Iniciar sessão ou registar-se
  1.  # 1

    Bom dia a todos.

    Venho pedir as vossas opiniões e sugestões em relação a uma situação bastante desagradável que me sucedeu.

    Há vários meses, fui visitar um imóvel que tinha acabado de ser colocado no mercado, naquele mesmo dia. Correspondia precisamente ao que procurava, fiz contas, negociei uma nesga do valor e rapidamente fiz uma proposta que foi aceite no mesmo dia pelo proprietário. Havia um senão, que era a hipótese de celebração de contrato de comodato durante alguns meses, em que o proprietário se manteria a ocupar o imóvel até que a sua situação familiar ficasse estabilizada. Aceitei também essa condição.

    A agência imobiliária que intermediava o processo redigiu o CPCV, ao qual fiz alguns pequenos ajustes/correcções, e enviei de volta para apreciação pela outra parte e assinatura.
    No dia seguinte, o mediador imobiliário (que é amigo pessoal do vendedor, segundo me contou) informa-me que o vendedor afinal recuou, está renitente em avançar naquele momento, para melhor definição da sua situação familiar e profissional, e quer aguardar mais um pouco, mas que o imóvel fica reservado para mim e logo que seja possível prosseguiríamos com a assinatura do CPCV. Os anúncios, físicos e virtuais, ao imóvel foram retirados pouco tempo depois.

    O tempo foi passando e, com alguma regularidade, eu ia perguntando ao mediador por novidades, e este sempre manteve a mesma resposta: que o imóvel está reservado em meu nome, e logo que o vendedor tenha a sua situação resolvida, avançaríamos. Ao longo de cerca de sete meses, foram surgindo outras boas oportunidades de adquirir imóveis idênticos na zona, que não aproveitei porque, naturalmente, tinha já em stand-by o outro negócio apalavrado, e não me passaria pela cabeça não manter a palavra e roer a corda ao negócio acordado.

    Até que este mês, volto a insistir com o mediador porque o tempo de espera já vai longo, o mesmo volta a abordar o proprietário e me diz que este mudou de ideias. Dando o dito por não dito, diz que já não está interessado em vender o imóvel nas condições previamente acordad; quer agora arrendar ou vender mas por mais 40 000€ do que o valor inicialmente acordado.
    Ora, é facto que o CPCV não chegou a ser assinado. Contudo, além do acordo verbal que foi sendo reiteradamente confirmado, tenho o documento redigido e anotado em minha posse. Todos estes meses tive a vida em suspenso à espera da concretização do negócio, e durante todo este tempo, o mediador imobiliário garantiu que o imóvel estava reservado para mim, nas condições acordadas (preço e mobilado). Isto, legalmente, não vale de nada? O que posso fazer para manter a viabilidade do acordo original? Poderei, pelo menos, intentar uma acção legal a pedir uma indemnização por ter sido enganado pelo vendedor, ter colocado a vida em suspenso e ter deixado passar uma série de oportunidades (nomeadamente de venda do imóvel onde resido, habitação própria permanente)?
    Não quero prejudicar o mediador imobiliário, que foi tão ludibriado como eu pelo dito amigo, e parece-me que ficou também bastante consternado com toda a situação, além de ter investido tempo e dinheiro na promoção do imóvel com condições especiais por conta da relação pessoal com o comprador.

    O que fariam no meu lugar?

    Desde já agradeço os vossos comentários e sugestões.
  2.  # 2

    MPena, bem vindo á chafarica.

    Lamentável de facto. Lixado com F sem dúvida.
    Pena mas o que tem a fazer é seguir e esquecer.
    Sem cpcv assinado tem 0 de legitimidade. Sem pelo menos largos anos de tribunal e despesa e mesmo que ganhando não vejo como vá realmente recuperar as dores de cabeça e vida suspenso com o risco de não ganhar.

    É triste mas não muito a fazer. Coisas dos tempos… :/ enfim…
    Concordam com este comentário: desofiapedro, jorgemlflorencio
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  3.  # 3

    Colocado por: MPenaIsto, legalmente, não vale de nada?
    rigorosamente nada
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  4.  # 4

    Colocado por: MPenaO que fariam no meu lugar?
    segue em frente e procura outro imovél
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  5.  # 5

    Se nao esta escrito e assinado, nao existe.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  6.  # 6

    Infelizmente foi brando/a, devia ter seguido caminho, às vezes nem com papéis... imagine sem.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  7.  # 7

    Sem CPVC vale 0 esse a palavra, infelizmente já poucos sabem dar valor á palavra
    Concordam com este comentário: MPena
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  8.  # 8

    E se fosse agora o comprador a desistir da hipotética compra, o vendedor também podia pedir indemnização? Já devia ter esquecido o assunto há muito, siga.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  9.  # 9

    Moral da história: hoje em dia já não dá para se fiar só de boca em ninguém... mal a mal com papelada assinada e ainda assim é para perder tempo e paciência em tribunais. Vivendo e aprendendo.

    Essa atitude do vendedor, é típica de quem ficou a pensar que por ter feito o negócio tão rápido, deveria ter pedido mais dinheiro. Eventualmente achou quem lhe pagasse mais (se calhar até com a ajuda do imobiliário) e agora mandou-o a si dar uma volta.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  10.  # 10

    Hoje em dia não se pode confiar em ninguém. Mesmo com documentação. Ainda ontem vi uma reportagem da TVI em que uma família comprou uma casa a uma filha e logo de seguida o pai pôs uma providência porque a casa ainda era dele e tinha feito um favor á filha. A filha ficou com o dinheiro e o comprador sem dinheiro e casa.
    Estas pessoas agradeceram este comentário: MPena
  11.  # 11

    Mas estamos a brincar, mas quem é que espera 7 meses por um imóvel de boca e ainda espera indemnização do vendedor porque não cumpriu com a palavra.

    Já fiz negócios de boca, até à formalização propriamente dita, máximo 30 dias.

    Agora esperar 7 meses por um bom negócio?
  12.  # 12

    Colocado por: VarejoteMas estamos a brincar, mas quem é que espera 7 meses por um imóvel de boca e ainda espera indemnização do vendedor porque não cumpriu com a palavra.

    Já fiz negócios de boca, até à formalização propriamente dita, máximo 30 dias.

    Agora esperar 7 meses por um bom negócio?


    Boas. Pois, esperei 7 meses porque me foi sendo assegurado que o imóvel estava reservado para mim, e me compadeci com a situação familiar do vendedor, que tem 2 filhos pequenos e instabilidade devido ao emprego da esposa, que aguardava transferência para outro local. O negócio era bom para ambas as partes, estou em crer.

    Agradeço a todos os vários comentários. Bem-hajam!
  13.  # 13

    Colocado por: R3volutionMoral da história: hoje em dia já não dá para se fiar só de boca em ninguém... mal a mal com papelada assinada e ainda assim é para perder tempo e paciência em tribunais. Vivendo e aprendendo.

    Essa atitude do vendedor, é típica de quem ficou a pensar que por ter feito o negócio tão rápido, deveria ter pedido mais dinheiro. Eventualmente achou quem lhe pagasse mais (se calhar até com a ajuda do imobiliário) e agora mandou-o a si dar uma volta.
    Estas pessoas agradeceram este comentário:MPena


    Não acredito que tenha encontrado novo comprador, pelo menos o imóvel não está à venda em nenhum local público, e o mediador parece-me realmente desapontado com toda a situação.
    Enfim, é como diz, vivendo e aprendendo. Obrigado!
  14.  # 14

    Lamento o sucedido, infelizmente a palavra não vale nada. Sou consultora imobiliária e já muitos me deram a palavra e no fim mudaram de ideias. Aconteceu-me um proprietário enrolar-me duas semanas assim e os meus clientes a contarem com o imóvel. O colega da imobiliária poderia tê-lo elucidado para o risco. A mudança de ideias dos vendedores acontece e não é assim tão raro. Por isso, temos que proteger os nossos clientes. Enquanto nada temos assinado, não há palavras que valham. Boa sorte, é porque não era para ser e vai encontrar melhor.
  15.  # 15

    Agora faz o inverso, diz que aceita as novas condições, mas que precisa de tempo para arranjar o dinheiro e deixa-o de molho o maximo que conseguir.
 
0.0160 seg. NEW