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  1. Colocado por: HFSFNem nos hospitais centrais há medicos suficientes onde, pela logica de grandes cidade, há economia de escala para ter um serviço eficiente.


    E acha que isso se torna mais fácil de obter nos pequenos hospitais do interior?
    Há argumentos que não se percebem. "Se não está perfeito não serve, por isso melhor deixar estar."
    Não há vontade nenhuma em melhorar, é criticar, porque até a solução vemos que não é perfeita.




    Colocado por: HFSFMas e se for de uma aldeia sem transportes, porque vou pagar o metro de Lisboa e do Porto?
    Não quer pagar pela minha estrada por viver numa aldeia mas eu tenho de lhe pagar o bilhete do metro?

    Vi na holanda que eles têm hubs para a cidade, chega-se a determinado ponto, deixa-se o carro e vai-se de até outras paragens que integram a rede de transportes.
    Com a frequencia adequada em Braga usaria o serviço, o transito está caotico para sair e entrar na cidade e um autocarro a fazer a circular retiraria muito trafego.


    Não, essas coisas são regra geral prestadas por empresas municipais. Se vive em Braga não paga para o metro de Lisboa.
    O que diz é normal para alguns. Quando vou de Braga ao Porto, o carro fica na Aveleda (apeadeiro). E no Porto uso o metro.
    Mas se vivesse em Braga centro, nem o carro precisava. É esse o meu ponto. Claro que tenho autocarro até à cidade, mas chega a um ponto que junta autocarro-comboio-metro, além do preço... começo a contar 2h30m para fazer um trajecto de demoraria 35min de carro. Acho perfeitamente normal que as pessoas usem o carro no final das contas, o que não entendo é o espanto ou incapacidade de ver alternativas ou a importância de planear bem um PDM.
  2. Colocado por: HFSFA meu ver resolveria o problema da infraestrutura não chegar a todo o lado. Conduz-se até um ponto e daí em diante é mais confortável usar os transportes publicos.


    Pois, é isso que digo.
    A malta confunde as coisas.
    O problema não é a rede não chegar a todo o lado.
    O problema é termos construção em todo o lado, e queixarmo-nos de que não há transportes, ou se os há, são caros, ou têm pouca frequência. Ou que a estratégia de controlar as alterações climáticas é usar carro eletrico. Isso são cuidados paleativos apenas.
    • justme
    • 10 outubro 2024 editado
    Colocado por: AMG1Depois nas ultimas eleições ainda votaram 60% dos eleitores. Será que estamos assim tão proximos desses tais 30% de velhos egoístas que só pensam nas suas reformas?

    Tendo em conta que esses 60% foram apenas e só devido ao voto no Chega que foi buscar muita gente à abstenção...
    E que segundo os restantes partidos o Chega não conta, deve ter uma cerca sanitária em redor e deveria ser ilegalizado. Sim, retirando o Chega (que não conta para os outros) não anda muito longe dos 30%.

    Só um exemplo... o Costa em 2022 teve maioria absoluta com o voto de apenas 23% do total dos eleitores ;)
    E ainda afirmava nas TV's com o ego lá em cima, que a maioria dos portugueses votaram nele... esqueceu é que 77% desses portugueses não votou nele lol
    • AMG1
    • 10 outubro 2024
    Colocado por: justme
    Tendo em conta que esses 60% foram apenas e só devido ao voto no Chega que foi buscar muita gente à abstenção...
    E que segundo os restantes partidos o Chega não conta, deve ter uma cerca sanitária em redor e deveria ser ilegalizado. Sim, retirando o Chega (que não conta para os outros) não anda muito longe dos 30%.

    Só um exemplo... o Costa em 2022 teve maioria absoluta com o voto de apenas 23% do total dos eleitores ;)
    E ainda afirmava nas TV's com o ego lá em cima, que a maioria dos portugueses votaram nele... esqueceu é que 77% não votou nele lol


    Nas ultimas eleições o Chega teve, de facto, um resultado notável, 18%, mais 11% dos votos que em 2022. Ainda assim, mesmo que todos os novos votos do Chega tenham vindo da abstenção, os votantes seriam em torno dos 50%, ou seja ainda bem longe dos 30% de que fala. Mais, se aplicar aos resultados do Chega o mesmo método que aplica à maioria do Costa em 2022, então os 18% do Chega também valerão bastante menos.
    Mas você levanta uma questão interessante, que é, afinal para que serviram os votos no Chega?
    Formalmente, os 50 deputados do Chega valem exactamente o mesmo que todos os outros, a sua legitimidade é a mesma. Não tendo maioria para formar governo, nem sendo parte de qualquer acordo para o suportar, por vontade do partido mais votado, que papel queria ter o Chega, para além da possibilidade de influenciar as decisões do parlamento, na proporção da sua dimensão, que é a que todos os restantes também têm?
    Se o LM diz que o Chega não lhe serve para nada, pode estar certo ou errado, mas isso serão os eleitores do PSD que lhe dirão nas proximas eleições, não os do Chega hoje.
    Já fiz a pergunta la atrás lembra-se do que aconteceu logo na primeira sessão da legislatura?
    A verdade é que o LM não vê o Chega como confiável e o Chega, a meu ver tem dois caminhos, ou altera o comportamento para com o PSD, que apesar de tudo tem feito algumas aproximações ao longo destes meses, ou então vai continuar assim, como você diz, sem contar para nada.
    Eu dou-lhe um exemplo, para ser ainda mais claro. No inicio da discussão do orçamento, o que levou o Chega a condicionar qualquer negociação com o PSD, à realização de um referendo à imigração, que para além de nada ter que ver com orcamento, também sabia que era uma condição nunca seria aceite pelo PSD nem pelo PR?
    Na verdade, o Chega preferiu armar barulho do que procurar qualquer negociação. Ora a minha pergunta é para quê esse ruído, se afinal agora até parece estar disponivel para aprovar o orçamento do PSD, sem negociação nenhuma?
    Eu não sei se os deputados do Chega servem para alguma coisa, isso é um problema de quem votou no Chega. Para mim, enquanto eleitor valem exactamente o mesmo que todos os outros, incluindo os que foram eleitos com o meu voto.
    • AMG1
    • 10 outubro 2024
    Colocado por: regGoverno retira as propostas de IRS e IRC do orçamento. Parece que o LM quer manter-se no poder à qualquer custo.


    O governo retirou foi as propostas de lei autónomas que tinha no Parlamento, dado que o seu conteúdo, na nova versão, já consta da proposta de orçamento.
  3. Colocado por: AMG1Na verdade, o Chega preferiu armar barulho do que procurar qualquer negociação. Ora a minha pergunta é para quê esse ruído, se afinal agora até parece estar disponivel para aprovar o orçamento do PSD, sem negociação nenhuma?

    O que eu ouvi da boca do AV é que ele pode ainda vir a aprovar o OE, caso o mesmo seja alterado e integre algumas "bandeiras" do Chega, as mais importantes.
    O que ele disse é que este OE (de esquerda) que foi hoje entregue, o Chega não viabiliza.

    Que os deputados do Chega valem tanto como os outros deputados, sei eu.
    Os outros partidos políticos é que não querem ver isso dessa forma, e depois o Chega é que é o partido antidemocrático lol
    Concordam com este comentário: BrunoFranco
    • HFSF
    • 10 outubro 2024 editado
    Colocado por: N Miguel OliveiraE acha que isso se torna mais fácil de obter nos pequenos hospitais do interior?
    Há argumentos que não se percebem. "Se não está perfeito não serve, por isso melhor deixar estar."
    Não há vontade nenhuma em melhorar, é criticar, porque até a solução vemos que não é perfeita.


    O que lhe estou a tentar dizer é que a politica de centralizar não está a funcionar.
    Se fosse verdade, hospitais centrais não tinham problemas e os que servem menos população teriam problemas. O que não é o caso.

    Colocado por: N Miguel OliveiraO que diz é normal para alguns. Quando vou de Braga ao Porto, o carro fica na Aveleda (apeadeiro). E no Porto uso o metro.


    Ainda bem que já é uma realidade para alguns. Eu para chegar ao trabalho a horas (9) em Braga precisaria de sair às 7 de casa.
  4. Colocado por: HFSFO que lhe estou a tentar dizer é que a politica de centralizar não está a funcionar.
    Se fosse verdade, hospitais centrais não tinham problemas e os que servem menos população teriam problemas. O que não é o caso.


    Pronto, tou a ver que está complicado...

    Braga tem um hospital público. Um. Quer ter mais?
    Se até com um, há problemas e falta de recursos, imagine com mais quatro, um em Braga Oeste, Sul, Este e Norte.
    Acha que é essa a solução?
    Então para que se espalha demasiado a população pelas áreas agricolas, não sendo agricultores?

    A minha freguesia tinha duas escolas primárias. A minha turma foi no máximo de 6 alunos.
    Fechou, e ainda bem! A outra escola passou a ter mais seis alunos... e passou a haver mais verbas para onde há sobrelotação ou falta de meios. Ora, com os hospitais é igual.

    Esta ineficiência faz com que nem haja meios onde há demasiada gente, e faz com que onde há menos gente só exista o serviço mínimo e é se quer... Ou seja, todos se queixam e acham que é a outra parte que suga os recursos todos.

    Colocado por: HFSFEu para chegar ao trabalho a horas (9) em Braga precisaria de sair às 7 de casa.


    Super "eficiente"!
    • AMG1
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: justme
    O que eu ouvi da boca do AV é que ele pode ainda vir a aprovar o OE, caso o mesmo seja alterado e integre algumas "bandeiras" do Chega, as mais importantes.
    O que ele disse é que este OE (de esquerda) que foi hoje entregue, o Chega não viabiliza.

    Que os deputados do Chega valem tanto como os outros deputados, sei eu.
    Os outros partidos políticos é que não querem ver isso dessa forma, e depois o Chega é que é o partido antidemocrático lol


    Tem razão, o único partido verdadeiramente democratico no parlamento é o Chega. Os outros são todos antidemocráticos.
  5. Colocado por: AMG1Eu não sei se os deputados do Chega servem para alguma coisa, isso é um problema de quem votou no Chega. Para mim, enquanto eleitor valem exactamente o mesmo que todos os outros, incluindo os que foram eleitos com o meu voto.


    O problema e que devido ao 'cordao sanitario', na realidade os deputados do Chega valem 0.
    E o AV ontem na entrevista que deu voltou a repetir algo que eu acho que faz todo o sentido. Os partidos devem votar propostas, nao partidos. O Chega e incoerente em muitas coisas, menos nisso. A mim faz-me uma enorme confusao que votem contra propostas do Chega so por serem do Chega. Mas nao me faz confusao nenhuma o Chega viabilizar a abolicao das portagens nas ex-Scuts mesmo que a proposta viesse do PCP (apesar de eu nao concordar com a proposta em si).


    Colocado por: AMG1Tem razão, o único partido verdadeiramente democratico no parlamento é o Chega. Os outros são todos antidemocráticos.


    Eu nao acho que os outros partidos sejam antidemocraticos. Ou melhor, ate acho, o PCP e o BE gostam tanto da Democracia como o Salazar gostava. So a toleram porque infelizmente para eles nao ha suporte popular para a tomar de assalto.
    Mas a verdade e que um cordao sanitario e algo muito antidemocratico. Aquilo que fazem de ignorar tudo do Chega so porque vem do Chega e **** de alto nas preocupacoes de uma fatia significativa do eleitorado. Principalmente agora... porque um partido com 4/5% e pouco mais que irrelevante. Com quase 20% ja nao e tao irrelevante assim.

    Alem de que eu, pessoalmente, continuo a achar convictamente que estas estrategias sao completamente bacocas. Se a politica mainstream quer 'combater a extrema direita' nunca vai conseguir faze-lo marginalizando-a e tomando politicas completamente opostas. Isso e um nonsense completo. A unica forma de combater extremistas e nao os hostilizar e tomar medidas que aquelas que votam neles mas nao sao extremistas compreendem. Eu nao sou fa do Antonio Costa, logo sou insuspeito. Mas o Antonio Costa deu uma licao de como desarmar extremistas e condena-los a irrelevancia. Em 2015 o PS faz uma alianca com uma extrema esquerda que tinha sensivelmente a dimensao do Chega quando junta. Governou com medidas para agradar ao eleitorado de esquerda, sem ser completamente radical. Qual foi o resultado? Hoje em dia a extrema esquerda e irrelevante.

    Eu ja o disse varias vezes, mas o Luis Montenegro se seguisse a cartilha do Costa que e atual e eficaz, ao inves de tentar replicar a do Cavaco que cheira a bafio e e de ha 40 anos atras teria muito mais sucesso. E podiam mostrar ate la fora como se combate 'a extrema direita'.
    • HFSF
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: N Miguel OliveiraPronto, tou a ver que está complicado...

    Braga tem um hospital público. Um. Quer ter mais?
    Se até com um, há problemas e falta de recursos, imagine com mais quatro, um em Braga Oeste, Sul, Este e Norte.
    Acha que é essa a solução?
    Então para que se espalha demasiado a população pelas áreas agricolas, não sendo agricultores?

    A minha freguesia tinha duas escolas primárias. A minha turma foi no máximo de 6 alunos.
    Fechou, e ainda bem! A outra escola passou a ter mais seis alunos... e passou a haver mais verbas para onde há sobrelotação ou falta de meios. Ora, com os hospitais é igual.


    Está realmente complicado porque não tenta perceber o que lhe tentam explicar.

    Se num hospital de referencia/centrais com supostas grandes capacidades de reposta não há medicos o problema não é da demografia. É um problema de gestão.
    Há vagas por preencher em todos os hospitais centrais e centros de saude de grandes cidades porque não há profissionais a querer ir para lá trabalhar e preferem ir para o privado. Isto é verdade há anos nos grandes centros.

    Não é o hospital de Viseu que retira meios humanos ao Santa Maria ou ao São João. Nenhum profissional de saude quer fazer 2h de viagem diáriamente quando teria um hospital a 30 minutos de casa.

    Isto é verdade para a saude como é para professores e quase todos os outros funcionários publicos.
    Centralizar, ainda mais, em 2 grandes cidades também cria problemas que está pura e simplesmente a ignorar.

    Não estou a defender casas a 3km entre si mas sim um país menos centralizado numa cidade.

    Foram centenas de vezes que fui a Lisboa a reuniões em que 80% das pessoas presentes iram do norte mas como a sede da empresa é em Lisboa lá fomos todos 2 dias à capital.

    Sobre a escola, obviamente que com 6 alunos deve fechar isto se esses pobres 6 alunos não se tiverem de deslocar 1h até à próxima escola.
    Como lhe disse, vivo e cresci numa aldeia mas a minha turma nunca teve menos de 28 alunos. Há aldeias que não são o deserto que relata. A aldeia que vivo agora até tem escola secundaria
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
  6. Colocado por: dmanteigasMas o Antonio Costa deu uma licao de como desarmar extremistas e condena-los a irrelevancia.
    Por outro lado foi no "reinado" do António Costa, e muito por culpa da estratégia deste, que o Chega encontrou terra fértil para germinar e crescer.
  7. Colocado por: HAL_9000Por outro lado foi no "reinado" do António Costa, e muito por culpa da estratégia deste, que o Chega encontrou terra fértil para germinar e crescer.


    O que e perfeitamente normal tendo em conta aquilo que o PSD se tornou no pos-Passos Coelho. O PSD passou de um partido que era 'ultra neo liberal de direita' para um partido que de acordo com o Rui Rio era de esquerda. O crescimento do Chega e da IL aconteceu porque o PSD decidiu fazer um corte tao radical com o Passos Coelho... que abriu espaco a sua 'direita'. Se bem que aqui tambem ha alguma culpa do CDS que nao soube 'ocupar' esse espaco devidamente.

    Na minha humilde opiniao, que vale o que vale, o Chega e a IL aparecem como consequencia de uma leitura pessima da situacao por parte da Cristas e do Rui Rio. No Rui Rio, porque quando viu o pais 'virar a esquerda' achou que a solucao era tambem ele virar a esquerda. No caso da Cristas, porque depois do desaire perfeitamente natural em 2019, entregou o partido ao Chicao que era basicamente um Ventura da Wish e foi triturado por ele. Deixou o Ventura roubar varias bandeiras do CDS mas com muito mais eficacia. Eu percebo que depois do desaire tinham de existir consequencias, mas o CDS tinha todas as condicoes para ter capitalizado muitos dos votos que em 2022 foram para o Chega e IL se tivesse um lider com carisma, capacidade de comunicacao e forte. Como era o Portas. E nao faltavam la bons quadros, ate a propria Cristas.
    Concordam com este comentário: Nostradamus
    • AMG1
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: dmanteigas
    ...
    Eu nao acho que os outros partidos sejam antidemocraticos. Ou melhor, ate acho, o PCP e o BE gostam tanto da Democracia como o Salazar gostava. So a toleram porque infelizmente para eles nao ha suporte popular para a tomar de assalto.
    Mas a verdade e que um cordao sanitario e algo muito antidemocratico. Aquilo que fazem de ignorar tudo do Chega so porque vem do Chega e **** de alto nas preocupacoes de uma fatia significativa do eleitorado. Principalmente agora... porque um partido com 4/5% e pouco mais que irrelevante. Com quase 20% ja nao e tao irrelevante assim.

    Alem de que eu, pessoalmente, continuo a achar convictamente que estas estrategias sao completamente bacocas. Se a politica mainstream quer 'combater a extrema direita' nunca vai conseguir faze-lo marginalizando-a e tomando politicas completamente opostas. Isso e um nonsense completo. A unica forma de combater extremistas e nao os hostilizar e tomar medidas que aquelas que votam neles mas nao sao extremistas compreendem. Eu nao sou fa do Antonio Costa, logo sou insuspeito. Mas o Antonio Costa deu uma licao de como desarmar extremistas e condena-los a irrelevancia. Em 2015 o PS faz uma alianca com uma extrema esquerda que tinha sensivelmente a dimensao do Chega quando junta. Governou com medidas para agradar ao eleitorado de esquerda, sem ser completamente radical. Qual foi o resultado? Hoje em dia a extrema esquerda e irrelevante.

    Eu ja o disse varias vezes, mas o Luis Montenegro se seguisse a cartilha do Costa que e atual e eficaz, ao inves de tentar replicar a do Cavaco que cheira a bafio e e de ha 40 anos atras teria muito mais sucesso. E podiam mostrar ate la fora como se combate 'a extrema direita'.


    Eu também já aí escrevi que a estratégia do cordão sanitário não se tem mostrado eficaz. O caso francês mostra mesmo que até pode acontecer o inverso.
    Mas a outra estratégia que tem sido seguida, que corresponde à normalização de algum discurso e pratica politica dessa direita, por parte da direita moderada, também não tem tido resultados brilhantes, quanto à contenção da ascensão desses partidos. A experiencia sueca em curso está a mostrar isso. Quando acaba o tema da imigração começa outro e depois outro e a dada altura, o espaco público e politico é completamente dominado pelos temas e pela visão dos extremistas, que óbviamente não cessam de crescer. Os Democratas da Suécia, partido de direita radical já é o segundo maior partido, a frente dos Moderados (direita tradicional).
    A verdade é que ainda ninguém descobriu forma de lidar com o fenómeno. A mim parece-me que nos esquecemos que a adesão a este tipo de ideologias e práticas politicas mais extremas tem uma dimensão identitária, cuja racionalidade escapa à pratica politica habitual em democracia. Isto já foi visivel p.e. no percurso do PCP em que, mesmo depois de completamente desacreditado enquanto projecto de politico, só mesmo a alteração geracional é que provocou a sua decadência eleitoral.
    Posto isto, eu até acho que o PSD nem sequer tem imposto um grande cordão sanitário ao Chega. O que ficou claro desde o primeiro dia é que não haveria acordo de governo. Mas isso não implicava que pudesse existir convergencia de posições nalguns temas. Foi isso mesmo que ficou desde logo acordado relativente a eleição da mesa da assembleia da republica, só que o resultado foi aquele espetaculo degradante a que todos assistimos. O mesmo se passou com o orçamento, porque carga de água numa discussao sobre o orcamento se põe como condição um referendo sobre imigração, sabendo que nem o PSD nem o Presidente da Republica o iriam aceitar?
    Não podiam ter colocado a fasquia ligeiramente mais abaixo, ou pelo menos no âmbito do que estava em causa, que era o orçamento?
    A verdade é que o Chega não tem dado nenhum sinal que efectivamente não prefira estar isolado e até tirar partido desse suposto cordão sanitário, com a vitimizacao permanente.
    Agora a estrategia do Costa. A geringonça só foi possível porque era um projecto que se afirmava pela negativa. O "cimento" daquela solução era impossibilitar um governo de direita e isso naquele momento era estratégicamente mais importante do que qualquer outra coisa para aqueles três partidos. Era também uma espécie de cordão sanitario, contra o PPC. Quando essa necessidade desapareceu, o projecto da geringonça também desapareceu.
    Quanto ao fim dos partidos à esquerda do PS, também me parece que a questão é mais complicada. Óbviamente que o PCP está eleitoralmente moribundo e só precisa de tempo para morrer definitivamente. Já o BE e o Livre, eu não seria assim tão taxativo quanto a sua irrelevância. Aquele espaço politico e ideológico, com todas as suas diferença, também existe em toda a europa e em numeros que até são mais expressivos do que a dimensao que tem actualmente em Portugal.
    Eu não assumo que aquele bloco não possa voltar a ter outra expressao eleitoral, quem o vai liderar é que já nao sei.
    Isto para dizer que a vitória do Costa sobre a sua esquerda, em meu entender foi só isso mesmo, uma vitoria do Costa e não a derrota definitiva daquele espaco politico e eleitoral.
    • eu
    • 11 outubro 2024
    "Governo de Direita - Primeiros seis meses "

    Que governo de direita? O PSD está a governar mais à esquerda que o PS.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães, dmanteigas
  8. Colocado por: AMG1Eu também já aí escrevi que a estratégia do cordão sanitário não se tem mostrado eficaz. O caso francês mostra mesmo que até pode acontecer o inverso.
    Mas a outra estratégia que tem sido seguida, que corresponde à normalização de algum discurso e pratica politica dessa direita, por parte da direita moderada, também não tem tido resultados brilhantes, quanto à contenção da ascensão desses partidos.


    Colocado por: AMG1A verdade é que ainda ninguém descobriu forma de lidar com o fenómeno. A


    A estratégia mais eficaz seria sem dúvida aumentar o poder de compra da populaçã em geral e da classe média em particular. Ocorrendo isso, sobra pouca margem para extremismos.

    Enquanto a estratégia não estiver centrada nisso, podem fazer cordões sanitários, ou normalizar que a extrema direita vai continuar a crescer.
    • reg
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: dmanteigasO problema e que devido ao 'cordao sanitario', na realidade os deputados do Chega valem 0.


    Exato, o PSD para ser coerente nem devia ser governo. Porque sem o Chega a esquerda tem maioria.
    • reg
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: eu"Governo de Direita - Primeiros seis meses "

    Que governo de direita? O PSD está a governar mais à esquerda que o PS.


    Isto apenas acontece porque não existe nenhum governo do PSD, eles só lá estão porque o PS quis.
    • reg
    • 11 outubro 2024 editado
    Colocado por: dmanteigasSe bem que aqui tambem ha alguma culpa do CDS que nao soube 'ocupar' esse espaco devidamente.


    Não soube? Então não se lembra das passadeiras arco-íris em Lisboa? O CDS suicidou-se.
    • reg
    • 11 outubro 2024
    Colocado por: AMG1Quando essa necessidade desapareceu, o projecto da geringonça também desapareceu.


    Isto aconteceu porque o PS é verdadeiramente de esquerda quando não tem maioria.
 
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