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  1.  # 1

    Mais uma obra com alguns pisos a ser executada com EPS.
    É certo que cumpre a legislação mas será que não existe um qualquer iluminado (projetista, arquiteto, quem mande, etc.) que pelo menos implemente medidas corta-fogo?

    Se num qualquer azar começa um fogo no 1º andar...arde tudo por ali acima.
    Concordam com este comentário: zedasilva
      07.11.2024.png
  2.  # 2

    Colocado por: SEEINGÉ certo que cumpre a legislação


    Cumpre a de cá (que é a que conta...) mas tenho ideia que em vários países tal coisa não é permitida. Estou errado?

    A mim faz-me confusão a legislação ser tão "picuinhas" em algumas coisas e noutras como essa que podem ser um risco é siga para a frente.
  3.  # 3

    Colocado por: elfo106Cumpre a de cá (que é a que conta...) mas tenho ideia que em vários países tal coisa não é permitida. Estou errado?

    Não. Não está errado.

    Colocado por: elfo106
    1. A mim faz-me confusão a legislação ser tão "picuinhas" em algumas coisas e noutras como essa que podem ser um risco é siga para a frente.

    Muitas coisas estão mal em muita da legislação em Portugal e não é apenas nos requisitos de comportamento ao fogo nos materiais e equipamentos na construção civil.
    A mim o que me faz mais "comichão" é as mentes que elaboram tais projetos não terem o discernimento de seguir alguns exemplos que se aplicam por essa Europa fora.

    Neste exemplo mais que não fosse já seria bom uma fiada em lã de rocha entre pisos. Já fazia alguma coisa em caso de fogo.
    E este procedimento, felizmente, já está a ser feito por cá noutros projetos.
  4.  # 4

    Colocado por: SEEING
    Não. Não está errado.


    Muitas coisas estão mal em muita da legislação em Portugal e não é apenas nos requisitos de comportamento ao fogo nos materiais e equipamentos na construção civil.
    A mim o que me faz mais "comichão" é as mentes que elaboram tais projetos não terem o discernimento de seguir alguns exemplos que se aplicam por essa Europa fora.

    Neste exemplo mais que não fosse já seria bom uma fiada em lã de rocha entre pisos. Já fazia alguma coisa em caso de fogo.
    E este procedimento, felizmente, já está a ser feito por cá noutros projetos.


    As chamas do EPS ultrapassavam logo a fiada de lã de rocha, não iria adiantar de nada.
  5.  # 5

    Colocado por: paulosAs chamas do EPS ultrapassavam logo a fiada de lã de rocha, não iria adiantar de nada.

    Talvez atrasasse o suficiente para permitir o combate ao incêndio em tempo útil.

    Também podiam usar EPS não inflamável que propaga com mais dificuldade o fogo.
    A legislação podia criar uma limite aos edifícios em altura. Até x pisos pode ser em EPS. A partir daí tem de ser algo reacção ao fogo de determinadas características (seja EPS ou outros).
    Acho que pior que isso é a espuma projectada, que se usa por vezes nas fachadas ventiladas. Acho que aquele edifício em Espanha que ardeu parecia ser neste projectado.
  6.  # 6

    Para os construtores o capoto tem uma grande ventagem, não fissura como os rebocos tradicionais. A estrutura até pode ceder qualquer coisa, mas o capoto esconde. É uma maravilha.
  7.  # 7

    Em PT preocupam-se que a distância entre vãos alinhados verticalmente na mesma prumada de regra geral não seja inferior a 1,1m, ao mesmo tempo permite a construção em altura com elementos combustíveis...
  8.  # 8

    Colocado por: paulosAs chamas do EPS ultrapassavam logo a fiada de lã de rocha, não iria adiantar de nada.

    Não é bem assim. A faixa em MW terá de ter pelo menos 1.10m. Pelo que irá retardar consideravelmente a propagação do fogo.
    EDIT: em Portugal esta "táctica", não está contemplada pela legislação nacional)., Mas pode ser uma opção a nível de projeto SCIE, de forma a mitigar riscos.
    Concordam com este comentário: Lince744
  9.  # 9

    Colocado por: Vítor MagalhãesEm PT preocupam-se que a distância entre vãos alinhados verticalmente na mesma prumada de regra geral não seja inferior a 1,1m, ao mesmo tempo permite a construção em altura com elementos combustíveis...

    consoante a altura do edifico, o risco também é diferente, pelo que os requisitos de reação ao fogo dos elementos de revestimento de fachada serão mais exigentes consoante os 3 escalões de altura (H<=9m; >9m H<=28m;H>28m)
    Estas pessoas agradeceram este comentário: Vítor Magalhães
  10.  # 10

    Colocado por: SEEINGMais uma obra com alguns pisos a ser executada com EPS.
    É certo que cumpre a legislação mas será que não existe um qualquer iluminado (projetista, arquiteto, quem mande, etc.) que pelo menos implemente medidas corta-fogo?

    Sendo um edifico com altura superior a 9m e menor que 28m, o sistema em EPS cumpre a classificação B-s3, d0?
  11.  # 11

    Colocado por: paulovalentePara os construtores o capoto tem uma grande ventagem, não fissura como os rebocos tradicionais


    Ao ver como foram instaladas as placas na segunda foto, nem sei se a rede vai conseguir evitar e "esconder" as fissuras nos pontos das juntas.

    O "capoto" é o melhor espelho da situação na construção civil em Portugal: solução única e "perfeita" para todos os projetos de obras, muitas vezes aplicadas de forma quase negligente, apesar de não ser uma bicho de sete cabeças. Se ao menos os preços destes imóveis espelhassem a sua qualidade construtiva e das soluções aplicadas!
  12.  # 12

    Colocado por: paulosAs chamas do EPS ultrapassavam logo a fiada de lã de rocha, não iria adiantar de nada.

    Os procedimentos corta-fogo não se destinam a evitar que arda mas sim a dotar os locais de um atraso suficiente para evacuar pessoas, para combate ao incêndio, etc.

    Colocado por: paulovalenteA legislação podia criar uma limite aos edifícios em altura. Até x pisos pode ser em EPS. A partir daí tem de ser algo reacção ao fogo de determinadas características (seja EPS ou outros).

    Pois podia mas quem legisla optou por não o fazer de forma adequada.

    Colocado por: Pedro Barradasconsoante a altura do edifico, o risco também é diferente, pelo que os requisitos de reação ao fogo dos elementos de revestimento de fachada serão mais exigentes consoante os 3 escalões de altura (H<=9m; >9m H<=28m;H>28m)

    Pois é Pedro mas de acordo com a legislação em vigor (Portaria n.º 135/2020) a exigência é de B -s2, d0 para edifícios com mais de 28 m e um sistema EPS cumpre!!!
  13.  # 13

    Colocado por: SEEINGPois podia mas quem legisla optou por não o fazer de forma adequada.


    E é difícil perceber em obra se o EPS está aldrabado ou não, a não ser que leve um maçarico.
    Existe um DFO e/ou um DTO que assina no final. Mas como a responsabilização até agora em assim para o q.b. é o que é.

    Quando um edifício destes arder e o seguro, que vai analisar tudo até ao tutano se isso significar que pode descartar-se de pagar, lá vai um DTO e/ou um DFO pagar as favas.

    Aquele edifício do norte cujas terras vieram por ai a abaixo, está agora a DTO agarrada à responsabilidade via tribunal.

    O pessoal brinca, mas isto dos incêndios não é pera doce. E quando corre mal, corre mesmo mal. A maior parte do pessoal nem tem ideia das exigências da coisa, até para um mero condomínio de um prédio.
    •  
      SEEING
    • 8 novembro 2024 editado

     # 14

    Colocado por: paulovalenteE é difícil perceber em obra se o EPS está aldrabado ou não, a não ser que leve um maçarico.
    Existe um DFO e/ou um DTO que assina no final. Mas como a responsabilização até agora em assim para o q.b. é o que é.

    Quando um edifício destes arder e o seguro, que vai analisar tudo até ao tutano se isso significar que pode descartar-se de pagar, lá vai um DTO e/ou um DFO pagar as favas.


    Não é uma questão do sistema ETICS com EPS estar aldrabado mas basta um fogo em qualquer um dos locais, que acabe por "lamber" a fachada para que o EPS derreta e a caixa de ar criada pela ausência do EPS, cria efeito de chaminé e propaga a chama por toda a fachada.

    Existem já muitas situações onde isso aconteceu.
    Exemplo: https://youtu.be/1o34slPoa-8?si=k_Y3Aol7x6xss2QN

    Se estiver de acordo (e está) com a legislação nacional não vejo porque irá o seguro descartar responsabilidades!

    Poderão é argumentar que poderia ter sido projetado de outra forma, nomeadamente adotando procedimentos corta-fogo.
  14.  # 15

    Alguns exemplos de procedimentos corta-fogo em sistemas ETICS.



    Concordam com este comentário: Pedro Barradas
  15.  # 16

    Colocado por: SEEINGSe estiver de acordo (e está) com a legislação nacional não vejo porque irá o seguro descartar responsabilidades!

    Nesses casos claro que o seguro não pode descartar.

    Mas em outros, tipo como este exemplo
    Colocado por: Pedro BarradasSendo um edifico com altura superior a 9m e menor que 28m, o sistema em EPS cumpre a classificação B-s3, d0?

    já são outras preocupações. E o pessoal facilita por vezes.

    É que a ficha de segurança, aquele documento que parece ser prosaico e básico, tem lá a legislação toda. É quase de preenchimento totobola mas a responsabilidade é a mesma. Se bem que agora na identificação que quem preenche (técnico??) basta nome e nif.
  16.  # 17

    Colocado por: paulovalente
    Talvez atrasasse o suficiente para permitir o combate ao incêndio em tempo útil.

    Também podiam usar EPS não inflamável que propaga com mais dificuldade o fogo.
    A legislação podia criar uma limite aos edifícios em altura. Até x pisos pode ser em EPS. A partir daí tem de ser algo reacção ao fogo de determinadas características (seja EPS ou outros).
    Acho que pior que isso é a espuma projectada, que se usa por vezes nas fachadas ventiladas. Acho que aquele edifício em Espanha que ardeu parecia ser neste projectado.


    Nâo vai atrasar nada. Se o EPS que está por baixo arde, essa quantidade de EPS vai criar uma chama vertical enorme que depressa ultrapassa a largura da lã de rocha
  17.  # 18

    Colocado por: paulosNâo vai atrasar nada. Se o EPS que está por baixo arde, essa quantidade de EPS vai criar uma chama vertical enorme que depressa ultrapassa a largura da lã de rocha

    O EPS não arde dessa forma já que está por trás do barramento armado e do revestimento final.
    Na ausência de procedimentos corta-fogo o EPS ao "desaparecer" cria uma caixa de ar entre o barramento armado+revestimento e base e essa caixa de ar, acaba por propagar a chama por toda a fachada.
    Existindo lã de rocha a caixa de ar é interrompida.
    Concordam com este comentário: paulos
  18.  # 19

    Colocado por: SEEING

    Não é uma questão do sistema ETICS com EPS estar aldrabado mas basta um fogo em qualquer um dos locais, que acabe por "lamber" a fachada para que o EPS derreta e a caixa de ar criada pela ausência do EPS, cria efeito de chaminé e propaga a chama por toda a fachada.

    Existem já muitas situações onde isso aconteceu.
    Exemplo:https://youtu.be/1o34slPoa-8?si=k_Y3Aol7x6xss2QN

    Se estiver de acordo (e está) com a legislação nacional não vejo porque irá o seguro descartar responsabilidades!

    Poderão é argumentar que poderia ter sido projetado de outra forma, nomeadamente adotando procedimentos corta-fogo.


    Sempre ouvi dizer que quem está de fora racha lenha mas a percepção que tenho é que o ataque incial ao fogo tardou e deu nessa desgraça. Já se ouvem as sirenes e ainda o fogo está confinado a uma varanda, vêem-se os bombeiros a chegar e continua confinado a essa varanda. 😒
  19.  # 20

    Colocado por: taunusmas a percepção que tenho é que o ataque incial ao fogo tardou e deu nessa desgraça

    Não é essa a questão que se está a debater neste post.
    A questão pertinente é que pode acontecer e existem formas de retardar a propagação da chama.
    Se no exemplo existe-se proteção nas zonas dos vãos e nos limites da varanda a chama nunca se propagaria à fachada com a rapidez que se vê.
 
0.0214 seg. NEW