos 30 anos, os “passos” dados pela “Europa” foram não só em grande número como bem largos, com tristes consequências para todos. O aumento do número de políticas sujeitas a votação por maioria qualificada e de transferência de poderes dos parlamentos nacionais para a esfera “comunitária” fez com que num número crescente de áreas da governação, os países da União tenham perdido a autonomia para defender aquilo que os respectivos eleitorados entendem – com ou sem razão – ser o interesse nacional. O resultado, para além de fragilizador da qualidade das democracias dos países europeus e dos mecanismos de controlo do poder político por parte dos cidadãos, foi a transformação da “Europa” num elemento gerador de conflitos entre os países europeus, em vez da entidade potenciadora de paz no continente que foi concebida para ser.
...
Por estes dias, as “classes conversadoras” do continente vão-se entretendo a discutir quem merece mais ser culpabilizado pela crise grega, se o governo grego se as instituições da União. Não percebem que o problema realmente grave já existia, e que continuará a existir muito depois do Syriza voltar à proveniência e independentemente de se chegar a um acordo sobre o que fazer na Grécia ou não: A “Europa” foi durante décadas um factor de estabilidade porque servia os interesses dos países que a ela pertenciam. Mas, ao dar passos gigantescos e pouco cuidados no sentido da “união cada vez mais aprofundada”, fez com que esses mesmos países perdessem capacidade de defender o que julgam ser o seu interesse. A sua arquitectura institucional tornou-se assim incompatível com a satisfação dos interesses de todos os seus membros, e não pode portanto gerar outra coisa que não conflitos. A continuar neste caminho, a “Europa” chegará ao dia em que, não servindo os interesses dos seus membros, deixará de ter interesse para eles. E nesse dia, até o que ela tem de bom, que apesar de tudo não é pouco, se perderá.
mas também nasci no século XX
Colocado por: eu
Pergunta: porque é que o BCE fez isso à Grécia e não fez a Portugal?
Está a falar do Eurogrupo? O eurogrupo é composto pelos Ministros das Finanças dos governos eleitos dos países da zona euro. As regras de funcionamento da zona euro foram definidas por governos eleitos.
O Syriza pode fazer o que quiser, mas não pode é exigir dinheiro aos outros países sem contrapartidas. Eles andaram a prometer o fim da austeridade... com o dinheiro dos outros.
Colocado por: euA Rússia.
Colocado por: Jorge_MO dinheiro que eles querem dar à Grécia não é para ajudar a economia Grega, é para devolver ao FMI e aos bancos Alemães e Franceses.
Colocado por: Jorge_MGrande parte dessa dívida é de juros intermináveis.