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  1.  # 1

    Boa tarde!

    Alguém me sabe informar, quais são os projectos de especilidades obrigatórios para o municipio de Braga? Existe alguma tabela de preços para os projectos de especialidades? Poderá ser o Eng. Civil a fazer todas?

    Outra questão: Se o empreiteiro for de confiança, poderia dispensar o acompanhamento da obra por parte do arquitecto?

    Obrigada
  2.  # 2

    Cara Susana

    Os projectos necessários para a Câmara de Braga são os mesmos necessários para o resto do pais e são os seguintes (partindo do princípio que estamos a falar de um edifício) e estãõ consagrados na Portaria 232/2008:

    Projecto de estabilidade, escavação e contenção periférica.
    Projecto de alimentação e distribuição de energia eléctrica
    Projecto de instalação de gás (caso exista ou esteja previsto gás natural na zona)
    Projecto de redes prediais de águas e esgotos
    Projecto de águas pluviais
    Projecto de arranjos exteriores
    Projecto de instalações telefónicas e de telecomunicações
    Estudo de comportamento térmico e respectiva aprovação por Perito Qualificado
    Projecto de instalações electromecânicas e transporte de pessoa e mercadorias (elevadores caso estejam previstos)
    Projecto de segurança contra incêndios
    Projecto acústico (em habitação normalmente é substituido por declaração de conformidade)

    Excepcionalmente poderão exigir o Plano de Higiéne e segurança no trabalho a nível de projecto, mas não é comum.

    Quanto à segunda questão, sendo arquitecto a resposta poderá parecer tendenciosa, mas penso que não deverá dispensar o acompanhamento do arquitecto. O arquitecto é que tem uma visão de conjunto do projecto e a assistência à obra não serve para fiscalizar a obra, mas para prestar esclarecimentos sobre o que foi pensado.
    Os empreiteiros tem uma forma de construir muito individual e em vez de adaptarem e procurarem soluções para concretizar a arquitectura, acabam por adaptar a arquitectura à maneira de fazer a construção. No fim acaba por ter o projecto alterado, por vezes de forma irremediável, só porque durante a obra ouvio o empreiteiro dizer inumeras vezes que da forma que ele faz é mais barato ou melhor ou pior ainda que "é assim que se faz", quando na realidade apenas se trata da maneira que ele tem de fazer as coisas.
  3.  # 3

    Boas a todos

    Embora não tenha sido referido o projecto de Ventilação tb é comtemplado ou terá de ser a pedido? Sei que é separado do de Climatização. Quais as principais preocupações/itens que o projecto de Ventilação procura abranger?
    Obrigada
    leticia
  4.  # 4

    Não existe um projecto de ventilação especificamente. Deverão ser apresentados detalhes da ventilação da cozinha e das instalações sanitárias (faz parte do projecto de arquitectura) na fase de licenciamento.

    Poderá existir um projecto de climatização (aquecimento e arrefecimento) e esse sim considerar ventilação forçada. Com o novo regulamento térmico (RCCTE) é dada atenção aos sistemas de aquecimento e arrefecimento dos edifícios, bem como à ventilação natural ou forçada.

    Quanto ao conteúdo, deixo para outra pessoa responder já que essa não é a minha área.
    • L2M
    • 5 agosto 2008

     # 5

    Fiquei perplexo ao ler ( Projecto de redes prediais de águas e esgotos ) ESGOTOS... pensava que esta palavra dos anos 70 80... havia sido abandonada, pelo menos pelos projectistas... após a regulamentação que a define ( o decreto regulamentar n. 23/95, de 23 de Agosto ) ...Drenagem de aguas residuais... Domésticas ( os tais Esgotos ) e pluviais...

    Havendo apenas um projecto de drenagem de aguas residuais...

    Esta Portaria ( feita à pressa ) separa as drenagem de aguas residuais pluviais... chamando-lhe Aguas Pluviais. e junta os "ESGOTOS" ao Projecto de Abastecimento de aguas. ( Um passo para traz )

    A Ventilação ficou esquecida nesta portaria... Logo esta aparece às vezes... sim! às vezes... se o projectista quiser...
    E anda esquecida... porque não há um diploma para a ventilação... a sua regulamentação está "espalhada" por varios dec. lei.

    Logo esta aparece:
    No projecto de climatização... ( por causa das renovações mínimas de ar )
    No projecto de Comportamento Térmico ( idem )
    No projecto de gás ( ventilação dos aparelhos... garantir a admissão de ar )
    Na Arquitectura... ( ... casas de banho... )
  5.  # 6

    Existem duas funções completamente distintas:
    Uma que é o arquitecto obrigado a fazer, é a assistencia técnica à obra, o que varia de arquitecto para arquitecto, e está incluido no orçamento, sendo 10% do orçamento uma percentagem normal média de referencia. Outra coisa é o acompanhamento da obra, que pode ser ou não o arquitecto a fazê-la, o que não é obrigado. A assistência técnica consiste na verificação se o que está feito em obra vai de encontro aos desenhos...e isso é fundamental o arquitecto assegurar, uma vez que no final terás de apresentar à CM de Braga, o projecto novamente em forma de Telas Finais - poliester e papel, e isso é o arquitecto que assina, sendo telas que representam o que foi feito de alterações na obra. Daí que é impensável dispensar o arquitecto da sua função, a não ser que queiras trocar de arquitecto e para isso o actual tem que dar autorização escrita e isso tem de dar entrada na Câmara sob a forma de Declaração. Outra função é a direcção Técnica da Obra que normalmente é feita por uma pessoa eng ou arquitecto a cargo do empreiteiro ou do dono de obra que vai acompanhar a obra e assume a responsabilidade da mesma ante a Câmara Municipal. Esta figura poder ser a mesma pessoa que o técnico autor do projecto ou não.
  6.  # 7

    Elucide-me lá de uma coisa:

    10% do valor do orçamento do projecto ou do orçamento de construção?

    Cumps
  7.  # 8

    10% do valor do orçamento do projecto ( para AssistÊncia tecnica durante a obra)
  8.  # 9

    Colocado por: Pedro Barradas10% do valor do orçamento do projecto ( para AssistÊncia tecnica durante a obra)


    Por um momento assustei-me
  9.  # 10

    Olá a todos,

    Vou construir uma moradia, e quero fazê-lo como deve ser, ou seja, não quero poupar nos projectos mas também não quero pagar mais do que o correcto.
    (Agradou-me bastante um post de um forista arquitecto, noutro tópico, em que deixou muito claras as vantagens de se fazerem projectos competentes)
    Segundo me explicaram, os projectos de especialidade são calculados de acordo com o valor de cada especialidade em relação à obra total.
    Já encontrei a formula de calculo no site do diário da republica, mas faltam-me esses dados.
    Alguém sabe dizer-me quais são, de uma forma geral, esses valores para uma moradia?
    Aínda não sei qual o tamanho que a moradia vai ter, por isso dá para falar em termos de percentagens ou proporções? (o tamanho da casa vai depender dos valores que estou a tentar estimar no geral antes de avançar para a escolha do arquitecto e dos engenheiros).
    Obrigado
  10.  # 11

    Acho que se estão a esquecer do Plano de Acessibilidades (a pessoas de mobilidade reduzida), que pelo que conheço já está a ser pedido em algumas câmaras que conheço da periferia de Lisboa.
    Cumprimentos,
    Carlosmcd
  11.  # 12

    O FLR que me perdoe mas vou aqui citar um post seu para mais uma vez tentar que as pessoas fiquem com uma ideia do que pode significar o preço dos projectos e um serviço completo suas vantagens no compto geral da obra:

    " FLR 5 Sep 2008
    Para ajudar à discussão sobre os critérios de procura de um arquitecto, e lembrando a saudosa discussão "quanto custa um projecto de arquitectura", em que participei com interesse, gostava de partilhar uma experiência recente num projecto meu, que acho que demonstra bem como uma opção inicial exigente nos pode fazer poupar muito dinheiro mais tarde.

    Fui chamado para fazer uma casa, para a qual estimei, com o cliente, um custo aproximado de 240.000 euros. Foi dado o OK à estimativa, e o valor dos honorários foi definido com a ajuda da tabela do costume (que acaba de ser revogada, penso eu). Contas feitas, categoria 2, 6 e tal por cento, desconto viável, etc., deu 12.500 euros de honorários para a arquitectura. Parece muito, não parece?

    Bem, correu tudo muito bem: muitas horas de trabalho para ter o estudo prévio aplaudido, o licenciamento aprovado à primeira, enfim, tudo o que um cliente deve exigir. Projecto de Execução, com aqueles honorários, tinha que ser perfeito...

    Resultado: vêm os orçamentos dos 3 concorrentes à obra: 262.000, 280.000, 306.000 euros. Pegamos no orçamento com mais garantias de qualidade, que era o de 280.000, e começamos a trabalhá-lo... os acertos, a negociação, as reuniões, etc. fizeram com que o mesmo orçamento viesse para os 230.000 euros, SEM ALTERAÇÕES DE MONTA AO PROJECTO...

    Os honorários que o cliente pagou permitiram algumas coisas interessantes:

    - o projecto de execução estava suficientemente bom e completo para poder ser orçamentado ao cêntimo.

    - o projecto de execução estava suficientemente pormenorizado para que se pudesse, em reunião com o concorrente, simplificar pormenores, definir critérios para materiais, optimizar infra-estruturas, para que o orçamento descesse 50.000 euros, repito, sem alterações significativas ao projecto

    - o meu empenho foi suficiente para só aceitar a proposta do empreiteiro quando já estava tudo mesmo espremido e justificado

    - a minha disponibilidade foi suficiente para passar horas em negociações, reuniões, e representar o cliente junto do empreiteiro, ainda antes da obra começar, como se fosse pagá-la do meu bolso (este é um papel que eu acho que nos cabe, e que muitas vezes é esquecido...)

    - a minha autoridade sobre a obra e o projecto foi suficiente para tomar decisões, tirar conclusões, e definir todos os pormenores da adjudicação, sem que o cliente tivesse dores de cabeça no processo, sendo, mesmo assim, consultado e ouvido em todos os passos

    - em vez de um cliente sem preparação técnica, a negociação foi conduzida por mim, que, não sendo um negociante de gema, pelo menos sabia do que estava a falar.

    Em resumo: o cliente, que podia perfeitamente aceitar os 280.000 euros como razoáveis, poupou 50.000 graças ao apoio que eu acho que o arquitecto lhe deve dar, desde que bem pago. Poupou 4 vezes o que me pagou, e estamos os dois contentes...

    Claro que isto nem sempre acontece, e também já tive más experiências, mas acho que este caso exemplifica bem as vantagens das opções iniciais correctas.
    ............
    ............. especialidades à volta de 5500 euros. Claro que as coordenei, e havia projecto de execução com medições, etc. e representação gráfica tb inserida nos meus desenhos. O documento discutido com o empreiteiro continha capítulos para todas as especialidades.....
  12.  # 13

    Tenha respeito pela sua obra e contacte um gabinete que tenha todas as valencias ( arquitectura e todas as Engenharias) não esquecendo do projecto de excução. Um projecto de arquitectura terá que ser feito por um arquitecto que coordenará as diferentes artes, em trabalho de equipe com o Eng. Civil, o En.Mecanico e com o Eng. Electrotecnico. Uma casa custa muito dinheiro e um projecto bem feito, com especialidades corrdenadas e boas escolhas de materiais, o preço poderé ser aliciante.
  13.  # 14

    Colocado por: carlosmcdAcho que se estão a esquecer do Plano de Acessibilidades (a pessoas de mobilidade reduzida), que pelo que conheço já está a ser pedido em algumas câmaras que conheço da periferia de Lisboa.
    Cumprimentos,
    Carlosmcd

    Carlos... Eu sei q existem Câmaras que pedem o Plano de Acessibilidades, como um Caderno separado...

    No entanto, se imperar o bom senso... e é o que acontece na maioria das Câmaras.. apresenta-se o Plano de Acessibilidades, integrado no Projecto de Arquitectura.
  14.  # 15

    @António Alves:
    Contactar um gabinete que tenha tudo é coisa que não vou fazer, porque já percebi que os melhores arquitectos têm gabinetes apenas de arquitectura e não estão integrados nesse tipo de estruturas.
    Mas neste momento apenas não consigo saber qual vai ser o peso do preço das especialidades no computo geral.
    @marco1: Segundo o seu post, vejo que o peso apresentado para as especialidades é de 2,3% do custo total da obra. Será viável extrapolá-lo para outro cenário? (a minha casa vai custar mais do que a que apresentou)
  15.  # 16

    Pedro Santos
    na realidade é bem ao contrário, os "melhores" arquitectos só trabalham em equipas integradas e são "patrões" das mesmas.
    Eu por exemplo sou um arquitecto independente e não tenho estrutura própria de engenharia no meu gabinete, o que embora conte com duas estruturas de engenharia para o fazer, ás vezes causa-me algum constragimento não ter tudo "á mão", quer pelo tempo que se perde quer pela fluidez que se poderia ter do trabalho.
    Quanto ao orçamento para as especialidades esse valor encare-o apenas como uma referência, pois existem varáveis que o podem alterar.
 
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