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      FD
    • 1 março 2010

     # 1

    Reconstrução de edifícios com área superior a 1800 m2 passa a pagar às câmaras municipais uma taxa de compensação. Preço dos terrenos vai subir 12% a 15%.

    Os empresários da construção criticam duramente um anteprojecto de decreto-lei que ameaça criar "novos encargos e mais burocracia" no sector, em plena recessão, ao mesmo tempo que o Governo diz querer privilegiar a reabilitação urbana.
    A preocupação expressa ao DN pela presidente da Associação dos Industriais de Construção de Edifícios (AICE), Teresa Ramos Pinto, incide, em particular, sobre novas taxas a cobrar às empresas quando em causa está a reconstrução de edifícios. Os edifícios que forem reconstruídos do zero vão passar a ter de pagar uma taxa de 100 euros por metro quadrado sempre que estiver em causa uma área superior a 1800 metros quadrados, com cinco saídas para a rua. Nestes casos, explicou a empresária, a reconstrução passa a ser equiparada a um loteamento, ficando obrigada ao pagamento de uma "taxa de compensação" à autarquia.
    Teresa Ramos Pinto estima que um edifício de cerca de 2000 metros quadrados venha a ter de pagar uma taxa superior a mil euros, o que, sustenta, vai ter como impacto uma subida entre 12% a 15% nos preços do terreno.
    "Estamos a falar de edifícios que têm de ser totalmente reconstruídos por não terem condições de ser reabilitados com qualidade e segurança", rematou a empresária. Aquela taxa de compensação existe já em algumas câmaras, mas é muito mais reduzida, contrastando com os valores da Grande Lisboa, muito mais elevados.
    A presidente da AICE sustenta que, "a pretexto do alegado cumprimento da Directiva Comunitária dos Serviços, o anteprojecto em causa vem adensar ainda mais as exigências administrativas, que já vigoram para as actividades de construção e mediação imobiliária e prevê a criação de novos regimes de autorização, com novas restrições, ónus, taxas e requisitos documentais".
    A nova legislação está a ser preparada pelo Instituto da Construção e do Imobiliário (INCI) e estende-se também às actividades de promoção imobiliária, aluguer de equipamentos, avaliação imobiliária e administração de condomínios.
    De acordo com Teresa Ramos Pinto, a legislação que o Governo pretende implementar vai "exactamente no sentido contrário" aos objectivos expressos na referida directiva comunitária, de 2006, que visa facilitar a liberdade de estabelecimento e a livre circulação dos serviços no espaço da União Europeia.
    A associação destaca que "é vital que o Governo compreenda que as intenções expressas naquele anteprojecto prejudicam a criação de emprego e geração de riqueza de um sector que representa 12% da economia nacional".
    A empresária considera que o sector precisava de incentivos para a reabilitação com vista ao arrendamento e, tal como o DN já noticiou, propôs ao Governo medidas específicas, inspiradas numa legislação francesa. A ideia é reduzir os impostos na reabilitação e aquisição de imóveis para arrendamento. Por um lado, reduzia-se a pressão sobre o mercado de crédito à habitação - a que cada vez mais menos gente pode chegar - e, por outro, estimula-se o sector da construção, gerando mais emprego e receitas de impostos.

    http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1507446

    Importa-se de repetir?
  1.  # 2

    Está tudo doido.
  2.  # 3

    Gostava de ter acesso ao documento propriamente dito.

    Coisas como:
    com cinco saídas para a rua.


    e

    (..) estima que um edifício de cerca de 2000 metros quadrados venha a ter de pagar uma taxa superior a mil euros, o que, sustenta, vai ter como impacto uma subida entre 12% a 15% nos preços do terreno.


    ...soam-me relativamente estranhas.
  3.  # 4

    1000 = 12% do preço do terreno, com capacidade para 2000 m2 de construção ?
    Em Lisboa, zonas históricas, não é difícil de fazer contas: 2.000m2 x 2.000€ = 4.000.000€. Um terreno destes vale, seguramente, mais que 9 ou 10.000 euros.
 
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