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  1.  # 1

    Boa tarde, andamos aqui com dificuldade em fazer partilhas e já ultrapassou todos os limites razoáveis e a única coisa que tem acontecido é a deteriorização de património.

    Existe algum mecanismo legal de partilha forçada eficiente sem ser a partilha judicial?
    Alguém já passou por processo semelhante que possa partilhar ou aconselhar-me por favor?

    No caso de se proceder à venda judicial de património qual é o valor de referência?
    Sabem se é o valor de mercado ou valor patrimonial?

    Obrigado a todos desde já!
  2.  # 2

    Colocado por: d33p

    Existe algum mecanismo legal de partilha forçada eficiente sem ser a partilha judicial?


    Sim, existe, mas só através do Tribunal
  3.  # 3

    Quem quer dividir pelo valor patrimonial é para enganar o outro herdeiro. Fique com a parte dele, avaliada pelo VPT, e logo vê a conversa a mudar.

    Há com cada família, livra.
  4.  # 4

    Colocado por: d33pvalor de mercado




    O valor patrimonial é apenas uma referência para o pagamento de IMI.
    Ou não?
  5.  # 5

    Colocado por: Palhava



    O valor patrimonial é apenas uma referência para o pagamento de IMI.
    Ou não?

    Não necessariamente, há mais de 10 anos vendi metade de uma casa de uma herança ao outro herdeiro. Eu não tinha interesse nenhum na casa e a outra parte estava interessada até por razões afetivas. Vendi por metade do VP, não paguei mais valias e mantemos excelentes relações familiares.
    Concordam com este comentário: Vítor Magalhães
    Estas pessoas agradeceram este comentário: marize, Palhava
  6.  # 6

    Sim.
    Mas é uma situação excepcional.
  7.  # 7

    Colocado por: PalhavaSim.
    Mas é uma situação excepcional.


    Só acontece com pessoas razoáveis e também elas excepcionais pela positiva.
    Quando o diálogo é impossível e toldado pela ganância, está tudo perdido.
    Concordam com este comentário: marize
  8.  # 8

    Nem eu nem a minha mulher temos irmãos mas sempre privilegiamos a relação com muitos primos. Uma vez até renunciei a uma herança - um pesadelo burocrático - para facilitar umas partilhas. O facto de estarem em causa apenas algumas dezenas de milhares de euros facilitou a decisão. Eram casas no Algarve que não valiam um décimo do que valem hoje.
  9.  # 9

    Basicamente é assim: quando o VPT é inferior ao valor real, então o herdeiro comprador escolhe este método, pois assim sai beneficiado. Curiosamente, talvez explicado pela religiosidade esdrúxula de um país atrasado, considera-se ganância quando uma das partes deseja um equilíbrio negocial. Ou seja, ficam as 2 partes com igual património mas ainda assim é-se ganancioso.

    Nem é uma crítica pessoal, o país pensa mesmo assim. Talvez se passarem mais 50 anos...
    Concordam com este comentário: Dias12, palmstroke
  10.  # 10

    Colocado por: Carvai
    Não necessariamente, há mais de 10 anos vendi metade de uma casa de uma herança ao outro herdeiro. Eu não tinha interesse nenhum na casa e a outra parte estava interessada até por razões afetivas. Vendi por metade do VP, não paguei mais valias e mantemos excelentes relações familiares.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:Palhava


    ou seja, as "excelentes relações familiares" existem porque você abdicou do que é seu. então não podemos realmente adjectiva-las assim, porque não sabe como seriam essas relações hoje se você quisesse receber o valor justo.
  11.  # 11

    Cada caso é um caso.

    -----
    Ganância é quando alguém só vê o seu lado e quer prejudicar os outros para ficar com o melhor.
    Concordam com este comentário: nunomp
  12.  # 12

    d33p> lamento a situação em que se encontra.

    Os bens que são anteriores a nós (sejam dinheiro ou bens imóveis), unem a família. Por muito que essa união seja disruptiva, é uma questão inegável.

    Ao serem feitas partilhas, cada um vai para seu lado e em muitos casos a relação já está tão deteriorada que até parece que bom, que finalmente já não tenho de lidar com este ou com aquele.

    Quando negamos a nossa família, negamos o nosso direito à vida.

    As heranças trazem a consciência de que a minha prioridade na resolução (por exemplo quando o património está já a perder valor por deterioração), é o resumo da minha conexão com a minha ancestralidade e novamente, da minha relação com a vida.

    Nem todas as pessoas trazem ferramentas para querer ver o todo.
    É-lhes mais fácil ver estilo "chapa 5", isto era dos meus avós, o meu tio não quer vender, eu não quero isto para nada e já estou a ver que vai sobrar para eu resolver, e tanto mais.

    Mas novamente, uma herança é a continuidade de quem a gerou e tem de ser manifestada com essa mesma consciência.

    Ou não! E depois dá essas salgalhadas que também aconteciam nos antigamentes, em que antes os irmãos, os tios e afins se matavam com tiros de caçadeira e hoje deixam de se falar, bloqueiam-se no Facebook e permitem que o virem da mesma família, do mesmo sangue, seja substituído por adjectivos menos nobres e posturas pouco adultas.

    Quanto ao assunto específico que apresentou, pode sempre expor aqui a situação! Na boa verdade com pouca descrição, não é muito fácil receber algo além do "terá de ir a tribunal"
    Concordam com este comentário: tiko88
    Estas pessoas agradeceram este comentário: tiko88
  13.  # 13

    Colocado por: palmstroke

    ou seja, as "excelentes relações familiares" existem porque você abdicou do que é seu. então não podemos realmente adjectiva-las assim, porque não sabe como seriam essas relações hoje se você quisesse receber o valor justo.

    Exatamente, abdiquei de alguns euros em prol de uma família com quem sempre tive excelentes relações e também no passado me ajudaram (e nem sempre com dinheiro) e atualmente tenho um filho e 2 netos a quem tenho dado todo o apoio que posso. Isso para mim vale MUITO mais que alguns euros na conta bancária.
    • jpvng
    • 20 maio 2024 editado

     # 14

    O justo é o valor comercial. Depois, cada caso é um caso. Um herdeiro até pode dar a sua parte se quiser. Mas são situações individuais, específicas. Se 4 irmãos herdam uma casa, e em deles quer comprar a parte de outro, fazer uma avaliação do valor comercial e depois negociar com o que quer vender.
  14.  # 15

    Colocado por: Carvai
    Exatamente, abdiquei de alguns euros em prol de uma família com quem sempre tive excelentes relações e também no passado me ajudaram (e nem sempre com dinheiro) e atualmente tenho um filho e 2 netos a quem tenho dado todo o apoio que posso. Isso para mim vale MUITO mais que alguns euros na conta bancária.


    não tenho nada contra, apenas deixemos isso claro! eu já vivi os dois lados com uma irmã, e no primeiro momento em que não quis abdicar, as relações deixaram de ser excelentes. então a minha experiencia é diferente: excelentes relações a troco de €€€€€.. não obrigado.

    cada caso é um caso.
    o meu conselho é ir com advogado e tribunal.
  15.  # 16

    Eu no meu caso já tive uma partilha de uma herança, e como eu e a minha irmã dizemos, "nem foi dado nem vendido", chegamos a consenso sobre o valor de mercado, e como não se trata de fazer lucro, usamos um valor abaixo desse valor dito de mercado.

    Porque para vender aos de fora vendemos com intuito de lucro e para vender aos de dentro sou apologista que devemos vender por um preço justo.
    E sabemos que os valores de mercado estão inflacionados.
    Mas, tudo dependerá mesmo de conversar com as pessoas e tentar chegar a um consenso.

    Se não chegar a um consenso, a sua solução terá quer mesmo com advogado e tribunal.
  16.  # 17

    Colocado por: palmstrokeo meu conselho é ir com advogado e tribunal.

    Excelente conselho, os advogados agradecem. As disputas de heranças foram sempre o melhor negócio dos advogados tipo Vale e Azevedo. Milhares de casas feitas ruina e carros abandonados nos depósitos das Camaras atestam os resultados dos litígios entre herdeiros.
    Concordam com este comentário: marize
  17.  # 18

    Colocado por: Carvai
    Excelente conselho, os advogados agradecem. As disputas de heranças foram sempre o melhor negócio dos advogados tipo Vale e Azevedo. Milhares de casas feitas ruina e carros abandonados nos depósitos das Camaras atestam os resultados dos litígios entre herdeiros.
    Concordam com este comentário:marize


    É o custo da civilização, meu caro.
  18.  # 19

    Colocado por: ricardo310773aos de dentro sou apologista que devemos vender por um preço justo.


    Eu só o faria se, eu recebesse algum imóvel equivalente.

    Não se brinca com o dinheiro.
  19.  # 20

    Colocado por: Carvailitígios entre herdeiros


    Já me ameaçou um cunhado, que preciso da assinatura dele!

    Ora!!!???

    Ele também precisa da minha.


    Um c@#€_& que deve tudo aos sogros e ainda se põe com exigências.

    Uma vergonha 🙈!
    Nenhuns pais deviam ter de passar por isto.


    -----

    Quando cheira a dinheiro 💰💰💰💰 é que se vê a integridade de uma pessoa.
    Concordam com este comentário: nunomp, fpacardoso
 
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