Colocado por: 21papaleguasSe analisar, a vertente oposta está nas mesmas condições e parece-me que não sobrou nada!
Colocado por: euMas nas condições do incêndio de Pedrogão, vai tudo pela frente, quer seja eucalipto, pinheiro, carvalho ou outra árvore qualquer.
Colocado por: nmex2basta andar por uma qualquer estrada municipal da região, para se perceber onde começa um concelho e termina o outro...a diferença é bem visível. parabéns Mação!
Circulam insistentemente umas imagens de ilhas não ardidas no meio de áreas ardidas.
De maneira geral a sua descrição mediática e os títulos a que se lhes referem têm pouca relação com o que de facto se vê, servindo antes a moda do momento: dizer que há umas árvores que ardem, e outras que não ardem.
Um dos mais graves problemas da gestão do fogo em Portugal é mesmo o desconhecimento sobre o assunto.
Há muito boa investigação sobre a matéria (de primeiro nível internacional) mas há um problema gravíssimo de transformação desse conhecimento em acção no terreno (ilustrada pela imortal frase do actual Secretário de Estado da Administração Interna: "o fogo é imprevisível, o que há é uns académicos que têm umas teorias sobre isso") e há um evidente desfasamento entre a informação científica consolidada e o que o senso comum diz sobre o fogo.
Não é nada que seja especificamente português (José Miguel Cardoso Pereira cita com frequência um estudo espanhol que evidencia o desfasamento entre as causas de fogo avaliadas por investigação concreta, e as causas de fogo atribuídas pela sociedade) mas em Portugal este desfasamento é muito marcado.
Também por essa razão, e porque gostamos de aprender, uma associação de conservação da natureza de que faço parte lançou, no ano passado, um programa de passeios na zona do grande fogo de Arouca/ São Pedro do Sul, com o objectivo de se discutir no concreto o que sucedeu e o que iria acontecer após fogo.
Hélia e Elisabete Marchante (neste caso mais sobre o efeito do fogo na expansão de espécies invasoras), Manuel Rainha, Paulo Fernandes, António Salgueiro foram alguns dos guias que já tivemos e, lá pelo Outono vamos continuar, pelo menos com José Miguel Cardos Pereira e Henk Feith.
A ideia central da associação era contrariar ideias sobre o fogo que existem no ar e ajudar a compreender melhor as raízes e as opções de gestão do problema de que dispomos.
Do ponto de vista da associação os passeios têm sido muito úteis, mas não gostaria de deixar de notar que alguns agentes locais fizeram questão de se distanciar da iniciativa ("não queremos ser associados ao fogo, já basta o que o concelho perde turisticamente, o nosso objectivo é fazer esquecer o fogo o mais rapidamente possível") e vários orgãos de comunicação social que convidámos para ir acompanhando os passeios, ou ao menos para disponibilizarem espaço para os quais produziríamos conteúdos a partir dos passeios, não mostraram o mínimo interesse.
É por isso normal que o pós fogo tenha as suas modas, criadas por uma espécie de pensamento mágico que nega a informação produzida num contexto científico ("... os académicos das principais faculdades fortemente subsidiadas pelo sector — Instituto Superior de Agronomia e Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro — assim como outros avençados...", João Camargo dixit, para justificar o desfasamento entre o que diz e o que diz a investigação), umas vezes incendiários, outras vezes as terras sem dono, outras vezes o eucalipto e, este ano, também as ilhas não ardidas e as árvores bombeiras.
Como qualquer moda daqui não vem mal ao mundo: incha, desincha e passa.
A única questão relevante é que há pessoas que acreditam neste pensamento mágico e se convencem de que por plantar uns carvalhos e uns castanheiros à volta de casa passam a estar seguros sem precisar de gerir de facto o espaço envolvente e, sobretudo, a carga combustível e os combustíveis finos.
A falsa sensação de segurança em situações de risco potencia o risco real, por isso seria bom que os propagadores destas mezinhas tivessem consciência de que de boas intenções está o inferno cheio.
Colocado por: luisvvA única questão relevante é que há pessoas que acreditam neste pensamento mágico e se convencem de que por plantar uns carvalhos e uns castanheiros à volta de casa passam a estar seguros sem precisar de gerir de facto o espaço envolvente e, sobretudo, a carga combustível e os combustíveis finos.
Colocado por: pedromdf"SIRESP vai custar mais 200 milhões de euros"
Ai é, não funciona, então para já, para já passem para cá mais 200 milhões ...
Colocado por: pedromdf"SIRESP vai custar mais 200 milhões de euros"
Colocado por: pedromdfMais vale dar um telemóvel de serviço com os 3 cartões a cada bombeiro ...
Colocado por: ktm333
Cada vez que leio essa noticia da-me uma tremenda vontade de rir.. É verdade quealgumasaldeias têm esse kit de água, mas a maior parte está "esquecida", temos estradas completamente rodeadas de erva seca, árvores por cima da estrada, eucaliptos inclusivé, silvas, estevas, tojos, tudo a menos de 1 metro dos carros, nesse mesmo concelho de Mação que toda a gente fala muito bem no que toca aos fogos, acontece que caso não tenham a sorte que têm tido(Na sexta feira antes do incendio de Pedrógão andou a arder em Mação a sorte foi serem alguns terrenos da celulose, conslusão, helicóptero e bombeiros para cima dele apagaram logo) de irem logo para cima dele e o apagarem logo acontece uma tragédia igual ou pior à de Pedrógão.. Reordenamento do território florestal? Convido qualquer pessoa a ir ao concelho e ver as plantações de eucaliptos, recentes(plantados este ano), a crescer ilegalmente e ninguém diz nada, pessoas como eu que submeti um projeto para plantar 3ha de eucaliptos, estou a 4 meses a espera de resposta, pago e ainda sou mal servido, os terrenos ao lado do meu estão todos plantados de eucaliptos, uns este ano outros o ano passado, ninguém lhes diz nada e têm os eucaliptos a crescer, o meu terreno continua com mato, deve estar melhor assim(se alguém quisereu dou).... Estou neste momento a pensar submeter um projeto para 5ha de sobreiros e azinheiras mas com a lentidao que estou a ver, vai ficar só pelo pensar. Se se vê algumas dessas coisas que se falam na noticia é nas aldeias próximas ao conselho, porque o resto está esquecido!
Colocado por: nmex2não discordando do que disse, sugiro-lhe "visitar" o concelho vizinho de Proença-a-nova, por exemplo, onde pode facilmente identificar as devidas diferenças - alias as placas de limite de concelho são um bom local para isso. é olhar para um lado e outro. - a minha opinião é no sentido comparativo, e não absoluto....
quando fala em projecto, é para ter alguma especia de apoio, certo?