Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Colocado por: N Miguel Oliveira

    O cliente paga um serviço.
    Ou agora você também quer ficar com o computador, o carro, a cadeira do escritório do Arquitecto? Porque no final das contas quem paga tudo isso é o cliente?

    Num licenciamento, a câmara só pede um ou dois ficheiros editáveis. Se o que você contrata é apenas que a casa esteja licenciada, não vejo que direito teria você em ter mais ficheiros editáveis além desses.

    Repare, em várias situações, nós disponibilizamos os editáveis, mas não é porque o tenhamos que o fazer (é mais para simplificar e deixarmo-nos de chatear por coisas que o cliente não quer pagar).
    Porém, há certos ficheiros que não faz sentido partilhar, porque além do tamanho, contêm partes que são pagas por múltiplos projectos. Não basta achar que tem direito.

    Noutros casos, isso nem é tanto por ter partes pagas, mas por conterem propriedade intelectual, que custou muito em tempo e conhecimento, para que depois você atire para o mercado, podendo ser copiado ou reproduzido sem nenhum controlo. No momento em que passa esse ficheiro a um empreiteiro por exemplo, ele pode dar um uso a essa informação que você como cliente não controla.


    Não consigo concordar com essa visão. Os meus clientes pagam um serviço que implica um set de tabelas, figuras e listas que são programadas em SAS ou em R. No caso do SAS, a licença até é paga. E no final, entregamos ao cliente todos os programas criados por nós que são propriedade do cliente que os pagou.

    Não me faz sentido pagar um projeto para ficar com PDFs e não ter acesso aos ficheiros originais. Da mesma forma que quando faço um levantamento topográfico não fico só com o pdf.
    Concordam com este comentário: Dias12
  2.  # 2

    Colocado por: dmanteigasNão consigo concordar com essa visão. Os meus clientes pagam um serviço que implica um set de tabelas, figuras e listas que são programadas em SAS ou em R. No caso do SAS, a licença até é paga. E no final, entregamos ao cliente todos os programas criados por nós que são propriedade do cliente que os pagou.

    Não me faz sentido pagar um projeto para ficar com PDFs e não ter acesso aos ficheiros originais. Da mesma forma que quando faço um levantamento topográfico não fico só com o pdf.


    Na sua profissão eu não sei.
    Eu sei na minha, e sei que devo ter cuidado com informação que alguém mais fez, neste caso, os outros Eng.

    O Lev Topografico tem que ser editável, porque essa é a base dos que trabalham depois nela. Os projectos de licenciamento têm também um ou dois ficheiros editáveis que a Câmara necessita de abrir para copiar e editar informação. Ou seja, à partida já se sabe que serão necessários esses ficheiros. Ora, num projecto de licenciamento que contrata, se esses ficheiros não são necessários, não teria porque entregá-los, salvo se estipulado previamente, tal como acontece com o Topógrafo.
  3.  # 3

    Colocado por: dmanteigasque são propriedade do cliente que os pagou.


    É como lhe digo... em muitos casos, o cliente não pagou isso. Pagou uma pequena percentagem disso. Como no exemplo que dei. Um ficheiro pode conter informação que custou ao gabinete 1700 paus, mas que cobrou uns 400 paus que além de incluir essa informação, inclui tempo, conhecimento, gastos, etc...

    Hoje é do cliente que não sabe fazer nada com aquilo... amanhã está na mão doutro Arq. que trabalha na constructora de manhã, e usa essa informação à tarde no seu gabinete privado.

    Não acho muito justo isso.
  4.  # 4

    Colocado por: dmanteigasNão consigo concordar com essa visão.


    Como referi atrás. Acho que não é um tema simples de generalizar ou colocar numa simples questão de "mas devia ou não?". Há diversas nuances em função do caso.

    Faz-me lembrar quem manda aquelas frases feitas tipo: "os proj. de Engenharia são todos do CYPE", dando a entender que é tudo igual. Esse e outros programas são apenas ferramentas. O segredo está em como se usa isso. Há muitos que usam o programa sem capacidade de analisar resultados ou propor alternativas... e outros que jogam com os valores e soluções... ou que até apenas o usam para expor graficamente as contas que fizeram com lápis, régua e esquadro. Para quem não percebe nada, acha tudo igual, e não percebe porque um cobra 500 paus e outro 2500 para o mesmo serviço...

    Não era na sua zona que encontrava projectos por 3000€? Com Arquitectura, Especialidades, Lev Topografo? Como é que isso é possível, segundo essa sua visão?
  5.  # 5

    Colocado por: dmanteigasNão me faz sentido pagar um projeto para ficar com PDFs e não ter acesso aos ficheiros originais.


    Outro exemplo, há uns meses, num projecto dum complexo com apartamentos (17 pisos), comércio (supermercado) e estacionamento (4 pisos)... houve a necessidade de estudar as trajectórias de diversos tipos de camião de transporte de mercadorias na zona de cargas e descargas. Para apresentar as diferentes situações de logistica, e definir quais camiões teriam problemas e quais não, foi comprado um pack de Engenharia especifico para isso, que estuda as manobras.

    Deve o gabinete partilhar os editáveis? Para quê? Para que o empreiteiro/mercado/concorrência passe a ter gratuitamente algo que ao escritório custou algo?

    E como cobro ao cliente?
    Cobro tudo o que me custou? Aí sim, não tenho problema em disponibilizar-lhe o ficheiro.

    Ou cobro, sei lá, uns 5, 10% do que me custou? Porque irei usar aquilo mais tarde noutros projectos que acabarão por ajudar a compensar o que paguei.

    A segunda hipotese é o que me torna competitivo...

    Ao dar essa informação ao mercado, deixo de sê-lo... porque o vizinho não terá problemas em fazer de borla e ser ainda mais competitivo que eu, visto que para ele, aquilo chegou-lhe de graça.



    Se não há razão nem necessidade de você ter o editável, não vou dá-lo só porque sim. Do mesmo modo de quando recebo uma factura, não peço o ficheiro Excel, SAP, Oracle ao emissor da factura. O PDF ou papelzito é o que necessito.

    Se contrata um licenciamento, e obtém o licenciamento, o serviço contratado está concluído. Os desenhos mais não foram que um meio para obter o licenciamento. Idem para a Execução, se quer X desenho, e tem-no pronto. Não estou a ver para que quer o editavel. Entendo que dê jeito ao empreiteiro para medir, mas para isso não precisa de ser editavel, pode medir em muitos programas de leitura. Aliás, é o que a Câmara faz para verificar afastamentos alturas, áreas, índices, porque é que o empreiteiro não faz igual?

    Vai o gabinete pôr-se a jeito, numa posição de inferioridade face ao mercado, porque o empreiteiro tem preguiça de medir noutro programa? Juízo.
  6.  # 6

    Colocado por: N Miguel Oliveirafoi comprado um pack de Engenharia especifico para isso, que estuda as manobras.

    Deve o gabinete partilhar os editáveis?


    Mas uma coisa são os pacotes de extras que podemos adicionar aos programas e que ajudam a fazer determinadas coisas.
    Outra é o resultado final. Partilhar a planta editável permitia ter esse extra?
    Eu trabalho com sketchup e temos um extra que ajuda a desenhar tubagem. Se der o modelo final ao cliente, dou a tubagem e não o programa extra que a empresa pagou.
  7.  # 7

    Colocado por: Dias12Mas uma coisa são os pacotes de extras que podemos adicionar aos programas e que ajudam a fazer determinadas coisas.
    Outra é o resultado final. Partilhar a planta editável permitia ter esse extra?
    Eu trabalho com sketchup e temos um extra que ajuda a desenhar tubagem. Se der o modelo final ao cliente, dou a tubagem e não o programa extra que a empresa pagou.


    É o que digo.
    Depende do caso, depende do quê, de qual software, do tipo de ficheiro, qual o destino, o que faz quem o recebe, etc...

    É dificil de opinar no abstracto se um técnico deve ou não ceder um ficheiro editável.

    Há elementos que paga para os ter. Tipo um objecto, bloco, etc... ao passar ao cliente, qualquer um pode fazer o que lhe apetecer com aquilo...

    Era como que no seu caso se você tivesse que pagar por essa tubagem além do software. Ia dá-la sem mais? Ou iria cobrar uma boa margem para isso? É o que acontece com o exemplo que dei antes... quando pode comprar um software por 2500... mas depois paga mais 1500 pela biblioteca de objectos, etc...

    Depende do caso.
    •  
      marco1
    • 20 outubro 2024 editado

     # 8

    Dias12

    só segue o editável se o autor assim o quiser.
    qualquer projeto para servir depois para medição, e mesmo para executar as especialidades não precisa de ir em dwg, basta em dwf

    por exemplo penso que num prorama informático é fornecido o programa operacional mas não precisa de ser fornecido o código fonte do mesmo aos clientes.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Dias12
 
0.0178 seg. NEW